Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
observador
:: Silvia Malamud ::
ESCOLHENDO A CRIAO DE SUA REALIDADE DE MODO
LCIDOO modo como observamos o mundo que nos cerca a
escolha da realidade na qual desejamos estar inseridos, mesmo
que isso por vezes seja de difcil compreenso.De acordo com a
fsica quntica, todas as nossas possibilidades esto
acontecendo simultaneamente, porm quando focamos a nossa
ateno para a realidade, apenas uma possibilidade concebida
como real para que possamos experiment-la como experincia
de vida. O problema que, devido s nossas dependncias
emocionais, acabamos repetindo padres indesejados, achando
que, apesar das infinitas possibilidades de escolhas que temos,
no possumos a capacidade de rumar para o diferente. E como conseqncia - passamos a nos repetir indefinidamente. A
questo que as nossas identidades esto insistentemente
engajadas neste circuito. As respostas bioqumicas em nosso
corpo que tm a ver com a alegria, o prazer ou a dor, seguem
sempre o mesmo caminho emocional e acabamos por no
conceber, por mais que possamos desejar, a idia de que
podemos ter outros coloridos com relao alegria ou a
situaes totalmente novas. Na grande maioria das vezes
sequer concebemos a hiptese de que atuamos em meio aos
nossos vcios e padres emocionais repetitivos. E mesmo se j
estivermos aceitando estas percepes, talvez devido s nossas
crenas (e dependncias emocionais?), ainda custamos a
conceber que temos o poder para criar algo de efetivamente
novo em nossas vidas. Se desejarmos algo intensamente, a
ponto de perdermos a referncia de quem somos - da nossa
identidade conhecida - e nos tornarmos o desejo em si, o novo
pode emergir em situaes totalmente inusitadas. A fixidez da
vida repetitiva poder se transformar naquilo que a conscincia
em essncia: Mutante. Mutante porque cria constantemente.
(Atente que voc pode criar permanentemente a mesma coisa,
mudando apenas o cenrio de vida e pior, s vezes nem isso). A
conscincia de si mesmo se fortalece com a assimilao e com a
elaborao das experincias vividas, podendo deste modo partir
sempre para o novo. No caso de sua incessante e prejudicial
repetio, a conscincia, ou seja, o observador, tender a entrar
em tdio profundo, aos poucos retirando a sua ateno do foco
da realidade que criou. Gera ento o desespero e a desolao...
que por sua vez podem criar uma outra tipologia de deformao