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“Fomos chamados a mostrar ao mundo que é bom ser uma família cristã, que a
família cristã tem os valores que salvam o Homem e dão sentido à formação de
cada um”, conta a mãe, Isabel. O pai, José, complementa: “Ouvimos diariamente
através da comunicação social que a família está destruída. Mas nem tudo é tão
mau. Há famílias onde ainda se pode viver o amor! E não me refiro a esse amor
que agora se fala muito, mas no amor de dar a vida. Esse foi um dos testemunhos
do encontro”.
Em Madrid, a família Marcos foi recebida na paróquia São Saturnino, que tem doze
comunidades neocatecumenais. “Todos os que partimos da Brandoa fomos
acolhidos com uma grande celebração numa paróquia das redondezas de Madrid.
Presentearam-nos com um jantar, rezámos Laudes e foi feita a distribuição pelas
casas. Imagine, trezentas pessoas foram acolhidas em casas de espanhóis que
nunca tinham visto”, enaltece a mãe, salientando o que une todas estas famílias:
“Isto é a comunhão dos santos! Este era também o espírito do encontro! Todos
nós, ali presentes, portugueses e espanhóis, estávamos unidos por Cristo”.
Depois de uma noite bem dormida, era chegado o grande dia. Em Madrid
apanharam muito frio. Nada que os demovesse. A eles e a muitos milhares de
cristãos. “Por trás desta família pequena que é a nossa, eu consegui ver uma
família muito maior, que é a Igreja”, aponta o pai, José. Para Isabel, foi muito bom
o testemunho de Igreja vivenciado em Madrid. “Tenho a convicção profunda de que
Deus me ter chamado a estar na sua Igreja foi a maior herança que recebi e que
procuro transmitir à minha família. É tão bom estar na Igreja. É bom ter uma
comunidade cristã onde caminhamos. É tão bom ter uma paróquia!”, assegura a
mãe.
Em Madrid, a família Marcos sentiu-se tocada pelos sinais deixados pelas famílias
cristãs e hoje, cerca de duas semanas após o encontro, garante: “A Igreja é o local
onde reina o amor e a unidade”.
Casados há vinte anos, o casal Marcos diz que a educação cristã dos filhos foi uma
coisa natural: “Somos apenas uma família que coloca Deus como a luz que nos
guia”. A herança deixada aos filhos? “Que é bom ser cristão! Que Deus é bom!
Perceber que Deus está connosco e nos ajuda!”, garante a mãe, Isabel.
Actualmente, numa sociedade cada vez mais laicizada, Clara confessa que “é um
dom de Deus ter uma família cristã”. Esta opinião é partilhada pelo irmão, Samuel,
de 18 anos: “O amor de Deus é uma herança que nos é deixada. Não é uma casa
ou um emprego, porque não é isso que nos faz felizes, mas é esta certeza de que
Deus nos ama”.
Numa mensagem difundida no encontro das famílias, Bento XVI voltou a apelar à
defesa da família baseada no casamento entre um homem e uma mulher e
convidou os cristãos a darem testemunho das suas convicções.
Aos fiéis reunidos no Vaticano e em Madrid, Bento XVI pediu ainda fidelidade a
Cristo: “Que nos vossos lares se respire sempre o amor de total entrega e
fidelidade que Jesus trouxe ao mundo com o seu nascimento, alimentando-o e
fortalecendo-o com a oração diária, a prática constante das virtudes, a
compreensão recíproca e o mútuo respeito”.
A homilia, que foi interrompida por diversas vezes pelos aplausos dos participantes,
centrou-se na generosidade da família cristã. “Em quem e onde é que as crianças,
os deficientes, os doentes, os excluídos podem encontrar o dom da vida e o amor
incondicional, senão em vós, pais e mães das famílias cristãs?”, questionou o
cardeal Rouco Varela.