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Uma breve resenha crítica sobre o texto Sujeito e a Norma, do Livro Ética, que participação de Gerd Bornheim (págs. 246-260), o qual escreveu o texto em análise .
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"Ética" de Gerd Bornheim - Resenha Crítica
Uma breve resenha crítica sobre o texto Sujeito e a Norma, do Livro Ética, que participação de Gerd Bornheim (págs. 246-260), o qual escreveu o texto em análise .
Uma breve resenha crítica sobre o texto Sujeito e a Norma, do Livro Ética, que participação de Gerd Bornheim (págs. 246-260), o qual escreveu o texto em análise .
contou com a participao de Gerd Bornheim (pgs. 246-260), que escreveu o texto, Sujeito e a Norma. Esse autor empenhou-se em diversos trabalhos filosofia moderna e contempornea, destacando-se por seus estudos sobre Jean-Paul Sartre e Martin Heidegger. No texto Sujeito e Norma do livro tica, perceptvel seu envolvimento com esses autores, ao tratar da liberdade e moral vemos seu relacionamento com Sartre ao tratar do sujeito, da norma e do problema desenvolvido como um todo, e percebemos sua atrao por Heidegger na ideia de Ser e Tempo. O autor inicialmente transpassa que o homem ao se organizar sua vida socialmente, desenvolve uma dicotomia das relaes entre o sujeito e a norma. O primeiro ponto a desenvolver sobre a norma. Toda norma, pretende instituir uma exigncia universal a fim de estabilizar-se, de forma que fosse capaz de transcender as limitaes histricas do tempo e espao. Assim o universal abstrato que define toda formulao do dever-ser da norma, encontra seu respaldo no universal concreto, que seria o prprio elemento divino. Compreende-se que na distncia de espao entre o universal e o indivduo humano, que a norma encontra sua vigncia e sua legitimidade. Aqui, ressalta-se o respaldo de vigncia da norma atravs do fundamento divino, existe um universal que dita, qual o meio, que ser ento a estabilidade daquele ponto. Logo mais, o autor ir atribuir ao sujeito a sua caracterstica histrica. Inicialmente, nem se poderia dizer em sujeito, trazendo a ideia de Marx de Materialismo histrico. Contudo, o homem aos poucos construiu seu mundo, e por meio do trabalho construiu objetos que lhe conferiam utilidades, e mais tarde podemos dizer na constituio do sujeito. Em vista disso, o indivduo constri-se ao longo dos perodos histricos e, desperta sua subjetividade que veio atravs da lenta contribuio do cristianismo, bem como, ulteriormente, a autonomia adquirida na modernidade. Lembremos que a autonomia que foi adquirida, j havia sido encontrada no mundo grego, atravs do rompimento do mito para o logos. Sobre a autonomia no mundo moderno, imprescindvel comentar do projeto burgus, que at hoje tem seus efeitos na sociedade. O autor elenca algumas caractersticas que foram construdas ao longo da historia, e so parte do projeto burgus (projeto da modernidade). O primeiro elemento est na autonomia, o qual sofreu contribuio do pensamento cartesiano,
o qual possibilitou a constituio do individualismo, o sujeito por si s, podia
encontrar a soluo. O segundo elemento seria a valorizao do trabalho, que propiciou o desenvolvimento da personalidade, e permitiu a ideia de que a prxis e o homem de pensamento coexistissem. O terceiro elemento seria a introduo da noo de propriedade privada. O quarto elemento forma-se no Capitalismo, o progresso econmico perpetra urna das maiores perverses da histria: o dinheiro, essencialmente um meio para favorecer as trocas, promovido condio de fim em si mesmo. O quinto elemento, a nova maneira de entender o funcionamento e o sentido do conhecimento humano, que implica na transformao de dois aspectos decisivos, o primeiro est na intromisso do sujeito na construo do objeto, o segundo est que o objeto construdo est a merc da manipulao por parte do homem. O sexto elemento, concepo cartesiana da liberdade, que restringi a liberdade ao livre arbtrio, o que promove o homem senhor de suas escolhas. A ltima caraterstica que contribui para a construo da autonomia do homem burgus o contrato social. Entretanto, este elemento revela outra problemtica. O individualismo burgus poderia ser um impasse na construo de princpios gerais que serviriam de norte aos indivduos dentro da sociedade, j que a proteo teria foco na autonomia do indivduo e no instrumento para se realiz-la, vale dizer, que o autor est relacionando com o ultimo elemento do projeto burgus, o contrato social, para abordar que a construo de normas feita a proporcionar um efeito a ampliar a autonomia e o individualismo do sujeito. Acontece que os universais concretos comeam serem destitudos de qualquer funo dentro do complexo social, a norma cria um efeito atesta em que os elementos integrantes de sua fora, ser desprovido do elemento divino. A questo maior, que o elemento divino desaparece e junto com ele a representao do que era perceptvel no mundo real. Assim, o elemento divino vai desaparecendo em meio aos pensamentos burgueses, que criam a utopia de que o fundamento atesta o espao para o desenvolvimento. O espao burgus gerou uma falsa sensao de que o elemento divino dispensavel, contudo o aprendizado da norma sem o elemento concreto dificulta a internalizao e, por consequencia, a sociedade no consegue visualizar a problematica inerente nova acepo do contrato social. Para resumir todo o seu enredo, o autor utiliza-se das tragdias de Shakespeare, que apresentava em suas obras as caractersticas da modernidade e
os elementos da crise, j que ele foi capaz de um processo de transmutao do
sentido do universal, assim o universal concreto abandona o auxilio nos valores religiosos, e substitudo pelo espao e tempo. Shakespeare em suas obras mesmo representando no espao/ tempo a idade mdia, ele era capaz de trazer de volta os elementos do mundo grego, sendo assim ele foi capaz de sintetizar um novo tipo de homem que supera a idade mdia. A concepo filosfica a ser transmitida, por Shakespeare, que o homem sabe o espao bem definido em sua totalidade, situando-se dentro da totalidade histrica, ento ele se torna no apenas um partcipe de um momento politico determinado ou como instante de uma cultura, ele pertence histria da humanidade. Esta seria a base pela quais novos universos concretos passariam a se estruturar-se, dando completude a dimenso humana. A geografia e historia (Espao e tempo), portanto, constituiriam os limites ltimos da realidade do homem. Esta obra, portanto, aborda de forma filosfica, a dicotomia criada entre o Universalismo e o Individualismo, desenvolvido na histria da humanidade. Por fim, os argumentos entre o sujeito e a norma nos levam a crer que o homem est se adaptando a um novo modelo, em que norma no tem interveno do universal concreto no molde divino, este novo modelo teria como nova base o espao e tempo, isto , o homem se situaria dentro da histria da humanidade e definiria o espao em sua totalidade.
Brava Gente - A Trajetória Do MST e A Luta Pela Terra No Brasil - João Pedro Stedile e Bernardo Mançano Fernandes - Editora Fundação Perseu Abramo - 2005