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Um breve relato sobre a Globalização Neoliberal e Globalização Solidária, apontando seu desenvolvimento e as práticas para sua realização.
Com base na bibliografia de RIBEIRO. Pedro. in: SANCHEZ, Wagner Lopes; BAPTISTA, Paulo Agostinho Nogueira (Org.). Teologia e sociedade: relações, dimensões e valores éticos. São Paulo: Paulinas, 2011.
Um breve relato sobre a Globalização Neoliberal e Globalização Solidária, apontando seu desenvolvimento e as práticas para sua realização.
Com base na bibliografia de RIBEIRO. Pedro. in: SANCHEZ, Wagner Lopes; BAPTISTA, Paulo Agostinho Nogueira (Org.). Teologia e sociedade: relações, dimensões e valores éticos. São Paulo: Paulinas, 2011.
Um breve relato sobre a Globalização Neoliberal e Globalização Solidária, apontando seu desenvolvimento e as práticas para sua realização.
Com base na bibliografia de RIBEIRO. Pedro. in: SANCHEZ, Wagner Lopes; BAPTISTA, Paulo Agostinho Nogueira (Org.). Teologia e sociedade: relações, dimensões e valores éticos. São Paulo: Paulinas, 2011.
A Globalizao Neoliberal teve seu surgimento, a partir da segunda guerra
mundial com os avanos tecnolgicos adquiridos na comunicao, que interligaram o mundo, e fizeram com que as informaes chegassem a distncias longnquas quase que de forma instantnea. Isso possibilitou que os pases desenvolvidos tecnologicamente expandissem sua viso de mundo e sua cultura, assim aquilo que antes era local acabou se tornando global. Com o fim da Guerra Fria, o capitalismo atingiu seu auge de expanso, e, assim, a globalizao passou a ser entendido como globalizao do sistema capitalista, o mundo se transformaria num nico mercado no qual os bens, os servios e os capitais poderiam fluir livremente. Nas lnguas latinas fcil distinguir a globalizao de cunho econmico/ politico do cultural. Mundializao para o processo poltico e econmico e globalizao para o processo cultural. Entretanto dada nossa dependncia pela lngua anglo-americana, Globalizao para designar interpenetrao das culturas e Globalizao neoliberal para o fenmeno econmico/poltico. A palavra neoliberal est interligada a um modelo econmico, de uma politica de Estado, de privatizao, j que o Estado para no sobrecarregar ele privatiza, diminuindo seus gastos. Os pases subdesenvolvidos (terceiro mundo) para se adaptarem, deveriam: 1) Combater a inflao, a fim de estabilizar sua moeda (atrativo de mercado) 2) Privatizar (Diminuir os custos da maquina estatal) 3) Com as aes supracitadas, por mrito os investidores teriam confiana nesse pas, e receberiam um grande fluxo de capital. Contudo, a lgica aplicada a um modelo consumista em que no se analisa os impactos que aquele determinado Estado estar se submetendo para conseguir o avano econmico. As externalidades so deixadas de lado, a produo de lixo, o desperdcio de matrias-primas e de energia, a destruio da biodiversidade da flora e fauna, degradao dos solos e guas, a excluso social e a revolta dos excludos, tudo desconsiderado em prol desse mercado dinmico. Mas essas externalidades acabaram gerando um limite a expanso do neoliberalismo. A globalizao neoliberalista deposita sua esperana na cincia e tecnologia, pois desde o renascimento para estes nada impossvel. Mas a cincia depende do dinheiro, assim continua estimular a produo e consumo, ento, o que ela consegue apenas diminuir os efeitos do sistema e adiar sua crise. Um pensamento aspirante para a sada da decadncia da crise capitalista seria o Documento de Aparecida, uma inspirao crist, que almeja uma globalizao solidria. O documento faz uma analise inicial sobre as duas concepes de globalizao, para a globalizao neoliberal ela aponta lamentavelmente, a face mais difundida e de xito da globalizao sua dimenso econmica, que se sobrepe e condiciona as outras dimenses da vida humana.
O DA acusa a globalizao neoliberal de no ter solidariedade, existe uma
concentrao de recursos humanos e de informao, percebesse que existe uma explorao acentuada e uma opresso. E estes oprimidos so descartveis, so considerados produtos. Essa forma de globalizao, chamou a igreja a refletir, e perceber que a globalizao deve ser marcada pela solidariedade, pela justia e pelo respeito aos direitos humanos. O DA afirma que trabalhar pelo bem comum global promover uma justa regulao da economia, das finanas e do comercio mundial, isso necessrio a defesa de direitos fundamentais subsidiada pela solidariedade integeracional e intrageracional. A globalizao solidria seria uma mudana estrutural que se contrape ao modelo econmico concentrado no sistema financeiro atual. Para vencer a crise desse sistema capitalista vencido, seria necessrio adotar um novo modo de produo, e o DA comporta esse novo modelo. Uma nova conscincia nasce e as relaes de dominao dos pases ricos sobre a periferia empobrecida, devem mudar, necessrio um modo de produo e de consumo respeitoso ao meio ambiente. A conscincia planetria se expressa desse modo, adot-lo s uma questo poltica. O pensamento de Gandhi tinha esse modo de produo e consumo voltado no para o crescimento econmico, mas para o bem-estar de todos os seres-vivos. Uma economia de molde gandhiano teria que criar unidade locais articuladas em rede, de baixo custo e submetido ao imperativo ecolgico que probe diminuir custos monetrios se isso aumentar o custo humano ou ambiental. A frase que resume esse molde, seria: no assuma a instancia maior o que a instancia menor capaz de fazer. No se gastaria muita energia com aquilo que se pode gastar pouco, o esforo que deve ser aplicado o necessrio. Existem condies de realizao de uma globalizao solidaria? As condies materiais para a gestao dessa globalizao solidaria, esto em gestao, e, portanto, a humanidade se prope a ela, reestruturar esse sistema falido. Uma dessas condies conscincia planetria, precisa apoiar-se numa tica universalista que o inclua os direitos dos animais e os direitos da terra. A ecossociologia entendida como cincia e arte das relaes sociais, uma necessidade na abordagem cientifica, pois indissolvel as relaes sociais as econmicas, culturais, histricas, territoriais e outras, na construo de uma conscincia planetria. Mas no basta articular a cincia e conscincia planetria, preciso encontrar um meio de realiza-la, aqui que entra a prxis para encontrar o razo funcional. na ao sobre a realidade para transform-la que se aprende a conhece-la em profundidade, e no apenas o suficiente para fundamentar a tecnologia. Um exemplo de prxis desse novo paradigma a experincia de formas de economia solidria, que adotam uma poltica econmica, um novo modo de produzir, distribuir e consumir bens e servios. Ela se baseia em uma organizao em rede, inmeras pequenas unidades autnomas quanto a sua gesto, mas articulada entre
si na consecuo de projetos comuns. Pensar globalmente e agir localmente.
Outros fatores so necessrios na construo de uma globalizao solidaria, mas necessrio um ideal de simplicidade, de no violncia e autonomia local como base de uma nova economia que recusa o ideal produtivista do progresso sem fim.