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O documento discute as várias modalidades de intervenção do Estado na propriedade privada e no domínio econômico, como servidão administrativa, requisição administrativa, tombamento, desapropriação, limitação administrativa e ocupação temporária. Também aborda os limites e procedimentos para a intervenção estatal, bem como suas formas no domínio econômico, como controle de preços e abastecimento.
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Breve Resumo Sobre a Intervenção que o Estado exerce sobre a propriedade
O documento discute as várias modalidades de intervenção do Estado na propriedade privada e no domínio econômico, como servidão administrativa, requisição administrativa, tombamento, desapropriação, limitação administrativa e ocupação temporária. Também aborda os limites e procedimentos para a intervenção estatal, bem como suas formas no domínio econômico, como controle de preços e abastecimento.
O documento discute as várias modalidades de intervenção do Estado na propriedade privada e no domínio econômico, como servidão administrativa, requisição administrativa, tombamento, desapropriação, limitação administrativa e ocupação temporária. Também aborda os limites e procedimentos para a intervenção estatal, bem como suas formas no domínio econômico, como controle de preços e abastecimento.
Interveno do Estado na Propriedade e no Domnio Econmico
O Estado pode intervir na propriedade particular. Helly Lopes de Meirelles
O uso gozo dos bens e riquezas particulares, o poder pblico impe normas e limites, e , quando o interesse pblico o exige, intervm na propriedade privada e na ordem econmica, atravs de atos tendentes a satisfazer as exigncias coletivas e a redefinir a conduta anti-social da iniciativa particular. Modalidades de Interveno: 1. Modalidades 1.1. Servido administrativa/pblica nus real de uso imposto pela Administrao propriedade particular para assegurar a realizao e conservao de obras e servios pblicos ou de utilidade pblica, mediante indenizao dos prejuzos efetivamente suportados pelo proprietrio. Em resumo: a) A natureza jurdica a de direito real; b) Incide sobre bem imvel; c) Tem carter de definitividade; d) A indenizao prvia e condicionada (neste caso s se houver prejuzo); e) Inexistncia de auto-executoriedade: s se constitui mediante acordo ou sentena judicial. 1.2. Requisio administrativa a utilizao coativa de bens ou servios particulares pelo Poder Pblico por ato de execuo imediata e direta da autoridade requisitante e indenizao ulterior, para atendimento de necessidades coletivas urgentes e transitrias. Segundo o art. 5, XXV da CF: XXV - no caso de iminente perigo pblico, a autoridade competente poder usar de propriedade particular, assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano. Em resumo: a) direito pessoal da Administrao (a servido direito real); b) Seu pressuposto o perigo pblico iminente (na servido inexiste essa exigncia, bastando a existncia de interesse pblico); c) Incide sobre bens mveis, imveis e servios (a servido s incide sobre bens imveis);
d) Caracteriza-se pela transitoriedade (a servido tem carter de
definitividade); e) A indenizao, somente devida se houver dano, ulterior (na servido, a indenizao, embora tambm condicionada existncia de prejuzo, prvia). 1.3. Tombamento O Estado interfere na propriedade privada para resguardar o patrimnio cultural brasileiro (de ordem histrica, artstica, arqueolgica, cultural, cientfica, turstica e paisagstica). Diante do art. 216, 1 da CF: 1 - O Poder Pblico, com a colaborao da comunidade, promover e proteger o patrimnio cultural brasileiro, por meio de inventrios, registros, vigilncia, tombamento e desapropriao, e de outras formas de acautelamento e preservao. 1.4. Desapropriao A transferncia compulsria de propriedade particular (ou pblica de entidade de grau inferior para a superior) para o Poder Pblico ou seus delegados, por utilidade ou necessidade pblica ou, ainda, por interesse social, mediante prvia e justa indenizao em dinheiro (CF, art. 5, XXIV), salvo as excees constitucionais de pagamento em ttulos da dvida pblica de emisso previamente aprovada pelo Senado Federal, no caso de rea urbana no edificada, subutilizada ou no utilizada (CF, art. 182 4, III), e de pagamento em ttulos da dvida agrria no caso de reforma agrria, por interesse social (CF, art. 184). Conforme tambm art. 5, XXIV da CF: XXIV - a lei estabelecer o procedimento para desapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social, mediante justa e prvia indenizao em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituio. Os bens que foram desapropriados unem-se ao patrimnio do indivduo no qual efetuou a desapropriao, sendo utilizado pelo prprio indivduo expropriante, incidir a integrao definitiva, pertencendo assim ao patrimnio do indivduo para o necessitado fim, quando a desapropriao ocorrer para fins de explorao de terceiros, tem-se a integrao provisria. 1.5. Limitao administrativa Toda imposio geral, gratuita, unilateral e de ordem pblica condicionadora do exerccio de direitos ou de atividades particulares s exigncias de bem-estar social. Provm do poder da polcia da Administrao e exteriorizam-se sob modalidades, entre elas:
Positiva (o FAZER fica obrigado a realizar o que a Administrao impe);
Negativa (o NO FAZER abster-se do que lhe vetado); Permissiva (o PERMITIR FAZER permitir algo em sua propriedade). Em resumo: a) So atos legislativos ou administrativos de carter geral (todas as demais formas interventivas decorrem de atos singulares, com indivduos determinados); b) Tm carter de definitividade (igual ao das servides, mas diverso da natureza da requisio e da ocupao temporria); c) O motivo das limitaes administrativas vinculado a interesses pblicos abstratos (nas demais formas interventivas, o motivo sempre a execuo de obras e servios pblicos especficos); d) Ausncia de indenizao (nas outras formas, pode ocorrer indenizao quando h prejuzo para o proprietrio). 1.6. Ocupao temporria/provisria a utilizao transitria, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo Poder Pblico, para a execuo de obras, servios ou atividades pblicas ou de interesse pblico. o que, por exemplo, ocorre normalmente quando a Administrao necessita de ocupar terreno privado para fins de depositar equipamentos e materiais com o objetivo de realizar obras pblicas nas imediaes. Resume-se: a) Cuida-se de direito de carter no real (igual requisio e diferente da servido); b) S incide sobre a propriedade imvel (neste ponto igual servido, mas se distingue da requisio, que incide sobre mveis, imveis e servios); c) Tem carter de transitoriedade (o mesmo que a requisio; a servido, ao contrrio, tem natureza de permanncia); d) A situao constitutiva da ocupao a necessidade de realizao de obras e servios pblicos normais (a mesma situao que a servido, mas diversa da requisio, que exige situao de perigo pblico iminente); e) A indenizao varia de acordo com a modalidade de ocupao temporria: se for vinculada desapropriao, haver dever indenizatrio; se no for, inexistir em regra esse dever, a menos que haja prejuzos para o proprietrio (a requisio e a servido podem ser, ou no, indenizveis; sendo assim, igualam-se, nesse aspecto, ocupao temporria no
vinculada desapropriao, mas se diferenciam da primeira modalidade,
com desapropriao, porque esta sempre indenizvel). 2. Consideraes finais A interveno do Estado na propriedade privada, muda assim o seu carter, no podendo ser concebido o interesse somente com fim a si mesma, mas aderir necessidade para a utilizao pela maioria, passando assim a sociedade aproveitar de maneira mais ampla, promovendo o bem-estar social. Portanto, necessrio que o Judicirio esteja disposto para tutelar a contrariedade dos direitos individuais e os sociais que a coletividade enfrenta. No atendendo a isso incidir na omisso a conter s aspiraes da sociedade. Aderindo a estas medidas, sem se valer de qualquer placidez, impulsiona a economia interna e externa do pas e prestigia os dogmas de uma sociedade que protesta alm da abdicao do Estado. Procedimento Interventivo: A interveno, quer na propriedade particular, quer no domnio econmico, no se efetiva arbitrariamente ou mediante critrios ou interesses dos gentes pblicos. Prevista na Constituio regulamentada por lei, no que se refere ao modo e forma de sua execuo. Qualquer comportamento pblico desgarado desse limite torna nula a interveno e enseja a reponsabilidade do agente. Limites: A interveno do Estado que vimos estudando deve observar certo limites. Com efeito, circunscreve-se a ao interventiva, de um lado, pela proteo dos interesses da comunidadee, de outro, pela observncia dos direitos e garantias dos administrados. Na conciliao dessas duas necessidades residem os limites da interveno do Estado na propriedade e no domnio econmico. Interveno no domnio econmico. Todo ato ou medida legal que restringe, condiciona ou suprime a iniciativa privada em dada rea econmica, em benefcio do desenvolvimento nacional e da justia social, assegurados os direitos e garantias individuais. 1. Controle de Preos 2. Controle do Abastecimento 3. Represso ao abuso do Poder Econmico 4. Monoplio 5. Fiscalizao 6. Incentivo 7. Planejamento