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Assassinato de

John Fitzgerald
Kennedy
(1963)
INFORMAÇÃO IMPORTANTE

O texto que se segue é uma reprodução escrita,


com pequenas adaptações e esclarecimentos, do
programa exibido pela Rádio e Televisão de
Portugal, “1963 – Assassinato de John Fitzgerald
Kennedy”, integrado na série “50 Anos 50 Notícias”,
de 2007.
Como tal, cumpre-me esclarecer que toda a
informação constante deste documento foi
apresentada pela citada estação de televisão
portuguesa, aquando da exibição do documentário
referido.
Resta-me recordar, em último lugar, que no ano
de 2007 a Rádio e Televisão de Portugal celebrou o
seu quinquagésimo aniversário.
ASSASSINATO DE JOHN FITZGERALD
KENNEDY (1963)

No dia 22 de Novembro de 1963, a meio do


Telejornal das 19h30, as indicações foram escritas à
pressa no texto do locutor. Chegara uma notícia de
última hora: o presidente Kennedy foi alvejado,
quando seguia num cortejo, de automóvel, em
Dallas, no Estado do Texas. Um fotógrafo informou
ter visto sangue na cabeça do presidente. O
encarregado de segurança declarou aos jornalistas:
“O presidente está morto!”.
Em cima do acontecimento, a televisão foi dando
todos os pormenores de uma notícia que o mundo
conheceu de forma quase instantânea:
(Walter Cronkite, jornalista americano da CBS,
anuncia a morte de Kennedy) “From Dallas, Texas,
the flash, apparently official. President Kennedy
died at 1:00 P.M. Central Standard Time, two o'clock
Eastern Standard Time.”
John Kennedy fora o primeiro presidente a usar
plenamente a televisão como meio global de
comunicação. No debate televisivo, venceu através
da imagem, contra um adversário desajeitado,
Richard Nixon, que não conseguiu esconder as
olheiras das câmaras.
Em Portugal, a eleição de Kennedy, presidente
católico, fora recebida com optimismo. Apreciou-se
o gesto de firmeza com que o presidente enfrentou,
em Berlim, a construção do Muro, e mobilizou o
Ocidente contra o comunismo.
(Discurso do presidente Kennedy em 26 de Junho
de 1963) «All free men, wherever they may live, are
citizens of Berlin, and, therefore, as a free man, I
take pride in the words "Ich bin ein Berliner."»
(Adriano Moreira, ministro do Ultramar em 1963)
“Quando ele vem e termina o seu discurso, dizendo
«eu também sou um berlinense», a Europa
consagrou a atenção àquele jovem presidente.”
Mas as posições da Administração Norte-
Americana em relação a África, apoiando a auto-
determinação das colónias, fizeram de Kennedy um
inimigo aos olhos de Salazar. Um confronto de
bastidores complicado entre dois aliados da NATO.
(Adriano Moreira) “Os EUA insistiram que não
tinham nenhum interesse em África, económico,
etc. Eu julgo que a afirmação era exagerada, (pois)
tinham, efectivamente, esse interesse.”
(Neves da Costa, jornalista da RTP em 1963)
“Foram os EUA que, e isto hoje diz-se e é verdade,
iniciaram a Guerra em Angola.”
Os americanos apoiaram a UPA (União dos Povos
de Angola) e, para Salazar, a tomada de
Nambuangongo, em Angola, e a consequente
derrota do movimento de Holden Roberto foi sinal
de vitória política sobre a Administração Kennedy.
(Neves da Costa) “Dois batalhões de infantaria e
um esquadrão de cavalaria fizeram com que a
grande potência mundial, os EUA, mudasse a sua
estratégia”
Em 1962, a “Crise dos mísseis” obrigou Kennedy
a reaproximar-se de Portugal. Perante a presença
de mísseis em Cuba, a Base das Lajes, nos Açores,
tornou-se vital para os EUA. Salazar apostava no
agravamento da Guerra Fria, para afrouxar a
pressão dos americanos sobre (as colónias em)
África.
No dia do assassinato, a RTP dedicou uma
emissão especial à morte do presidente Kennedy,
emitindo uma biografia do presidente assassinado
fornecida pela embaixada americana.
(Vasco Hogan Teves, jornalista da RTP em 1963)
“Um dos argumentos que levou a que ele (Manuel
Figueira) saísse da RTP foi isso, houve mais, mas o
peso da morte do Kennedy, da maneira como a RTP
tratou o assunto, nunca se desvinculou da saída
dele.”
O afastamento do Director de Informação, Manuel
Figueira, um homem próximo de Marcello Caetano,
mostra que o regime de Salazar não perdoou a John
Kennedy, nem mesmo no dia do seu
desaparecimento.

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