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UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Campus de Toledo
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCHS

TEMA: Mulheres, Poder e Política


Linha de Pesquisa: 2. Democracia e Políticas Públicas

MARIA LACI KUNZLER

TOLEDO, 03 DE FEVEREIRO DE 2010


SUMÁRIO

1.Sumário...............................................................................................................................02
2. Resumo..............................................................................................................................03
3. Introdução..........................................................................................................................04
4. Problema ..........................................................................................................................05
5. Hipótese de trabalho e justificativa....................................................................................06
6. Objetivos............................................................................................................................07
7. Metodologia.......................................................................................................................08
8. Bibliografia........................................................................................................................09
RESUMO:

Esta dissertação questiona a pouca participação das mulheres na representação política, çom
a pesquisa em quatro cidades do Oeste do Paraná como base de análise. Esta pesquisa
reporta-se a primeira eleição realizada na década de 50 até a última. O objetivo é buscar a
razão dessas tão restritas participações, através de uma pesquisa de campo entre as
vereadoras e ex-vereadoras e uma análise teórica que justifique esses levantamentos. Com
isto, verificar de onde vem a história de desigualdade e discriminação a qual dá origem ao
um processo de opressão e subordinação das mulheres, aos homens, não chegando a cargos
de poder. E as mudanças sugeridas , onde que algumas já estão se tornando reais na medida
em que há definição de políticas públicas sólidas em educação e cultura, as quais provocam a
erradicação dos preconceitos e generalizações de um processo histórico cultural machista da
nossa sociedade.

Palavras-chave: representação política, histórico cultural, cidadania.


INDRODUÇÃO

Esta dissertação pretende contribuir para uma análise sobre a trajetória histórica das
mulheres nos cargos eletivos com dados de eleições, onde percebemos que as mulheres estão
evoluindo muito pouco nestes quadros. Na apresentação de tabelas de duas eleições de
deputadas federais e senadoras, e três anos consecutivos de eleições municipais. A
demonstração dos números nos aponta que a porcentagem de um ano para outro se mantém
no mesmo número aproximadamente.
Uma pesquisa será feita tendo como base, quatro cidades da Região Oeste do Paraná:
Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu e Guaíra, o levantamento de dados sobre eleições da década
de 50, até o ano de 2004. Isto traz um questionamento: o que faz com as mulheres que não
consigam se eleger como vereadoras? Por que em outros cargos elas já chegam à chefia, em
número até bem expressivo? Percebendo isso se buscou através de um questionário, saber
das vereadoras em questão, a resposta sobre: participação das mulheres, partidos, cotas,
campanhas, família e sua participação no campo político como mulher, para investigar o
motivo deste número reduzido. Já em entrevistas e questionamentos com elas , são unânimes
nas respostas apontando as dificuldades por elas enfrentadas. As vereadoras nas suas
colocações apontam que por razão deste sentimento de desigualdade perante os homens,
muitas ainda sofrem de submissão e dominação. Existem muitas mulheres capazes e com
vontade de exercer cargos eletivos, mas elas sentem descriminação, criado pelo processo
histórico cultural,também sabendo-se que elas não dispõem do mesmo tempo que os homens
para irem à busca de formação política e informações, mas elas ainda tem o dever de serem
donas de casa, mesmo que discretamente este lugar lhes é destinado e aceito por elas.
Não bastam lamentações, as mulheres precisam ir em busca de seu espaço na política
representativa, fazendo a distribuição de tarefas domésticas com os maridos, para que elas
tenham tempo de fazer boa formação política, embasada nas relações de gênero, para que se
sintam seguras e confiantes na disputa do poder.
Com as políticas públicas em vigência, exigindo o seu cumprimento, as mudanças se
tornarão sólidas na medida de sua implantação, na educação e cultura, as quais provocam a
erradicação dos preconceitos e generalizações de um processo histórico cultural machista da
nossa sociedade. O sistema político eleitoral e partidário brasileiro precisa ser repensado, de
forma que possa haver uma democracia e ética, incluindo o fazer político feminino, com
sentimento e acolhimento de propostas, propiciando uma representação de projetos políticos
e de segmentos sociais, que favoreçam os anseios do povo.

PROBLEMA:

Existe uma grande necessidade de refletir sobre a problemática das mulheres na


representação política, com desigualdade perante os homens. Não somente na política, mas
também na esfera do trabalho e convivência na sociedade. Este problema se torna real
quando se estuda a realidade social das mulheres, em busca de libertação em direção de
igualdade de gênero.
Nos estudos e participação em inúmeros seminários, congressos e oficinas, que
percebi que se tratava praticamente só de violência contra as mulheres, neste sentido me
direcionei mais para a participação da mulher em política, ou cargos de poder. O que fica
evidente o machismo enorme nesta esfera, onde que o homem age de forma autoritária e
hostil, permitindo muito pouco a entrada da mulher neste setor, como detentora de um cargo
de poder, somente poderes subalternos. Este instrumento pretende colaborar para que
mulheres e homens reflitam sobre suas práticas políticas e para que a igualdade de gênero
passe da letra morta da lei para a realidade, ou seja, não apenas para que tenhamos um maior
número de mulheres candidatas (mínimo 30% como prevê a Lei), mas para que tenhamos um
maior número de eleitas.
HIPÓTESE DE TRABALHO E JUSTIFICATIVA:

As lutas das mulheres que se destacaram na política são em grande parte para superar as
desigualdades de condições, que lhes são impostas através da história machista, em que a
mulher seria submissa ao homem, dessa maneira não podendo competir de igual com este.
Muitas mulheres participam da história política, mas tão somente em cargos
subalternos, ou em setores comunitários, assistenciais, ou seja, os cargos onde que as
mulheres participam no seu tempo vago. Segundo dados da própria Secretaria Especial dos
Direitos da Mulher, hoje, em se considerando as capitais brasileiras, apenas 19,85% das
secretarias são chefiadas por mulheres. Há diferenças regionais, sendo que no norte, 31,81
das secretarias são chefiadas por mulheres, e no Sul apenas 7,4%. Uma disparidade bem
grande, que também pode ser observada quando analisados os dados para as eleições da
Câmara Federal e do Senado.
A realidade não é diferente quando se observa o nível local e este fato está associado
a uma visão que quando admite a participação da mulher na política o faz quase que
exclusivamente com papéis ainda voltados para o feminino.
Não obstante isto, o movimento feminista pode ser apontado como um dos mais bem
sucedidos movimentos sociais brasileiros tendo obtido vitórias expressivas na política e em
outros setores da vida social, a exemplo da lei de cotas para mulheres na política e da
recentemente publicada Lei Maria da Penha.
Entretanto, os dados mostram que assim como a violência doméstica ainda é um
problema, a presença feminina na política representativa ainda está longe de atingir um
patamar de igualdade com os homens. Torna-se necessário então atuar sobre este quadro e o
que se pretende com este trabalho é exatamente isto: fornecer subsídios para que a mulher
possa empoderar-se como agente política visando a, se não extinguir, ao menos diminuir a
gritante diferença de sua presença na política representativa com relação aos homens.
Seguem algumas sugestões de como as mulheres poderão adquirir ferramentas, que
possam ajudá-las a melhorar a sua participação no campo da política. Além disto,
apresentando a mulher e o homem o próprio conceito de política, e através de um estudo de
caso no oeste paranaense propõe um olhar e uma perspectiva de transformação para a
realidade nacional.

OBJETIVOS:

-Ser instrumento para a inserção feminina na política representativa contribuindo desta forma
para que esta flagrante desigualdade de gênero neste quesito seja diminuída atuando em
conjunto com as políticas de ação afirmativa (Lei de Cotas)
-Demonstrar através de pesquisas e argumentações teóricas, que as questões de gênero, mais
precisamente na política representativa, são construções sociais através da cultura histórica
machista.
-Conscientizar as mulheres, que é necessário romper com a cultura machista, para que as
mulheres possam mostrar a sua capacidade nos cargos eletivos da política, desempenhando
com capacidade igual aos homens.
-Fornecer instrumentos para o conhecimento e a avaliação de políticas vinculadas à inserção
da mulher na política representativa.
-Contribuir para o aumento do número de mulheres nos cargos públicos e cargos de poder.
METODOLOGIA:
-Leitura e estudo em livros para a teoria ;
-Pesquisa em internet para a teoria;
-Pesquisa nas Câmaras Municipais das quatro cidades citadas;
-Aplicação de questionários para as vereadoras e vereadores;
-Entrevistas com a sociedade.
BIBLIOGRAFIA:
ALAMBERT, Zuleika. A mulher na história. A história da mulher. Fundação Astrogildo
Pereira/FAP; Abaré. 2004.
ALAMBERT, Zuleika. Feminismo. O ponto de vista marxista. ED. Nobel.
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JUCOVSKY, Vera Lucia Rocha Souza. Representação política da mulher. São Paulo:
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TABAK, Fanny. Mulheres públicas: participação política e poder.Rio de Janeiro:Letra
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NAZZARI, Rosana Kátia. Partidos e comportamento político no Brasil. Cascavel:
EDUNIOESTE, 2006.
SALVATTI, Ideli. Direitos da mulher. Senado Federal: Secretaria Especial de Editoração e
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FARAH, Marta Ferreira Santos. Gênero e políticas públicas. Rev. Estud. Fem. Abr 2004,
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CEPAT. Guerreiras. Herança sem Testamento. Boletim de circulação interna. Curitiba,
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