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Vida e existência

da Unidade do Real à multiplicidade de realidades imaginárias

VII encontro ecumênico de educação e cultura para a paz

palestra realizada na biblioteca pública Amadeu Amaral, em 2007, na cidade de


São Carlos

Adilson Marques

Texto revisto para publicação em fevereiro de 2010


Ficou conhecido como a “Década do Cérebro” o período que foi de 1990 ao
ano 2000. Nunca se investiu tanto em pesquisas para decifrar o funcionamento
desse órgão que a ciência acredita ser capaz de criar todas as percepções,
emoções e pensamentos que vivenciamos em nossa existência humana.

O avanço alcançado no período fez com que alguns neurocientistas mais


afoitos proclamassem a “comprovação” da não existência de Deus e muito menos
da chamada realidade espiritual.

Porém, tais pesquisas científicas sobre o cérebro não estariam


demonstrando o que os mestres espiritualistas orientais sempre afirmaram? Ou
seja, que as percepções, as emoções e os pensamentos são ilusórios e nos
afastam do Real? Para estes mestres, o Real só pode ser atingido quando
transcendemos os atributos do Ego (percepções, sensações, emoções, formações
mentais etc.) que são, realmente, criações do cérebro.

Atualmente, algumas abordagens científicas não-ortodoxas já aceitam que


vivemos imersos em uma vasta rede de vibrações e oscilações energéticas,
porém, o que vivenciamos e chamamos de realidade é uma projeção imaginária
criada dentro do cérebro, formada por percepções, sensações, racionalizações e
emoções. Em suma, o que chamamos de mundo material é apenas um tecido ou
campo onde bilhões de corpúsculos em movimento (elétrons) arrastam turbilhões
de ondas eletromagnéticas das mais variadas freqüências, sem se misturarem.

Vamos exemplificar através de uma experiência cotidiana na vida de todos:


as ondas de rádio e de TV que se transformam em sons e em imagens. As ondas
emitidas pelas emissoras estão nos envolvendo nesse exato momento, pois elas
se encontram espalhadas pelo Universo. Mas, para captar essas ondas e
transformá-las em imagens ou em sons precisamos de antenas receptoras e de
aparelhos específicos para fazer a decodificação dessas vibrações energéticas.
Ou seja, exatamente o que fazem os órgãos dos sentidos e o cérebro,
respectivamente, para enxergamos mesa, cadeiras, corpos físicos, ruas, árvores,
Sol, Lua etc.
Porém, enquanto a maioria dos cientistas acredita no acaso, será que não
haveria uma finalidade providencial ou divina por trás desse processo? Quem
sabe toda essa realidade imaginária que apenas existe dentro do nosso cérebro
não foi criada para que possamos aprender a amar e sermos felizes de forma
incondicional? Não seria isso o vivenciar com sentimento e consciência espiritual
uma experiência ou existência provisória, ou humanizada?

Apesar de sabermos que muitos pesquisadores, entre eles, os


neurocientistas, são ateus e não acreditam na existência do espírito, direcionando,
assim, as conclusões de suas pesquisas, estas trazem dados preciosos que
podem ser interpretados de uma outra maneira. Em outras palavras, o que estes
neurocientistas costumam falar na TV não deve ser aceito como verdades
absolutas. São apenas interpretações que, na maioria das vezes, tomam a causa
pelo efeito.

Por exemplo, sabemos que pela fragmentação do saber, os ramos


científicos raramente se cruzam, mas o que aconteceria se os neurocientistas
pensassem o mundo material de forma semelhante aos físicos quânticos, que
estudam e desvendam os mistérios sub-atômicos da matéria? Será que eles
também não pensariam como Einstein quando este afirmou que o materialismo
acabou por absoluta falta de objeto de estudo?

A neurociência parte do pressuposto que os órgãos da percepção captam o


“mundo real”, mas, se o mundo REAL é formado por uma infinidade de ondas ou
vibrações energéticas, tal pressuposto para se realizar estudos complexos sobre o
cérebro não seria limitado e incompleto? Ou seja, pensar dessa forma nos leva a
considerar tudo aquilo que transcende a percepção ilusória “normal” como
“alucinação”. Mas será que podemos chamar de patologia mental, por exemplo,
todo o potencial perceptível dos videntes e dos clarividentes?

O conceito de “alucinação” utilizado pela neurociência é suficiente para


abarcar todas as realidades possíveis? Ou tudo que é perceptível deveria ser
classificado como “alucinação”, até aquilo que estes cientistas acreditam que seja
o “mundo real”?
Se aceitarmos que até aquilo que chamamos de “mundo real” não passa de
uma criação imaginária dentro do cérebro, o erro não está em tratar algumas
percepções como “alucinações”, mas em considerar que há percepções que não
sejam “alucinações”.

Vamos exemplificar melhor o que estamos dizendo. Você, neste momento,


está acreditando que está neste auditório ouvindo uma palestra. Você está vendo
paredes, poltronas e outras pessoas aqui dentro. Porém, estas percepções são
ilusórias, elas formam uma realidade imaginária, pois, a única coisa que existe
nesse ambiente é um campo de energia com bilhões de átomos cujos elétrons
circulam a uma velocidade de aproximadamente 940 km/s., segundo os físicos.

E são estes elétrons que conduzem os chamados fótons que sensibilizam a


retina dos olhos e, em seguida, são transformados em pulsos elétricos que serão
levados até o cérebro onde a imagem dessa parede será criada. E não só a
imagem, também a sensação de que a parede é lisa e não rugosa.

Em outras palavras, esta parede não existe fora, mas dentro do seu
cérebro. E a energia que está formando a imagem parede é a mesma energia que
está criando a imagem “vazio” onde você vivencia a ilusão de ver o meu braço se
movimentando com um livro na mão.

Ou seja, a imagem da minha mão segurando um livro ou de seu corpo


sentado em uma poltrona é um filme construído dentro do seu cérebro, já que os
nossos corpos, as paredes, as poltronas e o próprio “vazio” são formados pelo
mesmo elemento que vamos chamar de “energia cósmica” ou “energia escalar”,
segundo alguns físicos contemporâneos.

Em suma, REAL é a energia que está tanto no “espaço vazio” onde o braço
se movimenta e no “espaço preenchido” por paredes e outros objetos. O “espaço
vazio” e o “espaço ocupado por parede” são realidades imaginárias ou
“alucinações”. Porém, como o cérebro da maioria das pessoas só é capaz de criar
essa decodificação, os neurocientistas vão dizer que está “alucinando” a pessoa
que, além da parede, diz que vê, encostados nela, um índio nu, um médico e um
hindu com turbante. Porém, todos estão “alucinados”, tanto os que enxergam só a
parede como os que enxergam encostados nela essas três “entidades espirituais”.

Mas vamos adiante. Pela atual visão de mundo da neurociência, será


também classificado como “delírio” o fato de alguém ouvir o que dizem os espíritos
citados acima: o índio, o médico e o hindu. Então, qual a diferença entre o delírio
da neurociência e a clariaudiência estudada pela parapsicologia, pelo espiritismo
ou pelos ocultistas? Nenhuma. O único problema é que a neurociência é
classificada como cientifica e as outras não. Isso dá crédito para que as bobagens
ditas por estes cientistas sejam destacadas pela mídia como verdades absolutas.

Porém, O que importa dizer é que o cérebro, por mais maravilhoso e


complexo que seja, não foi programado para transformar em realidade todas as
vibrações visuais, olfativas, sonoras etc. que existem no universo. Ou seja,
somente aquelas ondas que vibrarem dentro de determinados limites serão
decodificadas pelo nosso cérebro. Assim, o que a neurociência chama de
realidade é apenas uma ponta de um imenso iceberg, apenas uma parte ínfima
das vibrações e energias que existem ao nosso redor o nosso cérebro consegue
transformar em percepções, sensações, formas materiais etc.

Eu gosto de dizer que o nosso cérebro não é um criador de realidades, mas


um redutor de realidades. Ao nosso lado, nesse momento, tem vários seres
incorpóreos e uma infinidade de objetos que não conseguimos ver ou tocar. Um
médium vidente poderia nos descrever vários fatos que estão acontecendo aqui
dentro desse auditório e que escapam da nossa percepção dita normal.

Os médiuns videntes são pessoas que por alguma razão nasceram


programadas para transcender a barreira do “normal” e, assim, conseguem
decodificar outras ondas energéticas. Em suma, os médiuns são pessoas que
conseguem realmente estabelecer comunicação visual ou auditiva com seres
incorpóreos, decodificando ondas visuais e sonoras que o cérebro da maioria das
pessoas não está programado para fazer.

É por isso que eu digo sem medo daqueles que se acham donos da
verdade que muito do que a neurociência classifica como “delírio” é um fato
natural chamado pelos ocultistas de clariaudiência. E muito do que a neurociência
classifica como “alucinação” é, na verdade, clarividência.

Muitos devem estar pensando porque o título dessa palestra é vida e


existência. Por que estou diferenciando estas duas palavras. Para mim, vida é a
do espírito. Esse possui uma única vida, mesmo que ela se processe ao longo de
várias existências. E cada existência humana não passa de um estado hipnótico
vivenciado pelo espírito eterno. Como assim?

Vamos explicar melhor. Para cada existência, para cada ciclo de


nascimento e morte, é necessário velar nossa consciência espiritual, algo similar
ao que acontece quando a pessoa é hipnotizada. Eu não gosto dessa palavra
encarnação, porque a carne não passa de energia, portanto, ela também é
ilusória, mas vamos usá-la assim mesmo. Para cada encarnação, o espírito
necessita entrar em um estado similar ao do transe hipnótico para criar o ego, ou
seja, uma consciência provisória que o fará acreditar que é homem ou mulher,
branco ou preto, brasileiro ou argentino, torcedor do Corinthians ou do Palmeiras
etc.

O ego é o responsável pela realidade imaginária que vivenciamos na Terra.


É graças a esse estado hipnótico que deixamos de pensar como espírito puro, que
apenas ama e é feliz, para acreditarmos nas verdades que o ego nos apresenta.
Isso nos fará vivenciar uma série de emoções e pensamentos ilusórios. Por
exemplo, o espírito que hoje acredita que é brasileiro fica eufórico quando a
seleção brasileira de futebol vence de goleada a da Argentina. Porém, imagine o
que acontecerá se daqui a 80 anos esse mesmo espírito encarnar na Argentina.
Ao ler na Internet que no início do século XXI sua seleção levou uma goleada da
seleção do Brasil ele vai se deprimir, sem se lembrar que já teve uma existência
como brasileiro.

Ou seja, o mesmo fato causará euforia e desânimo no mesmo espírito, em


encarnações diferentes, obviamente se ele se deixar levar pela realidade
imaginária típica da experiência humanizada, criada pelo ego. Se ele for um
espírito mais esclarecido, saberá que não é homem ou mulher, e muito menos
brasileiro ou argentino, branco ou preto, entre outras armadilhas criadas pelo ego,
e não sofrerá. O mesmo acontece com a morte. Por que tememos tanto a morte?
Porque acreditamos no ego e não nos lembramos que somos espíritos eternos e
que a morte é apenas o coroamento de mais uma existência.

Dentro dessa mesma linha de raciocínio, eu pergunto: existe diferença entre


o que chamamos de estado de vigília e o que chamamos de sonho? Quando você
sonha, você tem consciência que aquilo é um sonho ou você participa dele como
se fosse realidade? Quando você sonha, você sente os objetos, vê e conversa
com outras pessoas. Quem aqui já sonhou que fazia sexo? Quem aqui já sonhou
que levava um choque? Durante o sonho tudo não parecia real?

Eu só consigo me dar conta que estava sonhando quando acordo e vejo o


meu corpo sobre a cama e não dentro de um carrinho de montanha russa ou
jogando futebol, por exemplo.

Somente ao acordarmos é que tomamos consciência que estávamos


sonhando. E a maioria das pessoas acredita que voltaram ao “mundo real” e que
todas as percepções, sensações e emoções vivenciadas durante o sonho foram
ilusórias, pois tudo não passou de um sonho. Porém, não poderia estar
acontecendo o mesmo no que chamamos de “mundo real”? Ou seja, quem sabe
um dia iremos acordar do “mundo real” da mesma forma como acordamos
diariamente do mundo dos sonhos, e vamos perceber que tudo aquilo que
acreditávamos ser real não passou também de um sonho.

Nesse momento, vamos tomar consciência que somos espíritos eternos e


vamos sair do transe hipnótico que nos fez acreditar que éramos homens ou
mulheres, brancos ou pretos, brasileiros ou argentinos...

Eu chamo esse despertar de “ressurreição”. Porém, acredito que não


precisamos esperar para nos libertar desse outro tipo de sonho criado pelo ego
somente após o nosso desencarne, ou seja, quando nosso espírito estiver
desligado dessa matéria ilusória que chamamos de corpo físico.

Se fizermos nossa “ressurreição” agora, deixamos de sofrer, deixamos de


emanar energias que não sejam amorosas para o Universo. Além disso, deixamos
também de julgar e criticar o que quer que seja. Paramos de emanar energias e
sentimentos negativos, aqueles que nos deixam doentes, com câncer, ulcera e
tantas outras enfermidades físicas, emocionais e mentais.

Ao “ressuscitarmos” nos tornamos menos ambiciosos e vencemos também


a tentação de julgar o mundo imaginário em que estamos momentaneamente
inseridos em termos de padrões ilusórios: “certo” e “errado”, “bem” e “mal”,
“superior” e “inferior” etc. Em suma, enquanto acreditarmos nas percepções,
emoções ou pensamentos gerados pelo ego e registrados em nosso cérebro, o
mais provável é que deixaremos escapar a felicidade, o estado natural do espírito
puro, e vamos ser seduzidos para sentir alegria ou tristeza, euforia ou desespero
de acordo com as vicissitudes da existência humanizada.

Aí está o sentido da existência para o espírito. Este precisa passar por


experiências humanizadas, com sua consciência velada, para provar a ele mesmo
que é capaz de ser feliz sem condicionar sua felicidade na conquista de “riquezas
ilusórias”: bens materiais, bens sentimentais e bens culturais. É por isso que ele
precisa ser hipnotizado para acreditar que é “pai”, “mãe”, “irmão”, “avô”, “filho” etc.
e sofrer quando alguém por quem sente apreço desencarna. O papel do ego é
fazer o ser humano lamentar a morte e não fazê-lo ter a esperança que o mundo
espiritual é muito melhor que este, pois viemos de lá e para lá retornaremos.

Somente com a “ressurreição” é que conseguimos compreender que somos


espíritos eternos passando por mais uma experiência humana. Alcançar essa
consciência ainda preso a um corpo físico torna o fardo da existência muito mais
leve. Superamos essa realidade ilusória chamada morte; compreendemos que
todos nós, encarnados ou não, somos irmãos espirituais e que nossa condição
natural é como espíritos e não como seres humanizados.

Além disso, ao vivenciar nossas existências humanizadas com consciência


espiritual, fica mais fácil aceitar que, na Terra, cada um vivencia um gênero de
provas escolhido voluntariamente por ele antes de encarnar, ou seja, antes de
passar pelo transe hipnótico necessário para a existência atual se processar. E
também é mais fácil aceitar que somente a energia que recebemos e emanamos
para o universo é REAL, ou seja, só o sentimento (amor ou egoísmo) que
recebemos e emanamos em nossos atos é REAL. Já as formas materiais, como
também as emoções (ciúme, raiva, alegria, tristeza etc.), os pensamentos e as
percepções são criações imaginárias que se processam dentro do cérebro.

Podemos agora voltar àquela pergunta que fiz no inicio da palestra. Será
que as pesquisas sobre o cérebro demonstram realmente que Deus não existe ou
elas vão ao encontro dos ensinamentos de mestres budistas, hinduistas e
taoístas? Estes, por exemplo, nos ensinam a se libertar de todos os tipos de
apegos e de aversões, pois só podemos manifestar apego ou aversão às formas
materiais perceptíveis e se todas elas são imaginárias, pois só existem dentro do
nosso cérebro, são sem substancialidade, são ilusórias.

Observem que eu não falei que estas pesquisas são erradas, apenas as
conclusões é que são precipitadas. Por exemplo, quando a neurociência constata
que a pessoa que experimenta “delírios” sofre porque as vozes que ouve são
acusadoras ou pedem que façam coisas que socialmente não são aconselháveis,
por que tratar essas vozes como algo irreal? Por que não considerar que pode
haver seres incorpóreos que nutrem o desejo de vingança por aquele que
consideram rival, inimigo ou como alguém que os prejudicou nos negócios ou em
outro ramo qualquer da sua existência humanizada? Por que desprezar os
fenômenos que o espiritismo chama de “obsessão” e outros ramos espiritualistas
de “assédio extrafísico”?

Um outro fato interessante é aquele que a neurociência classifica como


zoopsia, ou seja, as “alucinações” do alcoólatra que vê animais peçonhentos como
cobras e aranhas por todos os lugares ou envolvendo seu corpo. E se essa
“alucinação” não for tão alucinada assim? E se tais formas existirem em uma outra
dimensão, invisível para nós. Aliás, muitos sensitivos com vidência enxergam, sem
o uso de drogas ou qualquer produto alucinógeno, vários espíritos deformados ou
com formas animalescas ao lado de alcoólatras, sugando suas energias.

Lembram quando eu disse que o cérebro é um redutor de realidades. A


maioria de nós não enxerga estes espíritos ainda hipnotizados e que estão
condicionados pelo vício que vivenciaram em suas experiências humanizadas ao
lado dos alcoólatras, mas eles estão ali. Eles não têm mais o corpo físico, mas
ainda mantêm o desejo e por isso vampirizam o encarnado viciado em álcool.

Assim, o alcoólatra, muito mais do que “delirar”, esta vendo as companhias


espirituais que possui ao seu lado, pois todos estão vibrando dentro de um mesmo
padrão energético. Eles são amigos de fé, irmãos camaradas.

E o que falar das “alucinações autoscópicas”? Esse palavrão é usado pela


neurociência para classificar um fenômeno muito comum: a capacidade que
muitos sensitivos possuem de sair do corpo conscientemente, ou seja, o que o
espiritismo chama de desdobramento e outras linhas espiritualistas de viagem
astral.

Essa capacidade do ser humanizado, fundamental para tomarmos


consciência de que a vida material é ilusória, é classificada pelos neurocientistas
como um outro tipo de “alucinação”. Obviamente que o mundo descrito pelos que
saem do corpo não deixa de ser também uma realidade imaginária, porém, não
mais do que o mundo material que a neurociência classifica como “real”. Ambos
os mundos são formados, como salientamos, apenas por vibrações e energias. O
cérebro físico só é capaz de transformar em realidade parte dessas vibrações, já o
“cérebro” do desencarnado ou daquele que consegue sair do corpo
conscientemente percebe outras realidades imperceptíveis para nós.

Não discordamos da neurociência quando ela conclui que todos as


percepções, sensações, emoções e pensamentos são produzidos pelo cérebro,
inclusive a noção de tempo e de espaço. Mas podemos ir além e dizer que o
cérebro, pelo menos da maioria das pessoas, não é capaz de processar todas as
informações que chegam até ele. Algumas, porém, por alguma razão ainda
desconhecida processam outras informações. Daí ser pueril chamar tais
percepções como alucinação, delírio ou outra classificação patológica qualquer e
não como parte da realidade, pelo menos daquela pessoa.

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