Estado é uma pessoa jurídica, constituindo um avanço no estudo do próprio e do
interesse coletivo, pois impõe direito e deveres, apartados de seus membros. No transcorrer da história, várias teorias surgiram para explicar, aceitar ou negar a personalidade jurídica do Estado. Na Teoria contratualistas foi colocada a idéia do Estado como pessoa jurídica, através da própria noção de coletividade ou povo como unidade, dotada de interesses diferentes daqueles de cada membro. A partir do momento que o concebe como uma seção de direitos individuais, que só poderia caracterizar uma pessoa própria. Na teoria Ficcionista com personalidade jurídica própria foi reconhecida, baseando em dois ramos. Primeira a Escola Histórica: Savigny concebe a personalidade do Estado como ficção, admitindo que os sujeitos de direito são apenas os indivíduos dotados de consciência. Porém, foi-se estendido o conceito aos grupamentos de interesses coletivos, como sujeitos artificiais, por criação da Lei. Segundo aEscola Normativista do Direito: Kelsen elabora sua teoria, a partir da concepção normativa do Direito e Estado. O Estado é dotado de personalidade jurídica, personificação da ordem jurídica. Afirma que o Direito pode ou não conceder personalidade jurídica ao homem, o mesmo ocorrendo com as comunidades. Teoria Realista: São teorias Organicismo Biológico, que a partir da comparação de ser o Estado uma pessoa grande, união de vários indivíduos, passa a vê-lo sob o prisma de um organismo vivo, por isso teria personalidade jurídica. Temo a Teoria do Organicismo Ético: de Gerber, analisa o Estado como um organismo moral, que existe por si próprio e não fruto de uma criação conceitual, sendo a personalidade jurídica do Estado um meio de construção jurídica e não mera ficção jurídica, desligada da realidade. Acompanhada também da Teoria do Órgão: elaborada por Gierke, baseia-se no entendimento que o Estado é um organismo que através dos órgãos próprios (= pessoas físicas) faz atuar sua vontade, que se expressa e externa através das pessoas físicas. Mais tarde vem a surgir a Teoria da Unidade Organizada: desenvolvida por Laband, anota que o Estado é um sujeito de direito, pessoa jurídica com capacidade de participar das relações jurídicas, baseando-se em que o Estado é uma unidade organizada, que tem vontade própria, a qual não se confunde com a vontade dos que participam da vontade estatal. A Teoria da Unidade Coletiva: elaborada por Jellinek, entende que sujeito, em sentido jurídico, é uma capacidade criada mediante a vontade da ordem jurídica, nada exigindo que tal capacidade seja conferida somente aos indivíduos. Sendo o Estado uma unidade coletiva ele deve possuir a personalidade jurídica. E por fim a Teoria da abstração: de Groppali, anota que a idéia de abstração permite levar em conta os elementos reais, concretos, que existem em um Estado, sem o absurdo de compará-lo a uma pessoa jurídica. E na ultima teoria, a Teoria do Realismo Jurídico: Negam a personalidade jurídica independente do Estado. Temos a posição de Seydel: não existe vontade do Estado, mas sim vontade sobre o Estado, o qual é somente objeto dessa vontade. Posição de Donati: a personalidade jurídica do Estado é a personalidade jurídica dos governantes. E a posição de Duguit: O Estado é entendido como uma relação de subordinação entre os que mandam e os que são mandados. Verificando-se as teorias e posições dos autores podemos afirmar que não há como se refutar a personalidade jurídica do Estado, a qual é acatada e reconhecida, pelo Direito. Assim sendo o Estado passa a ser portador de direitos e obrigações, como os demais entes jurídicos, tornando as relações jurídicas, do próprio Estado, mais estáveis e respeitadas, a partir do momento em que o povo reconhece que o ente estatal também faz parte de toda a relação jurídica que forma o Estado.
O CINEMA DO INTERIOR PARA O INTERIOR UM PANORAMA SOBRE CINEMA ITINERANTE E ESPECTATORIALIDADE CINEMATOGRÁFICA EM COMUNIDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DE SERRINHA - BA - Carla Nascimento Lima