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{ARTIGO}
MITOLOGIAS,
ONTOLOGIAS,
COSMOLOGIA E
HISTRIA:
QUESTES SOBRE VISES DE MUNDO
Introduo
A sede de conhecimento, de tudo saber, entender e explicar
ultrapassou sculos na sociedade ocidental. Filsofos, estudiosos,
procuraram e procuram explicar, analisar, mensurar, e encontrar verdades.
A cincia cartesiana, darwinista, positivista buscava descobrir uma verdade
absoluta sobre o mundo.
Se houve em determinada poca a primazia da explicao do mundo
atravs de modelos baseados na fsica e na biologia as cincias humanas veio
questionar este modelo de cincia fundamentado no empirismo,
determinismo, formulando outras metodologias.
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Grifo nosso
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Almeida (S. d.) afirma que Overing conseguiu obter o sentido dos
postulados ao confront-lo com a realidade dos Piaora encontrando na
ontologia destes as consequncias prticas, ou pragmticas (ao gera efeito;
omisso de ao gera danos) atravs da compreenso deste, mas no
necessariamente compartilhamento: Sob esse ponto de vista, se uma viso
de mundo dos xams salva as aparncias do ponto de vista da ao sobre o
mundo, ela parcialmente verdadeira; e podemos (como o Overing e EvansPritchard) agir como se essa viso fosse verdadeira (ALMEIDA, s. d.).
Desta forma ao agir sobre o mundo, o xam um agente que constri
a realidade, construindo vises de mundo.
Concluso
A busca pela compreenso das relaes entre pensamento e mitos,
cincia e histria, ontologias e cosmologias nos permite ampliar o horizonte
das cincias sociais atravs de quebras de paradigmas e posturas enraizadas
no cotidiano do fazer acadmico que pode correr o risco de virar um senso
comum acadmico, se no procurarmos a todo momento questionarmos
sobre os conceitos e teorias aprendidas. O estudo da Joanna Overing
demonstra bem este fato ao tentar entender os Piaroa, sua cosmologia e
viso de mundo, sem impor verdades procurando treinar o olhar
antropolgico para no cair em atitudes etnocntricas, hierrquicas e
positivistas.
Referncias
ALMEIDA, Mauro.
S. d. Vico e outros: A Construo Social dos Fatos e o Relativismo
Antropolgico [Aula para o Doutorado, IFCH].
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FOUCAULT, Michel.
1996, A ordem do discurso, So Paulo, Loyola.
OVERING, Joanna.
1995, O mito como histria: um problema de tempo, realidade e outras
questes, Mana, RJ, vol. 1 (1): 107-140, out.