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Uma reflexão baseada na compreensão que o apóstolo Paulo tinha da sua chamada e da
sua obrigação na obra de evangelização.
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6. “Ai de mim se não pregar o evangelho!”. A Chave Lingüística do NT Grego
traz que: “oùaí – ai! Uma interjeição denotando dor ou desprazer”. Sendo a
evangelização a sua obrigação, havia no apóstolo uma consciência de que estaria
sujeito a algo perigoso, caso não levasse a cabo o seu cumprimento.
7. O chamado tem obrigação diante de Deus. O chamado não trata as coisas de
Deus como coisa de menor importância. Já o outro, aquele que não é chamado,
está pouco ligando sobre o que Deus pensa ou não; não há nele uma expectação
de juízo; ele quer mesmo é se dar bem (Qualquer crente normal sente vontade de
vomitar quando se lembra da oração da propina!).
1. Paulo tinha verdadeira fixação pelo evangelho, a ponto de dizer: “Tudo faço por
causa do evangelho”. ‘Tudo’ é o tudo dos versos anteriores: “Porque, sendo
livre de todos, fiz-me escravo de todos” (v.19); “Procedi, para com os judeus,
como judeu” (v.20); “Aos sem lei (gentios?), como se eu mesmo o fosse” (v.21);
“Fiz-me fraco para com os fracos” (v.22a); “Fiz-me tudo para com todos, com
o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (v.22b).
2. O que disse Paulo não deixa nenhuma margem para pensarmos que ele era
condescendente, que ele se amoldava a qualquer situação, que ele abria mão dos
preceitos da Palavra, para de algum modo ter trânsito entre as pessoas. Brown
(já citado) interpreta Paulo assim: “Quero deixar bem claro que não me tornei
culpado de usar de expedientes tortuosos. A minha adaptação nunca abalou ou
pôs em cheque a minha dedicação; o meu objetivo é entender a dedicação dos
outros. Um crente que ama os outros tem a liberdade de empregar o seu amor
de formas que mostrem que ele realmente se preocupa com os outros o
suficiente para se esforçar no sentido de entendê-los e apreciá-los. Exercito o
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meu amor em liberdade e a minha liberdade em amor apenas por uma razão:
por causa do evangelho” (pgs 402-403).
3. Se a pregação é uma imposição (por conta do chamado), ela é também um
privilégio; o privilégio da participação (synkoinonós) no evangelho com os
demais. Como nos alegramos com o crescimento do nosso irmão! Quando ele
começa a se desenvolver na participação da igreja local, dando de si nas diversas
atividades que a igreja requer dele. Isso é parte dos privilégios da participação
das coisas comuns a todos os crentes; coisas essas alcançadas somente através
do evangelho de Cristo.
4. Paulo sabia da responsabilidade que tinha com o evangelho, mas também sabia
o que queria em relação ao evangelho. O apóstolo não corria atrás das vantagens
materiais que podem ser conferidas pelo evangelho (v.14); também não corria
atrás do status pastoral ou missionário (foi-se o tempo desse status!) (v.16).
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física e mental, Paulo buscava a mesma disposição para trabalhar bem na causa
do evangelho.
5. O apóstolo reduzia o seu corpo ‘à escravidão’. Ele conduzia com pulso firme as
suas próprias inclinações para alcançar o fim almejado. Quais são as nossas
inclinações naturais? Talvez sejam: sossego, preguiça, sombra e água fresca, e
etc.
6. Rienecker e Rogers (Chave Lingüística já citada) escrevem o seguinte sobre
hupopiazo (esmurrar) e doulagogo (guiar à escravidão): “Os dois verbos dão
um quadro do atleta que faz de tudo para disciplinar a si mesmo e manter seu
corpo sob rigoroso controle, a fim de que possa servir, e não atrapalhar, na
conquista de seus objetivos”.
7. Paulo não queria ser como o atleta que, depois de fazer todas as coisas é
desqualificado, reprovado. Não queria ser um pregador que ganha muitos para o
Senhor, mas na hora da premiação ficar à margem, olhando cabisbaixo,
ressentido, para os que recebem o prêmio.
CONCLUSÃO