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SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA TRATAMENTO

DE AR, ÁGUA, SOLO E RESÍDUOS SÓLIDOS

JUL A SET 2011

Alvo nas
Emissões Hg
CO2

SOx

NOx Remediação na Cidade


Pág. 19

Reuso de Água em Refinarias


Pág . 22

Monitorando Contaminantes
Pág. 26

Análise de Risco Ponderada


Pág. 28

Valorização de Resíduos Sólidos


Pág . 31
www.pollutionengineering.com
www.revistaPE.com.br
CONTEÚDO
Pág. 16
JULHO A SETEMBRO 2011 NÚMERO 10

COLUNAS
Editoriais
Por Roy Bigham (EUA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
Por Udo Fiorini (Brasil) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06

Panorama Legal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Por Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno

Ambiente Gerencial . . . . . . . . . . . . . . . . .15


Por Denise de Mattos Gaudard

Visão Regional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

A Escolha Certa DEPARTAMENTOS


Expediente PE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

ARTIGOS Índice de Anunciantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06

PE Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
A Escolha Certa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 EnviroNews . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
Soluções para conformidade ambiental na indústria de cimento não pre-
cisam ser complicadas, e sim dos ingredientes certos.
Produtos PE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

A Fronteira Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
A limpeza de um derrame de diesel exigiu competência, paciência e, A Fronteira Verde
acima de tudo, colaboração.

Reuso de Água sobre Rodas . . . . . . . . 22


Tecnologias de tratamento reunidas em uma estação móvel possibilitam
a escolha da melhor técnica para reutilização da água.

Tecnologia para Monitoramento


de Hidrocarbonetos . . . . . . . . . . . . . . . 26
O vazamento de petróleo no Golfo do México provocou uma
elevação do interesse em tecnologias para vazamentos de óleo,
descontaminação e remediação.

Intrusão de Vapores:
Qual é a Concentração Real? . . . . . . . 28
Determinar o risco associado à presença de compostos orgânicos
voláteis em ambientes fechados é importante, mas superestimar os
valores pode inviabilizar a revitalização da área.

A Economia dos Resíduos . . . . . . . . . . . 31


Até hoje, grande parte dos resíduos sólidos urbanos era apenas

Pág. 19
enterrada, mas o desenvolvimento tecnológico já possibilita transformar
esse passivo em um ativo muito interessante.

4 Pollution Engineering JUL A SET 2011


EDITORIAL
Os subsídios ajudam realmente?
Subsídios auxiliam os usuários a controlarem seus custos enquanto ajudam empresas
problemáticas.

E
sse parece ser um tópico de muito enfoque atualmente. liberalismo econômico estão colocando o fim dos subsídios em
O estado da Califórnia nos EUA exigiu que as empresas suas plataformas de governo. Eles estão fortemente debatendo
geradoras tenham ao menos 33% de suas fontes a partir a insensatez da política de subsídios, mas ninguém conseguiu
de energia renovável até o ano de 2020. Alguns outros estados encontrar uma solução que não deflagrasse inflação.
também aderiram ao movimento e exigem que de 10 a 20% da Atualmente as fontes de energia são estritamente controladas,
energia gerada seja de fontes alternativas de energia. Os grupos licenças são exigidas para todas as atividades necessárias para
que apoiam a reformulação da matriz energética argumentam implantar uma usina de energia. Essas licenças são gerenciadas
que é preciso evitar os impactos que o modelo baseado no car- entre grandes e caros escritórios de advocacia e muitos níveis de
bono pode causar. Opositores dessa filosofia dizem que a dis- políticos e burocratas, até que se tenha a permissão para vender
paridade dos custos de tais fontes de energia torna inviável essa seu produto.
alternativa. Em contrapartida, quase qualquer pessoa pode iniciar seu
Em Janeiro de 2011 o presidente Obama prometeu subme- próprio negócio plantando e vendendo alimentos. Pode até ha-
ter ao congresso a aprovação de uma verba que incluía finan- ver a necessidade de alguns documentos, mas não é necessária
ciamento para estimular a adoção de fontes de energia limpa. uma sala cheia de advogados e papéis empilhados (autenticados
Em fevereiro ele propôs adicionar, em 2012, US$ 8 bilhões em e preenchidos em triplicata). Isso resulta em um volume maior
subsídios para energia limpa. Atualmente, qual será o futuro da de fornecedores de alimentos e, consecutivamente, na queda dos
energia limpa se esses subsídios entrarem no programa de corte preços.
de gastos do governo. Pessoalmente eu acho que deveríamos reduzir os subsídios e
De fato, a maioria das tecnologias de energia limpa não con- remover a montanha de burocracia a ser vencida. Melhorar me-
seguem fornecer energia a um custo tão eficiente quanto das canismos de fiscalização das agências ambientais. Dessa forma,
fontes de combustíveis fósseis. Países europeus tentaram in- mais empresas poderiam entrar no mercado, e os preços iriam
centivar o uso de energias renováveis através de altos subsídios. naturalmente se tornar competitivos e consumidores teriam
Esperava-se que as fontes renováveis de energia se tornassem mais poder de escolha. PE
mais eficientes e com custos menores, permitindo sua viabili-
dade econômica. Infelizmente isso não está acontecendo. Alguns
países estão retirando os subsídios por várias razões, mas princi-
palmente porque o custo dessa política de incentivo está ficando
muito cara. Roy Bigham
Aqui vai um pensamento assustador: Se o governo, em meio Editor da PE no EUA
às estratégias para reduzir os gastos públicos, subitamente reti- roy@pollutionengineering.com

rar os subsídios de todas as fontes de energia? Os preços iriam


subir vertiginosamente. Tal proposta não é irreal: vários deputa-
dos conservadores em uma tentativa de reconduzir o estado ao

Pollution Engineering EXPEDIENTE


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Udo Fiorini - Editor Tammie Gizicki | Diretora de Arte Steve M. Beyer – Custom Media
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EDITORIAL
A pegada humana
A evolução da tecnologia ambiental tem possibilitado que possamos utilizar os
recursos naturais de forma cada vez mais eficiente.

O
conceito de “pegada ecológica”, que se derivou em exigentes nesse quesito. Indústrias que não tem processos de
vários outros tipos de pegadas nas últimas décadas controle e redução de suas emissões terão cada vez mais pro-
foi criado por William E. Rees, professor da Univer- blemas para renovarem suas licenças de operação caso não
sidade de British Columbia, nos EUA, em seu livro “Nossa Pe- adotem procedimentos apropriados. As cimenteiras são acu-
gada Ecológica: reduzindo o impacto humano sobre a Terra”. sadas por terem emissões consideráveis de poluentes, em nos-
O conceito básico consiste em verificar a influência de nossas so artigo demonstramos algumas tecnologias para reduzir as
atividades nos recursos naturais. Desde então surgiram con- emissões nessas indústrias.
ceitos derivados como a pegada de carbono e a pegada hídrica, Enfim, a evolução da tecnologia ambiental tem possibilita-
que refletem o nosso impacto na emissão de gases do efeito do que possamos utilizar os recursos naturais de forma cada
estufa e nos recursos hídricos, respectivamente. vez mais eficiente. Dessa forma acredito que o conceito de
Esses conceitos têm se tornado mais populares no meio em- pegada é um excelente ponto de partida para mensurarmos
presarial, não somente por uma consciência ambiental, mas os efeitos que ela está causando, possibilitando trabalhar ob-
também por uma visão estratégica. Empresas que possuem jetivamente de duas formas: Reduzindo os impactos em sua
atividades altamente dependentes de recursos naturais estão, fonte, criando tecnologias mais eficientes e menos poluentes,
cada vez mais, conscientizadas que a eficiência na utilização ou mitigando impactos, para que seus efeitos sejam ameniza-
desses recursos e sua consequente preservação é fator estraté- dos. Tudo para que as atividades produtivas se tornem mais
gico primordial para a perenidade de suas operações. eficientes, e não comprometa a viabilidade de nossa existên-
Empresas petrolíferas e refinarias, por exemplo, têm alta cia na Terra. PE
dependência de água para suas operações de refino e proces-
samento do petróleo. Nessa edição, temos o artigo que tra-
ta sobre tecnologias para reuso de água, demonstrando que
a evolução tecnológica nesse setor tem possibilitado, além da
redução nos custos oriundos da captação de água, na possi-
bilidade de expansão dessa indústria, que precisa passar por
um extenso processo de avaliação ambiental para que suas
atividades não tenham impactos negativos significativos no
ambiente. Udo Fiorini
Empresas que emitem poluentes atmosféricos ou gases do Editor da PE no Brasil
efeito estufa também devem se preocupar, a recente aprova- udo@sfeditora.com.br

ção de parâmetros mais restritos de controle de poluição at-


mosférica no estado de São Paulo abre precedentes para que
a legislação de outros estados, e até a federal, se tornem mais

Índice Anunciantes
Anunciante Pág. Anunciante Pág.
B&F Dias.................................................................................. 23 Etatron.................................................................................... 11
www.bfdias.com.br www.etatron.com.br
Fiema...................................................................................... 25
Centroprojekt........................................................................ 27
www.fiema.com.br
www.centroprojekt-brasil.com.br
Neptune................................................................................. 13
Ecotech.................................................................................. 3ª capa www.neptune1.com
www.ecotech.com Rinen....................................................................................... 07
www.rinen.com.br
EP Engenharia....................................................................... 2ª capa
Solinst...................................................................................... 21
www.epengenharia.com.br
www.solinst.com
Earth Soft................................................................................ 4ª capa WAM....................................................................................... 07
www.earthsoft.com www.wam.com.br

6 Pollution Engineering JUL A SET 2011


PEEVENTOS
EVENTOS l NEGÓCIOS l P E S S OA S

SETEMBRO www.worldwatercongress.com
11 a 16 12th International Conference on Urban Drainage
Porto Alegre, RS OUTUBRO
www.acquacon.com.br/icud2011/en/dates.php 03 a 05 ABTCP - 44º Congresso e Exposição Internacional de
Celulose e Papel - São Paulo, SP
20 II Forum Umweltschutz - Curitiba, PR www.abtcp2011.org.br
ahkcuritiba@ahkbrasil.com
04 a 06 II Cimas - Congresso de Meio Ambiente Subterrâneo
25 a 28 Fitabes - Feira Internacional de Tecnologias de São Paulo, SP
Saneamento Ambiental www.abas.org/cimas
Porto Alegre, RS
www.fitabes.com.br NOVEMBRO
08 a 10 FIMAI - Feira Internacional de Meio Ambiente
25 a 29 26º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Industrial e Sustentabilidade - São Paulo, SP
Ambiental www.fimai.com.br
Porto Alegre, RS
www.abes.locaweb.com.br 21 a 23 Sustain Total - Brazil Waste Summit 2011 - Fórum
Brasileiro e Feira Internacional de Resíduos Sólidos
25 a 29 XIV World Water Congress Curitiba, PR
Porto de Galinhas - Recife, PE www.sustaintotal.com.br

Acesse o calendário completo de eventos no site www.revistaPE.com.br

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ENVIRONEWS
EVENTOS l NEGÓCIOS l P E S S OA S

XXII Encontro Técnico da AESabesp –


Fenasan 2011

A
AESabesp (Associação dos Engenheiros da Sabesp) à esfera do saneamento. Por seus estandes passaram cerca de
realizou, nos dias 01, 02 e 03 de agosto, a sua 22ª 13.000 visitantes, um público geralmente formado por técnicos
edição da Fenasan (Feira Nacional de Saneamento especializados, pesquisadores, executivos, empresários, gestores
e Meio Ambiente) e seu XXI I Encontro Técnico – e investidores nos setores de infraestrutura.
Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente, no Expo Importantes empresas nacionais que atuam no setor, além
Center Norte (Pavilhão Branco), em São Paulo – SP. O tema de representantes brasileiros de vários grupos internacionais,
proposto foi “Saneamento ambiental – A qualidade de vida no como Amanco, Amitech, ITT Water, Saint-Gobain, Tigre ADS,
Planeta”. Valloy, entre outros, escolheram a Fenasan 2011 para divulgar a
Devido à grande demanda na edição de 2010, houve um sua linha de produtos e serviços. Mas também foi crescente, o
aumento de espaço em 2011. A área total da Feira de 8.828 foi interesse de empresas sediadas fora do Brasil. Dentro desse per-
para 13.272 m² e a área expositora de 3.471 m² para 5.687 fil, estão algumas das seguintes presenças 100% internacionais:
m². E para atender ao crescimento consolidado em 2011, a Bänninger Kunststoff Produkte G.m.b.H. (Alemanha); Mirab
AESabesp, em 2012, fará o evento nos 17.042m² da extensão Co. (Irã); HCP Pump Manufacturer Co., Inc. (Taiwan); Politejo
total do Pavilhão Branco, que já conta com grande parte dos (Portugal) e Waterleau Group NV (Bélgica).
espaços reservados para a próxima edição, prevista para 6, 7 e 8 Os três dias do evento foram integralmente reservados para
de agosto de 2012. a programação do Encontro Técnico e realização da Fenasan.
No terceiro dia da Fenasan o público superou a soma dos dias
anteriores, resultando numa das maiores visitações do evento.
O presidente da AESabesp, Hiroshi Ietsugu, estimou que pelo
menos 13 mil pessoas passaram pelos corredores da Fenasan e 2
mil congressistas frequentaram as palestras do Encontro Técnico.
Foi muito grande a participação de visitantes vindos de
universidades e de empresas concessionárias de saneamento
de outros estados brasileiros, com destaque para a Sanepar
(Paraná), Copasa (Minas Gerais), Casal (Alagoas), entre outras.
Também foram constatadas presenças internacionais, como a
engenheira inglesa, Susan Buchanan, gerente de desenvolvimen-
to da Politest, representada na Fenasan, pelo expositor Digitrol.
E assim foi finalizada mais uma edição do maior evento
técnico-mercadológico da América Latina, com a constatação
do presidente Hiroshi que em 2011 foram atingidos números
Na Fenasan 2011, estiveram presentes 194 expositores/ inves- que impressionaram, com um aumento de área em 57% em
tidores, geralmente empresas fabricantes de equipamentos para relação ao ano passado: “cada elogio e crítica que recebemos será
o setor, criadoras de programas de desenvolvimento da área, importante para o ano que vem. Convidamos a todos para a edi-
prestadoras de serviços e de demais segmentos complementares ção de 2012, a ser realizada nos dias 6, 7 e 8 de agosto”, concluiu.

Sulzer adquire Cardo Flow

A
Sulzer, empresa que atua em maquinaria e fabri- hidrocarbonetos, geração de energia, papel e celulose, avia-
cação de equipamentos, adquiriu por 1,08 bilhão ção e indústrias automotivas.
de dólares a Cardo Flow Solutions, uma das lide- O processo de integração das empresas deve ser concluído
res em fornecimento de bombas e equipamentos em nove meses.
relacionados para o mercado de efluentes.
Atualmente a Sulzer atua em mais 160 localidades no Mais informações pelo telefone (11) 4589-2000 ou site
mundo. Suas divisões incluem óleo e gás, processamento de www.sulzer.com.br

8 Pollution Engineering JUL A SET 2011


ENVIRONEWS
EVENTOS l NEGÓCIOS l P E S S OA S

Ecolab adquire Nalco Acquaquímica expôs


novos produtos
A
norte-americana Ecolab anunciou que irá

D
adquirir a Nalco Holding, especializada em
serviços de tratamento de água, por cerca de 5,4 urante a XXII edição da Fenasan, a Acquaquímica
bilhões de dólares. expôs a linha de Floculantes e Coagulantes Orgânicos
A Nalco, que forneceu dispersantes para controlar o vaza- Acquapol e os Polímeros Sintéticos Polyacqua.
mento de petróleo no Golfo do México no ano passado, é A linha de coagulantes e floculantes Acquapol
líder da indústria em tratamento de água para refinarias e tem como principal diferencial o fato de apresentar produtos
plantas petroquímicas. orgânicos, biodegradáveis e não tóxicos, portanto, ecologica-
Já a Ecolab fornece serviços para meio ambiente, atuando mente corretos. Por serem produtos atóxicos são indicados
no desempenho de sistemas de resfriamento, geração de para atender a Resolução CONAMA 129.
vapor, tratamento de efluentes e potabilização de água. A linha é complexante de metais, eficiente na redução de
óleos e graxas, e atua como agente de desodorização ambien-
Mais informações pelo telefone (11) 2134-2634 ou site tal e na redução da condutividade do meio. Os produtos da
www.ecolab.com.br Acquaquímica reduzem e, em alguns casos, até eliminam o
uso de alcalinizantes e antioxidantes no sistema, e permitem
a disposição e/ou venda do lodo para compostagem.
Linhas de Mais informações pelo telefone (14) 3236-5136 ou email

financiamento B&F Dias comercial@acquqquimicanet.com.br

A Waterleau fecha
linha de sistemas e equipamentos da B&F Dias
são customizados para cada tipo de aplicação e
podem se adaptar a qualquer projeto.
contrato de ETE

W
Para facilitar a venda de seus sistemas, a
empresa afiliou-se a alguns órgãos de financiamento. aterleau é a empresa Belga de tecnologia
Além das condições comerciais praticadas diretamente ambiental provedora de soluções para trata-
pela companhia, existem ainda três canais de finan- mento de água, efluentes e resíduos, purifica-
ciamento que o cliente poderá optar ao comprar o seu ção do ar e energias renováveis.
produto: Finame, Cartão BNDES e Caixa Econômica A presença recente do diretor de desenvolvimento de
Federal. negócios resultou na assinatura de um primeiro contrato.
FINAME é uma linha de crédito para financiamento de A Waterleau desenhou uma solução para a expanção da ETE
máquinas e equipamentos novos de fabricação nacional, para a unidade de produção da cervejaria AmBev localizada
com prazos de pagamento em até 60 meses. em Aquiraz, Ceará. A capacidade da tratamento da estação é
Cartão do BNDES é a forma mais fácil e rápida para com- de 250m3 de água por hora. No qual, uma percentagem muito
prar seu equipamento. Os clientes que possuem este cartão elevada de impurezas são removidas deste efluente.
contam com crédito pré-aprovado, financiamento automá- Para a realiza-
tico com até 48 meses para pagar e taxa de juros atrativa com ção deste primeiro
prestações fixas e iguais. projeto brasileiro a
BCD Ecoeficiência é uma linha exclusiva para equipa- Waterleau conta com
mentos que melhorem a eficiência energética, concede até o apoio do integra-
100% de financiamento, com juros máximos de 1,92% a.m dor local, a Efluentes
+ TR. Os prazos de pagamento são de 2 a 54 meses, com Indústria e Comércio
6 meses de carência, realizado através da Caixa Econômica de Equipamentos Ltda, com sede em Taboão da Serra, em
Federal. São Paulo.

Mais informações : Joris Moors, Diretor de Desenvolvimento de Negocios -


Mais informações pelo telefone (19) 3856-4044 ou email
Brasil, joris.moors@waterleau.com ou cel : +55 (11) 8600 3734
bfdias@bfdias.com.br

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EVENTOS l NEGÓCIOS l P E S S OA S

II CODESAN - Congresso para o Desenvolvimento


do Setor de Saneamento Nacional

E
ntre 06 e 07 de junho de 2011 aconteceu em São cionarão o progresso e consequente benefício para todos
Paulo o II CODESAN - Congresso para o Desen- os membros da cadeia – operadores, fornecedores e bene-
volvimento do Setor de Saneamento Nacional – ficiários dos serviços de distribuição de água e coleta de
que reuniu executivos e técnicos representantes resíduos no Brasil.
das operadoras, fornecedoras, membros do poder execu- A grade de autoridades que palestraram neste congres-
tivo e legislativo nacional que expuseram e discutiram te- so foi formada por mais de 30 representantes de entidades
mas relacionados à aplicação da regulação, financiamen- como Sinaenco, Trata Brasil, Abimaq/Sindesam, ABCON,
tos, melhores práticas de gestão financeira das operadoras, Unicamp, Caixa Econômica Federal, BNDES, entre outras
possibilidades de parcerias e soluções técnicas para a exe- instituições que apresentaram temas relacionados ao ma-
cução de práticas ambientalmente responsáveis. cro planejamento para o setor, aplicação da regulação, fi-
Considerando as projeções de investimentos em projetos nanciamento para o saneamento e projeções para parcerias
em saneamento, todos os envolvidos com o setor tiveram entre operadores públicos e privados.
a oportunidade para discutir as ações efetivas que propor- O segundo dia do encontro contou com apresentações
técnicas que abordaram o estado da arte em
questões relacionadas a controle de perdas, con-
servação e uso e reuso de recursos hídricos, efi-
ciência energética em operações de saneamento,
redução de passivos ambientais em empresas de
saneamento e planejamento para a gestão dos
reuso dos recusos hídricos no Brasil
O Congresso contou com o o patrocínio da
Caixa Econômica Federal e da Poleoduto e com
o apoio institucional das seguintes associações
e mídias: ABAR, ABES, ABCON, ABIQUIM,
ABPE, ABRATT, ABRH, ALEASP,A SFAMAS,
ASSEMAE, IBEAS, SEESP, SINAENCO, SIDE-
SAN / ABIMAQ, TRATA BRASIL, Portal NEI,
Revista Visão Ambiental, Saneamento Básico – O
Site!, Portal tratamentodeagua.com.br, Web-Re-
sol e consulado de Israel no Brasil.

Combustol desenvolve linha de pintura para


Lear Corporation

A
Divisão de Projetos Especiais e Soluções pesados, compostos orgânicos voláteis (VOC) ou hidrocarbo-
Ambientais da Combustol, empresa do Grupo netos aromáticos policíclicos (haps) e solventes.
Combustol & Metalpó, acaba de fechar um O gerente comercial, Odair Braga, explica que a instalação
contrato com a Lear Corporation, empresa for- é composta por nove banhos de processo e agregados (bom-
necedora de componentes para assentos de automóveis e de bas, válvulas, agitadores, edutores, instrumentos de controle
sistemas de distribuição de energia elétrica. etc.), estufa de cura de tinta, transportador aéreo e unidades
A Combustol vai fornecer uma instalação completa de pin- de resfriamento (chiller), ion exchange, água desmineralizada
tura, com a utilização de tecnologia de revestimento orgânico, e estação de tratamento de efluentes.
conhecida como autodeposição. Desenvolvida pela Henkel, a
tecnologia é ecologicamente correta e atende a várias exigên- Mais informações pelo telefone (11) 3906-3000 ou email
cias de proteção do meio ambiente, porque é isenta de metais

10 Pollution Engineering JUL A SET 2011


PEPRODUTOS

Máquina de Solda por Termofusão com Controle caso, a economia gerada pode alcançar a marca de 50% da potên-
CNC cia nominal do motor, principalmente, nos momentos onde os usuários
Processo de soldagem por termo- encontram-se fora de suas casas trabalhando e a demanda solicitada
fusão para tubos de PE, do sistema está muito abaixo de sua nominal, comparada ao horário
PP e PVDF, controlado de pico de consumo.
por comando CNC
(DATALINE), que registra e Santerno
determina todos os parâ- Santo André, SP
metros de soldagem de acordo +55 (11) 4425-8666
com a norma DVS Alemã e outras www.santerno.com.br
diretivas de aplicações Internacionais, sem interfe-
rência do operador no processo de soldagem. Válvula Borboleta Bi-excêntrica
Este sistema também é aprovado e exigido pelos órgãos responsáveis Desenvolvida para Utilização em Linhas
pela instalação de redes para gás no Brasil. de Saneamento Básico.
O DATALINE além de dispor em sua memória todos os parâmetros DN 3” à 60”.
relativos à soldagem, pressão, tempo *Construção conforme Norma NBR
de soldagem, temperatura, espessura de parede, material, etc, arma- 15768.
zena os relatórios com as informações referente as soldas realizadas, *Disco e Vedação Duplo Excêntrico.
informando ao final de cada solda se o processo foi executado cor- *Dimensões da Flange conforme ABNT
retamente ou não, eliminando, assim qualquer possibilidade de erros. NBR 7675 – PN10 / PN16 / PN25.
Estes relatórios podem ser transferidos para um PC através de software *Sede metálica cravada ao corpo.
e depois impressos pelo usuário. *Face a Face conforme ISO 5752 BS 13
Os conjuntos são compostos de:
-Base de Fixação dos tubos.
-Faceador de tubos.
-Jogo de casquilhos.
-Placa aquecedora.
-Suporte para faceador e placa aquecedora.
-Unidade Hidráulica com controle CNC.
A ROTHENBERGER comercializa modelos que atendem de 40mm a
160mm, 90mm a 250mm, 90mm a 315mm, 200 a 500mm, 315mm a
630mm.

Rothenberger
Diadema, SP
+55 (11) 4044-4748
www.rothenberger.com.br

Controle dos Sistemas de Distribuição de Água


Dentre todas as aplicações da Santerno no setor de
saneamento, a mais difundida está no controle dos
sistemas de distribuição de água, onde os inversores
de frequência são conectados diretamente ao motor
da bomba centrífuga, oferece controle eficiente das
variáveis de pressão ou vazão, em função da deman-
da consumida do sistema, além de proporcionar um
altíssimo índice de economia de energia.
Tal economia é consequência da própria caracte-
rística de torque quadrático da bomba centrífuga,
onde a potência consumida varia em relação ao
cubo da velocidade da rotação da bomba. Neste

JUL A SET 2011 www.revistaPE.com.br 11


PEPRODUTOS

e AWWA C-504.
*Opcional do Corpo encamisado por completo em aço inoxidável. Distribuidor Rotativo
*Baixo Torque de Operação. O Distribuidor Rotativo é um equipamento largamente utilizado em
*Guarnição de Vedação fixada por flange de aperto aparafusado ao tratamento de esgotos sanitários e efluentes líquidos, promovendo a
disco, com parafusos de inox (Elemento Fixo). Permite a substituição aspersão do líquido sobre o meio suporte de filtros biológicos.
sem a necessidade de ferramentas ou até mesmo dependendo do O Distribuidor da Sigma, modelo DRFB foi desenvolvido para gerar alta
diâmetro ‘in loco’. eficiência na formação do filme biológico no meio suporte, pois possui
*100% estanque. uma placa defletora que provoca o espargimento pela quebra do jato
*Sistema de vedação já utilizada pelas válvulas fornecidas para a líquido. Formado por coluna giratória e quatro braços tubulares, não
Sabesp a mais de 10 anos. necessita de motorização, pois trabalha por ação da própria carga
hidráulica do sistema. Projetado para longa vida útil, possui rolamento
SMV Válvulas Industriais posicionado fora do contato do líquido, com sistema de troca rápida,
São Paulo, SP evitando a remoção do equipamento em caso de manutenção.
+55 (11) 2606-2676 Pode ser fabricado em aço carbono revestido com tinta epóxi ou gal-
www.smvvalv.com.br vanizado a fogo ou totalmente em
aço inoxidável.
Submonitor
O SubMonitor da Franklin é um dispositivo de proteção programável Sigma
e fácil de usar, indicado para motores submergíveis trifásicos Franklin Diadema, SP
Electric. +55 (11) 4056-6265
As características do SubMonitor oferecem proteção superior a motores www.sigma.ind.br
submergíveis, como descrito a seguir:
• Opera em toda gama de voltagens em motores trifásicos, 200 a 575 Misturador e Aerador Invent
volts, 50 e 60 Hz. O sistema hiperbólico de mistura e aeração Invent é constituído por um
• Opera em motores com corrente de fator de serviço de 5 a 350 amp sistema imerso no efluente, acionado por um motorredutor posiciona-
e não requer transformador de corrente externo. do acima do nível líquido. Ele pode ser utilizado apenas como mistura-
• Protege motores e bombas contra sobrecarga, baixa carga, alta dor ou como misturador e aerador. Uma das vantagens do produto é
voltagem, baixa voltagem, corrente desbalanceada, perda de fase*, ter baixo consumo de energia.
contato com vibração e inversão de fases. Ele pode ser aplicado como
• Opera com um motor submergível equipado com Subtrol para ofere- Misturador
cer ao motor proteção contra superaquecimento. • Sistemas biológicos de remoção de nitrogênio e fósforo.
• Monitora e exibe voltagens trifásicas, correntes trifásicas e o estado • Precipitação e floculação.
da bomba. • Suspensão de sólidos em tanques de equalização.
• Exibe o tipo e as condições da falha quando uma ocorre. Aerador
• Registra e exibe o histórico de até 502 eventos de falha, bem como • Sistemas de tratamento biológico de efluentes industriais, onde os
registra alterações dos parâmetros programáveis. sistemas com difusores do tipo membrana podem sofrer ataques quí-
• Registra o tempo total de trabalho da bomba. micos.
• Possui uma unidade de exibição destacável que pode ser instalada • Sistemas biológicos do tipo SBR,
na parte frontal de um painel para visualização do estado de trabalho. onde são alternadas as fases aeróbi-
• Inclui a opção de proteção por senha para evitar manipulação cas e anoxicas.
indevida.
• É facilmente instalado em trilho DIN. Centroprojekt
• Apresenta unidade totalmente integrada, São Paulo, SP
com transformadores de corrente embu- +55 (11) 3556-1100
tidos. www.centroprojekt-brasil.com.br

Schneider Motobombas Detector de Gases por Espectometria por Infra-


Joinville, SC Vermelho
+55 (47) 3461-2966 O detector de gases Miran ShappIRe é o equipamento mais versátil
www.schneider.ind.br disponível no mercado.
O espectrofotômetro por infra-vermelho dá ao Miran SapphIRe a capa-

12 Pollution Engineering JUL A SET 2011


PEPRODUTOS

cidade de medir e identificar com com precisão centenas de gases Este novo processo combina num
através de vários comprimentos de onda. só tanque as funções de tanque
O Miran SapphIRe está disponível em três modelos, com calibração de de aeração, decantação e filtração
1 ou mais de 100 gases. Todos os modelos podem ser reprogramados, terciária. Envolve o crescimento sus-
permitindo flexibilidade de expansão futura. penso de lodos ativados que utilizam
O Miran SapphIRe permite que o gás detectado seja identificado atra- membranas microporosas para a
vés da comparação com a biblioteca interna de curvas de centenas separação sólidos/líquido no lugar
de gases pré-programados. Esta característica exclusiva permite a dos decantadores secundários.
identificação de gases tóxicos em Principais Vantagens
atendimentos emergenciais e ava- • Pequena área ocupada: 50% a 70% menor que ETE convencional
liação de áreas contaminadas. • Excelente qualidade do efluente: remoção de bactérias e vírus DBO <
5mg/l - SST < 1mg/l – Turbidez < 1 NTU;
Clean Environment Brasil • Reduzida geração de lodo: 60% a 80% menor que ETE convencional;
Campinas, SP • Remoção de Nitrogênio e Fósforo;
+55 (19) 3794-2900 • Recomendado para reuso ou lançamento em corpos restritivos;
www.clean.com.br • Elimina ou diminui os custos da desinfecção;
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Bioreator MBR
A WasserLink lança no Brasil a tecnologia do processo Bioreator MBR, Wasserlink
desenvolvido pela MemStar, para obtenção de plantas de tratamento São Paulo, SP
de alto desempenho e efluentes com excelentes qualidades próprias +55 (11) 5581-0076
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JUL A SET 2011 www.revistaPE.com.br 13


PANORAMALEGAL
Por Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno

Novos Padrões para a Qualidade do Ar


no Estado de São Paulo
A lei que regulamenta a qualidade do ar atualmente data de 1976 e aceita até
150 mg/m³ de poeira para o estado de São Paulo em um dia.

O
Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) Por esta razão é imprescindível um maior controle da polui-
aprovou recentemente relatório que define novos ção atmosférica, nos grandes centros urbanos. Trata-se não ape-
parâmetros para a qualidade do ar no estado de nas de uma melhora na qualidade ambiental, mas também na
São Paulo com um sistema de medição cujo padrão de rigidez melhora da qualidade de vida e da saúde da população.
é semelhante ao da Organização Mundial da Saúde (OMS). Tal Em ambito federal o controle de poluição atmosférica se dá
proposta aguarda apenas a assinatura do Governador do Estado pela Lei nº 8.723/1993, que dispõe sobre a redução de emis-
para entrar em vigor. são de poluentes por veículos automotores. Ainda, a Resolução
Os atuais padrões de qualidade datam de 1976, quando da CONAMA nº 382/2006 impôs novo limite (tanto pelo tipo de
edição da Lei nº 977/76 e Decreto nº 8.468/76. poluente, quanto pela tipologia da fonte) para a emissão de
Apenas para exemplificar tais mudanças, os padrões atuais poluentes de fontes fixas. Além disso, a Resolução especifica
aceitáveis de poeira para o Estado de São Paulo em um dia é que poderá haver solicitação mais restritiva do órgão ambien-
de 150 mg/m³. A OMS estabelece o limite de 50 mg/m³ por dia. tal que os limites máximos de emissão constantes da norma,
Uma das principais alterações diz respeito à própria concep- dependendo da região do empreendimento e de critérios pró-
ção do controle: na normativa de 1976 objetivava-se a adequa- prios do órgão ambiental competente. Um fato a ser conside-
ção a padrões. A norma atual pretende trabalhar com metas. rado é que tal dispositivo acaba por ampliar os poderes aos ór-
As mudanças serão progressivas e deverão ocorrer em três eta- gãos ambientais de controle de poluição, quanto as solicitações
pas: inicialmente será aplicada a meta de até 120 mg/m3 de mate- e exigências por tecnologia mais limpa, independentemente do
rial particulado por dia. Após três anos, esta meta será reduzida atendimento aos padrões de emissão e de qualidade pela ati-
para 100 mg/m3 por dia. Posteriormente, a partir de análises da vidade industrial. Esta é uma tendência normativa na maioria
situação, será adotada a meta de 75 mg/m3 por dia. dos estados brasileiros.
Muito embora, o prazo para o atendimento dessas metas seja Referido dispositivo acaba por dar um poder demasiado aos
relativamente confortável, certamente novas metas influencia- órgãos ambientais, no tocante as solicitações e exigências por
rão os requisitos para empresas obterem licenças ambientais. tecnologia mais limpa. Além disso, tal medida facilmente impli-
Além disso, algumas medidas mais extremas como interrupção caria em proibir todo e qualquer desenvolvimento econômico de
de aulas e a ampliação do rodízio de veículos sempre que o nível uma região com a recusa da instalação de novos empreendimen-
de poluição atingir índices críticos talvez sejam necessárias para tos ou ampliação dos existentes em regiões já industriais. Assim,
o atendimento da normativa. provavelmente, regiões mais industrializadas estarão proibidas
De acordo com Relatório de Qualidade do Ar do Estado de de receber novos empreendimentos ou mesmo, de ampliar seu
São Paulo 2010 – elaborado pela CETESB, a região metropoli- parque industrial.
tana conta com uma frota registrada de aproximadamente 6,4 O problema é que normalmente o foco é voltado apenas a ati-
milhões de veículos, sendo 5,3 milhões de veículos do ciclo Otto vidade industrial (fontes fixas) não considerando as fontes mó-
(gasolina e álcool), 350 mil veículos a diesel e 780 mil motos. veis (como frota de veículos), que representam mais de 50% das
Esta frota é responsável por cerca de 97% das emissões de CO, emissões atmosféricas nessas regiões saturadas. PE
77% de HC, 82% NOX, 40% de MP e 36% de SOX.
De acordo com pesquisadores da Unicamp, esta poluição é Renata Franco de Paula Gon-
responsável por (i) maior incidência de abortos e doenças cardí- çalves Moreno
acas; (ii) aumento do número de óbitos por doenças respirató- É formada em Direito pela Universidade
rias; (iii) acréscimo na ocorrência de inflamações (conjuntivites, São Francisco e em Ciências Sociais
rinites, faringites, traqueites, bronquites, etc.); (iv) e até mesmo pela UNICAMP, com extensão em
o agravamento da calvície. Além disso, de acordo com o The Direito Ambiental pelo Instituto Brasileiro
New Engalnd Journal of Medicine as pessoas que moram em de Advocacia Pública - IBAP e Direito
grandes cidades e com emissões maiores de gases poluentes têm Internacional Público pela Academia de Direito Internacional
em média 25% a mais de chances de desenvolverem doença car- da Haia (Holanda). É mestre pela Université de Metz (França)
diovascular. Aqueles que já sofrem com problemas cardiovascu- e doutoranda em Ciências Sociais na UNICAMP. Associada
lares, ao aspirar o ar poluído elevam seu porcentual de chances do escritório Emerenciano, Baggio e Associados Advogados,
de morte em 76%. responsável pelo Departamento de Direito Ambiental.

14 Pollution Engineering JUL A SET 2011


AMBIENTEGERENCIAL Por Denise de Mattos Gaudard

Os Rumos dos Mercados de Carbono


após 2012
O mundo está se sentindo, mais uma vez, à beira de um abismo do qual o fundo
guarda uma certa perspectiva de caos geoeconômico.

Q
uando comecei a escrever este artigo, senti a sensa- em repassar os custos dos “investimentos para implantar novas tec-
ção de que havia sido transportada para 2008, no nologias de reduções” para os seus e assim auferir lucros imorais ain-
auge da crise daquele ano, quando o Brasil assistia da maiores com a comercialização do “excesso de cotas”.
meio de camarote, um mundo se assustando com o rápido retro- Certos governos também não fizeram bem o seu dever de casa.
cesso da economia americana, mergulhada na crise do mercado Muitas licenças de emissões foram liberadas em excesso em alguns
de sub-primes. E os sustos não paravam por aí. Tinhamos a China países, o que aumentou artificialmente o valor de compra das CERs
anunciando desaceleração da sua economia e a União Europeia já porque o seu limite fora fixado acima dos níveis reais das emissões.
ratificando seus sinais de estagnação socioeconômica.
Tanto em 2008 quanto agora, estamos nos sentindo mais uma vez Mas nem tudo são más noticias
na beira de um abismo onde, lá embaixo, nos aguarda uma quase Apesar da grande retração, seria muito interesante acompanhar
certa perspectiva de caos econômico. Haja coração e nervos. com muita atenção uma contínua, porém discreta compra de
O otimismo e as previsões dos economistas não se renovam e CERs no mercado primário, principalmente através dos investi-
como estes cenários influenciam diretamente a tomada de deci- mentos de grupos financeiros e de energia que estão à procura de
são e as projeções de investimentos dos grandes grupos econô- oportunidades baratas pré e pós 2012. As agências e organismos
micos, consequentemente afetam as atividades produtivas que multilaterais e governamentais também têm contribuído para
necessitam fazer captação de medidas compensatórias nos res- esse nicho de demandas.
pectivos mercados de carbono.
A criação de novos projetos no âmbito do MDL anda meio Por que o preço das CERs deve subir depois de 2012?
complicada apesar dos últimos (e meio tardios) esforços do co- Os atuais compradores ganharam mais “poder de barganha”. Os
mitê executivo do UNFCCC, em agilizar as aprovações e regis- preços podem ter baixado bastante mas na verdade o mercado
trar novas metodologias. Mesmo assim os preços dos certifica- está apenas se ajustando para preços mais realistas diante de pro-
dos de redução de emissões, tanto na modelagem Quioto quanto cessos que todos sabemos que envolvem um considerável nivel
no Mercado Voluntário, tem sinalizado queda de volume anual de riscos de insucesso.
para o terceiro ano consecutivo. Até as esforçadas, Holanda e Noruega, estão com plena dificul-
Segundo o boletim da Ponit Carbon, desde 2005 os volumes dade em conseguir atingir suas metas. E a estas nações que estão no
vêm caindo no mercado global de carbono. As quedas livres che- topo da consciência ecológica, unem-se França, Alemanha e Reino
garam 46% em 2010, segundo o relatório “Situação e Tendências Unido. E mesmo o Japão, que tem comprado grande parte dos CERs
do Mercado de Carbono”, publicado pelo Banco Mundial. oferecidos no mercado mundial, não fechou suas metas para 2012,
O relatório do Banco Mundial também informa que desde 2009 ou seja, as expectativas de ter crédito de carbono suficiente deve ser
os grandes compradores europeus que ainda tinham o objetivo avaliada para menos oferta, com consequente subida do preço.
cumprir com as respectivas reduções de emissões mudaram seus Enfim, mesmo com crescimento dos projetos de MDL em na-
focos. Muitos também culpam a proximidade do final de Quioto e ções de base energética suja, tais como China e Índia e o Brasil
um certo excesso de oferta de créditos disponíveis ou ETS da UE. assumindo alguma posição de cumprimento de metas a partir
Este conjunto de fatos fez com que muitas empresas congelassem de 2012 não será, nem nos sonhos mais ecológicos, o suficiente
seus investimentos e ou migrassem para outros, menos inseguros. para o planeta e para evitar que os cariocas, por exemplo, te-
Muitas da situações “ambíguas” e movimentos especulatórios nham que sair do Rio de Janeiro e ir morar em terras mais altas.
tem contribuído para esvaziar o mercado. Mas vamos ver o que o futuro próximo nos destina. PE
Os CERs (Certificados de Emissões Reduzidas) se tornaram
commodities e avaliados não por estarem atrelados a um proje- Denise de Mattos Gaudard
to bem construído e fundamentado numa consciência ecológica É Professora, Conferencista e Ensaísta.
local e mundial, mas como um puro ativo negociável pelo seu Consultora socioambiental em projetos
potencial de valorização como investimento nas bolsas mundiais. de energias renováveis e Mecanismo de
Mas enquanto durou a festa dos CERs supervalorizados mui- Desenvolvimento Limpo (MDL) visando
tos adquiriram lucros significativos, sobretudo no setor de energia. o mercado de créditos. de carbono.
Como resultado direto, as empresas puderam ocultar as suas emis- Idealizadora do PROJETO BIOREDES
sões através de cotas gratuitas e assim não tiveram nenhum pudor (logística de reciclagem reversa para
Óleos e Gorduras Residuais). denisedemattos@gmail.com

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A ESCOLHA CERTA

A ESCOLHA CERTA
Soluções para conformidade ambiental na indústria
de cimento não precisam ser complicadas, e sim dos
ingredientes certos.

Acima a imagem de um conjun-


to de vários RTOs com válvula
Por JAMES GRIFFIN, Desenvolvimento de Negócios na Dürr Systems Inc. rotatória única, instaladas em uma
industria de cimento.

R
ecentemente, a Agência de ses ácidos, mercúrio, particulados, THC e dadores térmicos regenerativos (RTOs).
Proteção Ambiental dos perigosos poluentes do ar como fósforo, O propósito dos RTOs era remover o CO
EUA (Environmental Pro- metanol, tricloroetileno, entre outros. A e o THC.
tection Agency) publicou fonte de todas essas substâncias advém Os RTOs existem há mais de 30 anos.
novos padrões de emissão do querogênio, uma mistura variável de Entretanto, somente a última geração de
de poluentes do ar para indústrias de fa- compostos orgânicos encontrada em ro- sistemas com válvulas rotativas demons-
bricação de cimento Portland. Elas terão chas sedimentares como o calcário. trou resultados efetivos e confiáveis para
três anos para se adequarem as novas nor- redução de emissões em indústrias de
mas. Escolhendo os limites de cimento. A eficiência de RTOs com uma
A nova norma regulará os hidrocarbo- emissão corretos única válvula rotativa pode proporcionar
netos totais (THC) nos exautores durante A emissão de fumaça, predominantemen- 98% de redução nas emissões de THC.
operações normais da fornalha, os limites te de compostos sulfurosos e particula- A vantagem de um RTO comparado
serão de 24 ppm de propano corrigido a dos, frequentemente justificou a instala- com outros meios de redução do THC é
7% de O2. ção de filtros de tecido e filtros manga. Os que o RTO é mais tolerante à variação de
No aspecto de controle de emissões, filtros manga substituíram precipitadores tipo e de concentração de hidrocarbone-
as fabricantes de cimento são altamente eletroestáticos que foram utilizados du- tos presentes nas emissões. Sistemas ca-
dependentes das pedreiras que fornecem rante algumas décadas com desempenho talíticos, lavadores químicos, sistemas de
a argila e o calcário para fabricação do limitado. Um lavador de gases a seco foi adsorção são específicos para algumas fa-
cimento. Esses materiais são secos, pré- muito utilizado para reduzir ainda mais mílias de compostos. O THC pode variar
-aquecidos, calcinados e sinterizados em as emissões e os materiais voláteis nos ga- de acordo com a origem do minério e do
um clínquer de cimento. Para cumprir ses de exaustão. combustível das fornalhas. Mesmo com
com as novas regulamentações, equipa- Para remover compostos orgânicos vo- essas variações, os RTOs terão o mesmo
mentos de controle de emissões poderão láteis (COV) e compostos com enxofre, as desempenho.
ser necessários, já que as indústrias não indústrias geralmente instalaram lavado- Para uma indústria que deve reduzir
emitem somente CO2, mas também ga- res de gases ácidos e, em alguns casos, oxi- suas emissões em 98%, os RTOs preci-

16 Pollution Engineering JUL A SET 2011


A ESCOLHA CERTA
sam alcançar uma eficiência maior que Zona de oxidação
98% sob todas as condições de opera-
ções. Dados os problemas operacionais
que indústrias de cimento geralmente
enfrentam, é necessário que o fornecedor
de equipamentos de controle de emissões
tenha um alto nível de competência técni-
Câmera de
ca e experiência.
Recuperação
Câmera de de Calor
Escolhendo o tipo certo de Recuperação de Calor (modo de
RTO (modo de entrada) saída)
Geralmente, o fornecedor de soluções
para o controle de emissões conduz um
estudo inicial de engenharia, o qual é ba-
Válvula Válvula Rotativa
seado em um empenho conjunto entre
Rotativa (saída)
o fornecedor e o fabricante de cimento.
Essa colaboração primária combina as Ventilador
particularidades de operação da indústria
e a experiência com equipamentos de oxi-
dação e a competência e conhecimento
do fornecedor.
Durante o estudo colaborativo de Modelo de um RTO com válvula rotatória única. Desenho fornecido pela Dürr Syste-
engenharia, o foco predominante dos ms Inc.
trabalhos é a minimização do tempo
necessário para realizar manutenções confiável para aplicações em indústrias Por exemplo, se um sistema precisar
nos RTOs, e o fator principal para redu- de cimento, já são mais de 14 RTOs ope- tratar com um fluxo de exaustão total de
zir a necessidade de manutenção nesse rando por mais de 10 anos sem grandes 10.000 m³/min, podem ser instalados cin-
sistema está relacionado à válvula que preocupações. co sistemas menores com capacidade de
controla a distribuição de fluxo de ar de Focos secundários de um RTO estão re- 2.000 m³/min cada um. Nesse caso, pode
entrada, saída e purga. lacionados com o projeto e dimensiona- ser instalado um sexto sistema para atu-
Sistemas convencionais de RTOs utili- mento do sistema de purga, os materiais ar durante a manutenção ou como mar-
zam múltiplas válvulas para controlar a utilizados nos equipamentos, custos de gem de segurança para eventuais picos de
distribuição do fluxo de ar entre as câ- manutenção, possíveis reduções na efici- emissões, sem comprometer ou limitar a
maras de oxidação. Por exemplo, para ência de destruição de THC e paradas não capacidade produtiva da indústria.
reduzir as emissões de uma fábrica de programadas. O sistema de válvula rota-
cimento, um RTO convencional de mé- tiva única aborda especificamente todos Escolhendo a composição
dio porte utiliza de 8 a 15 válvulas e uma os problemas relacionadas com os proje- correta do RTO
única unidade. A resistência da válvula tos de RTOs convencionais para garantir Um fator secundário, mas muito im-
de distribuição do ar é um fator primor- funcionamento adequado, promover a portante, a se considerar durante o de-
dial para manter o RTO operacional, confiabilidade e reduzir a manutenção. senvolvimento do projeto de um RTO
mantendo a eficiência de redução das Para garantir ainda mais a continui- é o material com o qual o equipamento
emissões de THC e CO, em condições dade de funcionamento do sistema, um será construído. Em algumas indústrias
rigorosas como as de uma indústria de sistema modular deve ser considerado os RTOs serão instalados após um lava-
cimento. no projeto. Esse sistema ao invés de uti- dor de gases ácidos, o que irá requerer
Para minimizar potenciais problemas lizar um RTO com grande capacidade de ligas exóticas de metais para resistir ao
com as válvulas, um RTO com uma úni- volume, utilizará menores RTOs, funcio- ambiente corrosivo dos ácidos, bases ou
ca válvula rotatória foi desenvolvido em nando em conjunto. A vantagem de um materiais abrasivos. Em outras fábricas,
1997. Essa única válvula substitui todas a sistema modular sobre um sistema de os RTOs serão instalados antes do lavador
válvulas utilizadas em RTOs convencio- grande escala é a praticidade de expansão e enfrentarão condições completamente
nais. Além disso, o projeto de RTO com da capacidade de tratamento, a um custo diferentes.
uma única válvula requer somente um razoável. Essa capacidade adicional pro- Para a escolha do material correto para
sistema de movimentação, em oposição porcionará garantias de funcionamento construção de RTOs, uma análise meta-
à centenas de mecanismos necessários do sistema, sem necessidade de interrom- lúrgica detalhada de amostras removidas
para operar um RTO convencional. Esse per a produção para realizar manuten- de RTOs que atuam em aplicações si-
novo sistema de válvula única se mostrou ções inesperadas. milares deve ser realizada. A liga de aço

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A ESCOLHA CERTA

Múltiplos RTOs de válvula rotatória instalados fornecem a capacidade necessária e manutenção apropriada para não impac-
tar a produção. Imagem cortesia da Dürr Systems Inc.

inoxidável 316L é algumas vezes a escolha mais adequada, tec- apesar de mais baratos, não recuperam totalmente sua capacida-
nicamente e economicamente, para tais aplicações. Ela fornece de de troca de calor após algumas lavagens. Os meios em bloco
excelente resistência à corrosão e às altas temperaturas de opera- ainda têm maior tolerância à particulados e maior estabilidade
ção que serão submetidos às câmaras de oxidação e a válvula de química.
distribuição. Entretanto, a liga 316L não é sempre a o material Um sistema de lavagem da válvula devidamente elaborado
mais apropriado para um RTO de um fábrica de cimento. provará seu valor em aplicações em ambientes agressivos. A
poeira do cimento e composição ácida dos gases do processo,
Conclusões finais e análise especialmente se o RTO estiver após o lavador, pode exigir que
Uma vez que uma solução de tratamento com RTO é escolhida, o meio cerâmico seja lavado em intervalos de tempo pré-deter-
algumas importantes questões finais devem ser consideradas: minados. Isso irá assegurar uma operação contínua e livre de
Projeto compacto – A maioria das fábricas de cimento não problemas. A necessidade de manter o meio cerâmico livre de
foram planejadas para acomodar a instalação de um RTO. Um partículas grandes é essencial para manter a eficiência do sistema
projeto pequeno, compacto e modular permitirá maior flexibili- e, consequentemente, a conformidade ambiental.
dade na instalação do RTO. Embora a novas exigências de conformidade ambiental ain-
O meio cerâmico de recuperação do calor - O escopo de for- da sejam um assunto delicado, manter-se afrente das exigências
necimento RTO deve incluir a otimização do meio cerâmico de ambientais pode ser um fator estratégico crítico para o sucesso.
recuperação de calor. Existem vários tipos de mídia de recupe- Atualmente os RTOs são uma solução definitiva para todos os
ração de calor disponível no momento, mas apenas alguns têm problemas. Contudo, eles, especialmente os de uma única vál-
se provado duráveis para utilização em um RTO de fábricas de vula rotatória, já possuem comprovada eficiência em reduzir as
cimento. A mídia está propensa a ataque químico e à abrasão do emissões de THC e CO, e o melhor método para seleção de uma
pó de cimento (gesso), bem como as lavagens periódicas. Em solução é a cuidadosa escolha da tecnologia ambiental. PE
alguns casos, o projeto pode envolver dois tipos de mídia cerâ-
mica combinadas. Em todos os casos, a mídia deve ser selecio- Para mais informações sobre este assunto e sobre tecnologias de redu-
ção de emissões de VOC em geral contate:
nada para o máximo desempenho e resistência ao entupimento.
No Brasil: Sr. Joachim-Uwe Lorenzen , Gerente da Unidade de Negocio
Entretanto, alguns testes provaram que o desempenho do meio Environmental & Energy Systems da DURR Brasil Ltda.,
cerâmico estruturado (em bloco) é superior ao meio cerâmico Tel +55 (11) 5633 3660, e-mail: jlorenzen@durr.com.br
empacotado (em selas) em aplicações em industrias de cimento. Ou no E.U.: Sr. James Griffin, Desenvolvimento de Négocios na DÜRR
O meio estruturado em bloco é mais fácil de limpar, mantendo systems ,Inc.,
Tel. +1 (734) 459-6800, e-mail james. Griffin@durrusa.com
seu desempenho mesmo após várias lavagens. Os meios em selas

18 Pollution Engineering JUL A SET 2011


A FRONTEIRA
VERDE

A FRONTEIRA
VERDE

Por TIM KENYON, Senior Vice President at Leggette, Brashears & Graham, Inc

A limpeza de um derrame de diesel exigiu No primeiro plano a disposição da tubu-


lação do sistema de MPE e SVE na área
competência, paciência e, acima de tudo, próxima à principal base de remedia-
ção, no segundo plano um poço de
colaboração. extração sendo preparado.

O
slogan oficial da cidade os de estimados 11 milhões de litros de para descontaminar uma pluma de fase
de Mandan, na Dakota diesel que se espalharam do pátio ferro- livre e água subterrânea contaminada de
do Norte, EUA, é: onde viário para o subsolo de 12 quarteirões aproximadamente oito hectares. O pro-
o Oeste começa. Funda- do centro comercial da cidade. 20 anos jeto foi o maior sistema de remediação
da no final do século 19, depois, após algumas tentativas de des- instalado em todo o estado.
a cidade serviu como centro de expansão contaminação parcialmente bem suce-
ferroviária rumo ao oeste. Os gloriosos didas, a cidade ganhou US$ 30 milhões Um longo caminho
dias de pioneirismo ferroviário já se fo- da companhia ferroviária culpada pelo Informações coletadas de mais de 100
ram e hoje a cidade enfrenta um desafio derrame para finalizar a descontamina- poços de monitoramento existentes
ambiental que perdura há vários anos. ção. mostraram que as condições do sítio
Eles estão lidando com uma contamina- Percebendo o efeito depreciativo da eram muito favoráveis a aplicações de
ção de diesel que se espalhou por todo o poluição sobre o valor imobiliário e so- técnicas de remediação já aplicadas pela
centro comercial da cidade e exigiu um bre os investimentos na área afetada, a empresa contratada para o serviço em
complexo e multimilionário processo de cidade procurou uma solução que pu- outros projetos de larga escala. A insta-
remediação. desse resolver o problema de uma vez lação do sistema de remediação durou
Em 1984, durante a realização de por todas. Em resposta ao processo de três anos, incluindo três bases principais
testes no solo para a construção de um tomada de propostas, a empresa Leg- de remediação, 15 estruturas remotas
novo centro judiciário no centro da ci- gette, Brashears & Graham rapidamente de coleta, poços de extração multifási-
dade, técnicos sentiram cheiro de óleo reuniu a equipe de projeto e elaborou ca (MPE) e extração do vapor do solo
diesel. Os resultados de uma subsequen- uma proposta de US$ 11 milhões para (SVE) juntamente com sistemas de tra-
te avaliação revelaram despejos contínu- remover o diesel e instalar um sistema tamento de ar e água. O motivo: o pro-

JUL A SET 2011 www.revistaPE.com.br 19


A FRONTEIRA
VERDE
jeto não estava sendo realizado em uma
área industrial remota, mas sim em um
distrito comercial densamente desenvol-
vido. A parceria com autoridades oficiais
da cidade e relacionamento próximo
com os residentes locais foi necessário
para instalar os quase 300 poços de re-
mediação necessários para extrair todo o
produto e mais de 32 km de tubulação
para conectá-los.
A cidade comprou algumas constru-
ções que estavam vazias para abrigar
os poços de extração. Além disso, duas
estações satélite de tratamento foram
construídas, uma no corpo de bombei-
ros, que será utilizada como pátio de
estacionamento para os veículos após
terminado o processo de descontami-
nação. Poços de extração foram insta-
lados em diversos porões para alcançar
o diesel localizado abaixo de algumas
construções. Para chegar ao diesel pre-
sente em baixo da avenida principal sem
prejudicar o trânsito, poços inclinados Sistema de coletores remotos controlados por computadores que permite a alter-
nância entre os modos de MPE e SVE.
foram instalados, estendendo-se até de-
baixo da pista.
O sistema foi projetado para utilizar em andamento. A MPE foi descontinua- na remediação alcançou resultados im-
SVE e MPE para remover o diesel. Ini- da em locais em que não havia mais fase pressionantes. Durante os três primei-
cialmente as condições do subsolo eram livre e continua presente onde ainda res- ros anos de operação em escala total, a
extremamente anaeróbias, com presença ta produto livre. A SVE permanece ope- extensão total de fase livre foi reduzida
considerável de metano. O uso de SVE racional em todas as áreas. É de nosso de 8 hectares para menos de 0,4 hecta-
resultou na conversão do subsolo para conhecimento que ainda será necessário re. No fim de 2010, quase 230 milhões
condição aeróbia, possibilitando subs- mais um ano de operações em escala to- de litros de fase livre de diesel foram
tancial remoção do produto residual por tal. recuperados para reciclagem, inclusive
bioremediação. vendendo parte desse óleo para uma
A presença generalizada de produto Enfrentando desafios empresa local.
livre inicialmente presente – em alguns Dada a escala do vazamento e a densa No total, mais de 1 milhão de quilo-
poços chegando a 1,2m – foi reduzida ocupação da área afetada, a desconta- gramas de hidrocarbonetos foram recu-
para menos de 30 cm, em quase todos os minação do local se provou extrema- perados, incluindo 110.000 quilogramas
poços com a aplicação de MPE. Devido mente desafiadora. O volume estimado de vapor de hidrocarbonetos e 600.000
à complexa geologia do local, os poços de 11 milhões de litros tinha 60 anos de quilogramas de hidrocarbonetos foram
tinham tempos de recarga diferentes idade, tornando o produto mais difícil consumidos por bioremediação, con-
após um pulso de remoção do produto de extrair dada a elevação da viscosi- tando ainda com 50.000 quilogramas de
acumulado nos poços. Por causa dessa dade do produto com o tempo. Além metano que resultaram das condições
divergência nos tempos de recarga, a du- disso, a operação do sistema de trata- anaeróbias do site.
ração do intervalo de MPE em cada poço mento de água subterrânea, com fluí-
é periodicamente ajustado para otimizar dos de propriedades complexas e pa- Colocando Mandan de
a recuperação do produto. O SVE é ope- drões de descarga rigorosos, exige uma volta no mapa
rado entre as operações de MPE. Os po- avaliação contínua do processo. Acima Apesar do projeto ainda não estar fina-
ços foram projetados para alternar entre de tudo, as condições climáticas não fo- lizado, alguns resultados positivos da
o SVE e MPE através de válvulas contro- ram favoráveis. Fortes chuvas elevaram remediação já são visíveis. Para impul-
ladas por computador. os níveis de água, espalhando óleo pelo sionar a economia da cidade, foi elabo-
Atualmente, o sistema de extração solo, tornando o produto mais difícil rada uma lei que protege investidores
está totalmente operacional há três de extrair. que comprarem propriedades impac-
anos, a otimização do sistema continua Apesar das dificuldades, o empenho tadas, ausentando-os da obrigação de

20 Pollution Engineering JUL A SET 2011


A FRONTEIRA
VERDE
pagar pela remediação do local. Com a tado para ficar bem abaixo dos US$ 24 mitir a efetividade da remediação, afe-
remoção dessa obrigação financeira, veio milhões recebidos. O que significa que tando o mínimo possível a rotina da
a responsabilidade de proteger a saúde vários milhões de dólares ficaram dispo- comunidade local. PE
humana, dessa forma, regulamentações níveis para outras melhorias na cidade.
locais passaram a exigir controles de ex- Com uma abordagem técnica bem Tim Kenyon e vice presidente sênior na
Leggette, Brashears &Graham Inc. Seus 33
posição sobre as novas construções. elaborada e uma estratégia de comu-
anos de experiência profissional incluem inú-
A área central está começando a vol- nicação bem executada, que envolveu meros projetos e instalação de sistemas de
tar a vida. Um novo restaurante anun- ativamente a população local, soluções monitoramento e tratamento de solo e água
ciou sua intenção de inaugurar sua loja criativas foram encontradas para per- subterrânea.
na avenida principal. A construção de
complexo de apartamentos comerciais
foi completada no fim de 2010 e a cidade
está procurando investidores para uma
outra área agora em 2011.
Apesar de todo o processo de remedia- Levelogger Edge
L
ção ter sido de alguma forma perturba-
dor para a rotina da população, a equi-
pe de remediação continua sendo bem
recebida na cidade. Isso porque os mo-
radores e os comerciantes locais foram
ativamente incluídos no processo de pla-
nejamento. Por exemplo, antes do agen-
damento da escavação em frente a um
estabelecimento, uma equipe consultava
o proprietário do local para determinar
quais horários seriam menos intrusivos.
Como resultado, alguns trabalhos foram
realizados de madrugada ou em finais de
semana.
Precisão Incontestável
Estamos orgulhosos em apresentar o novo Levelogger Edge.
Apesar da complexidade do projeto,
parece que ele será concluído bem bai- Recursos Avançados
xo do orçamento, preservando o acordo t 3FWFTUJNFOUPEF5JUÉOJPQPS17%
legal. O custo total do projeto é proje- t "SNB[FOBNBJTEFEBEPT
t /PWP4FOTPSEFQSFTTÍP)BTUFMMPZ
t 4JTUFNBEFDPNQFOTBÎÍPEFUFNQFSBUVSBFUFNQPEF
SFTQPTUBBQSJNPSBEPT
O Levelogger Edge ÏPEBUBMPHHFSQBSBNFEJSFSFHJTUSBSPOÓWFMEF
ÈHVB&MFVUJMJ[BDPNVOJDBÎÍPJOGSBWFSNFMIPQBSBUSBOTGFSÐODJBEFEBEPT 
TVB CBUFSJB EF MÓUJP UFN BVUPOPNJB EF  BOPT  PGFSFDF B nFYJCJMJEBEF
EF JOTUBMBÎÍP VUJMJ[BOEP P $BCP EF -FJUVSB %JSFUB  DPNVN PV SFWFTUJEP
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3BJOMPHHFS F -FWFMPBEFS .BT UBNCÏN Ï DPNQBUÓWFM DPN B TÏSJF
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Diesel acumulado no tanque de reten-
ção de líquidos do sistema de MPE.

JUL A SET 2011 www.revistaPE.com.br 21


REUSO DE ÁGUA
Sobre Rodas

REUSO DE ÁGUA
Sobre Rodas
Tecnologias de tratamento reunidas em uma estação
móvel possibilitam a escolha da melhor técnica para
reutilização da água.

Por EDUARDO MENDES, EP Engenharia e FABRÍCIO BRAGA, Pollution Engineering.

A
água não é mais um bem explorar para eficiência do uso da água. de qualquer empresa. Contudo, deve-se
altamente disponível e Atualmente são 12 refinarias em ope- elaborar um bom planejamento para ve-
gratuito. O processo de ração no Brasil, e elas já não suprem a de- rificar as oportunidades que trarão um
obtenção de outorgas manda interna de combustíveis. Por isso, retorno sobre o investimento em menor
para captação de água é cada vez mais apesar dos investimentos de mais de R$ prazo de tempo. Uma excelente maneira
restritivo, o aumento da atividade eco- 300 billhões que serão feitos para aumen- de se iniciar um processo de reuso é re-
nômica no Brasil demanda mais recursos tar a capacidade de produção, a disponi- alizar um Balanço Hídrico na empresa.
naturais para continuar em crescimento. bilidade de água será cada vez mais um Dessa forma consegue-se visualizar onde
Nesse cenário, conseguir reutilizar recur- fator limitante para a expansão e constru- ocorrem as maiores demandas por água,
sos dentro de uma indústria é uma atitu- ção de novas refinarias. a qualidade necessária para essa água e,
de essencial para a saúde financeira das Contudo, com o desenvolvimento de consequentemente, as melhores oportu-
operações. tecnologias mais avançadas para o trata- nidades.
A crescente implementação do projeto mento e reuso do efluente no processo, a Com as oportunidades identificadas,
de cobrança pelo uso da água também é razão entre o volume de água captado por deve-se levantar o custo para captação da
um fator a ser analisado por qualquer in- barril de petróleo refinado tende a dimi- água, tratamento, tratamento do efluente
dústria, grandes consumidores terão que nuir. Possibilitando que a água possa ser e disposição. Esse estudo deve contemplar
se adaptar a essa realidade, já presente em utilizada mais de uma vez dentro do pro- fatores de risco, como por exemplo, a va-
algumas regiões do Brasil. Além do fator cesso. Com isso aumenta-se a eficiência riação na qualidade da água captada, que
custo, a atual disponibilidade de água já hídrica e reduz-se os custos com captação eleva os custos com tratamento da água,
é um fator crítico para a viabilidade da de água bruta de cursos d’água. leis mais restritivas, que exigirão melhor
expansão das atividades de algumas in- qualidade dos efluentes descartados, ele-
dústrias. A região metropolitana de São Economia boa para o vando custos com tratamento, elevação
Paulo, por exemplo, não é mais autossufi- meio ambiente e para os no preço da água captada, ou até mesmo
ciente em água desde a década de 1960, e resultados operacionais a disponibilidade básica de água, fator
desde então a região recebe água da Bacia Dentro de um contexto de operações de que já é crítico em algumas regiões como
dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. qualquer indústria, a receita tem que ser a região metropolitana de São Paulo. Por
Dentre os grandes consumidores de maior que a despesa. Com isso em mente, outro lado, o reuso pode proporcionar
água em sua produção, as refinarias de é fácil identificar oportunidades de redu- redução no volume de água captada ne-
petróleo possuem um grande potencial a ção de custos com reuso de água dentro cessária, e menor volume de efluentes

22 Pollution Engineering JUL A SET 2011


REUSO DE ÁGUA
Sobre Rodas
lançado. determinar as características e a variabili- da filtração/Osmose reversa e Eletrodiá-
Com todas essas informações reunidas, dade do efluente em escala piloto do me- lise reversa.
deve-se equacionar a fórmula para com- lhor sistema de tratamento para adequar Outro grande desafio é a conservação
parar todos esses fatores: custos sem reu- essa água para o reuso. e manutenção das tubulações, por fatores
so versus custos com reuso (aquisição de A solução encontrada para viabilizar econômicos e de segurança, o processo
equipamentos para tratamento do efluen- vários estudos piloto ao mesmo tempo exige grande controle sobre essas estrutu-
te, redução no volume de água captada). e em um compartimento que permita o ras. Todavia, a amônia é um catalisador de
fácil transporte dos equipamentos den- possíveis danos, provocando o aumento
A combinação perfeita tro da refinaria, e para outras refinarias da corrosão em ligas de cobre e dificulda-
O refino do petróleo exige grande de- também, foi elaborar uma unidade móvel des no controle do crescimento microbio-
manda de água. Dentro de um fluxogra- experimental em reuso de água, versátil o lógico. Para isso a água pode passar por
ma básico de refino, o petróleo é destilado bastante para permitir mais de 80 rotas um tratamento com dióxido de cloro e
e origina vários produtos, que por sua vez possíveis de tratamento. remoção da carga orgânica.
também são processados para se adequa- Muitas são as particularidades do sis-
rem aos padrões exigidos para serem co- Uma solução para cada tema de tratamento de efluentes. Para
mercializados. Entre o petróleo bruto e a problema avaliar corretamente cada possibilidade
gasolina, óleo diesel ou coque, a água é Tamanha variabilidade no tratamento é em escala piloto a Unidade Móvel Expe-
utilizada para produção de vapor, resfria- devida às diferentes etapas no refino do rimental em Reuso de Água desenvolvida
mento e lavagem de produtos para retida petróleo e as características da água uti- pela EP Engenharia adaptou uma série de
de impurezas. Para realizar esses proces- lizada em cada processo. Por exemplo, as tecnologias para tratamento da água:
sos, uma refinaria capta aproximadamen- torres de resfriamento são onde o maior • Tratamento Físico-químico
te 36.000 m³ de água/dia. volume de água é consumido. Devido a • Filtração em Areia, POLARTACK®,
Com tanta água, oportunidades para susceptibilidade desses equipamentos à carvão ativado
aplicar o reuso de água não faltam. Con- incrustações, é necessário o controle rigo- • Ultrafiltração
tudo é necessário identificar quais os pa- roso da qualidade da água. As incrusta- • Osmose Reversa
res Efluente/Água de Processo de forma ções são causadas pelos sais presentes na •Processos Oxidativos (Ozônio, Dióxi-
inteligente, para isso vale contar com o água, que podem ser removidos através do de Cloro, Ultravioleta, Fentom)
auxílio de um consultor com experiência
comprovada em Engenharia do Processo.
A combinação deve ser idealizada visando
aproveitar características de efluentes que
precisem de tratamentos simples para se-
rem reaproveitados em outro processo.
Assim o custo do tratamento não inviabi-
liza economicamente o reuso.

Versatilidade
Realizar todos esses estudos não é uma ta-
refa simples, mas é ao menos na etapa la-
boratorial, prática. Coletam-se amostras
em volumes adequados para os ensaios
de bancada, análises são realizadas para
verificar as características do efluente de
cada processo e então o escopo de como
os recursos hídricos poderão ser melhor
aproveitados é desenvolvido.
Contudo, o grande desafio é verificar
no campo as conclusões obtidas em labo-
ratório. Realizar estudos pilotos envolve
engenharia minuciosa, principalmente
em refinarias, onde há áreas classificadas
como de alto potencial de risco.
Dessa forma, em uma inciativa inova-
dora a EP – Engenharia do Processo ela-
borou para a Petrobrás uma solução para

JUL A SET 2011 www.revistaPE.com.br 23


REUSO DE ÁGUA
Sobre Rodas
• Abrandamento por troca iônica onere a alternativa
• Desmineralização por troca iônica das membranas,
• Polimento por leito misto de troca mas que funcione
iônica em consonância
• Desmineralização por Eletrodiálise com essa alternati-
Reversa va. Assim, para tor-
• Polimento por Eletrodiálise nar o simples pro-
• Remoção de CO2 por Membrana de cesso de filtração
Transferência de gases e Torre descarbo- mais eficiente, a EP
natadora Engenharia desen-
Com a utilização de várias tecnologias volveu a tecnologia
já estabelecidas no mercado e também Polartack®.
com equipamentos desenvolvidos pela Basicamente, as
própria EP Engenharia, a unidade móvel partículas presen- Os equipamentos disponíveis possibilitam várias rotas de trata-
irá viajar pelo Brasil, realizando testes nas tes no efluente, em mento, dependendo da qualidade da água a ser tratada.
refinarias para avaliar a viabilidade do sua grande maio-
reuso da água nas unidades da Petrobrás. ria, possuem potencial elétrico negativo. Mais com menos
A partir desse conhecimento, procurou- O reuso de água é tendência para a in-
A solução inovadora -se criar uma diferença de potencial en- dústria, em um momento de expansão
Em determinados processos, o efluen- tre os compostos do efluente e os grãos econômica do país, esse recurso pode se
te possui muitas partículas sólidas em de areia presentes no filtro. Para isso, tornar fator crítico para viabilizar futu-
suspensão e para ser reutilizado, pre- grãos de areia foram revestidos por uma ros investimentos ou expansões. Portanto
cisa passar por uma desmineralização, resina termofixa de caráter altamente deve ser cada vez mais valorado. O reuso
processo que pode utilizar eletrodiálise positivo. Através da diferença de poten- pode ser realizado visando aumentar a
reversa, ou osmose reversa. No último cial, as partículas negativas presentes no eficiência dos processos, enquanto se re-
caso, o efluente precisa de um pré-trata- efluente são atraídas pela resina e ficam duz os custos. É um ganho duplo.
mento para não provocar o fouling, ou aderidas aos grãos de areia, resultando A elaboração do projeto em uma uni-
entupimento, da membrana. A solução em uma eficiência de clarificação incom- dade móvel possibilitou que os equipa-
mais viável para realizar esse pré-trata- parável entre qualquer outro processo de mentos para ensaio piloto pudessem ser
mento é a filtração. Contudo, a capacida- filtração simples. A lavagem do meio fil- transportados facilmente entre as diver-
de de retenção da filtração comum é de trante é realizada da mesma maneira dos sas refinarias, sem custos onerosos com
aproximadamente 20µm, o que não é su- filtros de areia convencional, restauran- o deslocamento ou transtorno provocado
ficiente para processos exigentes como o do plenamente a capacidade operacional pela correta alocação dos diversos equipa-
da osmose reversa. Assim, faz-se necessá- do equipamento. mentos em lugares diferentes.
rio realizar um pré-tratamento que não
A decisão certa
Não há uma única solução para o reuso
da água, seja dentro de uma refinaria de
petróleo, uma indústria de papel e celu-
lose, ou em qualquer empresa que a água
for um determinante considerável nos
custos operacionais, cada efluente pos-
sui suas particularidades e com o trata-
mento adequado, pode servir como água
para alimentação de outro processo.
Dessa forma é necessário realizar testes
para aferir qual é a solução mais viável
para cada indústria. A única decisão cer-
teira é a opção por realizar o estudo da
viabilidade para reutilizar a água e com o
rol de tecnologias e conhecimento técni-
co da EP Engenharia, o estudo piloto de
qual solução ambiental será viável para
cada processo se tornou mais rápido e
Processo avançado de engenharia permitiu que fossem reunidas em duas carretas confiável. PE
os equipamentos mais modernos para tratamento de água.

24 Pollution Engineering JUL A SET 2011


JUL A SET 2011 www.revistaPE.com.br 25
Tecnologia para
monitoramento de
HIDROCARBONETOS
O vazamento de petróleo no Golfo do
México provocou uma elevação do
interesse em tecnologias para vazamentos
de óleo, descontaminação e remediação.

Por GEOFF HEWITT, Presidente da ION Science (Américas)

O
Ao lado está o detector de COV
vazamento PhoCheck Tiger. Foto cortesia da utilizadas em processo de dessalinização e
de petróleo ION Science. águas subterrâneas. Reservatórios de com-
no Golfo subterrânea de muitos reserva- bustível no estado da Flórida, EUA, têm
do México tórios, postos de combustível, uma longa história de sucesso no moni-
ainda proporcionará muitos aeroportos e bases militares toramento de vazamentos dos tanques
desafios para a população da podem estar contaminados com utilizando essa tecnologia.
região cujo modo de vida ou derivados de petróleo de muitos Os sensores fotoquímicos de fibra ótica
operações dependa do acesso à tipos. As áreas que apresentam utilizam mudanças no índice de refração
água potável e ar. Enquanto a óbvia maior perigo são periodicamen- causado pelo petróleo presente na super-
presença de óleo cru flutuando na te monitoradas, mas a lei de fície da fibra ótica. A análise é instantânea
superfície parece ter reduzido, a preocu- Murphy pode pegar qualquer no caso de manchas de óleo. O sensor
pação de que a maior parte do petróleo um que esteja desprevenido. de fibra ótica é estável e tem prolongado
ainda esteja abaixo da superfície, talvez tempo de vida útil. Quando utilizado
em gotículas minúsculas, introduz novos O que fazer? para detectar hidrocarbonetos dissolvi-
desafios. Relatos de mudança do aspecto A chave para resolver a dos do petróleo, geralmente frações solú-
da água e aparente presença de produtos maioria desses proble- veis do BTEX, o limite de detecção é na
tóxicos da decomposição do petróleo não mas é o monitoramen- ordem de ppb, com excelente linearidade
são um bom sinal para o futuro da área. to em tempo real. A nas concentrações usuais.
Todo usuário da água do Golfo, seja ela introdução de novas tec- Os limites de referência da EPA para
utilizada para aquicultura, resfriamen- nologias de monitoramento compostos BTEX dissolvidos são de 27
to, aquários, etc., deve se preparar para permitiu detectar problemas potenciais ppm para benzendo e 3,6 ppm para xile-
potenciais problemas trazidos pela súbita antecipadamente. Uma nova tecnologia nos totais. Dados independentes da KWA
contaminação. Por exemplo, a quebra que utiliza instrumentos portáteis está Inc., do Texas, EUA, sobre os sensores de
da cadeia de carbonos do petróleo e sua disponível para detectar contaminantes fibra ótica indicaram limites de detecção
dissolução pode originar subprodutos dissolvidos e transportados pelo ar. na faixa de 0,1 a 0,37 ppm.
tóxicos como o benzeno, tolueno, etilben- Hidrocarbonetos dissolvidos e com- Novos avanços possibilitaram que essa
zeno, xileno (BTEX) e outros compostos postos BTEX podem ser monitorados in tecnologia ficasse portátil. Tais monitores
voláteis que têm potencial de poluir água situ utilizando tecnologia patenteada de permitem a detecção de compostos BTEX
e ar, além da areia contaminada deposi- sensores fotoquímicos de transmissão por diretamente a partir de poços de monito-
tada em aterros, que pode contaminar as fibra ótica da FCI Environmental, que ramento de águas subterrâneas, o equipa-
águas subterrâneas. também proporciona resposta automática mento CMS 100, por exemplo, possibilita
Enquanto o vazamento no Golfo pode para presença de manchas de óleo na água. registrar continuamente dados através do
ser o maior da história, esse não é um inci- Essa tecnologia fornece 99,9% de correla- tempo – e gerar relatórios para a internet
dente isolado, como mostrou uma recente ção no método 8020 da EPA para análise – de manchas de óleo e BTEX dissolvido.
ruptura em um gasoduto no estado de de BTEX em água doce ou salgada, o que Recentemente foram incorporados ao
Michigan, EUA. Portanto o solo e a água torna essa tecnologia aplicável para águas equipamento, detectores de foto ionização

26 Pollution Engineering JUL A SET 2011


MONITORAMENTO PARA
HIDROCARBONETOS
mitem a coleta de dados sobre geração de
voláteis em tempo real. Originalmente pro-
jetados para monitorar gases subterrâneos
de aterros e áreas contaminadas, sistemas
de monitoramento contínuo podem for-
necer dados constantemente durante três
meses para os seguintes compostos: meta-
no, CO2, O2, pressão atmosférica e pressão
interna do poço.
Essa tecnologia está disponível para
auxiliar no monitoramento de vaza-
mentos de hidrocarbonetos de petróleo
na superfície da água, dissolvido ou em
O CMS-100 acima pode, se necessário, monitorar diversos parâmetros forma de vapor. A combinação de moni-
continuamente. Foto cortesia da ION Science toramento in situ da qualidade da água
e uma estrutura capaz de resistir à severos como opcional e a bateria de lítio estende e de voláteis gerados fornece um nível
cenários de contaminação, o que o torna o uso do equipamento em campo. de proteção antigamente não disponível,
hábil para funcionar em condições de Enquanto monitores contínuos para tecnicamente ou financeiramente. PE
extrema umidade (em climas como o da VOCs já estão disponíveis há algum tempo,
Geoff Hewitt é presidente da ION Science.
região do Golfo), e na presença de parti- a capacidade de registrar continuamente a Para mais informações, contate-o atra-
culados oriundos da combustão de óleo. situação in situ de poços de monitoramen- vés do telefone +1 (802) 244-5153 ou visite
Essas duas tecnologias permitem o uso do to é relativamente nova. Antes disso, poços www.ionscience-americas.com.
equipamento em uma faixa dinâmica de de monitoramento, em postos de gasolina
detecção e com alta sensibilidade, mesmo ou em aterros, eram periodicamente moni- Referências:
www.kwaleak.com/certifications/
sob as piores condições. A seletividade torados utilizando detectores portáteis. A FCI_Vapor%20Phase%20Out-of-tank%20
para o Benzeno é normalmente oferecida introdução de analisadores contínuos per- Product%20Detector_1993_11_15.pdf

JUL A SET 2011 www.revistaPE.com.br 27


Intrusão de Vapores:
INTRUSÃO DE
VAPORES

Qual é a
concentração real?

Determinar o risco associado à presença de compostos orgânicos


voláteis em ambientes fechados é importante, mas superestimar
os valores pode inviabilizar a revitalização da área.

Por JOSÉ CARLOS ROCHA GOUVÊA JÚNIOR , Gerente de Projetos AECOM Environment

eventualmente existentes nas fundações, Xilenos), provenientes do solo e/ou da

O
Conceitos básicos atingir os ambientes internos, alterando água subterrânea para ambientes fecha-
processo de migração a qualidade do ar no local. dos, é resultante de uma série complexa
de compostos químicos Em casos extremos, os vapores acumu- de processos físicos e químicos que ocor-
voláteis a partir de uma lados no interior dos ambientes podem rem em subsuperfície. As fontes de vapo-
fonte subsuperficial representar riscos eminentes, como por res podem resultar da disposição de resí-
para o interior das cons- exemplo, o de explosão. Entretanto, na duos em aterros, instalações industriais,
truções existentes na superfície é conhe- maior parte dos casos, são observadas ape- postos de distribuição e armazenamento
cido como intrusão de vapores (IV). Os nas baixas concentrações de compostos de combustíveis e outros locais onde
compostos químicos voláteis presentes químicos de interesse (CQI), que em um produtos derivados de petróleo são arma-
no solo e na água subterrânea contami- longo tempo de exposição, podem incre- zenados, manuseados ou transportados.
nada podem emanar vapores, que pos- mentar o risco de efeitos crônicos a saúde A partir do reconhecimento da rele-
suem potencial para migrar através da dos receptores que ocupam estes espaços. vância desta via de exposição, diversas
coluna de solo subsuperficial e, através A intrusão de vapores do grupo agências ambientais reguladoras ao redor
de trincas, fraturas e descontinuidades BTEX (Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e do mundo, solicitam a inclusão da via de
exposição associada à inalação de vapores
Fluxo advectivo em ambientes fechados na abordagem
de vapores das análises de riscos a saúde humana
Difusão no ar para áreas potencialmente contaminadas
interno pela presença de derivados de petróleo.
Oxigênio Oxigênio
Zona anaeróbicaZona aeróbica

Ar atmosférico
e interno
Diretrizes atuais
A partir da Decisão de Diretoria Nº
Biodegradação Aeróbica
Vapores na 263/2009, publicada no Diário Oficial
zona não do Estado de São Paulo em 20 de outu-
saturada bro de 2009, a CETESB divulgou o
Migração de Vapores de Hidrocarbonetos novo roteiro para execução de investi-
Geração de Nível d'água gação detalhada e elaboração de plano
Metano? de intervenção em postos e sistemas
(ocorre frequente-
mente quando a
fonte de vapores está Fonte na Água Subterrânea retalhistas de combustíveis.
na zona anaeróbica) A partir do mapeamento da distribui-
ção espacial das plumas de contaminação
Fonte no solo (retida ou livre)
obtidas durante a etapa de investigação
Representação do conceito de intrusão de vapores. detalhada, este roteiro prevê uma série
28 Pollution Engineering JUL A SET 2011
INTRUSÃO DE
VAPORES

de etapas adicionais, onde são avaliadas


a necessidade de adoção de medidas de
intervenção em função do cenário diag-
nosticado, o método a ser aplicado, e o
estabelecimento de um plano de inter-
venção considerando as vias de exposição
e os receptores existentes na área avaliada.
A avaliação da necessidade de adoção de
medidas de intervenção é realizada basi-
camente a partir de tabelas comparativas
entre as concentrações dos compostos quí-
micos de interesse detectadas nas amostras
de solo e água subterrânea selecionadas
(SQIs), as concentrações máximas aceitá-
veis em função da distância existente até
o ponto de exposição (CMAs - POE) e os
padrões legais aplicáveis (PLAs).
É válido salientar, que as concentra-
ções máximas aceitáveis, relacionadas no
documento Ações Corretivas Baseadas
em Risco (ACBR) Aplicadas a Áreas Fonte no solo (retida ou livre)
Contaminadas com Hidrocarbonetos A concentração de vapores é influenciada de forma particular de acordo com
Derivados de Petróleo e Outros cada modelo construtivo.
Combustíveis Líquidos – Procedimentos, devendo ainda ser considerado que o pri- elaborado por Johnson e Ettinger (1991).
são embasadas em modelos matemáti- meiro receptor identificado na área exter-
cos, que fornecem uma estimativa das na será um receptor residencial para os Próximos passos
concentrações em fase vapor que irão cenários de exposição inalação de vapores Considerando estes aspectos, dados obti-
atingir o interior das construções. Estes a partir do solo e das águas subterrâneas. dos diretamente a partir de amostragem
modelos são calculados a partir de con- de vapores em subsuperfície (próximos
centrações determinados em amostras Discussão ao ponto de exposição), podem forne-
de solo e/ou da água subterrânea, e, são Claramente, este método de análise, apre- cer uma estimativa mais precisa a respei-
baseados nas relações de equilíbrio e senta um grau elevado de conservadoris- to das concentrações que possuem real
partição existentes entre estes meios e o mo, visto que variáveis importantes asso- potencial para atingir os receptores pre-
ar (USEPA, 1996 e ASTM,1995). ciadas aos processos de atenuação durante sentes no interior dos ambientes fechados.
Para cada SQI cujas concentrações o transporte dos contaminantes entre a Atualmente, existe uma série de manuais
determinadas no solo (zona não satura- fonte de vapores e os ambientes alvos de e guias que orientam os procedimentos e
da) ou na água subterrânea (zona satu- estudos não são incluídos nesta abordagem “boas práticas” de coleta e validação dos
rada) tenham ultrapassado pelo menos ou são tratadas de uma forma genérica. dados obtidos em campo (EPA 2002, API,
uma das CMAs – POE ou PLAs deverá Entretanto, deve-se considerar que a 2005, ITRC 2007, etc.), abordando técni-
ser elaborado um mapa de risco e preen- determinação ou quantificação destas cas de amostragem, métodos analíticos e
chido o quadro de intervenção. variáveis pode ser bastante onerosa e, elaboração de modelos conceituais espe-
Em cada mapa de risco deverão ser em alguns casos, é tecnicamente inviá- cíficos. Adicionalmente, os resultados e as
apresentadas as curvas de isoconcen- vel, principalmente por possuírem uma concentrações quantificadas diretamente
tração correspondentes a todas CMAs – grande variabilidade espacial e temporal. em fase vapor, por meio de amostras obti-
POE e PLAs que foram superadas, con- De acordo com a American Petroleum das em subsuperfície, devem ser compara-
siderando o posicionamento das plumas Institute (API,1998), as concentrações dos com padrões ambientais adequados,
de contaminação retida e dissolvida, e dos CQI determinadas diretamente nos estabelecidos em função dos parâmetros
a localização dos receptores potenciais, ambientes fechados, apresentam valores da físicos locais, características específicas
identificados no modelo conceitual. ordem de mil vezes inferiores em relação dos receptores e das construções eventual-
Especificamente nos mapas de risco, as concentrações de vapores de solo obti- mente existentes nas áreas impactadas, de
para os cenários de exposição relativos à das imediatamente abaixo da fundação forma a não subestimar ou superestimar
inalação de vapores provenientes do solo das construções. Esta relação é consistente os riscos associados à presença de vapores
e das águas subterrâneas, os limites da com os dados publicados nos estudos con- nos ambientes fechados.
curva de isoconcentração da CMA - POE duzidos por Nazaroff et al. (1987), e com A quantificação das concentrações e o
deverão ser ampliados em 10 metros, os resultados obtidos a partir do modelo mapeamento dos processos envolvidos na

JUL A SET 2011 www.revistaPE.com.br 29


INTRUSÃO DE
VAPORES

CH3 CH2 - CH3 Referências bibliográficas


ampliação de conhe- American Petroleum Institute - American
cimento sobre os Petroleum Institute. Assessing the Significance
processos envolvidos, of Subsurface Contaminant Vapor Migration to
Enclosed Spaces, Site-Specific Alternatives to
sensivelmente menos Generic Estimates. Washington D.c: Health And
conhecidos sob o Environmental Sciences Department., 1998. 4674
Benzeno Tolueno Etilbenzeno aspecto da dinâmi- v.
American Petroleum Institute - American
ca de transporte dos Petroleum Institute. A Pratical Strategy for
CH3 CH3 CH3 vapores de BTEX e Assessing the Subsurface Vapor-to-Indoor Air
da sensibilidade das Migration Pathway at Petroleum Hydrocarbon
Sites: Collecting and Interpreting Soil Gas
CH3 variáveis importantes Samples from Vadose Zone. Publication 4741.
no que diz respeito Washington D. C: Regulatory Analysis and
a atenuação duran- Scientific Affairs, 2005.
CH3 American Society for Testing and Materials -
te o transporte dos American Society for Testing and Materials.
p-Xileno contaminantes entre
o-Xileno m-Xileno CH3 Standard Guide for Risk-Based Corrective
a fonte de vapores e Action Applied at Petroleum Release Sites.
Fórmula estrutural dos BTEX.
Conshohocken, Pennsylvania: Annual Book
intrusão de vapores de BTEX provenientes os ambientes alvos de of American Society for Testing and Materials
da subsuperfície para ambientes fechados, estudos. Standards, 1995. Designation E 1739-95.
deverá permitir uma redução das incer- Esta sistemática poderá beneficiar o ITRC - The Interstate Technology & Regulatory
Council. Vapor Intrusion Pathway: A Practical
tezas inerentes ao método aplicado atu- processo de investigação de áreas impac- Guideline. Washington D.c: The Interstate
almente para esta abordagem no Estado tadas pela presença de hidrocarbonetos Technology & Regulatory Council, 2007. 172 p.
de São Paulo, sem no entanto, diminuir o derivados do petróleo não só no Estado JOHNSON, P. C.; ETTINGER, R. A.. Heuristic
Model for Predicting the Intrusion Rate
grau de proteção aos receptores avaliados. de São Paulo, mas também em outros of Contaminant Vapors into Buildings.
Esta abordagem específica poderá estados do Brasil que possuam proble- Environmental Science & Technology,
auxiliar na seleção de técnicas mais efi- mas similares. PE Houston, v. 25, n. 8, p.1445-1452, 1991.
NAZAROFF, W. W. et al. Experiments on
cientes, sustentáveis e economicamente pollutant transport from soil into residen-
viáveis para mitigação dos riscos asso- José Carlos Rocha Gouvêa Júnior tial basements by pressure-driven airflow.
Geólogo graduado pela UFRGS. Mestrando Environmental Science & Technology,
ciados à exposição dos receptores a ina- do curso de Tecnologia Ambiental no Berkeley, v. 21, n. 5, p.459-465, 1987.
lação de vapores em ambientes fechados. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado United States Environmental Protection
Além dos aspectos sociais e econô- de São Paulo – IPT. Gerente de Projetos – RCE Agency. Draft Guidance for Evaluating
- |AECOM Environment. Contate-o através the Vapor Intrusion to Indoor Air Pathway
micos, a definição de métodos espe- do tel: 55-11- 3627-2077 ou pelo e-mail: jose. from Groundwater and Soils. United States
cíficos para esta avaliação, deverá tra- gouvea@aecom.com. Of America: United States Environmental
zer benefícios científicos em termos da Protection Agency, 2002. 53 p.

Inalação de vapores orgânicos pro-


venientes do solo e da água sub-
terrânea em ambientes fechados
Inalação de vapores orgânicos
(Comercial, On-site) Inalação de vapores orgânicos
provenientes do solo e da água
subterrânea em ambientes abertos provenientes do solo e da água
(Comercial, On-site) subterrânea em ambientes abertos
Inalação de vapores orgânicos (Comercial, On-site)
provenientes do solo e da água
subterrânea em ambientes abertos
(Residencial, Off-site) Comércio
Limite do Limite do
Empreendimento Empreendimento
Residência Lavagem Vestiário W.C.
Refeitório

PZV 02
PZV 01
PM 04

PM 11
PB 01
PB 05

PB 05
PZ 02

PM 07 PM 09 PM 13
CSAO Aterro de areia argilosa com entulho

Aterro de areia argilosa com entulho Solo argiloso arenoso de coloração


variegada
Solo argiloso arenoso de coloração variegada Argila plástica de coloração cinza

LEGENDA Legenda de iso- Solo arenoso de


concentração de coloração cinza
Vapores proveientes da água subterrânea benzeno
Vapores proveientes do solo < 30 (µg/L)
Representação do aquífero livre 30 a 1.000 (µg/L)
Tanque removido e número de controle 1.001 a 3.000 (µg/L) Área não investigada
3.001 a 70.000 (µg/L) Sentido preferencial do fluxo
> 70.000 (µg/L) da água subterrânea

Representação das variadas situações avaliadas em um análise de risco.

30 Pollution Engineering JUL A SET 2011


A ECONOMIA
dos RESÍDUOS

A ECONOMIA
dos RESÍDUOS:
Tecnologias para valorização de um
recurso tratado como lixo

Até hoje, grande parte dos resíduos sólidos


urbanos era apenas enterrada, mas o
desenvolvimento tecnológico já possibilita
transformar esse passivo em um ativo
muito interessante.
Figura 6: Digestor e gasô-
metro de um Sistema de
Por Tiago Faria, diretor da Efacec e Cyro Corteze Junior,
valorização de resíduos
por digestão anaeróbia.
gerente comercial da Efacec do Brasil

O
s novos sistemas de tra- trais de digestão anaeróbia, com produ- • Edifício recepção, para descarga dos
tamento desenvolvidos ção de biogás, recicláveis (papel, plástico resíduos
pretendem dar a sua e metais) e combustíveis derivados de • Tratamento mecânico, com separa-
contribuição para «o resíduos (CDR), passando pelas tradicio- ção e recolha de materiais recicláveis, e
abandono do paradig- nais centrais de compostagem intensiva produção de combustíveis derivados de
ma de uma “sociedade do desperdício” aeróbia. resíduos
e adotar o paradigma de uma economia • Digestão anaeróbia, com produção de
tendencialmente circular», através da oti- Soluções à medida biogás
mização dos recursos materiais e energé- Os sistemas de valorização de resíduos • Compostagem, com produção de
ticos, que levam à minimização do con- sólidos urbanos indiferenciados podem composto
sumo de novas matérias-primas e, assim, sempre ser encarados como
à redução da pressão sobre o ambiente. soluções modulares adaptadas
Para responder aos desafios desta mu- às exigências dos clientes, com
dança de paradigma, a Efacec apostou na capacidades que podem ir das
diversificação e na inovação, tendo vindo dezenas de toneladas ano até
a crescer de forma significativa na verten- às centenas de milhares de to-
te do ambiente, em geral, e dos resíduos, neladas ano.
em particular. Tipicamente, as instalações
Atualmente a Efacec tem competências mais complexas, envolvendo
para a concepção e realização de todos os recuperação de recicláveis,
tipos de unidades na área da valorização produção de combustíveis
de resíduos sólidos, desde a selagem dos derivados de resíduos (CDR),
aterros, com captação de biogás associado digestão anaeróbia e compos-
à produção e aproveitamento de energia tagem aeróbia, são divididas
Figura 1: Separador balístico.
térmica e elétrica, até às complexas cen- em seis zonas:

JUL A SET 2011 www.revistaPE.com.br 31


A ECONOMIA
dos RESÍDUOS
• Biofiltro, para tratamento e desodorização do ar
• Estação de tratamento de lixiviados
O processo de valorização começa com a chegada de resídu-
os ao pavilhão de recepção, onde estes são depositados numa
área destinada para o efeito. Em seguida, os resíduos entram no
sistema de valorização mecânico e óptico que se inicia com um
equipamento para abrir os sacos de plástico, passando depois
para um transportador, de forma a uniformizar a entrada na
zona seguinte e otimizar a separação.
Os resíduos são posteriormente encaminhados para um crivo,
cuja malha é otimizada de acordo com a tipologia dos resíduos
a tratar, que permite separar aproximadamente 95% da matéria
orgânica neles existente. Desta primeira crivagem resultam duas
frações destinadas a tratamentos distintos: superior e inferior.
A fração superior é tratada pelo sistema de valorização me-
a cânico e óptico, sendo descarregada para o transportador e con-
duzida para um separador balístico (Fig 1), que separa o resíduo
Figura 2 a e b: Sistema de transportadores.
em três frações:
• A fração Fina, que é encaminhada para a valorização orgâni-
ca depois de serem retirados os materiais ferrosos e não ferrosos
com recurso a um separador magnético e uma corrente de Fou-
cault respectivamente.
• A fração Plana, que passa por um processo de separação óp-
tica com capacidade para separar plástico de baixa densidade.
• A fração Rolante, que é igualmente encaminhada até um
segundo equipamento de separação óptica, através de um com-
plexo sistema de transportadores (Fig 2a e 2b), a fim de separar
o resíduo em mais três frações diferentes, a fração de “Brick”,
fração de plásticos e a fração de não plásticos, considerados con-
taminantes.
Entre as frações que se obtêm da separação da fração Rolan-
te, a fração de plásticos é então transportada para um terceiro
equipamento de separação óptica (Fig 3) com capacidade para
b
separar novamente o resíduo, obtendo-se o Polietileno de alta
densidade (PEAD), o Politereftalato de etileno (PET) e os plás-
ticos mistos. As diversas frações obtidas são prensadas (Fig 4) e
enviadas para valorização.
Nos sistemas avançados de valorização de resíduos, o com-
plexo processo de separação mecânica e óptica é desenhado de
acordo com a tipologia dos resíduos a tratar de forma a maximi-
zar o valor, indo sempre de encontro às necessidades do cliente.
Os resíduos que não se incluem nas frações anteriormente
descritas - fração Resto - entram num novo e complexo sistema
de tratamento mecânico, com recurso à trituração e separação
por ar, resultando na produção de CDR com alto poder calorí-
fico e obedecendo aos mais elevados padrões de qualidade (Fig
5).
Quanto à fração inferior - fração orgânica – tratada por sis-
temas de valorização orgânica, pode ser encaminhada direta-
mente para processos biológicos de compostagem aeróbia ou
de digestão anaeróbia, neste último caso antecedido de um pré-
-tratamento úmido.
• Compostagem aeróbia intensiva. As frações inferiores a
Figura 3: Os sistemas de valorização mecânica e óptica têm
60 ou 80mm são colocadas numa zona de pré-compostagem
funcionamento totalmente automatizado e de fácil manuseio,
sob a forma de pilha trapezoidal, com arejamento forçado
de forma a facilitar as operações de manutenção.

32 Pollution Engineering JUL A SET 2011


A ECONOMIA
dos RESÍDUOS

por insuflação ou sucção do ar. A pré- eficiente. O pro-


-compostagem pode ocorrer em edifício cesso inicia-se com
fechado onde se instala um sistema de um tratamento
tratamento de ar, através de um sistema mecânico úmido
de biofiltro, no qual os poluentes res- onde ocorre a dis-
ponsáveis pela emissão de odores (H2S solução da matéria
e NH3) são absorvidos pelo material biodegradável na
filtrante e metabolizados pelos micror- qual, recorrendo a
ganismos. O correto dimensionamento equipamento es-
do sistema de tratamento de ar permite pecífico, se proce-
a anulação dos odores, sempre muito in- de à remoção dos
tensos nesta fase. Segue-se uma zona de contaminantes não
pós-compostagem (Fig 6), muito menos biodegradáveis,
exigente ao nível do controle e desodori- nomeadamente
zação, onde ocorre a maturação da ma- a fração pesada
téria orgânica. (pedras, ossos, vi-
Figura 5: Centro eletro-produtor.
Nos sistemas de compostagem, 60% dro, pilhas, objetos
das zonas são arejadas por sucção, sendo metálicos, outros) e a fração leve (têxteis, sólidos Efacec, desenvolvidos por técnicos
este o ar tratado pelo sistema de trata- madeira, filme plástico, fios de metais va- de várias áreas de conhecimento, vão ao
mento de ar, ficando os restantes 40% riados, outros). encontro deste novo paradigma da eco-
das zonas com arejamento por insufla- A esta fase de preparação da matéria nomia, por reconhecerem no lixo aquele
ção. A monitorização do processo é au- biodegradável segue-se a digestão, pro- valor potencial. Neste sentido:
tomática e assegurada pela medição do cesso biológico através do qual a maté- • Os sistemas de valorização mecânica
oxigênio e temperatura nas pilhas de ria orgânica é transformada em biogás, e óptica, fruto da experiência acumulada,
matéria orgânica. O tempo de perma- começando numa série de reações de têm taxas de separação que ultrapassam
nência da matéria orgânica no processo hidrólise para quebrar as ligações de em determinados produtos os 90%, po-
de compostagem é de cerca de 8 sema- polímeros orgânicos insolúveis e termi- dendo o grau de reciclagem de um siste-
nas, e dele resulta um composto de alta nando numa fase metanogênica, produ- ma completo ultrapassar os 80%.
qualidade, apropriado para ser utilizado tora de metano e dióxido de carbono. O • Os sistemas de valorização orgânica
como material estruturante do solo ou processo desenvolve-se em reservatórios atingem valores próximos do 1MWh de
como fertilizante orgânico na agricultu- fechados (digestores), na ausência de energia elétrica e 0,5 MWh de energia tér-
ra e produção florestal. oxigênio, onde são controlados fatores mica por tonelada de resíduo valorizada,
• Digestão anaeróbia. O sistema de di- físicos e químicos, como a temperatura o que significa que por cada 50 mil kg de
gestão anaeróbia utilizado conduz a ele- e o pH. resíduos orgânicos valorizados são abaste-
vadas taxas de produção de metano por O biogás produzido na digestão anae- cidos com energia eléctrica mais de 40 000
sólidos voláteis, sendo por isso altamente róbia é encaminhado para um sistema de habitantes e são evitadas emissões de CO2
tratamento, mais ou menos complexo, e na ordem dos 150 000 toneladas.
depois para um centro eletro-produtor, De fato, a exploração de um variado
constituído por grupos moto-geradores leque de possibilidades dinamiza a in-
produtores de energia elétrica e térmica dústria e os serviços, com repercussões de
(Fig 7). dimensão econômica e social. Por outro
lado, todos os processos de separação,
Reconhecer o valor do transformação e valorização contribuem
lixo para a diminuição da quantidade de re-
Encarar os resíduos não como um elo síduos acumulados e os riscos de polui-
de final de cadeia mas como um ponto ção associados, reduzindo a pressão no
de partida para a obtenção de produtos, ambiente e na capacidade de regeneração
através da reciclagem, ou como matéria- dos recursos naturais. PE
-prima para o suprimento das necessi-
dades energéticas da população, faz com Tiago Faria é Diretor da Efacec, é Mestre e
Doutor em Emissões de CO2. Cyro Corteze
que aquilo a que vulgarmente chamamos
Júnior é Engenheiro Civil Pós Graduado em
lixo possa ser encarado como um recurso Saneamento e Meio Ambiente e MBA em
de elevado valor econômico, ambiental e Gestão Empresarial. Ele pode ser contatado
social. pelo telefone (11) 5591-1967 ou pelo e-mail
Os sistemas de valorização de resíduos cyro.corteze@efacec.com.
Figura 4: Prensa para materiais recicláveis.

JUL A SET 2011 www.revistaPE.com.br 33


VisãoRegional
1 BRASIL - Ibama inova com a implanta-
ção do Auto de Infração Eletrônico
O Ibama adotará, dentro de seis meses, o
Auto de Infração Eletrônico nas fiscalizações
de ilícitos ambientais como parte da estraté-
gia de modernização do instituto.
A nova modalidade de autuação proporcio-
nará maior eficiência por parte dos agentes
ambientais federais e maior eficácia de suas
ações no controle desses ilícitos uma vez que
contribuirá para o controle efetivo das ativi-
dades de fiscalização e agilizará o julgamen-
to dos processos ao integrar o sistema móvel
ao corporativo, com a transferência automá-
tica dos dados contidos no auto, otimizando, 1 1 2 2 3 3 4 4 5 56 6
assim, as providências pelas demais unidades
da autarquia.
7 7 8 8 9 910 1011 1112 12
Entre suas funcionalidades, o sistema fará o
registro de fotografias e coordenadas dos
ilícitos, permitirá consultas a sistemas corpo-
1 2 3 4 5 6
rativos e rastreabilidade de rotas de desloca-
mentos das equipes e processará cálculos e
edição de textos. Em breve, servirá também 7 8 9 10 11 12
como instrumento de comunicação entre
equipes e unidades do Ibama.
É importante ressaltar que a nova tecnologia
garantirá a redução do tempo de preenchi-
mento do auto de infração e de seu cadas-
tramento on-line no Sistema de Cadastro, Ar-
recadação e Fiscalização (Sicafi) bem como os sólidos. Cenário para as competições de vela nas
a redução de recursos administrativos e judi- O documento está em discussão e receberá Olimpíadas de 2016, a Baía de Guanabara
ciais decorrentes de possíveis equívocos no contribuições da sociedade nas audiências vai receber R$ 1 bilhão para saneamento. O
ato de lavratura do auto de infração, seja em públicas regionais, que ocorrem nos meses Banco Interamericano de Desenvolvimento
função da escrita ilegível, seja por indicação de setembro a novembro deste ano. A so- (BID) acaba de aprovar R$ 800 milhões para
incorreta da norma jurídica violada. ciedade também poderá contribuir, duran- concluir o esgotamento sanitário nos municí-
te o período de realização das audiências pios do entorno da baía, iniciativa que con-
2 BRASIL – Primeira versão do Plano de públicas, por meio da consulta pública na tará com contrapartida do governo estadu-
Resíduos Sólidos será apresentada internet. A versão final do Plano, após aná- al, de R$ 330 milhões, do Fecam.
Será apresentada ao Brasil a primeira ver- lise e incorporação das contribuições, será As intervenções, na primeira etapa das
são do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. apresentada na Audiência Pública Nacional obras, vão incluir a implantação do sistema
O documento contendo diagnóstico e um prevista para novembro, em Brasília. de coleta e tratamento de esgotos de Alcân-
conjunto de informações sobre as metas e Além do Ministério do Meio Ambiente, co- tara, no Município de São Gonçalo, e a cons-
diferentes cenários estudados e propostos ordenador do Comitê, fazem parte da ins- trução do sistema de coleta e transporte de
pelo Grupo de Trabalho (GT1) foi discutido tância os ministérios das Cidades, do De- esgotos do Tronco Cidade Nova (Centro do
durante a reunião do Comitê Interministerial senvolvimento Social e Combate à Fome, Rio de Janeiro), que se conectará ao Sistema
em Brasília. da Saúde, da Fazenda, do Planejamento, Alegria.
O lançamento do Plano faz parte do calen- Orçamento e Gestão, do Desenvolvimento, Na segunda fase do programa, que deverá
dário de ações do Comitê Interministerial Indústria e Comércio Exterior, da Agricultura, ser iniciada em 2012, estão previstas obras
da PNRS, que, no âmbito dos diferentes Gru- Pecuária e Abastecimento e da Ciência e nos sistemas de esgotamento de Pavuna
pos de Trabalho, promove ainda estudos e Tecnologia, além da Casa Civil e da Secreta- e Sarapuí (Baixada Fluminense), Itaboraí e
propõe medidas que visam à desoneração ria de Relações Institucionais da Presidência sistema lagunar da Barra da Tijuca e Jaca-
tributária de produtos recicláveis e reutilizá- da República. repaguá, além de obras para melhoria das
veis. Vai também formular estratégia para a condições de banho de praias do Município
promoção e difusão de tecnologias limpas 3 Rio de Janeiro - BID aprova R$ 800 do Rio de Janeiro.
para a gestão e o gerenciamento de resídu- milhões para sanear Baía de Guanabara

34 Pollution Engineering JUL A SET 2011


Sistemas de Monitoramento
da Qualidade do Ar
A JCTM e a Ecotech oferecem Estações de Monitoramento da Qualidade do Ar total-
mente integradas e com a mais elevada tecnologia, excelente manutenção e assistência
técnica. Esses sistemas contém analisadores de gases, monitores de partículas, equipa-
mentos de calibração e software para o registro dos dados. Os equipamentos podem ser
instalados em locais remotos e em qualquer ambiente agressivo.

Analisadores de Gases Amostrador de Grande Volume de Ar


Os analisadores de gases da Ecotech são aprova- O HiVol 3000 coleta material em um filtro amos-
dos pela U.S. EPA e Órgãos ambientais e são capa- trador para medição da massa (µg/m³) e para
zes de analisar O3, CO, NOX, SO2 e incluem medi- demais análises químicas, de acordo com a U.S.
dores de H2S, NH3, CO2, TRS, TS, NOy EPA e outros padrões internacionais.
As vantagens do Serinus incluem: Disponível para análise de PTS, MP10, MP2.5, amos-
tragem em PUF e XAD.
Aprovação da U.S. EPA e órgãos ambientais
Equivalência com a U.S. EPA (RFPS-0706-162)
Construção modular maximiza a associação
entre os analisadores, minimiza o estoque de Compensação de Pressão e Temperatura
peças de reposição e aumenta a familiaridade (Padrão)
do operador com os diferentes analisadores
Design e construção de alta qualidade
Baixa pegada de carbono devido o reduzido
consumo de energia e operação em maior
Plataforma flexível para amostragem remota
faixa de temperatura
de partículas
Eletrônica redesenhada, oferecendo maior
Sensores meteorológicos opcionais, alarmes
estabilidade e confiabilidade
por SMS e registro de dados interno

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