Como já analisado anteriormente, o projeto consiste em um conjunto de elementos com representações prévias de um produto a ser alcançado ao final de seu process o. Na construção civil, para alcançar o objetivo, que é a edificação em pleno es tado de uso e funcionalidade, se faz a utilização de vários tipos de projetos qu e estão listados a seguir: • • Projeto Arquitetônico; Projetos Complementares; • Hidráulico; – – – – Estrutural Elétrico; Prevenção Contra Incêndios; Projeto Topográfico. Além dos projetos citados, é de grande valia outros elementos utilizados para co mplementação destes projetos como: • • • • • Memorial Descritivo; Orçamento; Cro nograma Físico/Financeiro; Caderno de Encargos; Diário da Obra. Estes conjunto d e elemento citados, juntamente com o projeto de produção, que também se utiliza destes elementos, formam o projeto da edificação. PROJETO ARQUITETÔNICO O projeto de arquitetura é o processo pelo qual uma obra d e arquitetura é concebida e também a sua representação final. É considerada a pa rte escrita de um projeto. É o projeto “pai”, ou seja, é o balizador para todos os outros projetos (projetos complementares e especificações), os projetos compl ementares utilizam informações contidas no projeto arquitetônico, em relação à f orma de edificação, seu provável uso, materiais a serem empregados etc. É import ante relembrar que os projetos complementares e especificações devem estar em co nformidade com o projeto arquitetônico, mas isto não quer dizer que o projeto ar quitetônico não possa ser alterado por força de um projeto complementar, desde q ue a aja uma retroalimentação da informação para todos os outros elementos do pr ojeto. NORMA REGULAMENTADORA DE DESENHOS ARQUITETÔNICOS • NBR-6492 - Representação de projetos de arquitetura; • NBR-10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico. OBS: Admite-se algum nível de liberd ade em relação as normas em alguns contextos. Durante o processo de elaboração e evolução do projeto, por exemplo, normalmente os arquitetos utilizam-se de méto dos de desenho próprios apropriados às suas necessidades momentâneas, os quais e ventualmente se afastam das determinações das normas. Esta liberdade se dá pela necessidade de elaborar desenhos, que exijam uma facilidade de leitura maior por parte de leigos ou para se adequarem a diferentes publicações, por exemplo. O projeto arquitetônico de uma edificação compreende no mínimo: PLANTA BAIXA É u m corte transversal a edificação, a uma altura de 1,50 metros. Através da planta baixa, podemos visualizar os ambientes que compõem o projeto. Feche os olhos e imagine uma casa, visualizando da rua, agora imagine se fosse possível tirar o t elhado e visualizá-la de cima, esta é a visão de uma planta baixa. A planta baix a serve de base para a execução dos cortes, fachadas, planta de cobertura, plant a de localização, tabela de esquadrias e planilha de estatísticas. Elementos que compõe uma planta baixa: Paredes; Janelas; Portas; Cotas; Cotas de Nível; Proje ções; Indicações de Cortes; Indicações de Norte; Escadas; Rampas; Indicações dos Cômod os; Indicação da Área dos Cômodos; Indicação da Pavimentação. A planta baixa possui uma derivação muito utilizada em projetos de interiores e projetos de edificações comerciais e industriais que possuam equipamentos/móveis com dimensões já definidos, a essa planta baixa damos o nome de planta mobiliad a ou layout. A planta mobiliada ou layout, também pode ser utilizada em edificaç ões residenciais, se o projetista achar necessário. Na planta mobiliada ou layou t representa-se as paredes, janelas, portas, escadas, rampas, indicação dos cômo dos, mas principalmente se indica a posição dos equipamentos e móveis que estarã o no interior da edificação. Plantas Baixas Plantas baixas • • • • São cortes feitos em cada pavimento através de planos horizontais; Os pl anos de corte situam-se em uma altura de 1,5metros; A porção da edificação acima do plano de corte é eliminada; Representa-se o que um observador posicionado a uma distância infinita veria ao olhar do alto a edificação cortada. OBS: A planta baixa serve como referencia para todos os outros elementos de um P rojeto. Plantas Baixas 25 200x150/90 290 SALA DE ESTAR 11.95 m2 25 40x210 220 3.65 m2 HALL LAVABO 60x210 90x210 15 Passos para Montagem da Planta Baixa Demarcar as paredes; Representar as esquadrias; Representar louças sanitárias; R epresentar os “pisos frios”; Representar a projeção dos beirais; Representar os textos e a cotagem. Elementos de Desenho Arquitetônico nas Plantas Baixas JANELA: PORTA: LINHA E DIREÇÃO DO CORTE: INDICAÇÃO DE NÍVEL: INDICAÇÃO DO NORTE: INDICAÇÃO DE ESCADAS E SEU SENTIDO: FACHADA OU ELEVAÇÃO Fachada: designação de cada face de um edifício. Frontaria ou frontispício é ger almente o nome que se dá à fachada da frente, a que dá para a rua. Na linguagem mais comum, constitui apenas, esse caso, a “fachada principal”. As outras serão denominadas de fachada posterior, ou fachada lateral. O conjunto de fachadas e s ua composição plástica darão, em volume, a caráter, a fisionomia do edifício. Es sa composição das fachadas é feita através do tratamento do plano, das superfíci es, dos cheios e vazios, dos materiais e sua textura e da cor. Com esses element os o arquiteto trabalha e compõe uma fachada, dando expressão final à criação ar quitetônica. Cortes São obtidos por planos verticais que interceptam as paredes, janelas, portas e l ajes, com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham facilitar a execuç ão da obra. • As linhas indicando onde devem ser feitos os cortes são traçados S EMPRE nas plantas do projeto. Se desenharmos a vista do edifício secionado em um plano vertical, teremos um desenho demonstrativo das diferentes alturas de peit oris, janelas, portas, vergas e das espessuras das lajes do piso, do forro, dos detalhes de cobertura e dos alicerces. • Cortes Cortes Quase sempre uma única seção não é suficiente para demonstrar todos os detalhes do interior de um edifício, sendo necessários, no mínimo dois cortes. Por esse m otivo, sempre que apresenta-se um projeto, representamos duas seções: LONGITUDIN AL E TRANSVERSAL. Deve-se sempre passar um dos cortes por um dos compartimentos ladrilhados, cujas paredes sejam revestidas por azulejos. Indicamos as seções na s plantas por traços grossos interrompidos por pontos e terminados por setas que indicam a situação do observador em relação ao plano da seção. Assinalamos os c ortes por letras maiúsculas. As paredes secionadas devem ser representadas tal c omo aparecem nas plantas. Passos para montagem de um corte - Demarcar os limites inferior e superior do corte (contrapiso, laje de forro, e tc.); - Demarcar as paredes nos cortes; - Representar as esquadrias; - Represent ar as louças sanitárias; - Representar os azulejos; - Representar as vigas de fu ndação; - Representação do telhado; - Representar os textos e a cotagem; - Estim ar o tamanho dos desenhos. Cortes Cortes PLANTA DE LOCALIZAÇÃO Indica a posição da construção dentro do terreno. Pode-se fazer um desenho único com a locação e a planta de cobertura. A planta de locação não se limita a casa ou construção. Ela deve mostrar os muros, portões, árvores existentes ou a plan tar, a calçada ou passeio e, se necessário as construções vizinhas. As escalas i ndicadas para a planta de locação são as 1:100 ou 1:200. PLANTA DE SITUAÇÃO Deve-se tomar cuidado para não confundir os conceitos de planta de localização, vista anteriormente, e planta de situação. A planta de situação situa o terreno em relação aos terrenos e quadras vizinhas, na planta de situação é imprescindív el a localização do norte e as cotas que as dimensões do demonstram terreno, tam bém é necessário o código de identificação do terreno, esta planta será muito út il na confecção da planilha de estatísticas. PLANTA DE COBERTURA É na planta de cobertura que será indicado o caimento da cobertura da futura edi ficação, nela também conterá o tipo de apoio utilizado para as telhas, o tipo do telhamento utilizado, as dimensões do beiral, inclinação das tesouras, calhas e rufos, se existirem. TABELA DE ESQUADRIAS Legenda a qual possui informações sobre aberturas, portas e janelas. Quando a re ferência é para janela, denomina-se com a letra J, e quando a referência for par a portas, a denominação é a letra P. Estas representações por letras são complem entadas por outros caracteres que servem como referência para a legenda e também podem indicar uma das dimensões do objeto ou o material a ser empregado em sua execução, como no exemplo abaixo: • Como se pode observar nas descrições das janelas, seus códigos fazem referência ao material utilizado, mas não fazem referência alguma a suas dimensões, e nos c ódigos das portas, alguns fazem referência ao tipo de material, mas todos fazem referência a dimensão de comprimento das portas. PLANILHA DE ESTATÍSTICAS Trata-se de uma tabela onde se encontram valores estatísticos e descrições do pr ojeto, importantes para o conjunto do projeto arquitetônico como: Código de identificação do terreno; Código de identificação da quadra onde o ter reno está incluso; Área do terreno; Área de construção; Área de demolição (se ne cessário); Área existente (se necessário); Área remanescente; Taxa de ocupação; Índice de aproveitamento. • A planilha de estatística é um instrumento muito importante para a analisar se o projeto encontra-se e conformidade com a legislação.