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O Rítmo do Desmatamento
Dados de satélite indicam que a caatinga perdeu, num período de seis anos, entre 2002 e 2008, 16.576 quilômetros quadrados
de vegetação nativa. Isso equivale a 2% do bioma, que detém cerca de 10% do território nacional. O ritmo do desmatamento é
semelhante ao verificado na Amazônia.
Carbono na Atmosfera
Apesar do porte menor das árvores, o abate da caatinga foi responsável pelo lançamento de 25 milhões de toneladas de carbono
por ano na atmosfera. Isso significa o dobro do corte das emissões de carbono planejado pelo governo com medidas de eficiên-
cia energética em 2020. Ou o equivalente à geração de energia por fontes alternativas, como pequenas hidrelétricas e usinas
eólicas, também em 2020, conforme as metas oficiais do país.
Medidas de Proteção
O bioma também deve contar com metas para a redução do abate de árvores, da mesma forma que a Amazônia e o cerrado.
Uma das medidas em estudo é a criação de mais unidades de conservação na caatinga, como a que será estabelecida na serra
das Confusões (PI). Áreas protegidas representam atualmente 7% do bioma.
Bahia e Ceará concentram mais da metade do desmatamento medido pelo ministério no período mais recente, até 2008. O mu-
nicípio de Acopiara (CE) lidera o ranking. Em Alagoas, o ritmo foi menor, mas restam poucas áreas preservadas no Estado.
O padrão de corte de árvores na caatinga é diferente do verificado em outros biomas já monitorados. Nos últimos anos, os saté-
lites mostram que o desmatamento ocorreu de forma pulverizada na região.
Fonte: Folha de São Paulo 03 de março de 2010 - Marta Salomon - Brasilia