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Resumo
Abstract
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ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
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O termo «etnografia» remete com frequência para o processo metodológico global que
caracteriza a antropologia. Para Lévi-Strauss esta prática consistiria na observação e análise de
grupos humanos considerados em sua particularidade e visa a reconstituição da vida de cada
um deles. Poderemos pois entender a etnografia como fase específica da antropologia mas
também como método ou como prática utilizada e desenvolvida em muitas outras áreas
científicas - nas ciências sociais, nas ciências da comunicação, nas ciências da educação, etc. Ao
considerar a observação como ponto de partida a etnografia remete necessariamente para o
trabalho de campo como fase primordial da investigação etnográfica. Em ciências sociais por
trabalho de campo costuma designar-se o período e o modo de investigação dedicado à
recolha e registo de dados. Como fase primordial, é comum às diversas ciências sociais
adquirindo, no entanto, formas de realização variadas e diferenciadas decorrentes da diversidade
de disciplinas e mesmo do terreno abordado. Assim poderá ser considerado trabalho de campo
a aplicação de um questionário em sociologia, o trabalho no local do jornalista, do cineasta, do
documentaristai (autor/realizador de documentários), do criador artístico, do criador literário, do
publicitário, do criador e gestor da imagem (e da cultura) institucional, na arquitectura, no
design, etc.. Todas estas práticas se baseiam de forma implícita ou explícita no trabalho de
campo, no método etnográfica e mesmo na reflexão teórica muito próxima da reflexão
antropológica. As bibliografias e referências metodológicas nos trabalhos de uns e outros
investigadores são frequentemente as mesmas. Remete-nos esta constatação para as perguntas
de Marc Augé “terão ainda sentido certas distinções disciplinares? Quando se fala da
antropologia, não estará a evocar investigações muito próximas das da sociologia ou daquilo a
que hoje chamamos ciências da comunicação?” (2006: 28). É esta interdisciplinaridade que
pretendemos abordar nesta comunicação e naquilo que a antropologia, a sociologia, a
comunicação tem em comum – o trabalho de campo a centralidade da observação, a análise da
informação produzida neste processo, a produção e análise do discurso. Não esqueçamos
porém que as fronteiras disciplinares são social e politicamente situando-se “no contexto das
negociações de uma política do saber” (Strozenberg, 2003: 17).
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Não perdeu. Alargou o seu objecto de estudo. Marc Augé refere que o mundo mudou e que é
a mudança que é preciso estudar – as tribos e as comunidades são outras e as antigas abriram-
se a influências da globalização pelos media, pelo turismo, pela circulação das mercadorias, pelo
escolarização e pelo conhecimento. E Jean Copans afirma que a antropologia se universalizou e
ao “universalizar-se, torna possível o estudo da sua própria sociedade. O Outro já não é mais um
primitivo exótico, também ou o antepassado rural, mas sim o nosso concidadão e o conjunto
dos Outros produzidos pela nossa sociedade (o emigrante, o excluído, etc.). Mas mesmo que a
etnologia veja desaparecer as fronteiras geográficas, e depois temáticas, que separavam os seus
objectos do resto dos outros objectos das ciências sociais, ela submete-se a reapropriações
totalmente inéditas. Nos anos 1960-1970, a ideologia do «Poder vermelho» (calcada do modelo
do «Poder negro» dos militantes mais radicais dos direitos cívicos) dos Ameríndios da América do
Norte, exigia o prevalecimento de uma taxa sobre os fundos de investigação de uma etnologia
considerada como colonial. Hoje em dia, são os autóctones ou os indígenas que utilizam
directamente o discurso e os resultados da disciplina para a orientação dos seus debates políticos
e «étnicos». Essa reviravolta, onde o Outro se torna, ele próprio, o etnólogo, não pode impor,
ainda que provisoriamente, senão uma diferente hierarquização dos objectos” (Copans, xxxx ).
Não é pois apenas no espaço local que se definem identidades, “os meios de comunicação são
o espaço em que se definem identidades, se marcam diferenças, se negociam alianças. Em
outras palavras, onde se definem e redefinem as fronteiras internas da cultura contemporânea”
(Strozenberg, 2003: 24).
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Parte-se frequentemente do pressuposto de que estamos a investigar algo que nos é exterior, de
que o conhecimento que procuramos não pode ser adquirido apenas e simplesmente através
da introspecção. Por outro lado, não podemos pesquisar algo com o qual não temos nenhum
contacto ou do qual estamos completamente isolados. Todos os investigadores estão, até certo
ponto, ligados ao objecto da sua pesquisa. Os resultados da investigação são artefactos da
presença do investigador e da sua inevitável influência deste no processo de investigação. A
reflexividade tem uma importância fulcral na pesquisa social, na qual a ligação entre o
investigador e o campo de investigação – o mundo social – é muito mais estreita e a natureza
dos (objectos) sujeitos pesquisados – actores sociais, seres conscientes e auto-conhecedores, que
agem sobre o seu espaço e a estrutura social e tem consciência de agir sobre eles – tornam as
influências do investigador e do processo de pesquisa menos previsíveis nos seus resultados.
Estes aspectos são particularmente importantes para a pesquisa etnográfica onde a relação
investigador – (objecto) sujeito da investigação é tipicamente mais íntima (observação –
participação) e duradoura e as complexidades introduzidas pela auto-consciência dos objectos
de pesquisa têm maior alcance. A reflexividade como tomada de consciência da influência do
investigador no processo de pesquisa está presente em todos os métodos, até nos mais
objectivos, embora assumindo as mais variadas formas. Em algumas dessas formas, identificadas
como metodologias positivistas e naturalistas (Hammersley e Atkinson (1994), há uma relação
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2. Antropologia e comunicação
Antropologia e Comunicação são áreas de saber que, olhadas de perto, são muito próximas.
Tem, por vezes objectos/sujeitos de estudo diferenciados. No entanto ambas, a partir de terrenos
diferentes, estudam o homem e as suas relações com o outro, a naturezas dos laços sociais os
sistemas de símbolos e interacções que constituem as relações, as comunidades, as
organizações.
Se aproximarmos a definição de comunicação e antropologia dada por Marc Augé e Pierre Levy
apercebemo-nos de uma quase coincidência: “A antropologia trata do sentido que os homens,
em colectividade, dão à sua existência. O sentido é a relação, o essencial das relações sociais
efectivas entre humanos que pertencem a uma colectividade particular” Marc Auge; “O objecto
da informação e da comunicação é o estudo do tecido de relações entre seres, signos e coisas
que constituem o universo humano” Pierre Levy. São pois as relações ou as interacções directas
ou mediadas com o Outro, com o território, o ambiente e suas instituições, e os sentidos e
significações destas relações, o objecto central da duas áreas de conhecimento.
Lévi-Strauss, Cliford Geertz, Edmund Leach e Jack Goody aproximam cada uma à sua maneira a
antropologia da comunicação. Para Levi-Strauss “a antropologia associando-se cada vez mais à
linguística para constituir um dia uma vasta ciência da comunicação, a antropologia social pode
beneficiar das imensas perspectivas abertas pela linguística pela aplicação do raciocínio
matemático ao estudo dos fenómenos da comunicação” (Lardellier, 2003:39). Geertz considera
que “o homem é um animal inserto em tramas de significação que ele mesmo teceu” e
considera a cultura é uma urdidura (teia) e a análise da cultura é uma ciência à procura de
significações. O que procuro é a explicação, interpretando expressões sociais que são
enigmáticas na sua superfície” (Geertz, 1991 (1973:20). Leach retoma Geertz afirmando que “a
etnografia deixou de ser um inventário de hábitos, tornou a arte da descrição densa, a teia
complexa de enredo e contra-enredo, como acontece na obra de um grande romancista”
(Leach, 1992:9) e identifica também as trocas económicas como actos de comunicação.
Llana Strozenberg refere que “se a antropologia inicia as suas indagações a partir da
perplexidade trazida pela descoberta de sociedades distantes, cujo modo de vida parecia exótico
aos ocidentais, pode-se dizer que a comunicação tem sua origem na perplexidade causada pelo
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3. Observação e registo
O objecto de observação não é apenas constituído por aquilo que é perceptível directamente
pelos cinco sentidos, mas também pelas condições verificadas no momento do encontro
observador-observado, a selecção das percepções do observador, as interacções observador-
observado e as interpretações, ou seja, o não observável directamente mas inscrito em
determinados comportamentos (gestos, atitudes, palavras ditas, escritas) a que daremos atenção
se estivermos atentos e se a eles formos sensíveis.
Observação exterior
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Neste tipo de investigação, o “objecto” observado é considerado como uma totalidade fechada,
cujos limites são desenhados pela teoria escolhida, é reificado e (des) historicizado pelo
observador que fixa o que se passa nas suas notas. Também o observador é reificado e ignorada
a subjectividade das suas escolhas iniciais e das suas grelhas de leitura. Situa-se num fora de
campo. Dilui-se por detrás das técnicas de recolha de informações. A sua atenção é focalizada,
enquadrada por uma teoria. Tem uma atitude passiva em relação à situação observada. Constrói
uma distância entre si e o observado. Acredita não haver interferências entre si e o observado.
Esta “visão objectivante comporta, por exemplo, vários momentos de escolha não
argumentados, tais como o quadro teórico de partida, as inferências interpretativas em diferentes
etapas...” (Kohn, 1998: 222). Assim, no caso em que o projecto do observador seja o de constituir
conhecimento não com o outro, mas sobre o outro, a sua atitude no terreno pauta-se pela sua
não implicação no “objecto” de observação, pela sua exterioridade, pela sua passagem pelo
terreno de forma “neutra”, esforçando-se por reduzir as diferenças de ponto de vista para que
aquilo que observa seja visto da mesma forma por todos os observadores.
Nesta abordagem, o ver – actividade exclusiva e reificante do observador, sujeito activo que age
sobre o passivo, o observado – é o resultado de um encontro observador-observado, de uma
relação formulada e vivida em termos de activo e passivo:
Observador ↔ observado
Vê ↔ visto
Ouve/escuta ↔ ouvido/escutado
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Nomeia ↔ nomeado
Ordena ↔ ordenado
Conhece ↔ conhecido
Observação implicada
Observador-observado ↔ observar-se
Vê-visto ↔ ver-se
Nomeia-nomeado ↔ nomear-se
Ordena-ordenado ↔ ordenar-se
Objectiva-objectivado ↔ objectivar-se
Conhece-conhecido ↔ conhecer-se
Enquanto na situação anterior em que o observador ocupava uma posição exterior, era
“neutro”, não se implicava com o “objecto”, a observação tinha apenas uma dimensão
pragmática de tomada de notas do observador, sujeito-activo relativamente ao observado,
sujeito-passivo; na situação em que o observador se posiciona de dentro, se implica, a
observação passa a ser concebida como “quadro dinâmico que faz intervir processos cognitivos,
construções de linguagens para inscrever os dados com vista a uma finalidade descritiva,
interpretativa ou explicativa” (Kilani, 1995: 89-90) e como um processo complexo caracterizado
pela complementaridade entre observador-observado e também pela reciprocidade e
reflexividade.
Observação ou participação
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Observador- Participante-Observador
participante
Estes quatro papéis são definidos em função do paradigma (modelo, tradição intelectual) em
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que o investigador se situa, do seu grau de aceitação pelas pessoas estudadas e são
gradualmente alcançados no decurso do trabalho de campo de longa duração. Whyte (1955),
no seu estudo de um bairro urbano italiano em Boston, diz ter-se transformado de observador
exterior (completamente estranho) que não podia (sabia) entender o significado das relações
sociais que aconteciam à sua volta, em participante completo quando se envolveu numa
campanha política.
“Observação...é o termo principal no par, já que situa as actividades dos antropólogos. Contudo,
quanto mais nos movemos na direcção da participação, dá-se sempre o caso de continuarmos a
ser tanto um estranho como um observador... Na dialéctica entre os dois pólos de observação e
participação, a participação transforma o antropólogo e condu-lo a uma nova observação, da
mesma maneira que esta transforma o modo como ele participa. Mas esta dialéctica em espiral é
conduzida no seu movimento pelo ponto de partida que é a observação” (Rabinow 1977: 79-
80).
Ainda que os antropólogos tenham, frequentemente, dado uma grande importância ao grau de
participação na pesquisa, sugerindo que essa participação mostra a sua inteira aceitação junto
dos sujeitos observados e um grau de reactividade (o grau de influência do etnógrafo nos dados
de pesquisa) mínimo, o mais importante indicador de uma boa pesquisa é a natureza, as
circunstâncias e a qualidade da observação. Tal observação também deve incluir a observação
reflexiva, isto é, o etnógrafo deve ser sensível à natureza da sua participação, em determinadas
condições, como uma parte da sua contínua compreensão do grupo em estudo. “Pela sua
participação efectiva, experimentando ele próprio uma situação, o observador conseguirá
compreender, do interior, os fenómenos observados: do interior da situação observada de que
“faz parte”, por um lado, pelo conhecimento das significações concedidas aos seus actos pelos
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próprios actores, e, por outro lado, do interior de si mesmo observador-participante, tendo vivido
os acontecimentos portanto podendo tirar partido da sua própria sensação observada em
retorno” (Kohn, 1998: 70).
Da observação á linguagem
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As imagens de terrenos, os objectos, as notas, os registos das conversas, são pois uma matéria-
prima para a construção do conhecimento antropológico – objecto de análise e classificação e
de montagem, entendidas no sentido que Vertovv e W. Benjaminvi dão ao conceito de
montagem, de construção do discurso literário, visual, sonoro, audiovisual, hipermediático. Da
análise do discurso e das imagens trataremos a seguir.
“Toda cultura se define por lo que decide tener por real. Transcurrido cierto tiempo, llamamos
‘ideología’ a ese consenso que cimenta cada grupo organizado. Ni reflexivo ni consciente, tiene
poco que ver con las ideas. Es una ‘visión del mundo’, y cada una lleva consigo su sistema de
creencias” (Régis Debray, 1994:299).
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Hablar de iconos en nuestra cultura es sintetizar el pensamiento moderno, desde las teorías del
referente, las pragmáticas de Pierce, hasta las de la filosofía analítica. Todas se enlazan con las
actuales teorías semióticas y textuales y conforman la semiótica de la imagen. La cuestión central
de la semiótica gira en torno a la semejanza (un objeto icónico tiene una apariencia semejante al
objeto real), de ahí la relación de tipo semiótico, la relación entre signo, significado y objeto.
Además del punto de vista estético y filosófico, la investigación de la imagen necesita un punto
de vista metodológico para tratar el tema de la iconicidad… (aquí podemos enlazar con la
antropología visual, o que achas?)
Desde el punto de vista de la cultura partimos de la idea de Eco de que construimos modelos de
la realidad mediante la relación que esta tiene con los iconos. El espectador añade su
competencia interpretativa a la imagen (que es una forma vacía) para llenarla de contenidos, de
experiencia. La imagen es comprensible gracias a las reglas culturales adquiridas. Eco explica
para entender la iconicidad hay que plantearse la relación entre los signos y las reglas de
contenidos culturales, que regulan la conxión con los objetos. Esto implica “un discurso sobre las
modalidades culturales mediante las cuales se constituyen estos objetos” (1977:17).
Entendemos mejor esta idea siguiendo el esquema sobre el proceso de modelización icónica de
Villafañe (1998):
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Las diversas tradiciones de investigación en comunicación visual indican que tampoco los
actuales estudios tampoco utilizan el modelo de Peirce de las taxonomías formales de signos
posibles, por eso creemos necesario un desarrollo interdisciplinar de la teoría, formada por una
variedad de enfoques empíricos. De momento, y por sumar lo defendido por las diferentes
posturas (que aquí pretendemos aunar) podemos decir que “el significado es real, emergente y
surte efecto en y a través de varios ámbitos de la existencia interrelacionados; el significado es
interpretativo, puesto que es un elemento constitutivo de la acción social. El significado establece
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una diferencia en la práctica”. (Bruhn Jensen, 1997:281). Por nuestra parte, y como ya venimos
defendiendo (Hellín, 2007: 27) creemos que un modelo sociosemiótico abierto a otras disciplinas
es el método de análisis más ajustado a estos parámetros.
5. Análise do discurso
La investigación aplicada realizada es de tipo cualitativo, y así lo es. Queremos aclarar, antes
de continuar, las similitudes y las diferencias existentes entre el análisis cuantitativo y el cualitativo;
porque el análisis de datos puede ser cuantitativo, si la codificación es previa al análisis, o
cualitativa, si se codifica de forma simultánea al análisis y se pretende la detección de significados.
Para diferenciar ambas técnicas, el término análisis de contenido se aplica al estudio cuantitativo
(el primero en establecerse), y análisis cualitativo de textos a las técnicas que prescinden de
cualquier tipo de cuantificación en el tratamiento de los datos.
En cuanto a los rasgos comunes, Krippendorf (1997:40-44) señala como principales la de
manejar un gran volumen de material simbólico, la de no ser una técnica intromisiva, adaptarse
al trabajo con material no estructurado previamente y la de ser sensible al contexto. Para
establecer las diferencias entre ambos tipos de técnicas de análisis textual nos basaremos en el
cuadro elaborado por Clemente Penalva (2003:9), que diferencia entre método, proceso y
resultados obtenidos:
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Cuantitativo Cualitativo
(Análisis de contenido) (Análisis del discurso)
MÉTODO
Objeto Contenido manifiesto Contenido latente
Lógica Hipotético-deductivo Inductiva
Hipótesis Confirmatoria, Guía de indagación
significación estadística
Relación Único, denotación Múltiple, negociado
significante-significado Connotación
Volumen de datos Grande Mediano, pequeño
PROCESO
Muestreo Probabilístico Intencional o de
conveniencia
Unidades Todas tienen el mismo Todo el texto
valor. Descomposición en
diferentes niveles de
unidades
Sistema de clasificación Casillas (previo al análisis) Montones (simúltaneo al
análisis)
Codificación Valor numérico de una Fragmentos que tratan un
variable mismo código
RESULTADOS
Objetivo Descripción Interpretación
Fiabilidad y validez Pruebas estadísticas Fiabilidad: variabilidad de
discursos y consistencia
Validez: interpretación
correcta 228
Básicamente, el análisis cualitativo realiza dos operaciones sobre los datos. Una es analítica y
consiste en descomponer los datos para descubrir las categorías relevantes; la otra es teórica y
consiste en reconstruir el texto estudiado agregándole la interpretación. La primera tarea es la de
reducción de datos, de forma que para que los datos masivos sean organizados y
reconfigurados de forma significativa, hay que conseguir que sean entendibles en los términos
que busca el objetivo de la investigación. Desde aquí empieza el establecimiento de categorías,
se nombran, se relacionan y jerarquizan.
X. Las imágenes y la realidad
Conclusões
Bibliografia
DIBIE, Pascal (1998) La Passion du Regard, Essai contre les sciences froides, Paris: Éditions Métailié.
DINIZ, Davidson de Oliveira (2008) “Teoria epistemológica na obra das Passagens, de Walter
Benjamin: o princípio da montagem literária de imagens dialéticas como uma possível marca do
estilo”, XI Congresso Internacional da ABRALIC, São Paulo.
GOLD, R. (1958). "Roles in sociological field observation" Social Forces, 36, 217-213. Consultado
em Dezembro de 2009, http://www.qualres.org/HomeGold-3648.html.
LARDELLIER, P. (2003) Théorie du lien rituel, anthropologie e communication, Paris: L' Harmattan.
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MEAD, Margaret (1979) [1973], «L'anthropologie visuelle dans une discipline verbale» in Cahiers
de l'Homme, pour une anthropologie visuelle: 13-20.
RIBEIRO, J. S. (2000), Colá S. Jon, Oh que sabe! As imagens, as palavras ditas e a escrita de uma
experiência social e ritual, Porto: Edições Afrontamento.
WHYTE, W.F. (1955) Street Corner Society: The Social Structure of an Italian Slum, Chicago:
Chicago University Press.
i
Um dos postulados de Robert Flaherty era o de uma “longa duração da experiência no local: o tempo do contacto
prévio, do conhecimento do objecto a filmar, da criação de laços de amizade ou confiança que permitam a participação
das pessoas filmadas, enfim a rodagem, o visionamento e o feedback” (Ribeiro, 1993: 61). Esta atitude tornou-se
também “norma” no filme documental (Gauthier 1995, Piault 1998, MacDougall 1998, Sussex 1973).
ii
“Não vejo as emoções e os sentimentos como entidades impalpáveis e diáfanas que tantos insistem que elas são. O
tema de que tratam é concreto, e a sua relação com sistemas específicos no corpo e no cérebro não é menos notável que
na visão ou na linguagem” (Damásio, 1995:177). “Sentir os estados emocionais, o que equivale a afirmar que se tem
consciência das emoções, oferece-nos flexibilidade de resposta com base na história específica das nossas interacções
específicas com o meio ambiente” (Damásio, 1995:148).
iii
É um enunciado contraditório à primeira vista, ou seja, faz-se a conjunção de duas proposições das quais uma é a
negação ou implica na negação da outra. O que diferencia o oxímoro da contradição propriamente dita é a
intencionalidade do primeiro, a proximidade dos termos contraditórios, a visibilidade flagrante e a admissibilidade de
uma decifração. O oxímoro é uma contradição em leitura imediata. É lançado para que se decifre e decifrá-lo envolve
dissolver a contradição.
iv
Observação flutuante forma de observar situações em movimento incessante consiste em focar a atenção num objecto
preciso sem deixar de flutuar para que não haja filtro, à priori, até que apreçam alguns pontos de referência e de
convergência nos quais se consiga encontrar subjacente alguma regras.
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v
A montagem em Vertov consiste de um complexo método de estudo do visível, de registo do visível, do processo
criativo de registo, organização e montagem do visível, de composição sonora e finalmente de elaboração da obra final
como resultado deste complexo processo. Constitui um paralelismo perfeito às metodologias de investigação
envolvendo todo o percurso de pesquisa do terreno ao espectador (ver o O Homem da Câmara de Filmar (1929)).
vi
W. Benjamin procurava na técnica da montagem um método que capaz de justapor fragmentos literários destinados à
evocação constelar de imagens dialécticas e cuja manifestação, apreendida conscientemente pelo sujeito histórico de
uma determinada temporalidade, permitiria chegar ao abstracto através do concreto. Em outras palavras, diríamos que a
noção de montagem benjaminiana traz em si a evocação da imagem, cuja apreensão já permite atingir o domínio
escritural de uma reflexão a partir de uma base material, porém, sem mais fazer com que a sua legibilidade prescinda
desta materialidade concreta do objecto histórico (Diniz).
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