0 évaluation0% ont trouvé ce document utile (0 vote)
49 vues4 pages
O documento discute os direitos reais sobre coisas alheias. Apresenta o direito real de propriedade como origem desses direitos e explica como as faculdades do proprietário podem ser distribuídas entre diferentes pessoas, criando direitos como o usufruto, uso e habitação. Fornece detalhes sobre como esses direitos funcionam na prática e como permitem que diferentes pessoas exerçam direitos sobre o mesmo bem.
O documento discute os direitos reais sobre coisas alheias. Apresenta o direito real de propriedade como origem desses direitos e explica como as faculdades do proprietário podem ser distribuídas entre diferentes pessoas, criando direitos como o usufruto, uso e habitação. Fornece detalhes sobre como esses direitos funcionam na prática e como permitem que diferentes pessoas exerçam direitos sobre o mesmo bem.
O documento discute os direitos reais sobre coisas alheias. Apresenta o direito real de propriedade como origem desses direitos e explica como as faculdades do proprietário podem ser distribuídas entre diferentes pessoas, criando direitos como o usufruto, uso e habitação. Fornece detalhes sobre como esses direitos funcionam na prática e como permitem que diferentes pessoas exerçam direitos sobre o mesmo bem.
Pra entender qualquer direito real sobre coisa alheia, nos
precisamos antes entender o direito real de propriedade, dele que tudo se orgiina, o direito real de propriedade liga uma pessoa diretamente uma res, uma coisa, um bem, e esta ligao chama-se justamente direito real porque no liga pessoas, liga pessoa uma res, uma coisa, e essa relao, entre uma pessoa e uma coisa, a espinha dorsal do direito privado. H muito tempo o direito percebeu que seria possvel duas pessoas ritualizarem, no mesmo grau, o mesmo direito real de propriedade, quando ento surgiu a noo de condomnio, apesar que condomnio a me da discrdia, j diriam os romanos, mas a noo de direito real sobre coisa alheia, evidentemente no se confunde com a noo de condomnio, na noo de condomnio duas pessoas titularizam no mesmo grau, ainda que algumas vezes em fraes matemticas diferenciada, compartilham a mesma coisa, ambos tem o mesmo direito real, quando por exemplo dois irmos compram um apartamento juntos ambos tem o mesmo direito sobre o apartamento ainda que um tenha 70% e outro 30%, o direito real de ambos o de propriedade e sobre o bem incide esse direito, neste caso temos uma relao condominial, mas o direito foi alm o direito percebeu que seria til, vantajoso, valioso, pratico e completamente licito que o direito real de propriedade fosse dividido, as faculdade que o direito real de propriedade confere normalmente a uma pessoa poderiam ser distribudas essa faculdade em mais de uma pessoa e qualidades jurdicas diferencia, portanto no mais como condminos, mas um na qualidade de proprietrio e outro na qualidade de exercente de um direito real sobre coisa que no dele, sobre coisa alheia. Foi aqui que surgiu ento a noo de diversos direitos reais sobre coisa alheia, repare um direito real sobre coisa que no sua, mas de outrem, outrem que matem a titularidade, que mantem o direito real de propriedade, embora desguarnecido de algumas de suas faculdades. As faculdades que o direito real de propriedade oferece ao seu titular so as famosas, usar, gozar, dispor, reaver, so as famosas faculdades que o direito real de propriedade proporciona ao seu titular, e justamente da diviso dessas faculdades em mais de uma pessoa que surge o direito real sobre coisa alheia, o melhor exemplo o USUFRUTO quando um pai doa para o seu filho uma casa e se reserva o direito real de usufruto est configurado um direito real sobre coisa alheia, sim porque a partir da doao o filho proprietrio, como se sabe o donatrio se torna dono do bem, porm o pai, precavido, se reservou o direito real de usufruto, retendo para si algumas da faculdades inerentes ao proprietrio, no caso do usufruto o pai que reteve o direito real de uso fruto naquela doao poder usar e gozar daquele bem e no que se refere a posse poder reav-la, afinal ele mantem a posse direta do bem, o filho que proprietrio daquele bem, afinal o bem lhe foi doado proprietrio, mas est despido das principais
faculdades, atributos, tipos do proprietrio, por isso ele NUPROPRIETARIO,
lembre-se ele dono do bem s no tem algumas das principais caractersticas que um tpico proprietrio teria, de modo que a despeito de ser dono da coisa este nuproprietario no poder, livremente, usar o bem, no poder alugar o bem, no poder emprestar o bem, se aquele produzir frutos, por exemplo naturais, eles no pertencero ao proprietrio afinal ele nuproprietrio, pois est despido de alguns dos principais atributos de um proprietrio, quem ter todas essas prerrogativas o usufruturio, que j no mais dono da coisa pois ele doou-a, mas exerce sobre ela diversas faculdades jurdicas que lhe so bastante valiosas. OBS: Se o filho vende a casa, ele est vendendo a NUAPROPRIEDADE, ningum vende mais do que tem, ao passo que o seu pai continuara exercendo o direito de usufruto quem quer se seja o nuproprietrio. A partir da noo de usufruto, todos os demais direitos reais sobre coisa alheia tornam-se muito mais simples, por exemplo o DIREITO REAL DE USO, previsto tambm no cdigo civil, muito parecido com o usufruto, concede ao exercente de direito real de uso, chamado usurio, o direito de usar, MAS os frutos advindos daquele bem que no seu, pertencero ao proprietrio, s restando ao exercente os frutos necessrios para sua mantena e de sua famlia, o que j o difere do usufruto, no qual todos os frutos advindos do bem pertecem ao usufruturio. Na HABITAO, que outro direito real sobre coisa alheia, existe um dono e existe um exercente de direito real sobre coisa alheia chamado habitante, o habitante como o prprio nome j diz s pode morar no imvel, s pode morar no bem, habitar sem ter que pagar aluguel pra isso, e com esse direito em mos ele pode usufruir de um bem que no dele de outrem, ele tem um direito real sobre coisa alheia, este direito real de habitao veio para substituir no direito das sucesses, o usufruto vidual, explicando melhor, no cdigo anterior a viva, tinha o direito real de usufruto sobre os bens de seu marido falecido, 25% de direito real de usufruto, sobre esses bens do marido falecido, desde que houvessem filho, e 50% seno houvesse filhos, esse direito real de usufruir os bens perduravam at o casamento novo da viva, se houvesse, e esse direito foi EXINTO no atual cdigo civil e no seu lugar entrou o direito real de habitao concedido viva, que portanto poder morar naquele imvel ainda que ela no seja herdeira do falecido marido, imagine por exemplo que o marido deixou um filho de 40 anos e ele o nico herdeiro pela ordem de evocao hereditria, marido falece deixa uma casa e deixa uma segunda esposa que no me daquele nico filho do falecido, est esposa viva e tem direito real de habitao no importando se ela ou no herdeira, no importando se ela ou no me do filho do falecido, esse direito real que ela tem incide sobre coisa alheia, afinal o dono o filho do falecido e ela poder morar naquele imvel at o seu falecimento, porque o novo cdigo no colocou o novo casamento da viva como termo final do direito real de habitao, portanto um belssimo direito que a viva tem sobre coisa que no dela, sobre coisa de outrem. OBS: Se o filho alienar o
direito real de propriedade que ele ostenta, a viva continuar habitando o
imvel, continuar com direito real de habitar o imvel que no lhe pertence. O prprio direito de famlia traz outro exemplo de direito real sobre coisa alheia, os pais tem direito real de usufruto, sobre eventuais bens do filho menor, repare, me e pai podem fazer seus todos os frutos do filho menor e no devem prestar contas ningum, porque a lei entende que os pais por natureza das coisas, iro investir aquele fruto advindo do fruto do bem no filho, na educao, na sade, nos alimentos, na manuteno, do prprio filho, uma presuno que a lei estabelece, de modo ento que os pais tem o usufruto legal sobre os bens do filho menor, no deixa de decorrer do poder familiar. Outro direito real sobre coisa alheia, bastante peculiar a SERVIDO e ela peculiar porque incide entre prdios, entre imveis, quase numa relao coisa coisa, de modo ento que por exemplo, um prdio dominante, ter eventualmente um direito real de servido de passagem e poder passar pelo prdio serviente, poder ali usar aquela rea como passagem, por exemplo, para uma rodovia, para uma rua, enfim, ainda que ambos vendam seus imveis, constitudo esse direito real, de maneira regular, os novos adquirentes devero, respectivamente, tolerar a passagem do prdio dominante, e dominante ter o direito de continuar passando pelo prdio serviente.
Outro direito real sobre coisa alheia o direito real de
SUPERFCIE, no qual o superficiario ter o direito por determinado prazo a plantar, a produzir, a construir, sobre terreno alheio, tambm previsto no cdigo civil.
Mas alm desses direitos reais sobre coisas alheias existe a
ENFITEUSE, por que no?! A enfiteuse ela no desapareceu, ela continua valida, pelo menos as que foram celebradas antes do cdigo de 2002, bem verdade que a partir de 2002 no resta mais a possibilidade de constituio de novas enfiteuses.
Ademais, a doutrina construiu uma noo e isso foi se
incorporando a lei durante os milnios de um direito real sobre coisa alheia de garantia, significa ento que eu que sou credor de uma pessoa, passo a ter um direito real para garantir esse meu credito caso o devedor no pague sua obrigao, o devedor ento por exemplo est me devendo R$ 400 mil reais, para garantir o pagamento, ele transfere o direito real de garantia sobre um determinado bem, fazendo isso estamos criando o direito real de HIPOTECA, e aquele especifico bem est manchado, esta gravado, est
definitivamente destinado a garantir o meu crdito, a garantir a satisfao
do meu crdito e o devedor hipotecrio poder alienar o bem hipotecado, eu exercente esse direito real de hipoteca no me preocuparei, porque eu poderei exercer o meu direito real de ver aquele bem satisfazendo o meu credito nas mos de quem ele estiver, est uma das principais caractersticas do direto real, ele persegue a coisa nas mos de quem ela estiver, de modo que, est construo toda, da doutrina, da jurisprudncia, e til no momento da lei, foi trazendo uma noo muito mais amplas dos direitos reais, a propriedade que o direito real por excelncia, ela desmembrada em faculdades para mais de uma pessoa, criando portanto direitos reais de qualidade e naturezas diversas sobre um mesmo bem, o que extremamente til e pratico apara a circulao da economia e a circulao do mercado jurdico, isso de grande valia para a sociedade, para a circulao de riqueza, para produo de impostos, para produo de impostos, para produo de empregos, enfim.