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Como será desenvolvido o trabalho de educação nutricional que começa com a oficina de
hoje?
Essa intervenção que estamos fazendo no MCT faz parte de um dos três projetos de educação
nutricional concebidos no UniCeub: Projeto Vida Leve, para a população em geral, especialmente
aqueles que pertençam a algum grupo de risco ou com histórico de problemas de saúde. Projeto
Sabor a Vida que é voltado para os diabéticos e o Projeto Nutri Jovem, focado em pessoas dessa
faixa etária. No MCT, o Projeto iniciado é o Vida Leve. Esse Projeto engloba um ciclo de oficinas que
ocorre com uma dinâmica de grupo para que a educação nutricional ocorra de forma interativa, por
meio de jogos cooperativos e atividades lúdicas. A participação em uma comunidade que busca
reeducação alimentar é mais vantajosa que a interação individual em um consultório. Aprender
sozinho é completamente diferente de aprender juntos em um contexto social. A atividade de hoje é
para fazer uma triagem nutricional e identificar o perfil do grupo da Secis. Explicaremos quais foram
os parâmetros avaliados e faremos uma breve orientação sobre alimentação saudável. Para as
próximas etapas, as pessoas devem se inscrever nas oficinas que acontecerão no UniCeub, localizado
no Edifício União, SCS, em frente ao Hospital de Base. É nesse local que funcina o Laboratório de
Culinária Experimental. A próxima oficina está programada para o dia 25 de março às 9h. com a
disponibilidade de 20 vagas.
Ouve-se com frequência a queixa de que a alimentação saudável significa relegar o
paladar, as comidinhas saborosas, ao segundo plano. Você considera que esse seja o
maior empecilho à reeducação alimentar?
É exatamente essa percepção que nós queremos mudar com as oficinas. A culinária experimental
existe para isso. Além da pessoa aprender os conceitos, o que faz bem à saúde, quais são as
melhores escolhas, ela também poderá provar, degustar, e descobrir que o processo de preparo do
alimento pode ser muito prazeroso, bem como os pratos que são feitos primam por um sabor que
agrade. Há algumas boas surpresas quando alguém descobre que uma saladinha de tomate, na
medida em que é cortada corretamente e bem temperada , proporciona um sabor até então
desconhecido. É na culinária experimental que a gente quebra esse tabu.
Não seguimos essa abordagem, preferimos o que está estabelecido nos Dez Passos para uma
Alimentação Saudável, pelo Ministério da Saúde, é um conjunto de escolhas que fazem bem para
qualquer pessoa, independente do tipo sanguíneo. Em vez de observarmos isso, preferimos
considerar as diferenças culturais, por exemplo, a história e hábitos da pessoa. A alimentação
saudável é muito básica e simples, não são necessários artifícios.
Só nas universidades, nos departamentos, na Agricultura Biodinâmica, com ações pontuais, mas não
tenho conhecimento disso como política nacional. Sei que, no Centro-Oeste, o solo é deficiente em
iodo e existem iniciativas para corrigir isso. No caso da osteoporose é preciso analisar um conjunto
de fatores que além da deficiência de minerais no solo que produz os alimentos, há o processo de
refino e industrialização das matérias-primas
naturais, e uma alimentação pouco
diversificada no dia-a-dia, que podem
contribuir para a carência desse mineral. E
não basta simplesmente tomar cálcio, é
preciso analisar todo o contexto. Pode ser
preciso tomar magnésio e vitamina D para
que haja absorção do cálcio, ou vitamina B12
para que ele seja processado direito. É o
contexto geral e não o focal que vai ser
determinante no sucesso do tratamento
dessa doença.