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Exemplo 1
Vejamos como se poderia resumir o texto abaixo:
LASAR SEGALL: UM MUSEU DE PORTAS ABERTAS
bem provvel que grande parte dos freqentadores de
museus no Brasil no procure voluntariamente essa
instituio cultural. Ao contrrio, as visitas a museus, no
Brasil, parecem estar invariavelmente associadas a
trabalhos e obrigaes escolares, em excurses
protegidas por uma escolta de professores e funcionrios
em misso obrigatria.
compreensvel, ento, que nessas circunstncias
reste pouca simpatia de parte do estudante para com o
acervo dos museu; o resto dessa disposio vai ser
pulverizado por todo um aparato que sugere quais devem
ser as atitudes e comportamentos adequados ao ambiente.
Ao visitante dos museus transmitida a noo de que
nesse local carregado de respeitabilidade o melhor a ser
feito observar muito respeito, pouca conversa e
lembrar que esse um lugar de contemplao. Atitude
semelhante que se tem numa Igreja, s que nesse caso
esse conjunto de normas vai contribuir decisivamente para
estabelecer preconceitos em relao obra de arte que
dificilmente sero eliminados.
Com a autoridade institucional de que foi investido, o
museu de arte representou, pela sua condio privilegiada,
uma oportunidade nica para sacralizar os objetos
selecionados segundo os sonhos e fantasias de uma classe
dominante. O museu, em sua forma tradicional, serviu
como elemento mistificador da criao artstica, alm de
local onde as pessoas vo procura de obras
consagradas feitas por uma elite da qual a maioria da
populao se sente afastada.
Tornou-se, ento, uma tarefa obrigatria dos museus
de arte a luta para desmistificar certos conceitos que
distanciam o trabalho artstico do homem comum. o
que vem sendo feito, de vrias formas, por vrias
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