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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

1. INTRODUÇÃO

O exercício de um direito não pode ficar pendente por prazo


indeterminado. Deve ser exercido pelo titular dentro de um certo
prazo. Isto não ocorrendo, perderá o titular a prerrogativa de fazer
valer seu direito.
O devedor deve sempre cumprir sua obrigação. Ao credor é
permitido valer-se dos meios disponíveis para receber o crédito que
lhe é devido. Entretanto, se o credor mantém-se inerte por
determinado tempo, deixando estabelecer situação jurídica contrária
a seu direito, este será extinto.
Desta forma, pode-se afirmar, então, que a prescrição e a
decadência são formas de perecimento de direitos subjetivos.
Tais institutos (prescrição e decadência) são construções
jurídicas, pois o tempo é um fato jurídico, decorre de um
acontecimento natural. A prescrição e a decadência são fatos
jurídicos em sentido estrito, porque criados pelo ordenamento.

2. PRESCRIÇÃO

a) Base Legal

Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a


pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos
prazos a que aludem os arts. 205 e 206.

b) Conceito

Clóvis Beviláqua: “A prescrição extintiva é a perda da ação


atribuída a um direito, e de toda a sua capacidade defensiva, em
conseqüência do não uso dela, durante determinado espaço de
tempo” .

Para Câmara Leal, “a inércia é causa eficiente da prescrição; ela não


pode, portanto, ter por objeto imediato o direito. O direito incorpora-
se ao patrimônio do indivíduo. Com a prescrição o que perece é o
exercício desse direito. É, portanto, contra a inércia da ação que a

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age a prescrição, a fim de restabelecer estabilidade do direito,
eliminando um estado de incerteza, perturbador das relações sociais.
Por isso, a prescrição só é possível quando existe ação a ser exercida.
O direito é atingido pela prescrição por via de conseqüência, porque,
uma vez tornada a ação não exercitável, o direito torna-se
inoperante. Tanto isso é válido que a lei admite como bom o
pagamento de dívida prescrita, não admitindo ação para repeti-lo.
Também os títulos de crédito, prescritos, se não autorizam a ação
executiva, sobrevivem à prescrição, pois podem ser cobrados por
ação ordinária de enriquecimento sem causa, o que demonstra que o
direito, na verdade, não se extingue”.

Existem duas formas de prescrição:

a) Prescrição Extintiva: prescrição propriamente dita. Conduz à


perda do direito de ação por seu titular negligente, ao fim de certo
lapso de tempo, e pode ser encarada como força destrutiva.

b) Prescrição Aquisitiva: consiste na aquisição do direito real pelo


decurso de tempo. É também chamada de “aquisição por
usucapião”.
A prescrição aquisitiva é conferida em favor de quem possuir,
com ânimo de dono, o exercício de fato das faculdades inerentes
ao domínio ou a outro direito real, no tocante a coisas móveis e
imóveis, pelo período de tempo que é fixado pelo legislador.

Requisitos

São requisitos da prescrição:

 existência de ação exercitável: a existência de ação


exercitável é o objeto da prescrição. A ação visa eliminar os efeitos
da violação de um direito. Violado o direito, surge a pretensão. A
ação prescreverá se o interessado não promovê-la. No momento
em que surge o direito de ação, começa a correr o prazo de
prescrição.

 inércia do titular da ação pelo seu não exercício: é atitude


passiva. O titular nada promove para nulificar os efeitos do direito
violado. Há, por parte do prescribente, abstenção do direito de
ação. A inércia é o não exercício da ação, em seguida à violação
do direito. Tal inércia cessa com a propositura da ação, ou por
qualquer ato idôneo que a lei admita como tal.

 continuidade da inércia por certo tempo: não é a inércia


momentânea ou passageira que configura a prescrição, mas
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aquela ocorrida durante o lapso de tempo fixado em lei,
especificamente para aquele direito violado.

 ausência de fato ou ato impeditivo, suspensivo ou


interruptivo do curso da prescrição.

Ações Imprescritíveis

Via de regra, todas as ações são prescritíveis. Entretanto, esta


regra não é absoluta, existindo direitos e relações jurídicas que não
se extinguem pelo decurso do tempo.
Podem ser citados como imprescritíveis, ou seja, não sujeitos a
limite de tempo os direitos da personalidade ( vida, honra, nome,
liberdade, nacionalidade).
Pode-se mencionar também as ações de estado de família,
como por exemplo a ação de separação judicial, a investigação de
paternidade, etc.

De acordo com Sílvio de Salvo Venosa

“ Também são imprescritíveis os denominados direitos facultativos


ou protestativos, como é o caso de o condômino exigir a divisão da
coisa comum ou pedir sua venda; a faculdade de se pedir a meação
do muro divisório entre vizinhos. Trata-se de ações de exercício
facultativo, que persiste enquanto persistir a situação jurídica”.

Prescrição X Decadência

É grande a analogia entre decadência e prescrição. Ambos os


institutos se fundam na inércia do titular do direito, durante certo
lapso temporal. Ambas jogam, portanto, com o conceito de inércia e
tempo.
Se, por um lado, a finalidade dos dois institutos é igual, eles
diferem bastante, no modo de atuação e na produção de efeitos.
A decadência começa a correr, como prazo extintivo, desde o
momento em que o direito nasce, enquanto a prescrição não tem seu
início com o nascimento do direito, mas a partir de sua violação,
porque é nesse momento que nasce a ação contra a qual se volta a
prescrição.
Outra distinção reside na diversa natureza do direito que se
extingue, pois a decadência supõe um direito que, embora nascido,
“não se tornou efetivo pela falta de exercício; ao passo que a
prescrição supõe um direito nascido e efetivo, mas que pereceu pela
falta de proteção pela ação, contra a violação sofrida”.

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Decadência Prescrição

Extingue o direito Extingue a ação


Não se suspende, nem se Pode ser suspensa e interrompida
interrompe.
Prazo estabelecido em lei ou pela Prazo fixado apenas em lei
vontade das partes
Nasce junto com o direito Nascimento posterior ao direito
Deve ser reconhecida de ofício Alegação de prescrição
pelo juiz patrimonial deve ser alegada
pelas partes
Não há possibilidade de renúncia Pode haver renúncia depois de
consumada
Opera contra todos Não opera para pessoas
determinadas em lei

Para distinguir prescrição da decadência, o NCC estabeleceu


uma fórmula. Prazos de prescrição são os taxativamente elencados
nos arts. 205 (regra geral) e 206 (regras especiais), Parte Geral do
Código, sendo de decadência todos os demais, estabelecidos como
complemento de cada artigo que rege a matéria, tanto na Parte Geral
como na Especial.

Renúncia da Prescrição
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa
ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de
terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita
é a renúncia quando se presume de fatos do
interessado, incompatíveis com a prescrição.

Renúncia à prescrição é a desistência, por parte do titular, de


invocá-la.
A renúncia à prescrição não pode ser antecipada, isto é, não se
pode renunciá-la antes que o prazo se inicie. Se for permitida a
renúncia prévia, a prescrição perderia sua finalidade, que é de ordem
pública, criada para a estabilização do direito.
É ato jurídico que requer plena capacidade do agente. O
incapaz só poderá renunciar à prescrição se devidamente autorizado
judicialmente.
Trata-se de ato pessoal do agente e apenas afeta o renunciante
ou seus herdeiros. Considera-se inexistente em relação a terceiros

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que jamais deverão ser por ela prejudicados. Sendo, portanto,
diversos os coobrigados da obrigação solidária ou indivisível, prescrita
essa, a renúncia feita por um dos devedores não restabelece a
obrigação dos demais coobrigados, não renunciantes, passando o
renunciante a responder, só ele, individualmente, pelo cumprimento
integral da obrigação.
Havendo renúncia pelo devedor insolvente, verifica-se a fraude
contra credores, cabendo a estes, que já o eram ao tempo da
renúncia, anulá-la por meio da Ação Pauliana. O efeito da renúncia à
prescrição torna o negócio jurídico já prescrito plenamente eficaz,
como se nunca houvesse sido extinto.

Alegação da Prescrição

Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer


grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.

A prescrição pode ser alegada, em qualquer instância, pela


parte a quem aproveita.
Desta forma, a prescrição pode ser alegada, inclusive, em grau
de recurso. Será inadmissível, porém, em recurso extraordinário, se
não tiver ocorrido pré-questionamento da questão pois o STF e o STJ
não conhecem de questões que não tenham sido apreciadas na
justiça local.
Na fase de liquidação da sentença também é inadmissível a
invocação de prescrição, que deve ser objeto de deliberação se
argüida na fase cognitiva do processo.
A prescrição não pode ser alegada na fase de execução,
porque, se o interessado não alegou no processo de conhecimento,
tacitamente a ela renunciou. Todavia, a prescrição superveniente à
sentença pode ser alegada na fase de execução.

Declaração Ex Officio

Art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação


de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente
incapaz.

Ao contrário da decadência, que pode ser conhecida de ofício


pelo juiz, a prescrição de direitos patrimoniais, não sendo invocada
pelo beneficiado, não pode ser decretada pelo juiz. Embora a
prescrição seja instituída em prol da ordem pública, seus efeitos
repercutem exclusivamente na ordem privada.

Relativamente Incapazes e Pessoas Jurídicas

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Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas
jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou
representantes legais, que derem causa à prescrição,
ou não a alegarem oportunamente.

Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação


contra os seus assistentes ou representantes legais que derem causa
à prescrição ou não a alegarem oportunamente. Se o tutor do menor
púbere, por exemplo, culposamente, permitir que a ação do tutelado
prescreva, deverá indenizá-lo pelo prejuízo ocasionado.

Alteração dos Prazos da Prescrição

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser


alterados por acordo das partes.

Sucessão

Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa


continua a correr contra o seu sucessor.

Direitos Acessórios

Com o direito principal prescrevem os direitos acessórios.

Das Causas de Impedimento e Suspensão da


Prescrição

De acordo com o Código Civil, existem situações em que o


curso do prazo da prescrição não se inicia, ou que, iniciada, se
suspenda. As mesmas causas podem impedir ou suspender a
prescrição, dependendo do momento em que surgirem. Se o prazo
ainda não começou a fluir, a causa ou obstáculo impede que comece.
Se a causa surge após ter-se iniciado o prazo, ocorre a suspensão.
Na suspensão, cessada a causa, o lapso prescricional volta a
fluir somente pelo tempo restante. Na interrupção, o período já
decorrido é inutilizado e o prazo volta a correr novamente por inteiro.

a)Das Causas que Suspendem a Prescrição


Justifica-se a suspensão considerando-se que, certas pessoas,
por sua condição ou pela situação em que se encontram, estão
impedidas de agir.

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Art. 197. Não corre a prescrição:

I - entre os cônjuges, na constância da sociedade


conjugal;

II - entre ascendentes e descendentes, durante o


poder familiar;

III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou


curadores, durante a tutela ou curatela.

Art. 198. Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;

II - contra os ausentes do País em serviço público da


União, dos Estados ou dos Municípios;

III - contra os que se acharem servindo nas Forças


Armadas, em tempo de guerra.

Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

I - pendendo condição suspensiva;

II - não estando vencido o prazo;

III - pendendo ação de evicção.

Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva


ser apurado no juízo criminal, não correrá a
prescrição antes da respectiva sentença definitiva.

Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos


credores solidários, só aproveitam os outros se a
obrigação for indivisível.

A prescrição é um benefício pessoal, que favorece apenas


as pessoas mencionadas em lei, mesmo nos casos de
solidariedade. Assim, por exemplo, existindo vários credores
contra devedor comum de importância em dinheiro, sendo um
dos credores absolutamente incapaz, a prescrição correrá contra
os demais credores, pois a obrigação de efetuar pagamento em
dinheiro é divisível, ficando suspensa somente em relação ao
credor incapaz. Ao contrário, se fosse obrigação indivisível, como
a entrega de uma obra de arte, a prescrição somente começaria
a fluir, para todos, quando o incapaz completasse 16 anos. Neste
caso, a prescrição suspensa aproveitaria a todos os credores.

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b) Das Causas que Interrompem a Prescrição
Via de regra, a prescrição é interrompida quando há um
comportamento ativo do credor, visando exercer ou proteger o
seu direito.

Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente


poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que


ordenar a citação, se o interessado a promover no
prazo e na forma da lei processual;

II - por protesto, nas condições do inciso antecedente


(trata-se do protesto judicial, medida cautelar autorizada
pelo art. 867 do CPC, ainda que ordenada por juiz
incompetente);

III - por protesto cambial;

IV - pela apresentação do título de crédito em juízo


de inventário ou em concurso de credores;

V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o


devedor;

VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que


extrajudicial, que importe reconhecimento do direito
pelo devedor. São os casos, por exemplo, de pagamentos
parciais, pedidos de parcelamento, prorrogação de prazo,
etc.

Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça


a correr da data do ato que a interrompeu, ou do
último ato do processo para a interromper.

Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por


qualquer interessado.

Poderá ser o titular do direito a prescrever, seu


representante legal ou qualquer terceiro que tenha legítimo
interesse.

Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor


não aproveita aos outros; semelhantemente, a
interrupção operada contra o co-devedor, ou seu
herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.

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§ 1o A interrupção por um dos credores solidários
aproveita aos outros; assim como a interrupção
efetuada contra o devedor solidário envolve os
demais e seus herdeiros.

§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros


do devedor solidário não prejudica os outros
herdeiros ou devedores, senão quando se trate de
obrigações e direitos indivisíveis.

§ 3o A interrupção produzida contra o principal


devedor prejudica o fiador.

Como a fiança é contrato acessório, e este segue o destino do


principal, se a interrupção for promovida apenas contra o principal
devedor, o prazo se restabelece também contra o fiador, ficando
este, também, prejudicado.

Dos Prazos Prescricionais


Os prazos prescricionais estão regulados nos arts. 205 e 206 do
Código Civil. O prazo geral, para a prescrição ordinária ou comum é
de 10 anos.

Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a


lei não lhe haja fixado prazo menor.

Entretanto, de acordo com o art. 206, existem casos em que a


prescrição obedece prazos diferenciados, mais curtos, para que o
exercício do direito possa ser efetivado.

Art. 206. Prescreve:

§ 1o Em um ano:

I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de


víveres destinados a consumo no próprio
estabelecimento, para o pagamento da hospedagem
ou dos alimentos;

II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a


deste contra aquele, contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de
responsabilidade civil, da data em que é citado para
responder à ação de indenização proposta pelo
terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza,
com a anuência do segurador;

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b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato
gerador da pretensão;

III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça,


serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela
percepção de emolumentos, custas e honorários;

IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos


bens que entraram para a formação do capital de
sociedade anônima, contado da publicação da ata da
assembléia que aprovar o laudo;

V - a pretensão dos credores não pagos contra os


sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo
da publicação da ata de encerramento da liquidação
da sociedade.

§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações


alimentares, a partir da data em que se vencerem.

§ 3o Em três anos:

I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos


ou rústicos;

II - a pretensão para receber prestações vencidas de


rendas temporárias ou vitalícias;

III - a pretensão para haver juros, dividendos ou


quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em
períodos não maiores de um ano, com capitalização
ou sem ela;

IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento


sem causa;

V - a pretensão de reparação civil;

VI - a pretensão de restituição dos lucros ou


dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da
data em que foi deliberada a distribuição;

VII - a pretensão contra as pessoas em seguida


indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado
o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos
constitutivos da sociedade anônima;

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b) para os administradores, ou fiscais, da
apresentação, aos sócios, do balanço referente ao
exercício em que a violação tenha sido praticada, ou
da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar
conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembléia
semestral posterior à violação;

VIII - a pretensão para haver o pagamento de título


de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as
disposições de lei especial;

IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e


a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de
responsabilidade civil obrigatório.

§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a


contar da data da aprovação das contas.

§ 5o Em cinco anos:

I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas


constantes de instrumento público ou particular;

II - a pretensão dos profissionais liberais em geral,


procuradores judiciais, curadores e professores pelos
seus honorários, contado o prazo da conclusão dos
serviços, da cessação dos respectivos contratos ou
mandato;

III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o


que despendeu em juízo.

3. DECADÊNCIA

a) Conceito

Carlos Roberto Gonçalves, em sua obra, cita o entendimento


da Comissão revisora do Projeto, que se transformou no Novo Código

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Civil, manifestado para justificar a desnecessidade de se definir
decadência, esta ocorre

“ Quando um direito potestativo não é exercido, extrajudicialmente


ou judicialmente (nos casos em que a lei – como sucede em matéria
de anulação, desquite, etc. – exige que o direito de anular, o direito
de desquitar-se só possa ser exercido em Juízo, ao contrário, por
exemplo, do direito de resgate, na retrovenda, que se exerce
extrajudicialmente), dentro do prazo para exercê-lo, o que provoca a
decadência desse direito potestativo. Ora, os direitos potestativos são
direitos sem pretensão, pois são insuscetíveis de violação, já que a
eles não se opõe um dever de quem quer que sejam mas uma
sujeição de alguém (o meu direito de anular um negócio jurídico não
pode ser violado pela parte a quem a anulação prejudica, pois esta
está apenas sujeita a sofrer as conseqüências da anulação decretada
pelo juiz, não tendo, portanto, dever algum que possa descumprir.
Assim, se a hipótese não é de violação de direito (quando se exercer,
judicialmente, o direito de anular um negócio jurídico, não se está
pedindo condenação de ninguém por violação de direito, mas,
apenas, exercendo um direito por via judicial), mas há prazo para
exercer esse direito – prazo esse que não é nem do art. 205, nem do
art. 206, mas se encontra em outros artigos – esse prazo é de
decadência ”.

Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se


aplicam à decadência as normas que impedem,
suspendem ou interrompem a prescrição.

Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts.


195 e 198, inciso I.

Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em


lei.

Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da


decadência, quando estabelecida por lei.

Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a


quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

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BIBLIOGRAFIA

Carlos Roberto Gonçalves


Sinopses Jurídicas – Direito Civil – Parte Geral

Silvio de Salvo Venosa


Direito Civil – Parte Geral – Volume I

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