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A cura de muitas doenças problemáticas, que são agora consideradas possíveis,

em cerca de dez anos, mesmo pelos mais cuidadosos em suas declarações. E com
a possível volta de um Presidente do Partido Democrata, a expectativa é de que o
financiamento federal será retomado (ambos os pré-candidatos tem se
pronunciado favoráveis ao tema).
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E quais são as razões pra tanta euforia? Como eu disse acima novas aplicações
terapêuticas utilizando células-tronco estão em fase de testes clínicos, com a
enorme maioria delas apresentando resultados iniciais espetaculares (e possível
acompanhar os resultados preliminares participando de congressos científicos da
área). Dezenas de estudos com animais mostram cura completa ou quase
completa de doenças antes inimagináveis.
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A lista é grande e impressionante, mas vamos a ela: a) problemas neurológicos:
Mal-de-Parkinson, paralisia provocada por dano à coluna cervical, esclerose
múltipla, neuroblastoma (câncer no cérebro que afeta criancas em particular); b)
patologias do sangue: leucemias, anemia, imunodeficiências, Lupus, artrite; c)
pancreáticas: diabetes; d) outras: câncer do ovário, câncer de mama, hepatite
(vários tipos), perda de músculo cardíaco após ataque cardíaco, lesões graves nos
ossos e tendões.
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Para todas as doenças listadas acima existem dados publicados nas melhores
revistas científicas mostrando que o uso de células-tronco ou está funcionando
num determinado grupo de pacientes-teste, ou dados que mostraram cura
completa em modelos experimentais utilizando animais. Nunca antes surgiu uma
técnica de tamanho potencial.
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E ainda existe uma lista de doenças em que estudos completos ainda não foram
publicados, mas que estão a caminho, com relatórios preliminares já
apresentados mostrando o sucesso da técnica em congressos científicos. Para
essas a lista é: Mal-de-Alzheimer, distrofia muscular, doenças pulmonares, falhas
nos rins, problemas de audição, AIDS (em combinação com terapias já existentes)
e derrame cerebral.
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Parece mentira ou exagero?
Tudo bem, é mesmo difícil de acreditar. Mas, se você entende inglês fica fácil de
pesquisar na internet os textos científicos, seja em revistas científicas (para
aqueles que estudam ou praticam ciências), ou nas seções científicas de bons
jornais americanos ou europeus. Se você não entende inglês, terá de se contentar
com as poucas notícias que saem nos jornais brasileiros. Infelizmente no Brasil,
assim como em outros países desfavorecidos economicamente, as pesquisas e as
notícias ainda estão engatinhando, e as notícias apenas refletem um pouco do
que está saindo em jornais de fora. Sem foco para os problemas locais.
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É importante também dizer que as células-tronco embrionárias não são as únicas
importantes aqui. As células-tronco adultas são também alvo de intensa pesquisa,
e estão sendo empregadas em terapias. E nesse caso acredito que a polêmica
seja menor, se é que existe.
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Outro ponto importante, esse sempre levantado nos jornais: o fato de que
clínicas de fertilização assistida estarem jogando na lata do lixo milhares de
embriões humanos todo mês, ao redor do mundo. Apenas por causa disso talvez,
cada vez mais gente concorda que utilizá-los para a pesquisa seja na verdade,
mesmo do ponto de vista ético e moral, a coisa mais certa a se fazer.
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Sobre o cancer e células-tronco
E gostaria de teminar com uma teoria científica que está crescendo em
popularidade, por causa dos vários estudos iniciais. E apesar de ser atualmente
apenas uma teoria, está causando um enorme burburinho, por tratar-se de um
grande e cruel vilão da humanidade: o câncer.
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Muitos dizem que talvez o maior desafio da ciência, em termos de saúde humana,
é a cura do câncer. Para se chegar à cura do câncer, precisamos primeiro
entender o câncer o melhor possível, como fizemos com algumas doenças
infecciosas no passado e estamos fazendo com a AIDS (cuja “cura” esta próxima,
aliás).
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No caso do câncer, que hoje sabemos constituir um conjunto de doenças, ao
invés de uma só, muitos reconhecem que parece que ainda estamos longe de
“entendê-lo” por completo, de sabermos por que acontece, como exatamente
acontece, o que esta por detrás do problema, etc.
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Pois bem: a teoria que está crescendo em adeptos é a de que os tumores
cancerígenos humanos contêm, em sua origem, um grupo de células-tronco.
Foram batizadas de células-tronco cancerígenas, sendo fato comprovado que elas
existem, e a dúvida sendo a respeito do número real delas e da sua importância.
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Os propulssores dessa teoria acreditam, baseados em alguns estudos já
publicados, mas ainda em pequeno número, que muitas das atuais terapias anti-
câncer não conseguem eliminar tais células-tronco, e por isso falham em
erradicar o tumor. É comum, no tratamento químico de alguns cânceres vermos o
quase desaparecimento do tumor. Algum tempo depois o tumor volta, se espalha,
e o paciente não resiste. Alguem que nunca perdeu um parente ou um amigo
dessa maneira pode imaginar como essa doença é cruel, especialmente no caso
de criancas, pois todo o processo muitas vezes dura anos, ou meses. Muitas vezes
traz falsas esperanças para toda a família, e na maioria das vezes, no caso dos
cânceres mais agressivos, acaba matando o paciente no fim, fazendo com que a
doença carregue um preco material, emocional e humano extremamente alto.
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Pois, se os propulssores da teoria das células-tronco cancerígenas estiverem
certos, e o número deles aumenta a cada dia, esse grande mal da humanidade
pode estar com os dias contados.
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No último congresso de células-tronco que fui, aqui nos EUA, vi alguns cientistas
de idade avançada, alguns beirando os 80 anos de idade, com lágrimas nos olhos
ao assistir a apresentações de diversos pesquisadores mostrando dados que
indicam claramente que o tratamento específico de células com a “aparência” de
células-tronco funciona mesmo no caso dos tumores mais agressivos, eliminando
100% dos tumores e não mostrando reincidência em animais.
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Eles estavam percebendo - acredito eu - que estavam assistindo a um momento
que nunca imaginaram que fossem estar vivos para assistir, o momento em que a
maré começa a virar contra o câncer, e a favor do ser humano.
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Desculpem se o meu tom é um tanto “melodrámatico”, mas não há como
escapar.

Art. 5º É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de


células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos
produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo
procedimento, atendidas as seguintes condições:

I. sejam inviáveis; ou
II. sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da
publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação
desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da
data do congelamento.

§ 1º Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores...

www.planalto.gov.br/CCIVIL/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm

Lei Nº 11.105,

de 24 de março de 2005

Células-tronco são células capazes de multiplicar-se e diferenciar-se


nos mais variados tecidos do corpo humano (sangue, ossos, nervos,
músculos, etc.). Sua utilização para fins terapêuticos pode
representar talvez a única esperança para o tratamento de inúmeras
doenças ou para pacientes que sofreram lesões incapacitantes da
medula espinhal que impedem seus movimentos. As células-tronco
existem em vários tecidos humanos, no cordão umbilical e em células
embrionárias na fase de blastócito.

Existem as células-tronco totipotentes ou embrionárias, que


conseguem dar origem a qualquer um dos 216 tecidos que formam o
corpo humano; as pluripotentes, que conseguem diferenciar-se na
maioria dos tecidos humanos, e as células-tronco multipotentes que
conseguem diferenciar-se em alguns tecidos apenas.

O que são células-tronco?

Os embriões inviáveis são aqueles que:


a) Pararam de se dividir ou que estão com uma morfologia anormal,
por exemplo, muito fragmentados (como o embrião B da figura ao
lado).
b) Aqueles que têm mutações responsáveis por doenças genéticas.

Esses embriões que cessaram a divisão ou estão muito fragmentados,


classificados como tipo D, se transferidos para o útero logo após a
fertilização têm uma chance muito pequena de gerarem uma vida.
Mas se forem congelados ou criopreservados essa probabilidade é
praticamente zero.

Tipo A

Tipo B

Para explorar as células-tronco usando as técnicas conhecidas hoje,


é necessário retirar o chamado "botão embrionário", provocando a
destruição do embrião. Esse processo é condenado por algumas
religiões – como a católica - que consideram que a vida tem início a
partir do momento da concepção. Há perspectivas de que no futuro
se encontrem técnicas capazes de preservar o embrião, o que
eliminaria as resistências religiosas.

Qual o motivo da polêmica em torno da lei?

O Decreto 5.591, no Art. 3º, XIII, definiu embriões inviáveis como

“aqueles com alterações genéticas comprovadas por diagnóstico pré-


implantacional, conforme normas específicas estabelecidas pelo
Ministério da Saúde, que tiveram seu desenvolvimento interrompido
por ausência espontânea de clivagem após período superior a vinte e
quatro horas a partir da fertilização in vitro, ou com alterações
morfológicas que comprometam o pleno desenvolvimento do
embrião.”

Não existe um consenso sobre quando começa a vida. Cada pessoa,


cada religião tem um entendimento diferente. Mas existe, sim, um
consenso de que a vida termina quando cessa a atividade do sistema
nervoso. Quando o cérebro pára, a pessoa é declarada morta. Pelo
mesmo raciocínio, se não existe vida sem um cérebro funcionando,
um embrião de até catorze dias, sem nenhum indício de células
nervosas, não pode ser considerado um ser vivo. Pelo menos não da
forma que entendemos a vida. Por isso, todos os países que
permitem pesquisas com embriões determinam que eles devem ter
no máximo catorze dias de desenvolvimento. Os embriões congelados
que se quer usar no Brasil têm ainda menos tempo, entre três e cinco
dias.

Dra. Mayana Zatz

Um dilema...

Afinal, quando começa a vida?

As células-tronco podem ser utilizadas para substituir células que o


organismo deixa de produzir por alguma deficiência, ou em tecidos
lesionados ou doentes. As pesquisas com células-tronco sustentam a
esperança humana de encontrar tratamento, e talvez até mesmo
cura, para doenças que até pouco tempo eram consideradas
incontornáveis, como diabetes, esclerose, infarto, distrofia
muscular, Alzheimer e Parkinson.

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