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O documento descreve as técnicas utilizadas pelos varejistas para incentivar as compras impulsivas, como apresentar uma abundância de produtos, promoções tentadoras e colocar itens populares fora do alcance dos consumidores. O objetivo é fazer com que os clientes andem por toda a loja e acabem comprando mais do que o planejado. Essas "tentações organizadas" representam uma grande percentagem das vendas, portanto é importante que os consumidores fiquem atentos.
O documento descreve as técnicas utilizadas pelos varejistas para incentivar as compras impulsivas, como apresentar uma abundância de produtos, promoções tentadoras e colocar itens populares fora do alcance dos consumidores. O objetivo é fazer com que os clientes andem por toda a loja e acabem comprando mais do que o planejado. Essas "tentações organizadas" representam uma grande percentagem das vendas, portanto é importante que os consumidores fiquem atentos.
O documento descreve as técnicas utilizadas pelos varejistas para incentivar as compras impulsivas, como apresentar uma abundância de produtos, promoções tentadoras e colocar itens populares fora do alcance dos consumidores. O objetivo é fazer com que os clientes andem por toda a loja e acabem comprando mais do que o planejado. Essas "tentações organizadas" representam uma grande percentagem das vendas, portanto é importante que os consumidores fiquem atentos.
AS TENTAES DE CONSUMIR COMPRAR UMA TENTAO ORGANIZADA. Face s tcnicas de venda com que os distribuidores procuram incentivar o consumo e maximizar os lucros, s h uma palavra de ordem adequada: consumidor prevenido vale por dois. At porque todos ns conhecemos aquela histria do indivduo que entrou num estabelecimento para comprar um iogurte e uma caixa de fsforos e acabou por sair dali com uma bateria de cozinha e uma tenda de campismo. Descontado o exagero, a chamada compra imprevista est mesmo prevista pelos organizadores do espao comercial e s por ingenuidade um consumidor pode considerar-se imunizado perante a sofisticao de tais tcnicas de venda. As compras no previstas representam uma boa percentagem das compras feitas nos diferentes tipos de estabelecimentos e nada tm de surpreendente: os modernos grandes armazns so rentveis apesar de muitas vezes os preos praticados serem inferiores aos do comrcio tradicional. Nas catedrais do consumo procura-se atrair o consumidor com meios que favorecem a compra. Como prevenir essas tentaes organizadas? Os especialistas em vendas (merchandising) so profissionais que aconselham os distribuidores quanto forma de fazer crescer vendas e lucros. O merchandising a componente do marketing que integra as tcnicas comerciais que permitem apresentar ao consumidor o bem ou servio nas melhores condies materiais e psicolgicas. Retm-se aqui trs grandes princpios da tentao organizada contra os quais importa precaver durante as compras. 1. SIRVA-SE No livre servio no se compra como no comrcio tradicional: neste compramos e no livre servio, servimo-nos. Passeamos na catedral do consumo como se estivssemos numa quermesse: corredores amplos, msica suave, catadupas de produtos e de embalagens coloridas. Pagar? Isso s acontece no final das compras. Enquanto se passeia no preciso falar no dinheiro; depois, o que ser caro ou barato quando tudo to abundante!... A abundncia fundamental para termos a iluso de que h ofertas a preos excepcionais. A apresentao em profuso d ao consumidor a impresso de que a grande distribuio sempre mais econmica. 2. PERCORRA, VEJA TUDO! Admitindo que o consumidor visa precatar-se com uma lista de compras quando entra na superfcie do rito consumista, cedo a resistncia do consumidor vai amolecendo com as promoes do gnero aproveite agora, preo sensacional, s durante esta semana, enfim, tentaes que se espalham pela catedral como o fio de Ariane no labirinto. O distribuidor est interessado em que o consumidor percorra todas as seces, que tudo lhe entre pelos olhos, que seja submetido mxima tentao visual. No por acaso que num livre servio de alimentao h um caminho sinuoso a percorrer entre latas de aperitivos e confeitaria, at chegar ao acar e margarina. Os produtos mais solicitados aparecem sempre depois das promoes e pechinchas, claro. Os bens de consumo aparecem criteriosamente espalhados de forma a darmos a volta completa pela superfcie comercial. 3. DEIXE ARRASTAR-SE NA ONDA! Os resultados de um inqurito italiano indicam que de 15 a 35% das compras em livre servio so compras por impulso (decididas ao ver ou ao tocar a mercadoria). Segundo um inqurito realizado em quatro supermercados parisienses, 87% das donas de casa vo fazer compras sem lista previamente elaborada e cerca de 55% das compras no estavam previstas ao entrar no estabelecimento. Ilustrese esta estratgia com trs elementos de subtileza comercial: 1/2
Os profissionais distinguem trs nveis no expositor ou escaparate: o nvel do cho, o nvel
das mos e o nvel dos olhos. O nvel dos olhos o que mais vende. Por conseguinte, os produtos mais procurados ficaro nas estantes a nvel inferior, j que se vendem sempre. Pelo contrrio, sero colocados ao nvel dos olhos os produtos menos solicitados, os menos conhecidos ou os mais rentveis para o comerciante. As caixas registadoras so um gargalo onde se formam as bichas. Para rentabilizar esses minutos de espera, os tcnicos de vendas conceberam a colocao diante das caixas registadoras de alguns expositores cheios de produtos cujo preo no muito elevado e que se assumem como produtos in extremis, quase irrecusveis: bombons, lminas de barbear, caixas de fsforos, revista, sumos e tudo o mais que se sabe. A embalagem est concebida para a venda e no s para proteger o contedo. O fundamental conseguir fazer com que o produto entre pelos olhos dentro. Por isso se processa uma investigao muito particular sobre a embalagem: letras concebidas para serem lidas distncia, palavras de ordem que so apelos compra, etc. No excessivo dizer-se que a embalagem passou a ser concebida como um verdadeiro vendedor mudo. Beja Santos, A Educao do Consumidor, Texto Ed. (adaptado de um artigo publicado na revista consumerista,OCU Compra Maestra)
1.
Sublinha as ideias principais do texto.
2.
Explica o que so catedrais do consumo.
3.
D uma noo de consumismo.
4.
D exemplos de comportamentos consumistas.
5.
Refere a importncia da chamada compra imprevista.
6.
Comenta o ltimo pargrafo do texto.
7.
Define consumerismo e relaciona-o com a preservao do meio ambiente.