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Sumário

1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 2

1.1 EMENTA......................................................................................................................................2
1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL...............................................................................................................2
1.3 OBJETIVOS..................................................................................................................................2
1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO..........................................................................................................2
1.5 METODOLOGIA............................................................................................................................3
1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO............................................................................................................3
1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA .....................................................................................................3
CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR...............................................................................................4
ANTONIO MAURO S. CHAGAS BICALHO..............................................................................................4

2. PRINCÍPIOS DE METODOLOGIA CIENTÍFICA PARA A ELABORAÇÃO DE


TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC 5

2.1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................................5
2.2 DEMARCAÇÃO CIENTÍFICA............................................................................................................6
2.3 O MÉTODO CIENTÍFICO..............................................................................................................7
2.4 A PESQUISA CIENTÍFICA.............................................................................................................8
2. 5 A FORMALIZAÇÃO DA PESQUISA CIENTÍFICA..............................................................................8
2.5.1 ESCOLHA DO TEMA..................................................................................................................8
2.5.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA.....................................................................................................9
2.5.3 HIPÓTESES OU SUPOSIÇÕES .....................................................................................................11
2.5.4 OBJETIVOS DA PESQUISA ........................................................................................................11
2.5.5 COLETA DOS DADOS................................................................................................................11
2.5.5.1 OBSERVAÇÃO.......................................................................................................................11
2.5.5.2 QUESTIONÁRIO ....................................................................................................................12
2.5.5.3 ENTREVISTA ........................................................................................................................12
2.5.6 TRATAMENTO DE DADOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS...............................................................13
2.6 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE TCC...........................................................................................13
2.7. BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................................15
ANEXO A - FOLHA DE ROSTO (PROJETO).....................................................................................18
ANEXO B - FOLHA DE ROSTO (TCC)..............................................................................................19
ANEXO C - DECLARAÇÃO DA EMPRESA (TCC)................................................................................20
ANEXO D - TERMO DE COMPROMISSO (TCC)..................................................................................21

3. EXEMPLOS DE PROJETOS DE TCC 23

Introdução à Metodologia Científica


2

1. Programa da disciplina

1.1 Ementa
Elaboração de Plano, a partir de reflexões sobre Temas referentes à
Gestão em Organizações Hospitalares e Sistemas de Saúde, com vistas a
promover contribuições acadêmicas ao desenvolvimento do Setor Saúde no
Brasil. Os trabalhos serão desenvolvidos com base nos princípios da
metodologia científica para elaboração de trabalhos acadêmicos.

1.2 Carga horária total


12 horas-aula

1.3 Objetivos
Orientar os alunos para a elaboração do projeto e da redação final do Trabalho de
Conclusão de Curso - TCC.

1.4 Conteúdo programático

• Introdução aos conceitos de conhecimento científico e às diferentes formas de


pesquisa.

• Questões fundamentais relacionadas à elaboração de trabalhos acadêmicos. Fontes


de pesquisa científica.

1. Normas e procedimentos metodológicos para a elaboração de Projeto de


Trabalho de Conclusão de Curso.

2. Normas, procedimentos e padrões de apresentação para a elaboração de


Trabalho de Conclusão de Curso.

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1.5 Metodologia
Apresentação dos elementos básicos relativos à metodologia, discussão de temas,
trabalhos em grupo. O trabalho com a turma poderá ser complementado com interação
via Web para esclarecimento de dúvidas.

1.6 Critérios de avaliação


A avaliação final será feita de forma individual.
O Projeto de TCC poderá ser feito individualmente ou em grupos de até tres alunos,
devendo cada aluno elaborar uma contribuição individual sobre o tema central
desenvolvido pelo grupo. Sua entrega, sob a forma impressa acompanhada de arquivo
gravado em CD, deverá ser feita, em até 30 dias, após o encerramento da Disciplina.

1.7 Bibliografia Recomendada


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: Apresentação
de citações em documentos – Regras Gerais. Rio de Janeiro, jul.2001.

_____. NBR 14724: Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, jul.2001.

_____. NBR 6023: Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de


Janeiro, ago.2000.

BASTOS, Lilia da Rocha et al. Manual para a elaboração de projetos e relatórios de


pesquisa, teses, dissertações e monografias. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas,
2002.

LIMA, Manolita Correia. Monografia: a engenharia da produção acadêmica. São


Paulo: Saraiva, 2004.

MARTINS, Gilberto de Andrade e LINTZ, Alexandre. Guia para elaboração de


monografias e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 2000.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto de Psicologia. Serviço de Biblioteca e


Documentação. Uma adaptação do estilo de normalizar de acordo com as Normas da
ABNT. NBR 6023 - Informação e documentação: referência - elaboração. Disponível
em: Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia. Serviço de Biblioteca e
Documentação.http://www.usp.br/ip/biblioteca/menubib.htm .
http://www.usp.br/ip/biblioteca/nbr_6023.htm Acesso em 04/06/2005.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 5ª


ed. São Paulo: Atlas, 2004.

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Curriculum resumido do professor

Antonio Mauro S. Chagas Bicalho


Doutorando em Administração pela Universidade Nacional de Rosário, Argentina, com
tese focada na área de saúde (Um Estudo das Práticas Gerenciais dos Gestores de
Hospitais Familiares do Rio de Janeiro e sua Influência no Clima Organizacional);
Mestre em Sistemas de Gestão pela Universidade Federal Fluminense (Dissertação:
Gestão de Empresas Familiares); Especialista em Planejamento Estratégico e Marketing
pela Columbia University, USA; Graduado em Administração de Empresas pela
Fundação Getúlio Vargas, EAESP.
Foi executivo em empresas de marketing intensivo: AlmapBBDO – Planejamento de
Comunicação; Danone – Gerente de Grupo de Produtos; CICA – Gerente de Mercado
de Novos Produtos e Novos Negócios; Heublein – Gerente de Grupo de Produtos e
Gerente Territorial de Vendas; Frutesp – Superintendente da Divisão Brasil; Telemar –
Gerente Corporativo de Inteligência de Marketing. Durante esse período fez vários
estágios nos USA e Europa.
Sócio Diretor da Master Brain & Heart, Assessoria e Treinamento. Prestou consultoria e
treinamento a empresas nas áreas de saúde, logística, alimentos, varejo, seguros,
comunicação, dentre outras.
Docência em cursos de Pós-graduação - MBA em Saúde, Logística, Marketing,
Projetos, e Gestão Empresarial – onde leciona as cadeiras de Metodologia Científica,
Marketing; Planejamento Anual e Estratégico; e Vendas: Fundação Getulio Vargas –
RJ.
Prêmios conquistados por sua atuação profissional: Um "Profissionais do Ano" – Rede
Globo; Três "Top de Marketing Brasil" - ADVB; Quatro "Prêmios ABRAS" –
Associação Brasileira de Supermercados.

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2. Princípios de Metodologia
Científica para a Elaboração de
Trabalhos de Conclusão de Curso -
TCC

2.1 Introdução
Principalmente a partir dos anos 90, com o advento da informatização da sociedade e da
globalização, se acirrou o processo competitivo, exigindo uma revisão de prioridades,
métodos de gestão, valores e recursos, por parte das organizações. O conhecimento
passa ser reconhecido como um recurso diferencial, propiciando ou proporcionando
vantagem competitiva às empresas que investem nesse capital.
Tal cenário condiciona tanto empresas quanto executivos a buscarem continuamente
novos conhecimentos ou atualização dos conhecimentos já existentes, na maioria das
oportunidades, se utilizando para isso das universidades por serem tradicionais centros
de desenvolvimento e transmissão do saber renovado.

Para atender a essa demanda universidades e faculdades criaram os cursos chamados


MBA (Master in Business Administration), que para sua conclusão o aluno terá que
elaborar, de acordo com a Resolução CNE/CES nº 1 de 8 de junho de 2007, que
determina que os cursos Lato Sensu devem ser concluídos “obrigatoriamente, com a
elaboração do trabalho de conclusão de curso”.
Portanto, o TCC é obrigatório, e deve demonstrar ser produto de construção intelectual,
de autoria individual, para os concluintes dos Cursos de posgraduação Lato Sensu,
dando cumprimento às diretrizes curriculares definidas pelo CNE/MEC.

Segundo o professor Renaud1, “o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), tem como


principal finalidade a consolidação dos conhecimentos adquiridos ao longo do Curso,
tendo por base a articulação teórico-prática, em relação à temática abordada. Nesse
sentido, deverá estar submetido aos padrões requeridos para uma produção científica em
conformidade com os requisitos de qualidade estabelecidos pela Academia. Assim
sendo, espera-se que a elaboração do TCC envolva uma fase preliminar de Projeto, uma
fase intermediária de Pesquisa Científica, culminando com a confecção do Relatório de
Pesquisa; ou seja, do TCC propriamente dito.

1
Renaud Barbosa da Silva, Livre-Docente – FGV EBAPE – renaud@fgv.br

Introdução à Metodologia Científica


6

O ponto de partida corresponde ao Projeto de TCC, documento que demonstra, de


forma clara e objetiva, o que se pretende produzir e como fazê-lo.
A Pesquisa Científica, compreendida como um procedimento racional, metódico e
sistemático, tem por objetivo proporcionar respostas a problemas propostos, ampliando
os limites do conhecimento da realidade, (re-)orientando nossas ações.

Finalmente, o relatório de pesquisa é o instrumento pelo qual o pesquisador transmite os


resultados do estudo realizado para a comunidade científica, devendo ser revestido de
elementos de precisão e clareza. ”

É para apoiar a elaboração do TCC, que tantas vezes gera temores, incertezas e
apreensões por aparte dos alunos, é que foi criado o módulo de Introdução ao Trabalho
Científico, fornecendo a base necessária para um bom trabalho de qualidade científica.

2.2 Demarcação Científica


O conhecimento humano pode ser subdividido em:
Empírico, ou senso comum, decorrente da observação, apreendido através de acertos e
erros.
Filosófico, relacionado ao saber em essência.
Científico, que pressupõe aplicação direta à realidade, sendo metódico e sistemático,
devendo ser demonstrado para que seja reconhecido.
É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem
está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia Científica. Podemos
então dizer que o Conhecimento Científico é “racional e objetivo, atém-se aos fatos,
transcende aos fatos, é analítico, requer exatidão e clareza, é comunicável, é verificável,
depende de investigação metódica, busca e aplica leis, é explicativo, pode fazer
predições, é aberto, é útil.” (GALLIANO, 1986, p. 24-30)2.
Exemplo:
Descobrir uma vacina que evite uma doença.

Em busca de respostas para compreender os fenômenos, os seres humanos finalmente


evoluíram para a busca de respostas através de caminhos que pudessem ser
comprovados. Desta forma, nasceu a ciência metódica, que procura sempre uma
aproximação com a lógica.

Segundo Bello3, ao mencionarmos um curso superior, estamos nos referindo,


indiretamente, a uma Academia de Ciências, já que qualquer Faculdade nada mais é do
que o local próprio da busca incessante do saber científico. Se os alunos procuram a
Academia para buscar o saber, precisamos entender que metodologia científica, um
conjunto estruturado de etapas seqüenciais e regras definidas, nada mais é do que a

2
GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986.

3
BELLO, José Luiz de Paiva. Metodologia Científica (on line) www.iis.com.br/~jbello/metcien.htm
acessado em 02/06/2009 8:30 h.

Introdução à Metodologia Científica


7

disciplina que “estuda os caminhos do saber”, se entendermos que “método” quer


dizer caminho, e “logia” quer dizer estudo e “ciência” quer dizer saber.

2.3 O Método Científico

Muitos são os métodos científicos, mas segundo Vergara (2000) 4 os principais são os
seguintes:

• Método hipotético-dedutivo: O método Hipotético-dedutivo se baseia em relações


de natureza técnica e quantitativa. Tem como característica a dedução de algo a
partir da formulação de hipóteses que são devidamente testadas, e se apóia na busca
de regularidades e relacionamentos causais entre elementos. Na elaboração de certos
trabalhos acadêmicos de cunho quantitativo é muito útil, dado que enfatiza a
relevância da técnica e da quantificação, permitindo a utilização de elementos
estatísticos e o uso de categorias numéricas para os dados coletados, cuja
visualização pode ser feita através de
gráficos e tabelas. Questionários estruturados, testes e escalas são seus principais
instrumentos de coleta de dados.

• Método fenomenológico: É oposto ao hipotético-dedutivo, partindo do pressuposto


de que um ambiente só pode ser compreendido a partir do ponto de vista das pessoas
que o vivenciam, o experimentam. Assim sendo, os valores inerentes ao indivíduo
influenciam sua observação, com base na qual faz sua análise e interpretação. A
pesquisa com base no método fenomenológico baseia-se na análise e interpretação
de material subjetivo contido em relatórios, biografias, ensaios sobre meio ambiente,
estudo de casos e outros semelhantes. Interpretações de fatos e dados subjetivos,
relacionados ao meio ambiente, por exemplo, estão cada vez mais presentes no
cotidiano dos pesquisadores da área de saúde

• Método dialético: Seu foco é o processo. Conceitos como totalidade, contradição,


mediação, superação, são inerentes a ele. Não isola um fenômeno, mas o estuda
dentro de um contexto que configura a totalidade. Caracteriza-se por considerar que
o universo em estudo está em movimento e em constante transformação e pressupõe
que todos os fenômenos da natureza são interligados e determinados mutuamente.
Com forte ênfase no processo, também se opõe ao método hipotético-dedutivo,
sendo aplicável com mais propriedade às ciências sociais. Busca entender um
fenômeno, interpretá-lo, perceber seu significado, tirar-lhe uma radiografia. Neste
método o pesquisador obtém os dados na observação, em entrevistas e questionários
não estruturados, nas histórias de vida, em conteúdos de textos, na história de países,
empresas, enfim, tudo aquilo que lhe permita refletir sobre processos e interações.

4
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa. São Paulo : Atlas, 2000, 3. Ed.

Introdução à Metodologia Científica


8

“A Ciência nasce da dúvida metódica e o conhecimento é constantemente posto à prova,


podendo ser revisto. Assim sendo, podemos dizer que a “verdade científica” é relativa e
provisória.”5

2.4 A Pesquisa Científica

Pesquisa é o mesmo que busca ou procura. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar


resposta para alguma dúvida ou problema. Em se tratando de Ciência, a pesquisa é a
busca de solução a um problema que alguém queira saber a resposta. Produz-se ciência
através de uma pesquisa. Pesquisa é, portanto, o caminho para se chegar à ciência, ao
conhecimento. É na pesquisa que utilizaremos diferentes instrumentos para se chegar a
uma resposta mais precisa. O tipo de pesquisa, o instrumento ideal, deverá ser
estipulado pelo pesquisador para se atingir os resultados ideais.

A pesquisa científica é o principal instrumento utilizado pela Ciência para a aquisição


de conhecimentos, através de um procedimento racional e sistemático, que tem como
objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos.

Toda e qualquer pesquisa para ser desenvolvida necessita de um projeto, ou plano, que a
oriente. Um plano deve definir pontualmente, de forma clara e precisa, o problema
motivador da investigação e sua delimitação, o referencial teórico que lhe dará suporte,
e a metodologia que será empregada. Também deve ser apresentada a bibliografia
básica a ser empregada, e o cronograma, se bem ser este facultativo, na opinião deste
autor.

2. 5 A Formalização da Pesquisa Científica6


Segundo Dra. Roxana Ynoub7, a pesquisa científica apresenta algumas etapas que
devem estar contempladas no projeto de pesquisa e no relatório da pesquisa. O TCC
propriamente dito. São elas:
• Escolha do tema
• Formulação do problema
• Construção de hipóteses ou suposições
• Objetivo da pesquisa
• Coleta de dados
• Tratamento de dados e análise dos resultados.

2.5.1 Escolha do tema


5
Renaud Barbosa da Silva, Livre-Docente – FGV EBAPE – renaud@fgv.br
6
PEREIRA, Claudio de Souza. Apostila de Introdução à Metodologia Científica. Rio de Janeiro:
Fundação Getúlio Vargas, 2009.
7
A Dra. Roxana Ynoub.é professora titular da cadeira de metodologia científica da Universidade Federal
de Buenos Aires – UBA.

Introdução à Metodologia Científica


9

É comum ao estudante autor querer desenvolver um trabalho científico, mas não saber
ao certo sobre o que escrever. A busca do assunto / tema a ser focado no TCC deve ser
escolhido de forma que o aluno sinta algum tipo de atração, conhecimento,
proximidade, interesse, pelo objeto de estudo.

A escolha de um tema que esteja ligado à área de atuação profissional, ou faça parte da
experiência pessoal do estudante, torna o trabalho de desenvolvimento do TCC muito
mais interessante e eficiente. A escolha de um tema adequado para a pesquisa científica
deve atender, simultaneamente a três quesitos:

• Viabilidade: a questão da viabilidade do tema escolhido está relacionado às


evidências empíricas que permitam observações (dados disponíveis); condições de
prazo, custos e potencialidades do pesquisador.

• Importância: o tema é importante quando de alguma forma, está relacionado a uma


questão que polariza, ou afeta, um segmento substancial da sociedade, ou afeta a
organização / atuação profissional do estudante autor e esteja vinculada a área de
seu Curso de Pós-Graduação lato sensu.

• Originalidade: um tema é original quando há indicadores de que seus resultados


irão causar alguma surpresa, ou que seja algo inédito. O estudo de caso de uma
clinica específica, ou, por exemplo, uma nova leitura pelo estudante autor sobre o
tema pesquisado. (mesmo tema com nova abordagem).

2.5.2 Formulação do problema


A pesquisa científica somente é possível a partir da formulação de problemas. A
pesquisa científica se desenvolve a partir de problemas observados ou sentidos. Toda
pesquisa científica tem origem na observação cuidadosa de fatos que necessitam de uma
melhor explicação.

Apesar de existirem várias definições para problema, no método científico ele deve ser
entendido como uma questão não resolvida, objeto de discussão em qualquer área do
conhecimento.

A formulação de um problema significa colocar, de maneira explícita, clara,


compreensível e operacional, qual a dificuldade com que nos defrontamos e
pretendemos resolver.

A formulação do problema corresponde a uma pergunta que individualize, especifique e


torne preciso, claro e inconfundível o objetivo que se pretende com a pesquisa
científica. Gil (1996)8 afirma que o problema deve ter as seguintes características:

• Ser formulado como pergunta: Quando formulado como pergunta, o problema


esclarece de forma mais objetiva para o quê está se procurando resposta. Se o
pesquisador afirma que fará uma pesquisa sobre gerenciamento de talentos em uma

8
Gil, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. Ed. Atlas 1996

Introdução à Metodologia Científica


10

determinada organização, pouco estará esclarecendo ao leitor ou interlocutor. Ao


contrário, formular o problema como uma pergunta – quais os fatores utilizados pela
organização X para atrair e manter talentos? – ajuda bastante o entendimento.

• Ser claro e preciso – É difícil imaginar que um problema formulado de maneira


pouco clara e imprecisa possa ser resolvido. O problema deve ser claro e preciso,
tanto para o pesquisador como para os leitores e interlocutores. O problema – “como
funciona a mente do consumidor” – é difícil de ser respondido, pois contém
elementos imprecisos, não está claro o que se pretende investigar. Talvez este
problema possa ser reformulado como: “quais as características sócio-econômicas e
culturais do consumidor de classe A?”. Porém, nada garante que esta era a intenção
original daquele que formulou a primeira questão. É necessária alguma discussão
para saber se o problema reformulado corresponde às intenções iniciais.

• Ser solucionável – O problema deve ser definido de forma a encontrar-se uma


solução. É difícil imaginar solução para a seguinte pergunta: “Por quê Caim matou
Abel?”. Este, com certeza, não é um problema científico.

• Ter uma dimensão viável – O problema deve estar delimitado a uma dimensão
espacial e temporal que facilite a busca da solução.

É comum ao pesquisador iniciante confundir tema com problema. Não raro assistimos
pessoas revelarem que desejam realizar pesquisa sobre “gestão de pessoas”. O interesse
pelo tema, apesar de relevante, não é suficiente para empreender uma pesquisa
científica. Como afirmam Alves-Mazzotti e Gewandsznajder (1999)9 é necessário
problematizar este interesse, isto é, saber o que mais nos atrai, preocupa ou intriga neste
tema: é o fato de alguns gerentes obterem maior nível de produtividade de seus
colaboradores do que outros? É desvendar os fatores que contribuem para o aumento da
produtividade dos colaboradores? É determinar a relação entre produtividade e
utilização de equipamentos de segurança? Neste último caso, por exemplo, poderíamos
formular o problema da seguinte forma: “O uso permanente de equipamentos de
segurança contribui para aumentar a produtividade do trabalhador?”.

Para a definição de um problema original e relevante é essencial que o pesquisador


aprofunde o conhecimento sobre o tema. Isto pode ser realizado através de pesquisas
bibliográficas, para conhecer o que já se sabe sobre o tema, contato com pessoas
envolvidas com o tema ou conhecendo pesquisas anteriores e em andamento.

Após a formulação do problema, é importante que se façam as seguintes perguntas, com


objetivo de verificar a validade científica:
• O problema pode ser enunciado em forma de pergunta?
• O problema é uma questão científica, isto é, relaciona entre si pelo menos dois
fenômenos (fatos, variáveis)?
• Pode ser objeto de investigação sistemática, controlada e crítica?
• Pode ser testado empiricamente?

9
ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. O Método nas ciências naturais e sociais:
pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1999.

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2.5.3 Hipóteses ou suposições


As hipóteses ou suposições são formuladas como solução provisória ao problema. São
afirmações iniciais que, depois de testadas empiricamente, serão validadas ou refutadas.
Por exemplo, com relação ao problema formulado: “O uso permanente de equipamentos
de segurança contribui para aumentar a produtividade do trabalhador?”, poderíamos ter
as seguintes hipóteses:
• H0 = Não existe relação entre uso permanente de equipamentos de segurança e
produtividade
• H1 = Há relação significativa entre uso permanente de equipamentos de segurança e
aumento de produtividade.
• H2 = Há relação significativa entre uso permanente de equipamentos de segurança e
diminuição de produtividade.
As hipóteses desempenham um papel fundamental na pesquisa científica e têm como
funções:

• Servir como guia para a coleta de dados: auxiliam o pesquisador a se concentrar em


dados, evidências e aspectos que possam contribuir para a solução do problema.

• Desencadear inferências: constituindo-se em afirmações iniciais, as hipóteses


refutadas podem levar a hipóteses contrárias e, assim sucessivamente, na busca da
resolução do problema.

• Avaliar os experimentos: apóiam o pesquisador no teste da realidade, evitando


distorções em decorrência de sua preferência.

• Generalizar a experiência: resumindo e ampliando os dados empíricos disponíveis.

2.5.4 Objetivos da Pesquisa


Deve-se indicar o que é pretendido com o desenvolvimento do trabalho científico e
quais os resultados a alcançar. Deve definir o objetivo geral da pesquisa, bem como os
objetivos intermediários

2.5.5 Coleta dos dados


Existem várias técnicas para a coleta de dados em uma pesquisa científica. As mais
utilizadas são a observação, o questionário, a entrevista e o formulário. Todas as
técnicas apresentam vantagens e desvantagens. Isto faz com que o pesquisador
selecione mais de uma técnica para empreender a pesquisa.

2.5.5.1 Observação

É utilizada como procedimento científico na medida em que serve a um objeto de


pesquisa e passam a ser estabelecidos sistemas de planejamento e controle do objeto
observado. A observação normalmente é o ponto de partida de qualquer investigação.

Introdução à Metodologia Científica


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• Observação simples: o pesquisador tem contato com o grupo, realidade, fato a ser
estudado, porém não participa dele. Faz-se em geral mediante anotações em diário
ou caderno de notas.
• Observação participante: participante o pesquisador incorpora-se ao grupo, participa
da realidade. É usada, normalmente na pesquisa participante.

2.5.5.2 Questionário

O questionário é um instrumento com conjunto de perguntas que são respondidas por


escrito pelos pesquisados. O uso de questionários tem vantagens e desvantagens. Como
vantagens pode-se citar como o meio mais rápido e econômico de obter informações,
não exige treinamento de pessoal e garante o anonimato do respondente. Não existem
regras rígidas para formular um questionário, mas Gil (1991, p.91) apresenta algumas
regras práticas, das quais destacamos:
• As questões devem ser preferencialmente fechadas, mas com alternativas que
contemplem a ampla gama de respostas possíveis;
• Incluir apenas questões relacionadas com o problema em estudo;
• Não incluir perguntas cujas respostas podem ser obtidas por outros meios mais
precisos;
• Evitar perguntas que dizem respeito à intimidade da pessoa, como p.ex. salários,
despesas, etc.
• A pergunta não deve sugerir a resposta;
• Iniciar com perguntas simples e finalizar com as mais complexas;
• Informar ao respondente o patrocinador da pesquisa, sua finalidade e as instruções
para o seu correto preenchimento.
Recomenda-se fazer um pré-teste do questionário, com o objetivo de evidenciar
possíveis falhas na elaboração.

2.5.5.3 Entrevista

É das técnicas de coleta de dados mais utilizadas. A entrevista é uma situação que
envolve duas pessoas, face a face, onde uma formula a pergunta e a outra responde. A
entrevista possibilita a obtenção de dados referentes aos mais distintos aspectos da vida
social. Não importa o grau de escolaridade do entrevistado, porém, é necessário que a
pessoa não esteja querendo reter a informação...

Classificação das entrevistas:


• informal
• focalizada
• por pautas
• estruturada (com roteiro)

Na condução da entrevista a habilidade do entrevistador é digna de destaque para


perfeita condução dos trabalhos. Durante todo o tempo de entrevista deve prevalecer um
clima de cordialidade.

Introdução à Metodologia Científica


13

Obs.: Tanto na elaboração do questionário como do roteiro de entrevistas é importante


que na formulação das perguntas evitem-se certas escolhas que provocam distorções nas
respostas. Viegas (1999)10 recomenda que os seguintes tipos de perguntas sejam
evitados:

• Perguntas ambíguas: cuidar para que as palavras sejam entendidas pelos


respondentes da maneira mais próxima possível ao sentido que o pesquisador quis
dar a elas.

• Perguntas capciosas: a pergunta não deve induzir ou influenciar a resposta.

• Perguntas duplas: evitar perguntas em conjunções aditivas – “e” - ou adversativas –


“ou”, pois nunca se sabe a qual das partes a resposta se refere.

• Perguntas técnicas: termos técnicos e linguagem especializada precisam ser


explicados de forma a serem compreendidos e interpretados univocamente pelos
“leigos”.

• Perguntas emocionais: questões relativas à intimidade do indivíduo, como as


relacionadas ao comportamento moral, ético, sexual ou social, dificilmente são
respondidas com sinceridade.

2.5.6 Tratamento de dados e Análise dos resultados


Segundo Vergara (2000), os dados podem ser tratados de forma quantitativa ou
qualitativa. A opção pelo tratamento quantitativo pode exigir o domínio da estatística
para, por exemplo, testar as hipóteses. É claro que a estatística, por si só, não permite a
interpretação dos resultados. Isto exige fundamentação teórica e aptidão do pesquisador
para vincular os resultados obtidos empiricamente com teorias e estudos anteriores. O
tratamento qualitativo implica em codificar os dados obtidos, criar categorias de análise,
permitindo apresentá-los de forma sistemática, estruturada.

A análise dos resultados é a etapa mais importante da pesquisa. É aqui que serão
apresentados os resultados, demonstrando as evidências que refutam ou confirmam as
hipóteses formuladas. Pode acontecer, também, dos dados serem inconclusivos,
irrelevantes, insuficientes. Neste caso, o pesquisador deverá apontar estas
circunstâncias, ficando impedido de refutar ou confirmar as hipóteses.

2.6 Elaboração do Projeto de TCC


Como já foi dito, o Projeto do TCC é um documento que demonstra, de forma clara e
objetiva, o que o autor pretende, no âmbito da sua pesquisa; o que se deseja produzir,

10
VIEGAS, W. Fundamentos da pesquisa cientifica. Brasilia : Paralelo 15, Editora Universidade de
Brasília, 1999

Introdução à Metodologia Científica


14

como o estudo será realizado, a sua importância e quais os resultados esperados. O


modelo, a seguir, poderá ser adotado, pelos alunos, em seus Projetos de TCC:

• Capa: contendo os elementos necessários para a identificação e autoria do Projeto.


• Folha de Rosto: contendo informações básicas para a identificação do projeto e sua
autoria, conforme modelo apresentado no Anexo A.
• Sumário: listagem das seções que compõem o Projeto e suas respectivas páginas.
• Introdução: é uma das partes mais significativas do Projeto. Nela o autor
contextualiza o problema a ser estudado e descreve as principais características do
mesmo.
• O “Problema da Pesquisa”: conforme orientações anteriormente fornecidas.
• Objetivos Final e Intermediários: Conforme orientações anteriormente fornecidas.
• Delimitação do Estudo: conforme orientações anteriormente fornecidas, o autor
deverá indicar a delimitação do estudo realizado.
• Relevância do Estudo: Conforme orientações fornecidas, o autor deverá destacar a
importância do estudo realizado.
• Referencial teórico: no âmbito do Projeto, o autor deverá descrever, de maneira
sucinta, as fontes de conhecimento que serão utilizadas ao longo do seu estudo. É
desejável que o autor apresente um breve ensaio de sua autoria que, no entanto, já
contenha um suporte teórico, resultante de uma pesquisa preliminar sobre um
conjunto reduzido de obras de outros autores. Dessa forma, espera-se que o aluno, já
no Projeto, demonstre a sua capacidade de pesquisa, através de referências a outros
autores sob a forma de citações e transcrições. Importante ressaltar que o referencial
deverá contribuir positivamente para o estudo realizado, estando alinhado aos
demais elementos (tema, título, objetivos, etc.).
• Metodologia: nesse capítulo do Projeto, o autor deverá definir a maneira pela qual
irá obter e tratar os dados para a realização do seu estudo.
• Cronograma: o cronograma relaciona todas as etapas da pesquisa consideradas
relevantes pelo autor e seus respectivos prazos. O gráfico de Gantt é uma excelente
forma de apresentação do cronograma, facilitando os processos de controle e
comunicação.
• Bibliografia: deverá relacionar o conjunto das obras consultadas até o momento e
que farão parte do estudo a ser realizado. O pressuposto é que, no TCC, essa relação
aumente consideravelmente.

A estrutura sugerida poderá ser modificada pelo autor do trabalho, respeitadas as


características fundamentais de qualquer trabalho científico, conforme abordado nas
seções anteriores.

Concluído o trabalho de elaboração do Projeto de TCC, deve o mesmo ser encaminhado


ao professor responsável, que o avaliará. Se aprovado, o Projeto entrará em produção
para, finalmente, transformar-se no Trabalho de Conclusão de Curso.

Introdução à Metodologia Científica


15

Não há um número mínimo de páginas para que um Projeto seja considerado bom. No
entanto, considerando-se os todos os elementos que devem fazer parte de um trabalho
acadêmico, acredita-se que projetos com menos de 15 páginas não sejam capazes de
demonstrar, de maneira clara e precisa, o que se pretende fazer tendo em vista a
produção de um TCC de qualidade.

A apresentação gráfica do Projeto deverá observar os requisitos definidos a seguir. Cabe


ressaltar que o bom senso estético deverá estar sempre presente.

• Texto em processador de texto MS-Word (ou similar);


• Fonte Times New Roman, tamanho 12 para o corpo do
trabalho, e maior, se desejável, para títulos e subtítulos;
• Margens recomendadas: superior 3 cm, inferior 2 cm,
esquerda 3 cm, direita 2 cm;
• Texto justificado;
• Papel no formato A-4;
• Espaço entre linhas de 1,5;
• Numeração de páginas a partir da Introdução.

2.7. Bibliografia

ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. O Método nas ciências


naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1999.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:


introdução à Filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: Apresentação


de citações em documentos – Regras Gerais. Rio de Janeiro, jul.2001.

_____. NBR 14724: Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, jul.2001.

_____. NBR 6023: Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de


Janeiro, ago.2000.

BASTOS, Lilia et al.. Manual para a elaboração de projetos e relatórios de


pesquisa, teses, dissertações e monografias. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

BELLO, José Luiz de Paiva. Metodologia Científica (on line)


www.iis.com.br/~jbello/metcien.htm acessado em 02/06/2009 8:30 h.

COSTA, Sérgio Francisco. Método científico: os caminhos da investigação. São


Paulo: Harbra, 2001.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 6. ed.. São Paulo: Perspectiva, 1991.

Introdução à Metodologia Científica


16

GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra,


1986.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2002.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. Ed. Atlas, 1996.

KUHN, Thomas Samuel. A Estrutura das Revoluções Científicas. 5. ed. São Paulo:
Perspectiva, 2000.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho


Científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório,
publicações e trabalhos científicos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1987.

MARTINS, Gilberto de Andrade; LINTZ, Alexandre. Guia para elaboração de


monografias e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 2000.

MENEZES, Ronald do Amaral. Leilões eletrônicos reversos multiatributo: uma


abordagem de decisão multicritério como instrumento de agregação de valor aos
processos de compras do setor público brasileiro. 2003. 139 p. Dissertação de Mestrado,
Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, Fundação Getulio Vargas,
Rio de Janeiro.

NOVAES, Antônio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição:


estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da Pesquisa: abordagem


teórico-prática. 8. ed. Campinas: Papirus, 2000.

PEREIRA, Claudio de Souza. Apostila de Introdução à Metodologia Científica. Rio de


Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2009.

RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 1999.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. 6.ed.
São Paulo: Atlas, 1996.

SILVA, Renaud Barbosa da. Avaliação de desempenho: método objetivo aplicável ao


sistema de administração de material. 1989. Tese Livre docência em Administração de
Material. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

_____. Avaliação de desempenho na gestão dos recursos materiais: proposta de


sistema baseado em indicadores numéricos e de um software correspondente para uso
em microcomputadores. 1992. Dissertação de Mestrado. Escola Brasileira de
Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas. Rio de Janeiro.

Introdução à Metodologia Científica


17

_____; MENEZES, Ronald do Amaral. Introdução ao trabalho científico. Apostila.


Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2004.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 5ª


ed. São Paulo: Atlas, 2004.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa. São Paulo : Atlas, 2000,
3. Ed.

VIEGAS, W. Fundamentos da pesquisa cientifica. Brasilia : Paralelo 15, Editora


Universidade de Brasília, 1999.

Introdução à Metodologia Científica


18

ANEXO A - Folha de Rosto (Projeto)

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS


(pode ser substituído pela logomarca com o título)

A UTI como unidade estratégica de negócio: Uma análise de


sua viabilidade e implantação

Fulana de Tal
Turma Saúde 1 xxxxx

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso para


atender à exigência curricular do MBA Executivo
em Saúde, da Fundação Getulio Vargas.

Cidade - UF
Mês/Ano

Introdução à Metodologia Científica


19

ANEXO B - Folha de Rosto (TCC)

A UTI como unidade estratégica de negócio: Uma análise de sua


viabilidade e implantação

Turma: LOG VIT I 02-03


Por:

Fulana de Tal

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso MBA


Executivo em Saúde
Pós-Graduação Lato Sensu, Nível de Especialização
Programa FGV Management, da Fundação Getulio Vargas

Mês/Ano

Introdução à Metodologia Científica


20

ANEXO C - Declaração da Empresa (TCC)

Declaração

A
Empresa ............................................................................................................, ................
........................................................... representada, neste documento, pelo
Sr(a)...............................................................................................................................,
(cargo), autoriza a divulgação de informações e dados coletados em sua organização, na
elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso, sob o
título:......................... ..........................................................................................................
., realizado pelo(s)
aluno(s).........................................................................................................................., do
MBA Executivo em Saúde, turma --------do Programa FGV Management, com
objetivos de publicação e/ou divulgação em veículos acadêmicos.

........................................., ........ de ..................................... de .....................

( Assinatura)
(Cargo)
(Nome da Empresa)

Introdução à Metodologia Científica


21

ANEXO D - Termo de Compromisso (TCC)

Termo de Compromisso

O(s) alunos(s) ............................................................................................................,


abaixo-assinado(s), do MBA Executivo em Saúde, do Programa FGV Management,
realizado nas dependências da instituição conveniada (ou da própria Fundação Getulio
Vargas) ..........................................................., no período de ................ a .......................,
declara(m) que o conteúdo do trabalho de conclusão de curso (TCC), sob o
título: ..........................................................................................., é autêntico, original e
de sua autoria exclusiva.

Cidade, UF
............................................, ........ de ..................................... de .....................

( Assinaturas)

Introdução à Metodologia Científica


22

Introdução à Metodologia Científica


23

3. Exemplos de Projetos de TCC

Introdução à Metodologia Científica


24

Maria Aparecida de Oliveira


Maria do Rosário Santos
Paula Vitali Miclos

INTEGRALIDADE DA GESTÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

FGV – Fundação Getúlio Vargas


Belo Horizonte
2006

Introdução à Metodologia Científica


25

Maria Aparecida de Oliveira


Maria do Rosário Santos
Paula Vitali Miclos

INTEGRALIDADE DA GESTÃO EM SEVIÇOS DE SAÚDE

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso - TCC apresentado à disciplina de


Metodologia de Ensino do curso de MBA em Gestão de Organizações Hospitalares e
Sistemas de Saúde da Fundação Getúlio Vargas, como requisito parcial para obtenção
do título de Especialista em Gestão de Saúde.

Orientador: Prof. Mestre Jamil Moysés Filho


Co-orientadora: Profa. Dra. Roseni Rosângela de Sena

FGV- Fundação Getúlio Vargas


Belo Horizonte
2006

Introdução à Metodologia Científica


26

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO: .....................................................................................................29
2 PROBLEMA................... .........................................................................................30
3 OBJETIVOS ............................................................................................................31
4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO..............................................................................31
5 RELEVÃNCIA DO ESTUDO.................................................................................31
6 REFERENCIAL TEÓRICO: ESTADO DA ARTE..............................................32
7 METODOLOGIA.....................................................................................................34
8 CRONOGRAMA......................................................................................................37
9 ORÇAMENTO..........................................................................................................38
10 REFERÊNCIAS BIOBLIOGRÁFICAS...............................................................39

Introdução à Metodologia Científica


27

1. INTRODUÇÃO

A motivação para este estudo partiu da necessidade de encontrar processos de


intervenções, que visem à orientação de gestores e trabalhadores sobre estratégias de
mudança do modelo tecno-assistencial hegemônico. Com isso, busca-se um modelo
assistencial humanizado, orientado pelos princípios do Sistema Único de Saúde - SUS,
que atenda às demandas dos usuários e que alcance as melhorias reivindicadas pelos
trabalhadores, pelos gestores e pela sociedade.

A incessante inquietação na busca da transformação dos serviços de saúde que supere o


trabalho fragmentado em tarefas vem sendo o maior desafio da humanização dos
serviços de Saúde em Minas Gerais. E, por ocupar lugar estratégico dentro destas
organizações, sentimos a necessidade do desenvolvimento de novas tecnologias que
possam sustentar gestores e trabalhadores na viabilização de um novo modelo de
assistência à saúde. Pretende-se, com isso, possibilitar espaços nos quais operem
processos de trabalho coletivo, voltados para o atendimento das necessidades e
demandas dos usuários, mas que tragam também satisfação aos trabalhadores e gestores,
complementando e garantindo a integralidade dos cuidados com a saúde.

Neste cenário, esta pesquisa pretende investigar “a integralidade da gestão na produção


do cuidado e na humanização dos serviços de saúde”. Adota-se neste trabalho a
concepção de que a humanização representa uma estratégia de gestão dos serviços de
Saúde em sintonia com os princípios de integralidade do cuidado. Ao mesmo tempo,
pretende-se com os resultados da pesquisa, buscar ferramentas para a construção de
novas tecnologias, que indiquem o direcionamento do processo de intervenção, dando
maior clareza e validade da Política de Humanização na mudança da assistência e da
gestão nos serviços de Saúde.

É neste contexto que o estudo se insere, propondo contribuir para reflexão sobre o
modelo tecno-assistencial humanizado, sustentado na gestão do trabalho, assistência
humanizada e na produção de cuidado em Saúde. A pesquisa será desenvolvida em um
hospital público federal de ensino e em um hospital privado em Belo Horizonte, por
meio da abordagem da pesquisa qualitativa. Serão entrevistados os diretores gerais e os
administradores dos hospitais. Os dados serão analisados por meio da ‘técnica de
análise de discurso’. A proposta está organizada em Introdução, Justificativa,
Referências Bibliográficas, Metodologia, Cronograma e Orçamento.

O relatório final de pesquisa será apresentado aos dirigentes das instituições


pesquisadas.

Introdução à Metodologia Científica


28

2 PROBLEMA DA PESQUISA

A velocidade com que acontecem as mudanças no mundo atual obriga as organizações a


desenvolver capacidades estratégicas para antecipar às mudanças e adequar-se a elas.
Essas tendências que estimulam a competência no contexto social, por conseguinte,
pressionam as instituições a desenvolver estruturas flexíveis e capazes de reagir de
maneira dinâmica e oportuna nas mudanças no entorno.

Sob essas premissas, as relações entre os níveis de gestão e de assistência devem


introduzir mudanças capazes de respaldar os compromissos que atendam às políticas
públicas garantidas na Constituição Federal de 1988 e expressas nas Diretrizes Básicas
do Sistema Único de Saúde - SUS.

Por outro lado, é necessário romper a clássica disposição vertical de agrupamento e


contrapor sua estrutura por meio de uma organização horizontal, de maneira a permitir
comunicação adequada com os trabalhadores, por serem eles que garantem a
integralidade do cuidado em saúde.

Mudanças nas relações, nos processos, nos atos de Saúde, nas pessoas e questões
tecnopolíticas implicam a articulação de ações para dentro e para fora das instituições
de Saúde, na perspectiva de ampliação da qualidade e do aperfeiçoamento da gestão
integral, do domínio do conceito ampliado de saúde e do fortalecimento do controle
social do sistema.

Vários centros de estudos e pesquisas têm cumprido o papel importante na reflexão,


sistematização, publicação e disseminação sobre o tema relacionado à integralidade. O
enfoque principal tem sido a defesa da integralidade como um princípio do SUS.
Contudo, existem insuficientes evidências de que a integralidade tem sido incorporada
nas práticas assistenciais, de ensino e de gestão; e pouco explorada nos serviços
complementares (serviços privados e serviços contratados). Portanto, a incorporação da
integralidade nas práticas de gestão, tanto em hospitais privados quanto nos públicos,
seja na gestão das relações intra quanto interinstitucionais, tem sido questionada, uma
vez que estas instituições ainda apresentam-se centradas num modelo tecno-assistencial
hegemônico.

Este estudo poderá ser relevante tendo em vista a contribuição que ele venha a oferecer
para o gerenciamento dos serviços de Saúde e para a capacitação de gestores, na
garantia de assistência de qualidade. Acreditamos que, como conseqüência, esta análise
poderá contribuir para novos modos de promover o aprimoramento técnico-científico, a
democratização do conhecimento no interior das equipes, a definição de prioridades e a
busca permanente de um modelo de gestão e assistência humanizada nos serviços de
Saúde.

Portanto, o Problema da nossa pesquisa é: “como garantir a integralidade do cuidado,


sob a ótica da gestão ?”

Introdução à Metodologia Científica


29

3 OBJETIVO

Analisar como a instituição se organiza para garantir a integralidade do cuidado, sob a


ótica da gestão.

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar como os gestores compreendem a integralidade da gestão no cuidado de


Saúde;
Identificar os fluxos internos e processos de trabalho que garantam a integralidade do
cuidado de saúde na instituição.

4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo será delimitado organizacionalmente em um hospital federal de ensino e num


hospital privado, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Será adotada a concepção de que a humanização representa uma estratégia de gestão


dos serviços de Saúde em sintonia com os princípios de integralidade do cuidado.

5 RELEVÂNCIA DO ESTUDO

O estudo se justifica na busca de uma transformação dos serviços de Saúde que supere o
modelo de gestão verticalizado, o trabalho fragmentado em tarefas e a assistência
desumanizada que resultam em insatisfação de gestores, de trabalhadores e de usuários.
Um agravante a ser enfrentado diz respeito à especificidade do trabalho em saúde, que é
multidimensional e permeado por relações de intersubjetividade, o que significa dizer
que o sucesso da organização depende da conciliação de interesses diversos e muitas
vezes conflitantes no campo da oferta e consumo dos serviços.

Os mecanismos de gestão que são utilizados pelas instituições de Saúde têm se


configurado como um importante entrave às práticas integradoras do cuidado. A
estrutura organizacional, intra e interinstitucional, ao apresentar-se fragmentada e
verticalizada; resulta na inoperância dos serviços de Saúde frente ao grande volume das
demandas sociais.

Acreditamos que para o alcance da integralidade nos serviços de Saúde são necessários
novos modos de promover o aprimoramento técnico-científico, a democratização do
conhecimento no interior das equipes, a definição de prioridades e a busca permanente
de um modelo de gestão e assistência humanizada. Reconhecendo a relevância e a
necessidade de ampliar as discussões sobre o tema entre os diversos atores presentes no
sistema de Saúde e contribuir na produção e na reflexão, no âmbito das práticas
assistenciais e gerenciais; toma-se esse tema como foco da pesquisa.

Introdução à Metodologia Científica


30

6 REFERENCIAL TEÓRICO: ESTADO DA ARTE

O termo ‘integralidade’ tem sido utilizado para designar um dos princípios doutrinários
do SUS, instituído pela Constituição Federal de 1988. A integralidade é polissêmica,
perpassando o sentido de boas práticas assistenciais que se caracterizam pela recusa do
reducionismo e da visão fragmentada do paciente. Na organização dos serviços de
saúde, a integralidade tem como objetivo articular as práticas assistenciais e as de Saúde
Coletiva, na construção de políticas específicas, a serem tratadas nos âmbitos de
intervenção governamentais (MATTOS, 2001).

A integralidade da gestão é definida legalmente como a prerrogativa e a


responsabilidade compartilhada que tem cada uma das esferas de governo de “dirigir
um sistema de saúde, mediante o exercício das funções de coordenação, articulação,
planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria (NOB 96)”.

Os mecanismos de gestão utilizados pelas instituições de Saúde Brasileira têm se


configurado como um importante entrave às práticas integradoras do cuidado. A
estrutura organizacional apresenta-se fragmentada e verticalizada, resultando na
inoperância dos serviços de saúde frente ao grande volume das demandas sociais.

O modelo tecno-assistencial vigente “pensa” o sistema de saúde como uma pirâmide,


com fluxos ascendentes e descendentes de usuários nos diversos níveis de complexidade
tecnológica, em processos articulados de referência e contra-referência e tendo como
porta de entrada a rede básica de serviços de Saúde. Este modelo de gestão, apesar de
representar os ideais de hierarquização e regionalização dos serviços propostos pelo
SUS, não tem correspondido às necessidades de cuidados de saúde da população nem à
capacidade de oferta dos serviços de Saúde; tanto públicos quanto privados (CECÍLIO,
1997).

Os reflexos dessa situação recaem principalmente sobre a população dependente do


SUS, que busca os cuidados de que necessitam de várias formas tentando garantir
alguma integralidade de atendimento por conta própria, na medida em que o sistema de
Saúde não se organiza.

A especificidade do trabalho em Saúde também se configura como um agravante à


integralidade do cuidado, visto que é multidimensional e permeada por relações de
intersubjetividade, o que significa dizer que o sucesso da organização depende da
conciliação de interesses diversos, e muitas vezes conflitantes, no que se refere à oferta
e ao consumo dos serviços de Saúde. Esta situação contribui para que o usuário seja
visto de maneira fragmentada pelos profissionais de Saúde e para que o cuidado
recebido pelo paciente se torne um somatório de cuidados parciais e desarticulados.

Esta dinâmica fragmentada de trabalho representa uma sobrecarga ao processo gerencial


do serviço de Saúde, uma vez que o é preciso coordenar adequadamente este conjunto
diversificado e reducionista de atos dos cuidados individuais. Para que a integralidade
aconteça é necessário firmar arranjos institucionais e maneiras de conduzir a gestão do
cotidiano no sentido de garantir uma atuação mais solidária e negociada dos
trabalhadores envolvidos no cuidado do indivíduo. (MERHY; CECÍLIO, 2003).

Introdução à Metodologia Científica


31

A mudança do eixo de desenvolvimento dessas instituiçoes tem sido questionada, uma


vez que nelas ainda predomina a orientação ao produto é às necessidades dos próprios
prestadores. A dimensão individual de trabalhadores e usuários supõe a contribuição e
participação desses, permitindo que a gestão do trabalho e a assistência se dêm a partir
de uma construção coletiva, implicando transformação do papel que desempenham os
gestores e prestadores dos serviços.

A importância do conceito de ‘trabalho coletivo’ e ‘gestão partiticipativa’ demanda


olhares e outros saberes da vida social, econômica, cultural e psicoemocional, diferindo
de um lugar para o outro em conseqüência da vinculação histórica, ou seja, aquele que
é:“Um ser autêntico, dotado de necessidades e valores próprios... seres autênticos
capazes de produzir coisas e transformar sua história” (AYRES, 2001, p. 65).
Um novo olhar sobre o ser humano e a
compreensão de como cada trabalhador vivencia o trabalho possibilita desvelar esse
fenômeno e “olhar” o contexto da gestão do trabalho em Saúde, permitindo novas
reengenharias administrativas de “apoiador minimamente sábio – que consegue apoiar
quando nos autorizamos a ser apoiados pelo grupo a quem pretendemos ajudar. Um
bom dirigente dirige e é dirigido, comanda é comandado por aqueles com quem
trabalha”. (CAMPOS, 2002 p.102).
Na experiência das autoras, observa-se que a produção do cuidado se dá a partir de
“territórios nucleares das profissões - que podemos chamar de MODELOS MÉDICOS
HEGEMÔNICOS... como se esta categoria pudesse em si, ser portadora de significados
e sentido sem os sujeitos que lhe dão recheios” (MERHY, 2002, p.2).

Há necessidade de se compreender outras formas


de intervenção, de criação de normas, de cooperação e de solidariedade, da costurada
coesão, da confiança e do estar com o outro. Então, é algo que tem a ver com
circulação, com codificação que trabalhadoras/trabalhadores e usuários fazem para além
da gerência: somos protagonistas e ao mesmo tempo somos protagonizados (BARROS
& CARVALHO, MIMEO, 2004).

“Quando estamos no campo da gestão na saúde,


não estamos em qualquer trabalho, ele é muito especial, é singular, depende de quem é
o sujeito que está neste campo. Não como sujeitos plenos de razão, mas produzindo
novos significados para aquela situação” (MERHY, 2005).

Freire (2000) e Habermas (2004) contribuem sobremaneira para pensarmos novas


formas de comunicação na integralidade da gestão criticando os mecanismos que a
inviabiliza. Enquanto a comunicação vertical, produzida pela estrutura sistêmica visa a
instrumentalização, as formas dialogais e argumentativas de comunicação tentam, em
espaços próprios e específicos, estabelecer mecanismos de entendimento possíveis e
provisórios sobre o mundo.
Na gestão fragmentada, o trabalhador é responsável por parcelas, portanto o foco central
é a tarefa, muitas vezes negligenciando ou ficando obscurecida a percepção sobre o
indivíduo que recebe o cuidado. Esse modelo aproxima-se da lógica de divisão parcelar
e de organização taylorista do trabalho, bem como essa fragmentação e modelo
gerencial estão ancorados na atenção médico-centrado (SANTOS et. all, 2006).

Introdução à Metodologia Científica


32

Canário (1997, p.162) afirma que: “o processo de mudanças no contexto do trabalho é


uma ação política”. Essa afirmativa reforça que não se fazem mudanças sozinho; para
tanto, a ação coletiva é necessária.

A prática dos serviços de Saúde, em vias de fazer ou de se tornar real o controle social,
está muito distante da proposta formulada pelo movimento da Reforma Sanitária.O
modelo tecno-assistencial, a organização da gestão e as maneiras como se fazem as
Políticas de Saúde são pontos críticos dessa situação (CECIN FEUERWERKER, 2005).

7 METODOLOGIA DA PESQUISA:

Frente à natureza do objeto e aos objetivos deste


estudo, optamos por adotar uma abordagem qualitativa. Buscaremos, portanto,
compreender os aspectos determinantes para se estabelecer a integralidade da gestão,
tendo como base: os valores institucionais/gerenciais em relação aos sujeitos-cuidadores
e sujeito-do-cuidado, do modelo assistencial implantado e as preocupações com a
qualidade da assistência, com vistas a uma assistência humanizada. Esta análise
possibilitará identificar, a concepção da integralidade da gestão na visão do gestor
hospitalar sobre a natureza e finalidade no contexto da Saúde.

A pesquisa qualitativa tem como:


“objeto do conhecimento: o ser humano e a sociedade. Esse objeto que é sujeito se
recusa peremptoriamente a se revelar apenas nos números ou a se igualar com sua
própria aparência. Desta forma coloca ao estudioso o dilema de contentar-se com a
problematização do produto humano objetivado ou de ir em busca, também, dos
significados da ação humana que constrói a história”. (MINAYO et al, 2004:36).

Pesquisa qualitativa significa considerar “sujeito


de estudo: gente, em determinada condição social ou classe com suas crenças, valores e
significados. Implica considerar também que o objeto das ciências sociais é complexo,
contraditório, inacabado, e em permanente transformação” (MINAYO 2004, p.20-22).

A coleta de dados da pesquisa dará início após a aprovação do Conselho de Ética


Universidade Federal de Minas Gerais, respeitando a Resolução 196/96 que trata da
relação da ética com a pesquisa em seres humanos, por meio de diretrizes e normas
regulamentadoras. Conforme a Resolução, “toda pesquisa que, individual ou
coletivamente, envolva o ser humano de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou
partes dele, incluindo o manejo de informações ou materiais, deve respeitar e seguir as
diretrizes contempladas no documento”. Desta forma, é assegurado respaldo ético a
todos os sujeitos envolvidos com a pesquisa cientifica, pois legitima todos os direitos e
deveres dos pesquisadores, dos sujeitos da pesquisa e do Estado no que tange à
participação de seres humanos em pesquisa científica. Em seus aspectos éticos, a
pesquisa deve atender às exigências de consentimento livre esclarecido, ponderação
entre riscos e benefícios, garantia de que danos previsíveis serão evitados e apresente
relevância para estudo.

Introdução à Metodologia Científica


33

7.1 Cenário

A pesquisa será desenvolvida em um hospital federal de ensino e num hospital privado,


em Belo Horizonte, Minas Gerais.

7.2 Sujeitos da pesquisa

Para possibilitar a análise do modelo de gestão, serão sujeitos da pesquisa os gestores da


Instituição (Diretor Geral ou equivalente), e os administradores de um hospital federal
de ensino e de um hospital privado.

7.3 Procedimentos para coleta de dados:

Os instrumentos de coleta de dados serão: entrevista individual com roteiro,


semi-estruturada com os sujeitos da pesquisa e análise documental.

7.3.1 Entrevistas semi-estruturadas

As entrevistas serão individuais e realizadas, de preferência, no hospital, em local que


garanta a privacidade. Serão gravadas, se houver consentimento do entrevistado, pois a
gravação “tem a vantagem de registrar todas as expressões orais, imediatamente,
deixando o entrevistador livre para prestar toda atenção no entrevistado” (SANTOS
FILHO et. all, 1995, p.43).

Serão realizadas entrevistas individuais com roteiro semi-estruturadas. Esse tipo de


entrevista é definida por Minayo (2004, p.108) como aquela “que combina perguntas
estruturadas e abertas, onde o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema
proposto, sem resposta ou condições pré-fixadas pelo pesquisador”.

Lakatos & Marconi (1991), descrevem a entrevista semi-estruturada como “uma forma
de poder explorar mais amplamente uma questão. As perguntas são abertas e podem ser
respondidas dentro de uma conversação informal.” A entrevista assim definida, valoriza
o informante e, ao mesmo tempo, dá a liberdade e a espontaneidade necessárias para
enriquecer a investigação.

7.3.2 Análise Documental

Para complementar coleta de dados, será feita a análise dos documentos das instituições
(normas, fluxo, protocolos, etc) disponívies que digam respeito à organização do
serviço, papel dos diversos trabalhadores envolvidos na asssistência e diretrizes
políticas da instituição. Assim, será possível complementar a compreensão a
integralidade da gestão e auxiliar na análise dos discursos dos gestores e
administradores.

Introdução à Metodologia Científica


34

7.3.3 Análise de Dados

Será feita análise temática dos dados. Segundo Minayo (2004), o tema deve estar ligado
a uma afirmação sobre determinado assunto. Ela pode ser apresentada sob a forma de
uma palavra, uma frase ou um resumo. “Fazer uma análise temática consiste em
descobrir os núcleos de sentido que compõem uma comunicação cuja presença ou
freqüência significam alguma coisa para o objetivo analítico visado”.(MINAYO, 2004,
p. 209).

Introdução à Metodologia Científica


35

8 CRONOGRAMA

FASES DA PESQUISA 2006

jan fev mar abr maio jun jul ago set

Levantamento bibliográfico X X X X X X X X X

Elaboração do Projeto X X X X X

Aprovação do projeto no
hospital e no comitê de ética X X
da UFMG

Coleta de dados X X

Analise dos dados 1.1.1.


1.1.1.
1

1.1.1.
1.1.1.
2
X

Elaboração da redação final X 1.1.1.


da pesquisa 1.1.1.
3

1.1.1.
1.1.1.
4
X

Apresentação do Relatório 1.1.1.


Final da Pesquisa 1.1.1.
5

1.1.1.
1.1.1.
6
X

Introdução à Metodologia Científica


36

Introdução à Metodologia Científica


37

9 ORÇAMENTO

1.1.1.1.1.1.7 Custo
Rubrica Especificação
Período (em reais)

Elaboração e Custeio/Material consumo - Papel / tinta impressora / disquetes / material de


apresentação escritório 50,00
do Projeto - combustível
Serviços de terceiros / - Xerox (preto e colorido) / encadernação -
Pessoa Jurídica Correio 20,00
- Internet
Serviços de Terceiros / - Correção ortográfica e bibliográfica
80,00
Pessoa Física - tradução
Material permanente - livros e revistas 250,00

1.1.1.1.1.1.7.1 Sub-total 400,00


Análise dos Custeio / Material de - Papel / tinta impressora / disquetes / CD /
dados consumo material de escritório/fita K7 190,00
- combustível
Serviços de Terceiros / - Xerox
10,00
Pessoa Jurídica - Internet
Serviços de Terceiros / - revisão
130,00
Pessoa Física - tradução
Material permanente - livros e revistas 150,00
Sub-total 670,00
Redação e Custeio / Material de - Papel / tinta impressora / disquetes / CD /
apresentação consumo material de escritório 120,00
do relatório da - combustível
Serviços de terceiros / - Xerox (preto e colorido) / encadernação
pesquisa
Pessoa Jurídica - Internet 180,00
- correio
Serviços de Terceiros / - correção ortográfica e bibliográfica
Pessoa Física - tradução
150,00
- elaboração apresentação
Material permanente - livros e revistas 200,00
Sub-total 650,00
TOTAL 1720,00
* O trabalho ainda não foi apresentado para nenhum órgão financiador.

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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a Luz da Interdisciplinaridade. mimeo, BH, 2006.

Introdução à Metodologia Científica


41

Aplicação da metodologia Strategic Sourcing para definição de uma


Política de Suprimentos Hospitalares

Anderson Cremasco da Silva


Paula Janete Baraldi Zerbone
Paulo César Fernandes
Ricardo Garcia

Turma LOG 1

Projeto de Trabalho de Conclusão


de Curso para atender à exigência
curricular do MBA em Logística
Empresarial, da Fundação Getúlio
Vargas.

Jundiaí-SP
Abril/2007

Introdução à Metodologia Científica


42
Sumário

I – ESCOPO DO PROJETO..............................................................................................44
1.1 Introdução .....................................................................................................................44
1.2 O “problema” da pesquisa............................................................................................45
1.3 Objetivos da Pesquisa....................................................................................................45
1.3.1 Objetivo Final ou Geral .............................................................................................45
1.3.2 Objetivos Intermediários ..........................................................................................46
1.4 - Delimitação do Estudo ...............................................................................................47
1.5 Relevância do estudo ....................................................................................................47
II – REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................48
III – METODOLOGIA DA PESQUISA.......................................................................... 54
3.1 – Tipos de Pesquisa....................................................................................................... 54
3.1.1 Quanto aos fins .......................................................................................................... 54
3.1.2 Quanto aos meios ...................................................................................................... 54
3.2 – Coleta dos Dados........................................................................................................ 54
3.3 -Tratamento dos dados................................................................................................. 54
3.4 - Possíveis Limitações do Método (Plano B)............................................................... 54
IV - CRONOGRAMA........................................................................................................ 55
V – BIBLIOGRAFIA PRELIMINAR.............................................................................. 56

Introdução à Metodologia Científica


43

I – ESCOPO DO PROJETO

1.1 Introdução
A importância da atividade de gestão de suprimentos tem crescido muito nos
últimos anos, tem sido comum o seu reposicionamento no organograma das empresas
devido ao reconhecimento da sua relevância estratégica para a empresa com impacto
decisivo na lucratividade e posicionamento de mercado. Alguns autores chegam a
dimensionar a amplitude desse impacto observando que entre 50% a 60% do custo total
da empresa ou revenda são representados pela compra de bens e serviços.

Pressões contínuas para reduzir custos e melhorar a visibilidade de gastos e


controles estão alimentando uma revolução nas estratégias de compras em empresas de
vários segmentos e portes.

O Strategic Sourcing, ou estratégia de compras, que é uma abordagem


sistemática e integrada de processos que objetiva reduzir custos de compras tem se
mostrado eficaz no gerenciamento de suprimentos e no relacionamento entre as
organizações e suas redes de fornecedores e parceiros.

Os benefícios de sua adoção são cada vez mais claros para as empresas. Os
vários elementos que a compõe – alinhamento estratégico; processos e metodologias
pragmáticas; desenvolvimentos dos profissionais envolvidos; mecanismos e ferramentas
de automação e controle – têm sido testados e aprovados por muitas organizações. Ela
toca diretamente em todas as dimensões de geração de valor econômico de um negócio:
atua na eliminação da fragmentação de fornecedores; na alavacagem de receitas; revisa
a forma vigente de negociação e contratação valorizando o estreitamento das relações
com fornecedores chaves que podem levar melhores soluções aos clientes; atua
diretamente na redução de custos; atua nos processos e na estrutura de suprimentos e
nas especificações dos itens a serem comprados e contribui com a otimização da
utilização do capital;
As instituições hospitalares brasileiras, geralmente, não estão na vanguarda das formas
de gestão mais avançadas e é comum que elas adaptem casos

Introdução à Metodologia Científica


44

de sucessos da indústria e da área de serviços. Não é diferente


quando falamos sobre políticas de suprimentos, pois ainda
tem-se muito a avançar nesse campo diante disso, a
metodologia de Strategic Sourcing, tem muito a agregar a
gestão hospitalar brasileira.

Nos hospitais brasileiros tem-se uma realidade com diversas dificuldades, falta
de foco de atuação, ausência de uma política de suprimentos e ausência de sistema de
informação adequado. É comum encontramos a área de compras hospitalares como
mera executora de “três cotações”, comprando todos as categorias de bens e serviços da
mesma forma, não tendo uma estratégia de compras clara e bem definida, de acordo
com a importância da categoria para o negócio e também de como essa categoria está
posicionada no mercado fornecedor.

Diante desse cenário surge a motivação de aplicar a metodologia strategic


sourcing para alavancar os resultados operacionais e contribuindo com o resultado final
da organização.

A partir desse ponto se faz necessário responder a seguinte questão: Como aplicar a
metodologia strategic sourcing para melhorar o desempenho da gestão de suprimentos
hospitalares?

1.2 O “problema” da pesquisa

Como aplicar a metodologia strategic sourcing para melhorar o desempenho da gestão


de suprimentos hospitalares?

1.3 Objetivos da Pesquisa

1.3.1 Objetivo Final ou Geral


Demonstrar de forma clara e objetiva como aplicar a metodologia strategic sourcing
para melhorar o desempenho da gestão de suprimentos hospitalares, criando estratégias

Introdução à Metodologia Científica


45

para buscar parcerias inteligentes, com vistas à redução de custos e viabilização do


negócio hospitalar.

1.3.2 Objetivos Intermediários

 Demonstrar a evolução das instituições hospitalares brasileiras e sua


administração
 Hospital
 Finalidades
 Complexidade da atividade hospitalar

 Discutir o planejamento da demanda e a gestão dos estoques de um hospital


 Conceito de planejamento
 Gestão de estoque
 Gestão da demanda
 Custo do capital e impacto financeiro

 Apresentar a gestão de compras hospitalares


 Gestão de compras e o papel do comprador
 Fontes de Suprimentos
 Negociações
 Preço
 Tecnologia da informação

 Definir o que é a metodologia Strategic Sourcing

 Estabelecer o conceito desta metodologia, como ferramenta de


apoio à definição da estratégia de suprimentos.

 Definir as etapas de aplicação da Strategic Sourcing.

Introdução à Metodologia Científica


46

 Demonstrar como aplicar a metodologia Strategic Sourcing em um hospital


privado brasileiro

 Estabelecer a classificação dos itens segundo a metodologia


proposta e os resultados a serem alcançados.

 Definir como adquirir as diferentes categorias de itens de estoque


segundo suas características de mercado e impacto na operação
da organização, como parte significativa de sua estratégia
empresarial.

 Descrever a atuação dos compradores segundo as estratégias


propostas.

1.4 - Delimitação do Estudo

O estudo será baseado nas publicações sobre a metodologia strategic sourcing e nos
dados históricos de um hospital privado da cidade de São Paulo com mais de 200 leitos,
limitando-se à análise da gestão de suprimentos hospitalares com referência aos
produtos adquiridos: OPME - Órteses, próteses e materiais especiais; medicamentos;
materiais hospitalares; material de escritório, gases medicinais; material de
higienização, Limpeza e descartáveis; gêneros alimentícios; equipamentos médico-
hospitalares; equipamentos e suprimentos de informática; Material de manutenção e
obras; filmes e químicos radiológicos; uniformes e enxoval.

1.5 Relevância do estudo

O estudo é de fundamental importância para estabelecer a identificar quais são as


melhores políticas de compras para cada tipo de categoria de produtos hospitalares,
buscando melhorar o desempenho da gestão de suprimentos hospitalares gerando assim
uma redução no custo total de aquisição, redução de lead time, aumento do nível de

Introdução à Metodologia Científica


47

serviço, diminuir os níveis de estoque e garantir que não ocorra a ruptura no


abastecimento.

II – REFERENCIAL TEÓRICO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua hospital como parte de uma


organização médica e social, cuja função primordial é
proporcionar assistência médica integral, curativa e
preventiva à população, sob quaisquer métodos de
atendimento, constituindo-se, ainda, em centro de educação,
capacitação de profissionais e de pesquisas em saúde.

Para Cherubin e Santos (2000), o hospital tem como finalidade:

• Colaborar com as autoridades sanitárias na prestação de serviços que


contribuam para a imunização da população, como campanhas de
vacinação e outras.

• Oferecer à população, independentemente da sua condição econômica e


social, o maior número possível de serviços preventivos.

• Dar cobertura, na medida das suas possibilidades, com serviços integrais


de saúde, à população que vire marginalizada, utilizando-se, para isto,
também de voluntários.

• Promover cursos, palestras e distribuir material que tenha como objetivo


incentivar a prevenção.

• Aproveitar o espaço do ambulatório e o tempo de espera das pessoas,


para transmitir mensagens, através de audiovisuais que tenham como
objetivo favorecer a orientação sanitária da comunidade.

• Manter serviços complexos de diagnóstico que possibilitem um bom


padrão de desempenho e reduzam ao máximo a permanência dos
pacientes.

Introdução à Metodologia Científica


48

• Dar ênfase aos equipamentos comuns que facilitem o atendimento


universalizado. Os equipamentos de ponta devem ser instalados só
quando comprovada a viabilidade social econômica, para não
sobrecarregar a comunidade e criar uma clientela elitizada em detrimento
do atendimento indiscriminado.

• Manter serviços de internação que possibilitem a cura completa, para


evitar que os pacientes devam ser transferidos para outras instituições.

• Preocupar-se constantemente com a qualidade do serviço prestado, tanto


no que concerne aos recursos humanos quanto materiais.

• Oferecer aos pacientes e servidores o melhor ambiente possível de


acolhimento e trabalho.

• Propiciar aos servidores e profissionais, atendimento humano, rápido e


de padrão elevado quando necessitarem tratar da própria saúde.

• Introduzir normas, serviços e equipamentos que protejam os servidores


no trabalho.

• Manter um quadro completo e correto de profissionais adequadamente


preparados, para que as suas atividades sejam executadas sempre por
quem de direito e que possa ser responsabilizado.

Segundo Cherubin (1998), para que o hospital possa funcionar satisfatoriamente,


cabe ao administrador hospitalar organizar o suprimento de bens e serviços de tal forma
que consiga manter sempre um elevado padrão de qualidade, a preços compatíveis e
com as melhores condições de pagamento. Um sistema bem gerenciado a assim
criterioso fará com que os pacientes sejam bem servidos, proporcionará aos
profissionais satisfação e segurança no trabalho e não deixará que os gastos extrapolem
o nível correto dos indicadores hospitalares.

Introdução à Metodologia Científica


49

Dessa forma, Baily, et all (2000), defendem que todas as organizações


necessitam de inputs de bens e serviços procedentes de fornecedores externos e que a
compra é vista pela organização bem sucedida de hoje como uma atividade de
importância estratégica considerável. Entretanto, nem todas as empresas vêem compras
como uma função desempenhada de forma melhor por um departamento especializado.
Há aqueles que a vêem mais apropriadamente desempenhada quando está próxima ao
ponto da necessidade dos bens ou serviços que são adquiridos. Então, talvez seja
verdadeiro dizer que a maioria das grandes organizações emprega os serviços de uma
equipe dedicada de especialistas em compras e suprimentos. É geralmente aceito que
uma competência-chave do executivo de compras é sua habilidade de negociação. As
negociações podem envolver o relacionamento com uma ou muitas fontes de
suprimentos. Elas podem ser conduzidas individualmente ou entre equipes de
negociadores representando interesses diferentes; por ser conduzidas por telefone em
questão de minutos ou levar muitos anos para ser concluídas.

Baily, et all (2000), ainda destacam que muitos compradores acreditam que há
custos desnecessários e a serem eliminados do preço se for possível trabalhar em
parceria com os fornecedores. Trabalhando juntos, podem eliminar os custos
desnecessários da cadeia de suprimentos. Isso é possível de ser atingido pelos seguintes
meios: redução do número de fornecedores da cadeia de suprimentos, desenvolvimento
conjunto de novos produtos, trabalho com fornecedores responsivos, uso de bancos de
dados integrados e orientação de fornecedores-chaves.

Com referência às aplicações da Internet na gestão da cadeia de suprimentos,


merecem destaque especial os rotulados e-business e e-commerce. O primeiro termo diz
respeito ao uso geral da Internet no mundo dos negócios, enquanto o segundo
geralmente está restrito aos limites das transações de compra e venda. Embora até
recentemente tivesse seu potencial superdimensionado, o e-business, enquanto novo
modelo de negócios, ainda tem muito a ser explorado. A questão principal aqui é
entender a Internet como um grande facilitador dos negócios e a serviço da geração de
valor na cadeia de suprimentos. No âmbito da gestão da cadeia de suprimentos ela não

Introdução à Metodologia Científica


50

pode, equivocadamente, ter outros propósitos ou se tornar mais importante que o


negócio propriamente dito, conforme Pires (2004).

Existem permanentes preocupações em relação ao custo e utilização de serviços


de saúde. Alguns principais fatores foram identificados como os responsáveis pelo
aumento dos preços da assistência médico-hospitalar. Os gastos salariais crescentes,
instalações maiores e mais sofisticadas exigindo equipamentos mais caros com custos
operacionais mais elevados, variedade de serviços disponíveis oferecendo mais serviços
aos pacientes e aumento dos preços dos insumos pelos fornecedores, conforme Minotto
(2002).

Gestão de compras e fontes de suprimentos


Ao decidirmos por uma compra de produto, material ou serviço é necessário que se
faça um bom planejamento, e este de acordo com Correa, (2000) que enfatizam que
sem uma “visão” do futuro seria impossível no hoje tomar decisões capazes de resultar
em realizações no futuro alinhadas com a necessidade. Dessa forma, um bom
planejamento pode gerar estoques mais adequados as necessidades. Os mesmos
autores discutem que os estoques podem surgir por uma má coordenação das fases de
produção, por incertezas de oferta ou de demanda, ou por especulação, como
aproveitamento de preço antes de reajustes, ou aproveitamento de embalagem de
transportes, considerando um menor custo unitário. Para iniciar a administração de um
estoque é necessário, segundo os autores, a criação de modelos de ponto de reposição
que levam em conta a demanda e lead time de reposição.

Junto com os estoques, é importante que sejam verificados os principais elementos da


gestão de demanda considerando: como a empresa mantém relação com o mercado, a
sua habilidade de fazer previsões, sua flexibilidade e confiabilidade em atendimento
no prazo, como é o processo de decisão em caso de não atendimento dos pedidos, e
sempre deve –se considerar a forma que a empresa tem de influência o mercado a seu
favor, concordamos com esses pontos e estão alinhados com a posição dos autores
acima.

Estoque é dinheiro na forma física e deve ser bem aplicado, cada vez mais empresas
que administram bem seus estoques podem ter uma melhor saúde financeira, segundo
Alvarenga, et all (1994) o custo financeiro vai depender primeiro do grau de escassez
do dinheiro, e do risco oferecido pelo tomador em não pagar o valor adquirido,
portanto os estoques podem gerar financiamentos para empresa com altas taxas para
aquisição e na manutenção dos estoques.

Segundo os mesmos autores para se chegar ao custo do capital é necessário entender


que quando uma empresa efetua um investimento, é necessário calcular o custo mensal
equivalente ao capital investido, já que não é correto apropriar o valor total de uma só
vez. Além disso, é necessário considerar o valor residual de um bem, ou seja, o valor
de venda após o seu uso, que deve ser descontado do valor de aquisição. Já Dias

Introdução à Metodologia Científica


51

(1993) afirma que existem duas variáveis que aumentam os custos dos estoques que
são as quantidades em estoque e o tempo de permanência em estoque. Grandes
quantidades requerem mais pessoas e mais equipamentos, já com um volume menor o
efeito é ao contrário.

Compras é um dos segmentos essencial de Suprimentos e tem por finalidade suprir as


necessidades de materiais e serviços, planejar quantitativamente e satisfaze-las no
momento certo com quantidades corretas, segundo Dias (1993). Tem como objetivo,
obter um fluxo continuo de material, coordenação desse fluxo, compra do material e
procurar dentro de uma negociação justa e honesta as melhores condições para a
empresa. O mesmo autor informa que além de comprar o comprador deve classificar e
analisar as solicitações de compra, pesquisar e desenvolver fornecedores, cotar,
providenciar compras e acompanhar as entregas. O comprador atual deve ser
preparado com ótimas qualificações e esteja preparado para usá-las em todas as
ocasiões.

De um lado compras e do outro as fontes de Suprimentos que podem ser de matéria


prima, serviços e mão de obra conforme Dias (1993). O fornecedor pode ser
classificado em monopolista onde os fabricantes são exclusivos, os habituais, são
fornecedores com linha de produto padronizado e bem comercial, e os fornecedores
especiais são os fornecedores eventuais. As fontes de suprimentos serão melhores
quando se tem um cadastro de fornecedores bem estruturada e eficiente.

Identificado o fornecedor, temos a negociação que segundo Dias (1993) afirma que
não é uma disputa em que uma das partes ganha e a outra tem prejuízo, o resultado de
uma boa negociação é que seja ganha-ganha. O negociador deve ser treinado e ter um
bom conhecimento do que esta sendo negociado. Basicamente estamos falando de seis
etapas no processo de negociação que é a preparação identificando a necessidade,
abertura que tem a finalidade de reduzir a pressão no inicio da conversa, a exploração
deve ser realizada por meio de pergunta sem ameaças, à etapa da apresentação
relaciona os objetivos iniciais com as necessidades das partes. Já a ação final é à
procura de um acordo ou decisão para fechamento da negociação.

Existe nas organizações uma necessidade de adequação de estratégias de


suprimentos por categorias de bens adquiridos. Os autores consultados sobre o tema
discorrem sobre as formas de aplicação e apontam que podem ser obtidos ganhos
significativos no desempenho da empresa. Com a metodologia Strategic Sourcing, o
processo de compras é enfocado considerando-se a efetividade da cadeia de suprimento
e o custo total de obtenção do item. Pode-se considerar que o processo de compra é
executado de forma a analisar e (re) estruturar a cadeia de suprimento do item. As
transformações por que tem passado a logística no Brasil nos últimos anos são
apontadas por Figueiredo et all (2003). Essas transformações são evidenciadas em
diferentes aspectos, sejam eles relacionados à estrutura organizacional, às atividades
operacionais, ao relacionamento com os clientes, ou às questões financeiras. Massin

Introdução à Metodologia Científica


52

(2006), em diversos artigos, examina os passos para implementação de Strategic


Sourcing e tece várias considerações sobre esta metodologia. Kokabasoglu et all (2006)
discorrem sobre os desafios da implementação de Strategic Sourcing, analisando as
relações entre diferentes elementos da metodologia em 140 empresas norte-americanas.
Seshadri (2005) descreve a estratégia de compras como uma atividade de longo prazo,
apresentando as ferramentas para defini-la e discorrendo sobre os princípios
econômicos e empresariais envolvidos. Baldwin (2000) aponta medidas de performance
utilizadas por empresas para guiar a seleção de fontes de fornecimento, administrar a
relação cliente / fornecedor e melhorar o fornecimento como um todo ao longo do
tempo. Kraljic (1983) em seu artigo clássico mostra como as companhias precisam
integrar a aquisição de bens com outros elementos de negócios, com visão menos
operacional e mais estratégica, de modo a superarem com sucesso restrições como
desabastecimentos globais, intervenção de governos em mercados, competição intensa e
mudanças tecnológicas constantes.

Conforme relata Malinverni (2004), temos no Brasil um caso de sucesso da


aplicação da metodologia Strategic Sourcing em um hospital privado da cidade de São
Paulo, onde foram seguidos os seguintes passos:
-Análise dos produtos adquiridos pelo Hospital;
-Classificação dos produtos em grupos de sourcing;
-Identificação da criticidade/impacto do grupo de sourcing para o negócio;
-Identificação da complexidade do mercado o qual pertence do grupo de
sourcing
-Posicionamento do grupo de sourcing na Matriz de compras conforme
Criticidade item X Complexidade do mercado em quadro quadrantes: Itens não-críticos,
gargalos, estratégicos e alavancados.
-Identificação, conforme o quadrante que o grupo de sourcing está, qual é a
melhor prática de compra para esse grupo;
Esses são as etapas macro para a implantação da metodologia, mas Massin
(2007) ainda relata que podemos evoluir e chegar em uma matriz de prioridade de
atuação no grupo de sourcing, onde temos as variáveis potencial de benefícios X
facilidade de implementação, ou seja, teremos ondas de priorização começando do

Introdução à Metodologia Científica


53

grupo que tem o maior potencial de resultados com o maior facilidade de


implementação até chegarmos ao outro extremo, estratégias complexas de serem
aplicadas para grupos que darão poucos resultados.

III – METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1 – Tipos de Pesquisa


3.1.1 Quanto aos fins

A pesquisa será explicativa e metodológica, porque é necessário ter um método para


padronizar a análise dos itens de estoque e diferencia-los no momento da aquisição.

3.1.2 Quanto aos meios


A pesquisa será bibliográfica, documental e por estudo de caso, porque é necessário
fundamentar conceitos de administração de estoque, planejamento e gestão de
suprimentos, com base em dados de um hospital privado.

3.2 – Coleta dos Dados


A coleta de dados será através das informações de relatórios do hospital privado.

3.3 -Tratamento dos dados


Os dados serão coletados de relatórios oficiais do hospital privado e terão tratamento
quantitativo e qualitativo.

3.4 - Possíveis Limitações do Método (Plano B)


Não foi observada nenhuma limitação do método.

Introdução à Metodologia Científica


54

IV - CRONOGRAMA
Cronograma (Meses/2007)
Cronograma\Período
Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro

Pesquisa Bibliográfica

Pesquisa Documental

Capítulo I

Capítulo II

Capítulo III

Capítulo IV

Capítulo V
Análise e Apuração dos
resultados
Conclusão
Revisão de Conteúdo e
Ortografia
Acabamento: (Impressão e
encardenação) e entrega

Introdução à Metodologia Científica


55

V – BIBLIOGRAFIA PRELIMINAR

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