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A Escola na Finlândia, e noutros países

como Republica Checa (muito parecido)


Testemunho de Fátima F, professora de Inglês envolvida num intercâmbio com uma
escola na Finlândia

Vejam as diferenças!

Em primeiro lugar quero esclarecer que esta visita correspondeu a mais uma mobilidade do
Projecto - Eco-Sport, Eco-Culture and IT - integrado no Programa Comenius a que a minha
escola (Sec. Augusto Cabrita - Barreiro) se candidatou e que neste momento já está próximo
da sua conclusão, tendo sido iniciado no ano lectivo 2008/09. A iniciativa foi de professores de
Informática que envolveram algumas das suas turmas de Cursos Profissionais. Eu integrei o
projecto enquanto professora de Inglês de algumas dessas turmas. Neste Projecto estão
envolvidas escolas de sete países: Portugal, Itália, República Checa, Polónia, Roménia, Suécia
e Finlândia. Faremos 6 mobilidades e já recebemos na nossa escola as delegações dos outros
6 países em Outubro passado.

Basicamente o projecto obriga a trabalho nas áreas das novas tecnologias, desporto e
ambiente. Para cada mobilidade são definidos temas de trabalho, modos de apresentação dos
trabalhos de cada país com recurso a aplicações/programas informáticos. Há um número
mínimo obrigatório de "mobilidades", isto é, alunos e professores que constituem as respectivas
delegações. No entanto, em cada deslocação, viajam um máximo de 6 pessoas, entre alunos e
professores. Os alunos são sempre acolhidos pelas famílias dos alunos envolvidos no projecto.
Durante a semana em que permanecemos no país visitado cumprimos um programa de
actividades previamente definido que passam por: contacto directo com a escola que visitamos,
implicando assistência (por vezes com participação mais ou menos activa) a aulas e
actividades da escola, visita às instalações da escola, visitas de carácter cultural, participação
em actividades desportivas, apresentação dos trabalhos que foram feitos entre mobilidades,
também as respectivas reuniões de avaliação do cumprimento dos objectivos e definição do
trabalho a desenvolver até ao encontro seguinte. No nosso caso este projecto envolve cerca de
seis professores que foram rodando entre si as deslocações. No meu caso, tive oportunidade
de em Maio passado ter ido à Suécia e agora à Finlândia.

Relativamente à Finlândia a escola com quem temos este intercâmbio situa-se na pequena
localidade de Perniö, na região de Salo, a 2 horas de camioneta da capital
Helsínquia. Perniö tem:

Uma Secondary School - frequentada por alunos dos 12/13 aos 15/16 anos -
correspondente ao nosso 3º Ciclo - 234 alunos e 23 professores ; 3 ou 4 funcionárias (de
limpeza) e a Directora.
Entrada da Escola com os trenós.

Hall de entrada. Casacos e calçado são tirados. Os alunos andam em meias por toda a escola.
Conforto e limpeza!!!
Alunos em aula. Cadê os 28/30 alunos? Entre os 16 e os 20 alunos!

O refeitório: a comida vem de um serviço de catering. Há 1 funcionária que coloca a comida


nas cubas, os alunos servem o seu próprio prato, limpam o prato e os talheres que arrumam
num balcão, as mesas ficam sem uma migalha e suspendem as cadeiras nas mesas para que
tudo fique arrumado e reduza o trabalho da funcionária. Os alunos não pagam a refeição.

Sala de Informática
Laboratório de Línguas

Sala de Professores - pode ver-se um balcão onde os próprios professores preparam os seus
lanches, fazem café ou chá ou aquecem alguns alimentos. Não há bares, nem de alunos nem
de professores. Poupam-se assim funcionários!
Ao lado da sala de profs. - Reprografia sem funcionário.
São os professores que preparam o seu material.

Existe também uma Upper Secondary School - alunos dos 16 aos 18/19 anos -
correspondente ao nosso ensino secundário - 90 alunos e 10 professores; 2 funcionárias ( de
limpeza) e a Directora. Esta última é a escola do intercâmbio.

(Nota: As dimensões não são comparáveis com a nossa realidade. No entanto, o poder
central não fecha escolas, pois considera importante a manutenção dos jovens nas suas
terras.)

A educação é da responsabilidade da " municipalidade" (se me é permitida esta tradução),


embora o sistema educativo seja regulado por um "Gabinete da Educação" central, logo
comum a todo o país.

Recepção musical pelos alunos finlandeses.


Os sapatos à porta da sala!!!!

Não há toques de campainha. Alunos e professores entram e saem à hora certa.

Aula de Inglês
Aula de Ioga

Alunas do intercâmbio interagindo em actividade criativa sobre o tema "Common Europe"

Visita Cultural à cidade de Turku


Horários

- Professores- 36 horas semanais - aulas + actividades ( incluindo preparação de aulas)

- Alunos - começam às 8.00h terminam às 14.00h - depois das 14 horas, os alunos


calendarizam actividades - música, teatro ou desporto. Podem pedir sessões de apoio aos
professores.

Os professores entre as 14horas e as 16horas marcam com os alunos as várias actividades de


acordo com as necessidades. Nada está definido à partida. Os professores estão disponíveis
para o que forem solicitados.

- Turmas - de 16 a 20 alunos, contudo como se trata de uma Upper School, pode haver grupos
maiores já queneste nível de ensino a progressão dos alunos faz-se por acumulação de
créditos. Para poderem realizar os Exames Finais ( Nacionais) os alunos têm de ter um
mínimo de 75 créditos. Há disciplinas obrigatórias consoante a vertente dominante da sua
formação. Este sistema permite que um aluno que queira seguir uma área de Ciências possa
escolher disciplinas da área de Humanidades desde que cumpra as disciplinas consideradas
obrigatórias na sua área. Os alunos vão-se inscrevendo nas disciplinas para fazerem créditos e
tendo em conta os horários em que as disciplinas funcionam logo, pode acontecer haver
grupos maiores.

Nota: Este sistema de créditos é o sistema de todo o país.

- Disciplina/ Comportamento - os alunos cumprem as regras de disciplina da escola. Quando


há problemas os pais são chamados à escola ou contactados por telefone. Quando os alunos
não querem estudar (já estão fora da escolaridade obrigatória) abandonam, mas são uma
minoria. Os pais vão pouco à escola!! Só quando são chamados.

- Faltas - quando faltam os alunos apresentam justificação dos pais ou do médico. Não há
limites. Cada situação é avaliada pelo professor da disciplina que terá a assiduidade do aluno
em conta na avaliação. Se é um aluno com muitas faltas e nos testes não tem resultados
positivos, é automaticamente assumido que isso significa reprovar, isto é, não acumula
créditos. Não há recuperações, nada! O que conta é o número de créditos que cada um tem de
conseguir para poder fazer os exames finais! Os alunos muito interessados em alargar as suas
áreas de conhecimento fazem créditos a mais e enriquecem o seu currículo escolar.

- Avaliação dos Professores - são avaliados anualmente pela Directora da escola que se
limita a observar o trabalho dos docentes durante o ano nas várias vertentes. Só têm aulas
assistidas pela Directora quando surge algum problema relativo ao seu trabalho. Esse
problema pode vir de queixa apresentada pelos alunos, pelos pais ou até mesmo por outros
professores ( mais experientes) que podem detectar irregularidades ou dificuldades.

Algo que é bastante diferente do nosso sistema é o sistema de habilitações para leccionar as
várias disciplinas. Nesta escola conhecemos professores que podem leccionar: Ed. Física e
Matemática / Literatura e Geografia / Ciências e Física e Química, por exemplo.

A Informática é transversal. Todos os professores nas suas salas têm recursos informáticos
que utilizam diariamente.

Cada professor tem a sua sala com todo o seu material. Até parte do trabalho administrativo,
registo de progressões, é feito pelos próprios professores, tanto que a escola não tem
Secretaria. Tem o gabinete da Directora que realiza o trabalho necessário.

Nota: A burocracia não deve ter nada a ver com a montanha horrível de papel que nós temos
nas nossas escolas portuguesas.
É tudo simples e eficaz: as salas estão abertas, não há funcionários a tomar conta dos meninos
porque vandalizam e roubam os equipamentos ou porque roubam os telemóveis uns aos
outros, os pais não andam a correr para a escola a queixar-se da má relação que o prof. X tem
com o filho, ou que a filha é vítima de bullying, ou que a comida no refeitório não presta, ou que
o professor pôs o filho na rua, etc... A escola é respeitada. Enquanto os filhos estão na escola,
têm de cumprir as regras da escola e "ponto final". Só como exemplo, sempre que nós
entrávamos numa sala de aula, os alunos levantavam-se e cumprimentavam-nos "good
morning".

Bem, não quero ser cansativa, portanto vou ficar por aqui.

Espero satisfazer alguma curiosidade, pois sei que outras questões ficaram por abordar e nem
todas tivemos oportunidade de aprofundar nos quatro dias e meio que lá passámos.

Fátima F.
Professora de Inglês
Escola Secundária Augusto Cabrita - Barreiro

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