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XIX
Encenador e dramaturgo, mestre em Teoria Literria e Literatura Comparada pela FFLCHUSP, doutorando na rea de Teoria e Histria do Teatro na ECA-USP.
XIX.
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dos
dbitos,
mesmo
costurando
XIX
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uma luz que brilha s costas de homens que s tem relao com as sombras
e que no dispem de nenhuma relao com a verdade.
O quarto estgio
Pulando para o quarto estgio da alegoria da caverna, vemos que a
histria termina com a perspectiva da morte. Todo o drama dessa narrativa
platnica termina com a abertura para a perspectiva de ser morto, da
excluso mais radical do filsofo de dentro da comunidade humana. Trata-se
da morte daquele que se prepara para libertar os prisioneiros da caverna. A
luta de morte consiste no filsofo, e seu questionamento, transferir-se, de
repente, para a linguagem dos habitantes da caverna; morrer no significa
apenas ingerir cicuta, mas o risco do filsofo se tornar ridculo na caverna,
caindo em descrdito pblico. Estamos tambm, e assim termina a alegoria,
diante de uma teoria sobre a ao pedaggica da filosofia, sobre o conceito
de formao. Embora no de modo pleno, podemos corresponder esse
conceito pedaggico da filosofia palavra alem Bildung (formao).
Todavia, precisamos devolver a essa palavra a sua fora original de
nomeao, esquecendo seu uso cotidiano recente. Bildung, em nosso
contexto, pode significar duas coisas: , por um lado, bilden (formar), no
sentido de uma cunhagem que vai se desenvolvendo ao longo do tempo, da
histria individual ou coletiva. Esse bilden, porm, bildet (forma, cunha) de
imediato tambm, a partir de uma viso normatizadora, que se chama
justamente por isso de paradigma. Bildung (formao) ao mesmo tempo
cunhagem e guia por meio de uma imagem. A essncia oposta
Bildungslosigkeit,
falta
de
formao.
Nela,
nem
se
despertou
XIX,