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o 246 — 21-10-1999
ceram a faculdade que lhes era conferida por lei e, em 7 — São cometidas à direcção da Casa do Douro,
consequência desse facto, as medidas de descongestio- em matéria de gestão do pessoal por ela requisitado
namento e mobilidade não chegaram a ser-lhes apli- ao quadro especial transitório criado pelo presente
cadas. diploma, as competências atribuídas por lei ao pessoal
Após a publicação do Decreto-Lei n.o 76/95, de 19 dirigente da função pública.
de Abril, a Casa do Douro passa a ter a natureza de
associação pública, sem tutela estatal, abrindo-se novo
prazo para que os funcionários com relação jurídica de Artigo 2.o
emprego público a prestar serviço naquele organismo Requisição ou transferência
pudessem optar pelo ingresso no quadro de pessoal de
regime de direito privado e permitindo-se ainda que 1 — Os funcionários a que se refere o presente
aquele pessoal pudesse exercer ali funções, em regime diploma podem ser requisitados ou transferidos para
de requisição. serviços da Administração Pública.
Não foram, por conseguinte, acautelados os direitos 2 — Os funcionários requisitados que desempenhem
dos funcionários com vínculo ao extinto quadro público funções que correspondam a necessidades permanentes
da Casa do Douro, uma vez que, não tendo nunca bene- de serviço podem ser integrados nos respectivos quadros
ficiado do regime previsto no Decreto-Lei n.o 288/89, de pessoal, considerando-se estes automaticamente alte-
de 1 de Setembro, deixaram de estar vinculados a qual- rados com o número de lugares necessários àquela
quer organismo público, embora tivessem continuado integração.
a exercer funções na Casa do Douro sem que esta legal- 3 — Os funcionários a que se refere o presente artigo
mente dispusesse de quadro de natureza pública, facto que venham a transitar para outros quadros da Admi-
que tem vindo a lesar seriamente aqueles funcionários nistração Pública têm direito à contagem do tempo de
nas suas expectativas de progressão nas respectivas serviço prestado e qualificação profissional adquirida
carreiras. enquanto integrados no quadro especial transitório, para
Há, agora, que colmatar aquela grave lacuna da lei todos os efeitos legais, incluindo a progressão na cate-
reestabelecendo a ligação efectiva daqueles funcionários goria e acesso na carreira.
a um organismo da Administração Pública. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26
Assim: de Agosto de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter-
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da res — António Luciano Pacheco de Sousa Franco —
Constituição, o Governo decreta o seguinte: Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho — Luís Manuel
Capoulas Santos.
Artigo 1.o
Promulgado em 30 de Setembro de 1999.
Quadro especial transitório
Publique-se.
1 — É criado na Secretaria-Geral do Ministério da
Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
um quadro especial transitório, a que ficarão vinculados
os funcionários que não tenham optado pela celebração Referendado em 13 de Outubro de 1999.
de um contrato individual de trabalho com a Casa do O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
Douro, nos termos estabelecidos no artigo 4.o do Decre- Guterres.
to-Lei n.o 76/95, de 19 de Abril.
2 — A integração no quadro especial transitório far-
-se-á com a categoria que os funcionários possuam à Decreto-Lei n.o 425/99
data da transição. de 21 de Outubro
3 — Os lugares do quadro especial transitório são em
número correspondente ao dos funcionários a integrar O disposto na Directiva n.o 93/43/CE, do Conselho,
e extinguem-se quando vagarem. de 14 de Junho, relativa à higiene dos géneros alimen-
4 — O quadro referido no n.o 1 será aprovado por tícios, no que respeita ao transporte de géneros alimen-
portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Agri- tícios a granel no estado líquido, sob a forma de gra-
cultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do nulados ou em pó, em caixas de carga ou em conten-
membro do Governo que tutela a Administração tores-cisternas reservados ao transporte de géneros ali-
Pública. mentícios, apresenta dificuldades na sua aplicação e
5 — Os funcionários integrados no quadro especial constitui um encargo excessivamente oneroso para as
transitório podem exercer funções na Casa do Douro, empresas do sector alimentar quando se trata do trans-
em regime de requisição, nos termos do disposto no porte marítimo de açúcar bruto que não se destina a
artigo 27.o, n.o 5, do Decreto-Lei n.o 427/89, de 7 de ser utilizado como género alimentício nem como ingre-
Dezembro, incidindo, neste caso, o desconto das quotas diente de géneros alimentícios, sem ter sido previamente
para a CGA sobre a remuneração auferida na entidade submetido a um processo de refinação completo e eficaz.
requisitante. Acresce que a experiência adquirida nos últimos anos
6 — Sem prejuízo do disposto nos números anterio- revelou que o açúcar refinado não fica contaminado
res, os funcionários integrados no quadro especial tran- pelo facto de o transporte marítimo a granel do açúcar
sitório que à data da entrada em vigor do presente bruto ser efectuado em caixas de carga ou em conten-
diploma se encontrem destacados, requisitados ou em tores-cisternas não reservados ao transporte dos géneros
comissão de serviço em entidades públicas ou privadas alimentícios, desde que os mesmos sejam bem limpos
distintas da Casa do Douro continuarão a prestar serviço e que o processo de limpeza seja tido em consideração
nessas entidades até ao termo do respectivo destaca- como determinante para a salvaguarda da segurança
mento, requisição ou comissão. e salubridade do açúcar refinado.
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3 — Pela sua disposição relativa e pela sua concepção, 3 — Os pavimentos das instalações referidas no n.o 1
construção e dimensões, as instalações alimentares per- devem ser construídos com materiais impermeáveis, não
manentes devem permitir: absorventes, antiderrapantes, laváveis e não tóxicos, de
forma a permitir o escoamento adequado das super-
a) Uma limpeza e ou desinfecção adequadas; fícies, sempre que o mesmo seja necessário para asse-
b) A prevenção da acumulação de sujidade, o con- gurar a segurança e salubridade dos géneros alimen-
tacto com materiais tóxicos, a queda de par- tícios.
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4 — As paredes das referidas instalações devem ser b) Meios adequados para a lavagem e desinfecção
construídas com materiais impermeáveis não absorven- dos utensílios e equipamento de trabalho;
tes, laváveis e não tóxicos, e ser lisas até uma altura c) Meios adequados para a lavagem dos géneros
adequada às operações de limpeza. alimentícios;
5 — Os tectos, tectos falsos e outros equipamentos d) Um abastecimento adequado de água para con-
neles suspensos devem ser concebidos, construídos e sumo humano quente e fria;
acabados de modo a evitar a acumulação de sujidade, e) Instalações e equipamentos adequados de arma-
reduzir a condensação e o desenvolvimento de bolores zenamento e eliminação em condições higiéni-
indesejáveis e evitar o desprendimento de partículas, cas de substâncias perigosas ou não comestíveis,
outras substâncias ou objectos nocivos, nomeadamente quer sejam liquidas ou sólidas;
pedaços resultantes do rebentamento de lâmpadas, as f) Instalações e equipamentos apropriados para a
quais devem estar devidamente protegidas. manutenção e o controlo das temperaturas de
6 — As janelas e outras aberturas devem ser cons- conservação dos alimentos.
truídas de modo a evitar a acumulação de sujidade, estar
equipadas, sempre que necessário para assegurar a segu- 4 — As superfícies destinadas a contactar com os ali-
rança e salubridade dos géneros alimentícios, com redes mentos devem:
de protecção contra insectos, facilmente removíveis para a) Ser mantidas em boas condições;
limpeza, e permanecer fechadas durante a laboração, b) Poder ser facilmente limpas e, sempre que
quando da sua abertura resultar a contaminação dos necessário para assegurar a segurança e higiene
géneros alimentícios pelo ambiente exterior. dos géneros alimentícios, desinfectadas;
7 — As portas devem ser superfícies lisas e não c) Ser construídas em materiais lisos, laváveis e
absorventes. não tóxicos.
8 — As superfícies em contacto com os géneros ali-
mentícios, incluindo as dos equipamentos, devem ser 5 — Os géneros alimentícios devem ser colocados em
construídas em materiais lisos, laváveis e não tóxicos. locais que impeçam o risco de contaminação.
9 — Os pavimentos, as paredes e as portas devem
ser mantidos em boas condições e poder ser facilmente
CAPÍTULO III
lavados ou, sempre que necessário para assegurar a segu-
rança e salubridade dos géneros alimentícios, desin- Meios de transporte
fectados.
10 — Nos locais a que se refere o n.o 1 devem ainda Artigo 6.o
existir, sempre que necessário para assegurar a segu- Condições gerais
rança e salubridade dos géneros alimentícios:
1 — As caixas de carga dos veículos de transporte
a) Dispositivos adequados para a limpeza e desin- e os contentores utilizados para o transporte de géneros
fecção dos utensílios e dos equipamentos de tra- alimentícios devem ser mantidos limpos e em boas con-
balho, fáceis de limpar e constituídos por mate- dições, de forma a proteger os géneros alimentícios da
riais resistentes à corrosão e abastecidos de água contaminação, e, sempre que necessário para assegurar
potável quente e fria; a segurança e salubridade dos géneros alimentícios,
b) Dispositivos adequados para a lavagem dos ali- devem ser concebidos e construídos de forma a permitir
mentos, designadamente tinas, cubas ou outros uma limpeza e desinfecção adequadas.
equipamentos desse tipo, devidamente limpos 2 — As caixas de carga e os contentores não devem
e abastecidos de água potável quente e fria. ser utilizados para o transporte de quaisquer outras subs-
tâncias que não sejam géneros alimentícios, sempre que
Artigo 5.o disso possa resultar a sua contaminação.
Instalações amovíveis temporárias e de venda automática 3 — A colocação e protecção dos géneros alimentícios
dentro das caixas de carga e dos contentores deve reduzir
1 — Ficam sujeitas às condições previstas no presente ao mínimo o risco de contaminação.
artigo as instalações amovíveis, temporárias e de venda
automática, nomeadamente os veículos para venda Artigo 7.o
ambulante, as tendas de mercado, os quiosques, as ins-
talações utilizadas essencialmente como habitação, as Transporte a granel
instalações utilizadas ocasionalmente para restauração 1 — Os géneros alimentícios a granel no estado
e as máquinas de venda automáticas. líquido, sob a forma de grânulos ou em pó, devem ser
2 — As instalações referidas no número anterior transportados em caixas de carga ou contentores-cis-
devem estar localizadas, ser concebidas, construídas e ternas reservados ao transporte de géneros alimentícios.
mantidas limpas e em boas condições, de forma a evitar 2 — Os contentores devem ostentar uma referência
o risco de contaminação dos géneros alimentícios e a claramente visível e indelével, em língua portuguesa,
presença de animais nocivos. indicativa de que se destinam ao transporte de géneros
3 — Sempre que necessário para assegurar a segu- alimentícios, ou a menção «destinado exclusivamente
rança e salubridade dos géneros alimentícios devem a géneros alimentícios».
existir:
a) Instalações adequadas à manutenção de uma Artigo 8.o
higiene pessoal apropriada, incluindo as insta- Transporte de óleos e gorduras em navios
lações de lavagem e secagem higiénica das mãos,
instalações sanitárias em boas condições higié- 1 — É permitido o transporte a granel, em navios
nicas e vestiário; de mar, de óleos e gorduras líquidos destinados a trans-
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formação, para consumo humano ou susceptíveis de submetido a um processo de refinação completo e eficaz,
serem utilizados para esse fim, em reservatórios não desde que o mesmo não se destine a ser utilizado como
especificamente destinados ao transporte de géneros ali- género alimentício nem como ingrediente de géneros
mentícios, desde que sejam respeitadas as seguintes alimentícios.
condições: 2 — As caixas de carga ou os contentores-cisternas
referidos no número anterior ficam sujeitos às seguintes
a) No caso de os óleos ou gorduras serem trans- condições:
portados em reservatórios de aço inoxidável ou
em revestimento de resina epoxídica ou de um a) Previamente ao carregamento do açúcar bruto,
equivalente técnico, a carga imediatamente devem ser limpos com a eficiência necessária
anterior transportada no reservatório deve ter à remoção dos resíduos da carga anterior e de
sido um género alimentício ou uma substância quaisquer outras sujidades e submetidos a ins-
incluída na lista de cargas anteriores aceitáveis pecção, efectuada pelo agente económico do
anexa ao presente Regulamento; ramo alimentar responsável pelo transporte do
b) No caso de os óleos ou gorduras serem trans- açúcar bruto, para verificação da remoção dos
portados em reservatórios de material diferente mesmos;
do referido na alínea anterior, as três cargas b) A carga imediatamente anterior ao açúcar bruto
anteriores transportadas no reservatório devem não deve ter sido um líquido a granel.
ter sido géneros alimentícios ou substâncias
incluídas na lista de cargas anteriores aceitáveis Artigo 11.o
anexa ao presente Regulamento. Verificação do transporte do açúcar bruto
substâncias que não sejam géneros alimentícios ou para 4 — Devem ser tomadas medidas adequadas para a
o transporte simultâneo de géneros alimentícios dife- remoção e armazenagem dos resíduos alimentares e
rentes, os produtos deverão, sempre que necessário para outros.
assegurar a segurança e salubridade dos géneros ali- 5 — Os locais de armazenagem dos resíduos devem
mentícios, ser devidamente separados para assegurar a ser concebidos e utilizados de modo a permitir boas
protecção contra o risco de contaminação. condições de limpeza e impedir o acesso de animais
2 — Sempre que as caixas de carga e os contentores e a contaminação dos alimentos, da água potável, dos
tiverem sido utilizados para o transporte de quaisquer equipamentos e das instalações.
outras substâncias que não sejam géneros alimentícios
ou para o transporte de géneros alimentícios diferentes,
dever-se-á proceder a uma limpeza adequada entre os Artigo 17.o
carregamentos, para evitar o risco de contaminação. Abastecimento de água
Artigo 20.o
Matérias-primas e ingredientes
MINISTÉRIO DA SAÚDE
1 — As empresas do sector alimentar não devem acei-
tar matérias-primas ou ingredientes cujo grau de con-
taminação por parasitas, microrganismos patogénicos ou Decreto-Lei n.o 426/99
substâncias tóxicas, substâncias em decomposição ou de 21 de Outubro
corpos estranhos se saiba ou se possa razoavelmente
suspeitar ser tal que, após processos normais de triagem A actividade hospitalar nos concelhos da Covilhã e
ou preparação ou transformação, higienicamente apli- do Fundão e nas zonas limítrofes carece de um suporte
cados pelas empresas do sector alimentar, continuem de instalações adequado e devidamente equipado, face
a ser impróprios para o consumo humano. às exigências hoje impostas por uma assistência de qua-
2 — As matérias-primas e ingredientes armazenados lidade e humanizada, no âmbito da satisfação do direito
no estabelecimento devem ser conservados em condi- à saúde dos cidadãos, constitucionalmente garantido
ções adequadas que evitem a sua deterioração e os pro- através do Serviço Nacional de Saúde.
tejam de contaminação. Nesse sentido foi construído um novo estabeleci-
mento hospitalar, com serviços de dimensão e diferen-
ciação técnica adequados à população abrangida, cuja
Artigo 21.o entrada em funcionamento se prevê para breve.
Alimentos
Torna-se, assim, necessário adoptar medidas que con-
tribuam para uma gestão mais racional, eficiente e eficaz
1 — Os alimentos que forem manipulados, armaze- dos equipamentos hospitalares existentes naquela área
nados, embalados, transportados e expostos devem ser geográfica, razão por que se cria um centro hospitalar
protegidos de qualquer contaminação que os torne que os passa a integrar e a gerir.
impróprios para o consumo humano ou perigosos para Assim:
a saúde e em condições que impeçam o seu consumo Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da
impróprio ou perigoso. Constituição, o Governo decreta o seguinte:
2 — Os alimentos devem ser colocados e protegidos
de forma a reduzir ao mínimo qualquer risco de con- Artigo 1.o
taminação e ser instalados processos adequados para
controlo dos animais nocivos. Objecto
3 — Para além do disposto nos números anteriores,
É criado o Centro Hospitalar da Cova da Beira, pes-
os alimentos deverão ainda estar sujeitos às regras de
soa colectiva de direito público dotada de autonomia
higiene previstas na Portaria n.o 329/75, de 9 de Março.
administrativa e financeira e património próprio, nos
termos do artigo 1.o do Decreto-Lei n.o 284/99, de 26
Artigo 22.o de Julho, que integra o Hospital Distrital da Covilhã
e o Hospital Distrital do Fundão.
Modo de conservação