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MAPA ANEXO
Instituto Superior de Ciências da Nutrição e Alimentação, da Universidade do Porto
Número
Grupo de pessoal Nível Área funcional Carreira Categoria de
lugares
3 Tesouraria . . . . . . . . . . . . . . . . Tesoureiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
É ainda de referir que com a entrada em vigor do j) Policultura — sistema que visa a cultura de mais
presente diploma cessa a vigência transitória do Decre- de uma espécie no mesmo espaço físico;
to-Lei n.o 261/89, de 17 de Agosto, prevista no artigo 4.o l) Cultura extensiva — a produção com recurso a
do Decreto-Lei n.o 383/98, de 27 de Novembro. alimentação exclusivamente natural;
Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das m) Cultura semi-intensiva — a produção com recurso
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. a suplemento alimentar artificial;
Assim, ao abrigo do disposto no artigo 12.o-A do n) Cultura intensiva — a produção com recurso a
Decreto-Lei n.o 383/98, de 27 de Novembro, e nos ter- alimentação exclusivamente artificial;
mos da alínea c) do artigo 199.o da Constituição, o o) Banco natural — local onde, sem intervenção
Governo decreta o seguinte: humana, se concentram espécimes marinhos;
p) Zona genericamente salubre — qualquer parte
do território marinho, lagunar ou de estuário,
CAPÍTULO I que satisfaça os requisitos de salubridade legal-
mente estabelecidos;
Disposições gerais q) Zona de transposição — local para onde se
transferem temporariamente moluscos bivalves
Artigo 1.o vivos para a eliminação de contaminantes micro-
Objecto biológicos;
r) Juvenis — espécimes com a morfologia defini-
O presente diploma tem por objecto definir os requi- tiva da espécie que não atingiram ainda o desen-
sitos e condições relativos à instalação e exploração dos volvimento sexual;
estabelecimentos de culturas marinhas e conexos, à atri- s) Carga animal — número de espécimes por uni-
buição de autorizações e licenças e as condições da sua dade de superfície ou de volume;
transmissão e cessação. t) Unidades de reprodução — estabelecimentos
aquícolas destinados a produzir, por métodos
Artigo 2.o artificiais, as diferentes fases de desenvolvi-
mento embrionário de determinada espé-
Definições cie — gâmetas, ovos, larvas, pós-larvas, juvenis
e esporos;
Para efeitos do presente diploma, entende-se por: u) Espécies não indígenas — qualquer espécie da
a) Espécie marinha — grupo de animais ou plantas flora ou fauna, não originária de um determi-
cujos espécimes passam na água salgada ou salo- nado território e nunca aí registada como de
bra uma parte significativa do seu ciclo de vida; ocorrência natural e com populações auto-sus-
b) Espécimes marinhos — exemplares de espécies tentadas durante os tempos históricos. No caso
marinhas; das espécies aquáticas dulçaquícolas, o território
c) Culturas marinhas — actividades que tenham deverá ser referenciado às bacias hidrográficas;
por finalidade a reprodução e o crescimento e v) Afinação — operação que consiste em transferir
engorda, a manutenção ou o melhoramento de os espécimes marinhos para zonas mais ade-
espécies marinhas; quadas, por forma a melhorar as suas carac-
d) Estabelecimentos de culturas marinhas — ins- terísticas, visando valorizá-los como produto
talações que tenham por finalidade a reprodu- alimentar.
ção e o crescimento e engorda de espécies mari-
nhas, qualquer que seja o tipo de estrutura que Artigo 3.o
utilizem e o local que ocupem;
e) Estabelecimentos conexos — instalações desti- Controlo da actividade
nadas à manutenção temporária em vida de 1 — Para efeitos de controlo da actividade dos esta-
espécimes marinhos ou ao seu tratamento hígio- belecimentos de culturas marinhas e conexos, é criado
-sanitário, tais como os depósitos, centros de na Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura, adiante
depuração e centros de expedição; designada DGPA, um registo do qual devem constar
f) Depósitos — instalações não integradas em com- os seguintes elementos:
plexo produtivo onde se pratica a estabulação
transitória de espécimes marinhos provenientes a) A identidade do titular inicial da autorização
da aquicultura e da pesca que aguardam a de instalação e da licença de exploração e
entrada nos circuitos comerciais; daqueles a quem estas se transmitirem, nos ter-
g) Centros de depuração — instalações onde se mos do presente diploma;
promove uma melhoria da qualidade dos espé- b) A localização e as dimensões do estabeleci-
cimes marinhos, durante o tempo necessário mento, bem como a natureza e a condição jurí-
para a eliminação de contaminantes microbio- dica do local que ocupa;
lógicos, tornando-as salubres para o consumo c) O conjunto de identificação atribuído;
humano; d) As espécies autorizadas e a capacidade de pro-
h) Centros de expedição — instalações reservadas dução prevista para cada uma delas;
à recepção, limpeza, calibragem e ao adequado e) Quaisquer condições específicas a que deve
acondicionamento de produtos provenientes da obedecer o estabelecimento, designadamente
aquicultura e da pesca; sistema e regime de exploração.
i) Monocultura — sistema que visa a cultura de
apenas uma espécie num determinado espaço 2 — Os titulares dos estabelecimentos ficam obriga-
físico; dos a enviar à DGPA até ao dia 28 de Fevereiro de
N.o 219 — 21 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 5063
Artigo 8.o
Artigo 4.o
Requisitos dos locais de instalação
Transferência de espécimes
Os locais para a instalação dos estabelecimentos de
1 — A transferência de espécimes marinhos vivos de culturas marinhas e conexos devem observar os seguintes
estabelecimentos de culturas marinhas para outros esta- requisitos:
belecimentos ou zonas de transposição está sujeita a
autorização da DGPA, mediante parecer favorável do a) Possuir condições de salubridade adequadas
Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR) para as culturas a promover;
e do Instituto da Conservação da Natureza (ICN), em b) Não prejudicar bancos naturais de espécies cuja
caso de área sob sua jurisdição, entidades que acom- preservação seja considerada necessária, tendo
panham esta operação. em vista a sua conservação e exploração sus-
2 — A decisão sobre o pedido de autorização referido tentável;
no número anterior deve ser proferida no prazo de c) Cumprir a regulamentação de áreas sujeitas a
30 dias após a recepção do respectivo requerimento, instrumentos de gestão territorial de natureza
considerando-se tacitamente deferido o pedido, na especial ou de outras áreas classificadas;
ausência de decisão, findo aquele prazo. d) Possuir condições para neles poderem ser implan-
3 — No caso de a transferência ter por finalidade a tadas as estruturas físicas adequadas ao tipo de
afinação de moluscos bivalves, esta só será dada por estabelecimento a instalar;
concluída após comunicação do IPIMAR. e) Não prejudicar a navegação;
f) Não induzir impactes negativos relevantes na
fauna, na flora e habitats circundantes e no patri-
Artigo 5.o mónio cultural soterrado ou submerso eventual-
Introdução de espécies não indígenas mente aí existente.
Visitas técnicas
Artigo 31.o
1 — Os estabelecimentos de culturas marinhas e Revogação da licença
conexos ficam sujeitos a um sistema de visitas técnicas
visando verificar o cumprimento das condições cons- 1 — A licença de exploração de estabelecimentos de
tantes das autorizações de instalação e de exploração. culturas marinhas e conexos pode ser revogada com os
2 — As visitas técnicas são promovidas pela DGPA seguintes fundamentos:
e efectuadas conjuntamente com o IPIMAR e a DGV, a) Exploração do estabelecimento por pessoa dife-
no caso dos centros de depuração e dos centros de expe- rente do titular da licença;
dição, e com o ICN, nas áreas sob sua jurisdição, b) Incumprimento das obrigações que condicio-
podendo ser solicitadas por qualquer destas entidades. nam a exploração do estabelecimento;
c) Interrupção não justificada da exploração do
Artigo 27.o estabelecimento por período superior a dois
anos;
Prazo e renovação das licenças d) Alteração do regime de exploração licenciado
sem prévia autorização.
1 — A licença de exploração dos estabelecimentos de
culturas marinhas e conexos, localizados em áreas domi- 2 — A licença pode igualmente ser revogada sempre
niais, é válida pelo período de vigência das respectivas que na sequência da sua suspensão, por facto imputável
licenças de uso privativo, sendo renováveis por idênticos ao seu titular, este não promover, no prazo previsto
períodos. no n.o 2 do artigo 29.o, o restabelecimento dos requisitos
2 — No caso dos estabelecimentos localizados em ter- e condições a que está obrigado.
renos privados, a licença é válida pelo período de
15 anos, sendo renovável por idênticos períodos.
Artigo 32.o
Embarcações auxiliares de estabelecimentos de culturas marinhas
Artigo 28.o
Transmissibilidade das licenças 1 — Os titulares da exploração de estabelecimentos
de culturas marinhas podem ser autorizados a possuir
As licenças de exploração dos estabelecimentos trans- embarcações para fins de apoio às suas actividades, a
mitem-se por força da transmissão do estabelecimento, utilizar fora dos estabelecimentos, exclusivamente no
após requerimento à DGPA e obtida a respectiva transporte de produtos das culturas e, bem assim, de
autorização. pessoal, equipamentos e materiais afectos à exploração.
5068 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 219 — 21 de Setembro de 2000
2 — As embarcações referidas no número anterior de entrada em vigor do presente diploma são regidos
devem ser registadas na classe de embarcações auxiliares e concluídos nos termos da legislação ao abrigo da qual
locais. se iniciaram.
3 — Para além dos inscritos marítimos matriculados
para satisfação da lotação de segurança das embarcações Artigo 36.o
referidas no número anterior, poderá nelas embarcar
pessoal afecto à exploração de estabelecimentos de cul- Situações existentes
turas marinhas, desde que não ultrapasse a lotação
máxima estabelecida. 1 — Todas as autorizações de instalação concedidas
há mais de quatro anos caducam caso os titulares não
requeiram a licença de exploração no prazo de seis
Artigo 33.o meses, contados a partir da data da entrada em vigor
do presente diploma.
Trânsito nos estabelecimentos
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,
1 — É proibido transitar por qualquer meio, atracar, caducam as autorizações de instalação cujos titulares
encalhar e fundear embarcações nos estabelecimentos não requeiram as licenças de exploração dos estabe-
de culturas marinhas sem prévia autorização dos titu- lecimentos no prazo de três anos, contados a partir da
lares das respectivas licenças de exploração. data da entrada em vigor do presente diploma.
2 — A proibição referida no número anterior não é
aplicável à navegação, quando as condições permitirem Artigo 37.o
o trânsito sem causar danos aos estabelecimentos de
culturas marinhas. Aplicação nas Regiões Autónomas