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Alguém disse que as pessoas que procuram pela espiritualidade de auto-ajuda, na verdade estão
precisando é de ajuda do alto. A auto ajuda, em vez de ajuda do alto, é a inversão perigosa. Contudo,
sabemos que nem todo livro de auto ajuda é nocivo, apesar de ser muito difícil encontrar uma literatura
dessa categoria que não seja antropocêntrica. Porém, um bom livro de auto ajuda é aquele não afaga o
ego do leitor nem suprime conceitos que o afastam da verdade bíblica, fazendo do homem o seu próprio
deus. Um bom livro de auto ajuda é pautado no mais correto equilíbrio bíblico teológico.
A espiritualidade nos dias atuais virou uma febre. Secularizada, rompeu os limites do templo e
ganhou o mundo. Nos ambientes fora do templo, hoje é encarada como um modo de ser, um fenômeno
humano. Arrastada pela maré do mercado perdeu grande parte de sua pureza. Quanto mais secularizada se
tornar, mais afastada de sua abençoada originalidade ela estará, e com isso, se torna uma frustração
espiritual.
Objetivos equivocados
Quando a espiritualidade sai da igreja e antige o mundo animalesco dos negócios, adultera
imediatamente seus objetivos. Se no cerne (âmago, coração, parte mais essência) da fé crista, o objetivo
é limpar a percepção para a obtenção de maiores lucros. Se na fé cristã, a, a espiritualidade nos ensina o
caminho do amor, da alegria e da renuncia, no mundo monetário, a idéia de uma pessoa melhor é aquela
que atinge seus objetivos, alcança o sucesso e se torna um exemplo. Ou seja, tudo para mim, nada para os
outros. A Espiritualidade sem Cristo é o egoísmo levemente humanista. Objetivos equivocados.
Destruidores e altamente perigosos.
Interpretação equivocada
A idéia de um ser espiritualizado, fora da igreja, é uma idéia de um super-ser. Homens e mulheres
elevados ao status de gurus (mentor, guia, conselheiro, mestre da vida interior, líder espiritual), a
ilusão de que atingiram uma “aura” de santidade, de iluminação, numa espécie de elitismo (elite)
espiritual, que acirra a luta de classes entre os mais espirituais e os menos espiritualizados. O poeta
português Fernando Pessoa escreveu: Estou farto de semideuses’’. Se ele tivesse hoje talvez escrevesse
algo como: Onde estão as pessoas normais? Vivemos na era dos semideuses, onde a promessa diabólica
proposta no Éden (Gn 3.5) Sereis como DEUS, ainda é extramente sedutora. Essa espiritualidade maldita,
que inverte a adoração da criatura em vez do Criador, gera indivíduos infectados pela síndrome de
Nabucodonosor (Dn 4.29-33), que se acham independente de Deus.