Vous êtes sur la page 1sur 8

Análise Ergonômica na Secretaria de Fazenda do Estado do

Amazonas: Um estudo no Departamento de Cadastro

Monique Freire Rodrigues (UFAM) monique.mrf@hotmail.com


Bruno Rebello Guerreiro (UFAM) brebelloguerreiro@gmail.com.br
Weslon Charles Ferreira Costa (UFSCar) charles@dep.ufscar.br

Resumo: O artigo apresenta resultados da análise do trabalho em postos de trabalho da


instituição pública Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ), localizada no Estado do
Amazonas. Os dados foram levantados por meio de um roteiro de visitas baseado no método
de Análise Ergonômica (Ergonomics Workplace Analysis - EWA) em julho de 2009. A análise
indicou que o posto de trabalho estudado não está adequado às recomendações ergonômicas,
principalmente no que tange aos determinantes que condicioanam aos problemas
relacionados às exigencias posturais além de apresentar indícios de intensificação do
trabalho. A síntese conclusiva é que o quadro pode comprometer a saúde, o conforto e o
desempenho dos sujeitos.
Palavras-chave: Ergonomia; Ambiente Administrativo; Secretaria de Estado da Fazenda.

1. Introdução
O termo ergonomia origina do grego ergon e nomos indicando a ciência do trabalho e
seu conceito mais antigo é a adaptação do trabalho ao homem. Atualmente ela é entendida
como o estudo do relacionamento entre o homem e as situações de trabalho, aplicando
conhecimentos de outras ciências na solução das situações-problema surgidas desse
relacionamento. Para Iida (2005), o trabalho apresenta uma acepção bastante ampla,
abrangendo não apenas aqueles executados com máquinas e equipamentos, utilizados para
transformar os materiais, mas também toda a situação em que ocorre o relacionamento entre o
homem e uma atividade produtiva, ou seja, envolve não somente o ambiente físico, mas
também os aspectos organizacionais da maneira como o trabalho é planejado, projetado,
controlado e avaliado para que este possa atingir os resultados desejados.

Analisando a literatura em ergonomia, Ferreira (2002) conclui que ela mostra dois
traços distintivos da disciplina: 1) investigar para compreender o objeto de estudo (produção
de conhecimento) e 2) produzir soluções para transformar as soluções-problema investigadas
(aplicação de conhecimentos) na perspectiva de propor alternativas que articulam
harmoniosamente o bem-estar, a eficiência e a eficácia das atividades humanas.

Tendo estes conceitos em mente, o trabalho objetiva investigar as condições de


trabalho em situações que envolvem aspectos relacionados ao mobiliário, aos equipamentos e
às condições ambientais do posto de trabalho e ao fim propor soluções as problemáticas
identificadas. Para o estudo se fundamenta na Análise Ergonômica do Trabalho, conforme
propõe a Norma Regulamentadora n° 17. Nela estão descritas informações sobre:
características do setor do estabelecimento, funções exercidas e trabalhadores expostos,
caracterização das atividades desenvolvidas, medidas de controle e proteção utilizadas,
reconhecimento e avaliações dos riscos ambientais existentes, bem como, observações e
recomendações pertinentes

1
2. A ergonomia em ambiente administrativo
O ambiente de trabalho deve ser adaptado aos colaboradores de referido setor, para
reduzir fadiga, acidentes de trabalho, estresse, aumentar a eficiência nas funções
desempenhadas e proporcionar satisfação do funcionário. Dessa forma a ergonomia deve ser
levada em consideração desde o início da implementação do posto de trabalho, adaptando o
projeto de trabalho às necessidades dos colaboradores.
Devido a postos de trabalho deficientes em relação à visão ergonômica,
corriqueiramente o indivíduo adquire postura incorreta, tomando como conseqüências
cansaço e dores no corpo. Visar a análise da atividade de trabalho ao desenvolver um projeto
de posto de trabalho, é uma alternativa para conhecer melhor e explicar as relações entre as
condições de realização da produção do serviço e a saúde dos trabalhadores, como também
propor melhorar a organização dos sistemas sociotécnicos, a gestão dos recursos humanos, e
assim o desempenho da empresa. GUÉRIN (2001).
Até o final da década de 70, o trabalhador em ambiente de escritório vivia sua rotina
se locomovendo mais para executar suas tarefas como atender telefones, utilizar a máquina de
escrever por curto período de tempo e organizar arquivos. Segundo Grandjean (1998, p. 238),
“Estas atividades estão ligadas a uma constante alteração da postura do corpo, de modo que
posturas forçadas ou de sobrecarga visual de longa duração não ocorrem.”. Na década de 80,
houve a revolução dos computadores, onde estes se enquadravam cada vez mais no novo
ambiente de trabalho. Isso levou o funcionário a adquirir um novo ritmo de trabalho passando
a ficar grande parte do seu expediente na posição sentada na frente do computador. Nessa
transição não foram, realizados estudos ergonômicos para adaptar os trabalhadores a esta nova
realidade, desenvolvendo nos funcionários dores lombares, no pulso, no pescoço, ombro,
entre outros.
2.1 Posto de trabalho em escritórios
Nas mesas o recomendável é que estas tenham uma boa profundidade, ou seja, uma
distancia razoável entre a frente e o fundo da mesa, isto é essencial principalmente para
dispor-se o monitor afastado de 70 a 80cm dos olhos. O que também possibilita dispor-se de
um bom espaço para as outras ferramentas de trabalho no posto estudado como teclado,
monitor, papéis, carimbos e outros objetos. A largura da mesa deve ser suficiente para se
colocar todos os itens necessários para o trabalho e para uma boa movimentação dos braços
com um raio de 35 a 45cm, área que pode se trabalhar com as duas mãos. IIDA (2005).
As mesas possuem uma altura padrão de 74 cm. Essa altura costuma ser conveniente
para pessoas com estatura próxima da média. Porém as pessoas mais altas e mais baixas
certamente se sentirão mal acomodadas neste tipo de mesa. O ideal, principalmente para
atividades onde diversas pessoas usam a mesma mesa para trabalhar (trabalhos em turno, por
exemplo), é que o tampo das mesas possua mecanismos de regulagem de altura. A dificuldade
é principalmente custear tais mecanismos resistentes e práticos que não comprometam na
estabilidade, estes são mais caros. Uma das possíveis soluções são as cadeiras reguláveis. Nos
postos de trabalho estudados as mesas são medianas e fixas levando a concepção de Iida
(2005, p. 145), “Se a mesa tiver uma altura fixa, a cadeira deve ter altura regulável”.
Os espaços para as pernas são uma condição importante para o conforto quando se
trabalha sentado. A largura do vão deve ser de pelo menos 70cm e ser maior se o funcionário

2
precisar se deslocar sentado de um lado a outro da mesa. A distância ideal da tampa da mesa
às pernas são de 20cm. BRANDIMILLER (2002).
2.2 Legislação Brasileira
A Norma Regulamentadora n° 17 determina requisitos mínimos para o bem estar do
colaborador de acordo o tipo de trabalho executado.
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho
deve ser planejado ou adaptado para esta posição.
17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em
convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores
envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o
teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer
espécie;
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8
(oito) mil por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada
movimento de pressão sobre o teclado;
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5
(cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá
exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do
Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual;
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 (dez) minutos
para cada 50 (cinqüenta) minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho;
Observa-se que ao respeitar os princípios ergonômicos, uma avaliação se faz levando
em consideração todo o contexto das atividades de produção, buscando alternativas que
permitam adaptar o trabalho ao homem, e às suas limitações psicofisiológicas, com o objetivo
de promover o conforto, a segurança e o desempenho humano eficiente.
3. Materiais e métodos
Os procedimentos metodológicos adotados na presente pesquisa se caracterizam como
caráter descritivo e bibliográfico, visto que por meio de levantamento bibliográfico e
observações diretas e indiretas da atividade de trabalho desenvolvida pelos funcionários do
setor de cadastramento da SEFAZ, pondera a análise ergonômica da atividade dos postos
estudados. A empresa foi escolhida pelo critério de acessibilidade. Para isto, é preciso seguir
alguns métodos. Reforçando esta afirmação, vale citar o seguinte trecho em relação a este tipo
de pesquisa que “[...] utiliza métodos bastante amplos e versáteis. Os métodos empregados
compreendem: levantamento em fontes secundárias, levantamentos de experiências, estudos
de casos selecionados e observação informal. (MATTAR, 1993, p. 86).
A coleta de dados foi por meio de roteiro de visitas elaborado baseado no
conhecimento teórico adquirido em levantamento bibliográfico. Através das observações
diretas e indiretas, executadas com o auxilio do roteiro de visitas, foram analisados os riscos
ergonômicos em relação à área de trabalho, atividade física geral, levantamento de cargas,
postura de trabalho, risco de acidentes, conteúdo do trabalho, restrições no trabalho,
comunicação entre trabalhadores e contatos, tomada de decisão, receptividade no trabalho e
atenção.

3
O roteiro de visitas foi baseado no método de Análise Ergonômica do Posto de
Trabalho (Ergonomics Workplace Analysis - EWA), que fora escolhido pela sua relevância no
estudo da ergonomia com foco na atividade de trabalho. O EWA tem sido bastante utilizado
avaliar postos onde as tarefas que requerem atividades manuais e movimentação de materiais,
podendo este ser usado com eficiência para outros tipos atividades com algumas adaptações
para melhor descrever a atividade analisada.
Com relação ao universo da pesquisa, optou-se por oito empregados em atividade no
Departamento de Cadastro. No entanto, tendo em vista o pequeno número de funcionários em
exercício, decidiu-se pela pesquisa censitária. Entende-se como Pesquisa Censitária aquela
que não considera uma amostra, em outras palavras, a pesquisa é aplicada e envolve a
população total, e não só uma parte como a pesquisa do tipo amostral.
4. Análise do posto de trabalho
De acordo com as recomendações do Manual de Aplicação da Norma
Regulamentadora nº 17, editado pelo Ministério do Trabalho em 2002, a análise ergonômica
deve contemplar as etapas subscritas abaixo.
4.1 Exigências referentes à tarefa
a) Esforços dinâmicos: são considerados leves, tendo em vista que o trabalho é executado na
posição sentada, exigindo principalmente esforço mental e deslocamentos pouco freqüentes.
b) Esforços estáticos: a postura exigida (sentada) é adotada durante todo o expediente, com
uma pausa programada, o almoço, e pausas não programadas.
4.2 Exigências referentes ao organismo humano
A análise ergonômica foi executada no setor de cadastramento da Secretaria da
Fazenda do Estado do Amazonas (SEFAZ). A tarefa executada no setor é descrita como
análise e cadastramento de processos no Cadastro de Contribuintes do Estado Do Amazonas,
correções sistêmicas, pesquisas e consultas à legislação vigente, para regularizar as obrigações
acessórias do contribuinte quanto a informações cadastrais junto a SEFAZ.
As atividades desenvolvidas pelo setor de cadastramento são descritas a seguir:
a) Recebimento do processo: os processos são trazidos pelo setor de protocolo, deixados em
uma bandeja e depois separados pelos critérios de inscrição e alteração.
b) Análise do processo: os processos são estudados e averiguados se atendem os requisitos da
legislação vigente.
c) O processo pode ser cadastrado: será deferido ou indeferido de acordo com a conveniência
da Secretaria de Estado da Fazenda.
d) O processo não pode ser cadastrado: o documento será enviado a outros setores para
análise mais pertinente sobre a solicitação requerida pelo contribuinte e retornará ao
cadastramento com um parecer.
e) Encaminhamento ao arquivo: após processado o documento será encaminhado ao arquivo
ou dependendo da solicitação em questão será encaminhado a outros setores para informar ao
contribuinte sobre a posição da SEFAZ em relação ao pedido e posteriormente arquivado.
A organização do trabalho, estabelecida pela SEFAZ, pode ser entendida conforme
descrito a seguir:
- Ritmo: Cada funcionário tem seu ritmo independente de trabalho, desde que cumpra as

4
atividades programadas para aquele dia. No entanto, tal tarefa exige concentração e
intensa repetitividade de movimentos. Dependendo da demanda de processos o ritmo
de trabalho pode ser mais cansativo e interrupto.
- Conteúdo: O conteúdo do trabalho consiste em analisar e cadastrar processos,
correções sistêmicas, pesquisas, consultas e conhecimento da legislação vigente.
- Carga-horária: Entrada às 8:00h, intervalo de almoço das 12:00h às 13:00h e saída às
17:00h. Sem regras para pausas durante as atividades.
- Hora-extra: Não há realização de horas-extras.
4.2.1 População trabalhadora
No setor de cadastramento da SEFAZ trabalham oitos pessoas na mesma função. A
faixa etária dos colaboradores está descrita abaixo:
GRÁFICO 1 – Faixa etária dos colaboradores por faixa de idade.

FONTE: SEFAZ (2009).


A população trabalhadora do estudo se mostrou com uma faixa etária predominente
avançada. Em virtude também, da SEFAZ ser empresa pública, onde a contratação ocorre
pelo meio de concurso público, ocorrendo uma certa rígidez do seu quadro de funcionários e
suas funções.
GRÁFICO 2 – Tempo de admissão na função do setor de cadastramento.

FONTE: SEFAZ (2009).


As principais queixas dos trabalhadores são desconforto, fadiga, dores. Os locais de
maior número de queixas dolorosas são: Região inferior da coluna, nuca, região superior das
costas, membros inferiores, mãos e pulsos.
GRÁFICO 3 – Principais queixas dos funcionários sobre dores no corpo.

5
FONTE: SEFAZ (2009).
As queixas de desconforto e fadiga estão em sua maioria relacionadas à exposição a
posturas incorretas causadas pelo mobiliário inadequado ao tipo de trabalho e aspectos físicos
das colaboradoras, e estão relacionadas também ao tempo excessivo de trabalho de entrada de
dados, e a existência de apenas uma pausa programada, o almoço, para descanso ao longo do
processo de trabalho.
Quanto a acidentes de trabalho, no setor de cadastramento da SEFAZ/AM, não há
histórico de ocorrências.
Sobre absenteísmo, nos últimos quatro anos houveram apenas dois casos de falta e
afastamento relacionados ao trabalho. Um por quatro dias devido a dores nas costas e o outro
durante 20 dias devido à tendinite.
Os principais fatores de risco nesta atividade estão relacionados à postura e a duração
dos movimentos repetitivos realizados ao longo da jornada de trabalho. Estes foram
analisados conforme através da interação entre o avaliador e os funcionarios do departamento
estudado.
TABELA 1 – Avaliação de grau de risco.

6
FONTE: SEFAZ (2009).
4.2.2 Posto de trabalho
A postura na atividade de trabalho é sentada durante toda jornada provocando queixas
de dores nas pernas (cãibras, varizes). Excesso de movimentos repetitivos de digitação,
desencadeando queixas de dores nos pulsos e mãos, que podem levar a síndrome do túnel do
carpo, tendinite, tenossiovite, entre outros. Postura sentada não adequada, por não utilizar o
encosto da cadeira, fazendo desaparecer a curva lombar e aumentando a tensão entre as
vértebras, e por não possuir apoio de pé, causando a compressão de vasos sanguíneos e nervos
que passam na parte posterior do joelho, os pés, apoiados na ponta, ou não apoiados, ficam
em posição desconfortável. Há também uma sobrecarga da jornada de trabalho, estresse e
pausas pequenas e raras durante a realização da atividade de trabalho.
O posto de trabalho tem uma mesa com área de 0.72m e altura 0.80m, ar condicionado
central com temperatura ambiente de aproximadamente 25ºC e iluminação artificial através de
lâmpadas fluorescentes compactas fixadas no teto no centro do cômodo, anexadas a um spot
duplo. As ferramentas utilizadas são processos, computador, impressora, canetas, carimbos,
entre outros materiais de expediente.
O ciclo do trabalho têm início com a seleção dos processos que serão usados nas
atividades do dia. Após isso, o funcionário começa a analisar e incluir as informações no
Cadastro de Contribuintes de Estado do Amazonas e, em seguida, encaminha os processos ao
arquivo ou a outros setores.
O funcionário tem liberdade de realizar pausas durante a jornada de trabalho para uso
do banheiro e para lanche e/ou café.
5. Diagnóstico
Durante o processo cadastral, o funcionário adota posturas e posições inadequadas;
favorecendo o aparecimento de patologias referentes a coluna cervical e lombar, ombro e
punhos. As queixas de desconforto e fadiga estão relacionadas ao tempo excessivo das
atividades, à postura incorreta e ao mobiliário inadequado.
De acordo com a Norma Regulamentadora n° 17, nas atividades de entrada de dados
deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 (dez) minutos para cada 50 (cinqüenta) minutos
trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho. Para atender essa exigência será
instalado de um software gratuito chamado Freebie Notes, que será programado para alertar a
cada 50 minutos os colaboradores sobre a necessidade de uma pausa temporária;
Para adaptar o posto de trabalho as condições adequadas, será necessário que haja
aquisição de mobiliários como:

- Sete apoios de pé;


- Oito assentos com os seguintes requisitos mínimos de conforto:

a. Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;


b. Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c. Borda frontal arredondada;
d. Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região
lombar;
e. Apoio para os braços.

7
Recomenda-se também a redução da carga horária de trabalho do setor de
cadastramento para seis horas, adotando dois turnos. De acordo com o disposto no item 17.6.4
da NR n° 17, nas atividades de processamento eletrônico de dados, o tempo efetivo de
trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de cinco horas, sendo que, no
período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades,
observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam
movimentos repetitivos, nem esforço visual. No setor de cadastramento todas atividades
desempenhadas exigem esforço visual e/ou exercícios repetitivos, não é recomendada a
execução de outras tarefas. O período de inserção de dados será efetivamente de cinco horas,
tendo em vista as 6 (seis) pausas intercaladas de 10 (dez) minutos cada. O horário de entrada
do primeiro turno será às 7:00 horas e a saída será as 13:00 horas, o segundo turno iniciará as
atividades ao meio dia com término as 18:00 horas.
Com o intuito de prevenir doenças ocupacionais, será realizada ginástica laboral três
vezes por semana, adequada a função exercida no setor, fornecido pelo setor de Bem Estar da
Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas.
De acordo com as considerações obtidas através da análise de formulário e
questionário, pode-se observar que o posto de trabalho do Setor de Cadastramento da
Gerência de Cadastramento não está adequado as normas ergonômicas comprometendo o
desempenho, o conforto e a saúde dos seus colaboradores, sendo justificável uma intervenção
ergonômica.
Referências
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NR 17 –Ergonomia. Novembro de 1990.
BRANDIMILLER, PRIMO A. O corpo no trabalho: guia de conforto e saúde para quem trabalha em
microcomputadores/Primo A. Brandmiller – 2ª Ed. – São Paulo: Editora SENAC – São Paulo 2002.
FERREIRA, M.C. O Sujeito Forja o Ambiente, o Ambiente "Forja" o Sujeito: Inter-relação Indivíduo-Ambiente
em Ergonomia da Atividade.Texto de apoio pedagógico. Laboratório de Ergonomia, Universidade de Brasília,
2002.
GUÉRIN, F.; LAVILLE, A.; DANIELLOU, F. DURAFFOURG, J. & KERGUELEN, A. (Tradução
INGRATTA, G.M.J E MAFFEI,M. Compreender o trabalho para transformá-lo: A prática em ergonomia. São
Paulo. Fundação Vazolini, 200p., 2001.
GRANDJEAN, Etienne. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Porto Alegre: Bookman, 1998.
IIDA, I. Ergonomia – Projeto e Produção. São Paulo: 2. ed. Edgard Blucher, 2005. 614 p.

Vous aimerez peut-être aussi