Vous êtes sur la page 1sur 9

Dimensões do relacionamento entre ergonomia e qualidade: uma revisão

teórica.

Weslon Charles Ferreira Costa (UFSCar) charles@dep.ufscar.br


João Alberto Camarotto (UFSCar) camarotto@power.ufscar.br
Nilton Luiz Menegon (UFSCar) menegon@power.ufscar.br

Resumo
Nos últimos anos os relacionamentos entre ergonomia e qualidade têm chamado a atenção de
estudiosos. No entanto, tem-se poucos estudos que comparam essas duas áreas, apesar de suas
definições apresentarem ligações consideráveis. Através da revisão bibliográfica, este artigo
objetiva explorar as dimensões de relacionamentos entre esses dois campos do conhecimento,
discutindo possibilidades de aplicações das melhorias ergonômicas com base na melhoria da
qualidade. São consideradas as interações entre ergonomia e os fatores condições de trabalho,
Total Quality Mangement (TQM), ISO 9000 e melhorias contínuas.
Palavras chave: Ergonomia, Qualidade, TQM, melhoria contínua, melhoria ergonômica.
1. Introdução
Tanto a ergonomia quanto a qualidade são campos de natureza aplicada relativamente recentes,
porém apresentam uma história como duas disciplinas separadas. Alguns autores afirmam haver
interações e similaridades evidentes entre essas duas áreas, porém numa comparação mais
aprofundada diversas diferenças são também notadas (EKLUND, 1997).
O termo ergonomia origina do grego ergon (trabalho) e nomos (leis) e seu conceito mais antigo
é a adaptação do trabalho ao homem. Na definição atual da International Ergonomics
Association (IEA), “ergonomia (ou fatores humanos) é a disciplina científica que trata da
compreensão das interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema, e a
profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos a projetos que visam otimizar o bem-
estar humano e o desempenho global do sistema”.
A ergonomia, comumente associada às condições de trabalho que promovam segurança,
conforto, bem-estar e eficiência, constitui-se hoje um potente instrumento de qualidade e
produtividade, nos quais o homem deixa de ser um simples executor de movimentos, passando
a entender, supervisionar e controlar outros elementos do sistema de trabalho - máquinas e
equipamentos, por exemplo (LIMA e NORMAND, 1996).
Quanto à qualidade, a maior parte dos conceitos e definições desta palavra foi cunhada pelos
chamados “gurus da qualidade” (Crosby, Juran, Feigenbaum, Ishikawa e Deming). De acordo
com Wood e Urdan (1994), essas definições, embora tenham variações de amplitude e de
profundidade, giram sempre em torno dos conceitos de conformidade, adequação ao uso e
satisfação dos clientes. Portanto, envolve-se a qualidade definida pelo consumidor, a
possibilidade de oferecer-lhe um produto sem falhas, a um preço competitivo e um atendimento
de acordo com a sua expectativa. Por cliente, toma-se não apenas o usuário final do produto
(consumidor externo), mas também o usuário interno à organização (cliente interno), um
membro dela, envolvido no e condutor do processo de produção (FIDALGO e MACHADO,
1994). Sabendo que um processo é uma série de atividades do trabalho humano, pode-se
concluir que o conceito de qualidade não se restringe ao produto final, mas também ao processo
para se chegar a ele. Isso nos leva a afirmar que, “qualidade, assim como produtividade,
depende das qualidades do homem que produz. Estas qualidades devem ser consideradas no
projeto das instalações e na organização do trabalho (LIMA e NORMAND, 1996).

1
Para Merli (1993), como o principal objetivo da qualidade é satisfazer os clientes, suas
necessidades e expectativas devem ser entendidas em todas as áreas de atividade internas à
empresa. Naturalmente, afirma Eklund (1997), todos os clientes possuem expectativas e
necessidades com relação as suas interações com os produtos, que também incluem os aspectos
ergonômicos. Essas necessidades e expectativas satisfazem, portanto, as definições da
ergonomia e da qualidade, estabelecendo pontos em comum nestas, indicando a existência
relacionamentos entre a área da ergonomia e a prática da qualidade. Porém, esta conclusão é um
tanto quanto lógica e simplista, o que exigiu - e ainda exige – mais estudos.
2. Ergonomia e qualidade
De fato, nos últimos anos os estudos acerca da existência de tais relacionamentos têm sido
intensificados. Como conseqüência, no final do século passado a literatura já apresentava uma
maior compreensão das diversas áreas de ligação entre a ergonomia e as iniciativas de qualidade
(DRURY, 1997). Eklund (1997) identificou registros nos quais inadequações das condições de
trabalho (iluminação insuficiente, vibração, altas ou baixas temperaturas, presença de certos
compostos químicos, ruído, repetitividade, projetos de tarefas monótonas, trabalho pesado e
estressante, desconforto postural e tempo de ciclo inadequadamente curto) aumentam a
freqüência de falhas na representação e de problemas de qualidade, conforme indica a figura 1.

Figura 1 – Um sumário de alguns dos principais relacionamentos identificados entre condições físicas de trabalho e
problemas de qualidade

Uma explicação pode ser que o desconforto, oriundo das condições de trabalho inadequadas,
pode causar distração (falta de atenção) e lapsos de atenção ou conduzir para atividades
compensatórias que competem com tarefas essenciais.
Eklund (2001) aponta as falhas na representação como uma das causas de problemas de
qualidade nos processos de produção e assim como da qualidade dos produtos. Govindaraju et
al. (2001) apresentam os fatores influenciadores do desempenho humano e seus efeitos na
qualidade dos produtos e/ou serviços: processo, ergonomia e pessoal. Quando as exigências
devido a esses fatores excedem as capacidades sensitivas, mentais e físicas de um indivíduo, as

2
conseqüências são a diminuição do desempenho humano e o declínio em qualidade
(GOVINDARAJU, 2001), conforme a figura 2.

Figura 2 – Relacionamento entre desempenho humano e qualidade


Para minimizar tais falhas é possível estimular estrategicamente a ergonomia, o que conduz à
condições de trabalho adequadas, ganhos na qualidade do produto, valor agregado aos
consumidores e maior motivação do trabalhador (EKLUND, 1997).
Os estudos sobre a psicologia de motivação indicam que, para entender as necessidades
humanas e os seus possíveis ganhos, é necessário considerar os estímulos internos e externos
(condições orgânicas, condições físicas do ambiente e etc). Para Machado e Fidalgo (1994), as
motivações humanas demandam considerações mais profundas para sua compreensão e o
esquema necessidade humana-motivação-participação, no qual se apóia o sistema de
gerenciamento da qualidade, é apresentado de forma empobrecedora, simplista e reducionista,
incapaz de abarcar as diversas extensões que envolvem a questão.
Assumindo que qualidade é a conformidade com as especificações e a inexistência de não-
conformidades, Erdinç e Vayvay (2004) afirmam que para construir e manter os processos
isentos de defeitos, os empregados devem estar motivados. Assim, a motivação é uma questão
chave para alcançar a qualidade nos processos industriais. Dessa forma, a inexistência de não-
conformidades e motivação formam a base para a elaboração do relacionamento entre
ergonomia e qualidade. Criticamente, Eklund (1997) admite que a hipótese comumentemente
mencionada de que motivação leva à melhoria da qualidade é muito simplificada, ou seja, há
outras importantes precondições para isso, tais como: informação, conhecimento, experiência,
habilidade e recursos e etc.
Eklund (1995), a partir a avaliação da qualidade final dos produtos afetada por condições de
trabalho, examinou o relacionamento entre ergonomia e qualidade em uma montadora de carros
sueca. No estudo, as análises estatísticas mostraram que o risco relativo para problemas de
qualidade em atividades ergonomicamente exigidas era, aproximadamente, três maior do que
em outras tarefas.

3
González et al.(2002) checaram a relação entre ergonomia e qualidade através de uma atividade
sob diferentes condições ergonômicas e demonstraram empiricamente a existência de um
relacionamento entre a redução de problemas ergonômicos e a qualidade do produto obtida.
Identificados os problemas ergonômicos, uma série de melhorias foram sendo implantadas
(adaptação do posto de trabalho ao trabalhador, designação de um novo procedimento de
trabalho com menores níveis de esforços e movimentos e etc) ao passo que se registrava os
padrões de qualidade com base nas normas ISO 9002. Como resultados, as melhorias em tais
padrões foram observas para peças reprocessadas, o que levou esses autores a deduzirem que as
melhorias ergonômicas no posto de trabalho, de fato, contribuiram positivamente para obtenção
de qualidade através da simplificação do processo, ou indiretamente, através da redução dos
níveis de fatiga mental e física.
Drury (1997) afirma que a qualidade pode contribuir consideravelmente para a ergonomia e
vice-versa. A integração do conhecimento dessas duas disciplinas oferece possibilidades óbvias
para aumentar metas de produtividade/desempenho assim como metas de ergonomia, isto é,
segurança, bem-estar, conforto e eficiência no trabalho (EKLUND, 1997). Portanto, a
ergonomia não se limita a identificar e eliminar inadequações dos postos de trabalho, mas
também pode ser útil para aumentar a qualidade e a produtividade (RESNICK e ZANOTTI,
1997).
Eklund (1997) argumenta que uma perspectiva da ergonomia sobre melhorias das condições de
trabalho é muito eficaz em proporcionar uma nova dimensão para melhorias da qualidade do
produto. De acordo com estudos, estas aceleravam quando aquela perspectiva era introduzida,
resultando em benefícios relativos à motivação e às condições de trabalho, conforme mostra a
figura 3.

Figura 3 – Melhoria da qualidade dos produtos através dos programas de melhoria da qualidade e ergonômica

Na produção, portanto, alguns problemas são de ergonomia enquanto outros são de qualidade e
de ergonomia (EKLUND, 1997). Esta afirmação nos leva a acreditar na existência de subgrupos
de problemas: aqueles relativos à qualidade e à ergonomia, simultaneamente. Axelsson (1995),
citado por Eklund (1997), demonstra que problemas podem pertencer à qualidade, ergonomia e
produtividade, com ilustra a figura 4.

4
Figura 4 – Modelo que demonstra a priorização de áreas para melhorias

A partir da figura, conclui-se que os problemas não se originam de uma única fonte (parte
interessada ou stakeholder). Apesar destes poderem ser atacados através de um dos três campos,
faz-se necessário desenvolver estratégias de resolução de problemas para melhorar a qualidade,
produtividade e ergonomia simultaneamente para que um número maior de partes interessadas
seja satisfeito e, portanto, aumentar a probabilidade de êxito.
3. Ergonomia e TQM
A maioria dos estudos sobre a interação entre qualidade e ergonomia é feita no contexto do
TQM. Para Bianco e Salerno (2001) o TQM representa e simboliza a corrente dos chamados
programas de qualidade empresariais, que envolvem não apenas a qualidade de produto e
processo estrito senso, mas também uma determinada lógica de pensar a gestão e a organização
da produção e do trabalho.
Por um lado, o TQM é uma filosofia que dispende maior atenção para a aplicação e menos para
a teoria, apresentando certa superficialidade. Para Eklund (2001), é justamente essa carência de
base teórica que tem rendido ao TQM críticas. Por outro lado, a ergonomia tem os seus próprios
princípios, baseados em conhecimentos técnicos do ser humano como um operador de um
sistema técnico. Esse conhecimento surge da aplicação das áreas de estudo cognitivas, sociais e
psicológicas das pessoas no trabalho (DRURY, 2003).
Diversos aspectos do TQM são problemáticos sob um ponto de vista da ergonomia,
principalmente, por violar os princípios desta (DRURY, 1997). Entre estes aspectos pode-se
citar o Just In Time (JIT), o Statistical Process Control (SPC), a padronização, disciplina,
redução da variabilidade, o benchmarking, os sistemas de recompensa e as enfáticas exigências
sobre a necessidade de redução de custos para a satisfação do consumidor (EKLUND, 1997).
Segundo este autor, as conseqüências registradas para os trabalhadores envolvidos incluem
pressão do tempo, conseqüências prejudiciais à capacidade do trabalhador devido à falta de
autonomia para ditar o ritmo de trabalho, falta de controle, perda de liberdade e de autonomia
do grupo, criatividade limitada e possibilidades de aprendizagem minimizadas.
Drury (2003) assume que em alguns casos a ergonomia e o TQM compartilham princípios,
como por exemplo, a utilização de equipes para suas implementações e a importância dada à
medição. Porém, afirma este autor, em outros casos elas se diferem e não se complementam.
Por exemplo, o TQM pouco se preocupa com a natureza das falhas na representação e nada

5
com a eliminação do estresse e com as condições de trabalho inadequadas. Similarmente, a
ergonomia tem pouco a oferecer sobre os aspectos de administração e de liderança. Com base
nisso, Drury (1997) conclui que ergonomia e TQM apresentam diferenças e similaridades
consideráveis e sugere que este aceite aquela como parceira.
4. Ergonomia e ISO 9000
Muitas empresas investem consideráveis recursos para obter a certificação de acordo com o
padrão de qualidade ISO 9000, que é um conjunto de normas técnicas e diretrizes internacionais
que trata do assunto sistemas de gestão da qualidade. De acordo com Oakland (1994), o Sistema
de Gestão da Qualidade ISO 9000 pode ser definido como um conjunto de componentes tais
como: estrutura organizacional, responsabilidades, procedimentos, processos e recursos para a
implementação do TQM.
O conceito de padronização é visto como imprescindível ao controle, pois por ele se determinha
obrigatoriamente o “jeito certo de fazer as coisas”, sobre o qual não há questionamento possível,
até que um processo conduzido para a melhoria da qualidade se chegue à conclusão que
mudanças nos procedimentos devem ser efetuadas (FIDALGO e MACHADO, 1994).
Karapetrovic (1999) estabelece um relacionamento entre ergonomia e sistema da qualidade,
postulando que, as normas ISO 9000 contribuem para fomentar a interação entre os
trabalhadores e o seu ambiente de trabalho. Este define um sistema de qualidade como um jogo
de processos que funciona harmoniosamente, usando vários recursos para alcançar objetivos de
qualidade. Focalizar no conceito fundamental de um sistema de qualidade ajuda a entender o
inter-relacionamento entre a qualidade e ergonomia e fornece uma possibilidade para integração
(KARAPETROVIC, 1999).
Para Eklund (1997), o padrão de qualidade ISO 9000 tem recebido muitas críticas por ser muito
protetor e orientado para o produto, omitindo, especificamente, as áreas de recursos humanos e
apoiando uma abordagem conservativa sem enfatizar melhorias, além de focar demasiadamente
sobre a documentação, especialmente em pequenas companhias. Axelsson et al. (1998) afirmam
que a ISO 9000 pode se tornar um sistema burocrático negativo ao manter a organização em um
certo conservadorismo com relação às condições de trabalho.
A padronização possibilita o desenvolvimento de tarefas menos variadas, regras baseadas no
trabalho, monotonia, danos causados devido à repetitividade do trabalho e podem impedir o
aprendizado, criatividade e a motivação (EKLUND, 2001). Essas normas de regulamentação, os
métodos e técnicas recomendados compõem uma cultura, que nada mais é do que a “cultura do
controle” (FIDALGO e MACHADO, 1994). Estes autores afirmam que, para legitimar este
enfoque, busca-se suporte numa metodologia quantitativista, onde números, frações e índices
passam a construir a expressão máxima do conteúdo e do significado das ações humanas.
Portanto, nota-se que a ênfase dada à “idéia de padrão” é de caráter quantitativo e num modelo
chamado “da qualidade”, não sobrando espaços para metodologias qualitativas. Aliás, quaisquer
apreciações valorativas devem ser evitadas, pois esta abordagem confere validade apenas aos
fatos e dados.
Na visão de Lima e Normand (1996) qualidade não é algo que se resume a números e índices
abstratos, mas sim que se assenta em meios materiais, psicológicos, culturais e organizacionais.
Ou seja, a qualidade é atributo dos homens.
5. Ergonomia e Melhoria Contínua
Melhoria contínua é um dos elementos básicos do TQM e engloba pessoas, equipamentos,
fornecedores, materiais e procedimentos, ou seja, engloba os sistemas técnicos e sociais. Eklund
(1997) explica que o termo se refere às atividades organizadas em seqüência para resolver

6
problemas e envolver os empregados para melhorar a produção, processos de trabalho e
produtos. O conceito pode ser considerado sobre diversos níveis: pode ser visto 1) como uma
ferramenta estratégica para melhorar o desempenho da organização ou valor para o consumidor
ou 2) como uma ferramenta operativa para melhorar a motivação do trabalhador e as condições
de trabalho (EKLUND, 2001).
Ultimamente têm surgido casos em que o objetivo principal da melhoria contínua é a melhoria
ergonômica (EKLUND, 1997). Segundo Burri e Helander (1995) esta possui dois propósitos: o
conforto do trabalhador e o aumento da produtividade. No entanto, para equacionar esses
propósitos e obter uma solução do tipo ergonômica é imprescindível não perder de vista o
modelo integrador da atividade de trabalho ilustrado na figura 6.

Figura 6 – Modelo integrador da situação de trabalho


No modelo é considerado de um lado a empresa, de outro o trabalhador. Esta relação é
intermediada por um contrato de trabalho.
O trabalhador impõe uma série de condicionantes para a realização da atividade: suas
características físicas, sexo, idade; sua qualificação e experiência e competência; seu estado
momentâneo; e, sua vida pessoal. Por outro lado, a empresa também impõe suas
condicionantes: as exigências cognitivas da tarefa; as máquinas, ferramentas e o meio ambiente;
os movimentos e posturas pressupostos; e, a divisão de tarefas, hierarquia e o regime de
trabalho.
Da confrontação destes dois níveis de condicionantes resulta no que se constitui a carga de
trabalho. De um lado a empresa com a tarefa e de outro o trabalhador com a atividade. O
resultado da carga de trabalho realizada, por sua vez, retorna sobre ambos. Retorna sobre o
trabalhador o que se manifesta sobre seu estado de saúde, retorna sobre a empresa, o que se
manifesta em termos de produção e produtividade. Normalmente é este retorno que se dá sobre
o sujeito e sobre a empresa que está na origem de uma demanda de melhoria ergonômica.
6. Considerações finais

7
Através de revisão bibliográfica, este artigo teve como propósito identificar as relações
existentes entre a ergonomia e a qualidade, que geralmente é buscada pela implementação dos
Programas de Qualidade total (TQM), os quais trazem em suas concepções mudanças no
ambiente de trabalho e exigem intervenções dos trabalhadores nos processos produtivos em
busca da melhoria contínua. Essas mudanças e intervenções pressupõem uma maior
participação dos empregados, necessitando da sua própria identificação com os objetivos da
empresa.
A pressão da modernidade pela qualidade que atinge a sociedade pressiona, por sua vez,
também os trabalhadores, gerando no limite conseqüências para sua saúde física, mental e
psicológica. No entanto, “não basta afirmar que o lucro e o sucesso de uma empresa resultam da
busca de qualidade e da valorização do ser humano, pois esta reconciliação apenas verbal,
evidentemente não resolve as contradições reais” (LIMA e NORMAND, 1996).

Referências
AXELSSON, J; EKLUND, J. & KARLTUN, J. Working conditions and effects of ISO 9000 in six furniture-
making companies: implementation and processes. Applied Ergonomics. Vol 29, n. 4, p. 225–232, 1998.
BIANCO, M.F. & SALERNO, M.S. Como o TQM opera e o muda nas empresas? Um estudo a partir de
empresas líderes no Brasil. Gestão & Produção. São Carlos, v. 8, n.1, p.56 - 67, abr. 2001.
BURRI, G.J. & HELANDER, M.G. Cost effectiveness of ergonomics and quality improvements in electronics
manufacturing. International Journal of Industrial Ergonomics. Vol 15, n. 2, p. 137–151, 1995.
DRURY, C.G. Ergonomics and the quality movement. Ergonomics. Vol 40, n. 3, p. 249–264, 1997.
DRURY, C.G. Service, quality and human factors. Journal AI & Society. Vol 17, n. 2, p. 78-96, 2003.
EKLUND, J. Ergonomics, quality and continuous improvement - conceptual and empirical relationships in an
industrial context. Ergonomics. Vol 40, n. 10, p. 982–1001, 1997.
EKLUND, J. A developmental quality approach for ergonomics. Conference – Ergonomics for changing work.
Vol 1, p. 26-38, 2001.
EKLUND, J. Relationships between ergonomics and quality in assembly work. Applied Ergonomics. Vol 26, n. 1,
p. 15-20, 1995.
ERDINÇ, O. & VAYVAY, O. Dimensions of the relationship between ergonomics and quality in manufacturing:
a review. Integrated Manufacturing Systems. p. 15-18, 2004.
GONZÁLEZ, B.A.; ADENSO-DÍAZ, B. & TORRE, P.G. Ergonomic performance and quality relationship: an
empirical evidence case. International Journal of Industrial Ergonomics. Vol 31, p. 33-40, 2001.
GOVINDARAJU, M.; MITAL, A. & PENNATHUR, A. Quality improvement in manufacturing through human
performance enhancement. Integrated Manufacturing Systems. Vol 12, n. 5, p. 360–367, 2001.
INTERNATIONAL ERGONOMICS ASSOCIATION. What is Ergonomics. Disponível em: <
http://www.iea.cc >. Acesso em: 01 mai. 2007.
KARAPETROVIC, S. ISO 9000, Service quality and ergonomics. Managing Service Quality. Vol 9, n. 2, p. 81–
89, 1999.
MERLI, G. Eurochallenge: the TQM approach to capturing global markets. Trad. de Ralph Bullock. Oxford, IFS,
1993.
OAKLAND, J.S. (Tradução PEREIRA, A.G.). 1994.Gerenciamento da Qualidade Total. São Paulo. Nobel, 501 p.
RESNICK, M.L. & ZANOTTI, A. Using ergonomics to target productivity improvements. Integrated
Manufacturing Systems. Vol 33, n. 1-2, p. 185-188, 1997.
WOOD, T. Jr. & URDAN, S.T. Gerenciamento da Qualidade Total: uma revisão crítica. RAE, São Paulo, v. 34,
n.6, p. 46-59, nov/dez 1994.
GUÉRIN, F.; LAVILLE, A.; DANIELLOU, F., DURAFFOURG, J. & KERGULLEN, A. (Tradução
INGRATTA, G. M.J & MAFFEI, M.). 2001.Compreender o trabalho para transforma-lo: A prática da
ergonomia. São Paulo. Fundação Vanzolini, 200 p.

8
9

Vous aimerez peut-être aussi