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LUIZ SUGIMOTO
sugimoto@reitoria.unicamp.br
150 ANOS
DE FREUD
gentica psiquitrica na concepo do funcionamento mental humano. Ele vai advertir sobre o risco de se incorrer no mesmo pecado
cometido pela psicanlise contempornea, esperando-se das neurocincias, por exemplo, respostas
para todas as questes do humano.
Nenhum pesquisador srio supe que exista um processo psquico desancorado de uma base material. O problema est em aceitar,
simplesmente, que o nico registro
vlido de pensar o humano esteja
no nvel neurobiolgico ou gentico, buscando solues com base nas
pesquisas com neurnios, sinapses
e neurotransmissores. preciso levar em conta os conflitos amorosos,
os sentimentos de culpa e de esperana, os desejos, em seu registro
prprio, sem chegar ao ponto de
descrever tudo isso na linguagem
das molculas, compara.
Do div plula Em outra referncia aos recursos modernos
quando Freud recorria s confidncias do div, atravs do mtodo da
associao livre (e antes da hipnose) , o professor de Unicamp faz
ressalvas quanto ao uso, sobretudo ideolgico, dos medicamentos
disponveis para aliviar sintomas
como mal-estar, depresso, ansiedade, insnia, impotncia e para o
controle de sintomas psicticos.
As drogas so teis do ponto de
vista clnico, mas as grandes questes humanas no se resumem
falta de Prozac. Uma boa plula no
ataca os problemas concretos em
nvel existencial. Tambm verdade que, tecnicamente, estamos cada
vez mais prximos da plula da felicidade, o que vai exigir uma avaliao dos aspectos ticos na introduo desse tipo de droga, pois os
conflitos e desejos humanos, enquanto ais, esto fora do mbito da
farmacologia.
A propsito, Costa Pereira acrescenta que nunca houve uma