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1) O documento discute vários tipos de atos unilaterais de vontade regulados pelo Código Civil brasileiro, incluindo promessa de recompensa, gestão de negócios, pagamento indevido e enriquecimento sem causa.
2) Aborda o contrato de constituição de renda, no qual uma parte entrega capital a outra em troca de pagamentos periódicos de renda.
3) Explora a diferença entre jogo e aposta, ambos envolvendo riscos, e classifica diferentes tipos de jogos e apost
1) O documento discute vários tipos de atos unilaterais de vontade regulados pelo Código Civil brasileiro, incluindo promessa de recompensa, gestão de negócios, pagamento indevido e enriquecimento sem causa.
2) Aborda o contrato de constituição de renda, no qual uma parte entrega capital a outra em troca de pagamentos periódicos de renda.
3) Explora a diferença entre jogo e aposta, ambos envolvendo riscos, e classifica diferentes tipos de jogos e apost
1) O documento discute vários tipos de atos unilaterais de vontade regulados pelo Código Civil brasileiro, incluindo promessa de recompensa, gestão de negócios, pagamento indevido e enriquecimento sem causa.
2) Aborda o contrato de constituição de renda, no qual uma parte entrega capital a outra em troca de pagamentos periódicos de renda.
3) Explora a diferença entre jogo e aposta, ambos envolvendo riscos, e classifica diferentes tipos de jogos e apost
A declarao unilateral de vontade uma das fontes das obrigaes resultantes da vontade de uma s pessoa, formando-se no instante em que o agente se manifesta com inteno de se obrigar, independentemente da existncia ou no de uma relao creditria, que poder surgir posteriormente; no haver liberdade para se estabeleceram obrigaes, que s se constituiro nos casos preordenados em lei. Os atos unilaterais esto disciplinados no atual Cdigo Civil a partir do artigo 854, abrangendo primeiramente da promessa de recompensa, partindo-se ento para gesto dos negcios em seu art. 861 do pagamento indevido no artigo 876 at o 884, quando se inicia o captulo prprio do enriquecimento sem causa que vai at o artigo 886. - Da Promessa de Recompensa: a declarao de vontade, feita mediante anncio pblico, pela qual algum se obriga a gratificar quem se encontrar em certa situao ou praticar determinado ato, independentemente do consentimento do eventual credor. Obriga quem emite a declarao de vontade desde o instante em que ela se torna pblica, independentemente de qualquer aceitao, visto que se dirige a pessoa ausente ou indeterminada, que se determinar no momento em que se preencherem as condies de exigibilidade da prestao. O objeto da recompensa deve ser determinado e podem ser inmeras as finalidades da promessa: achar coisas perdidas ou furtadas; descobrir autor de crime; apresentar invento; criar mtodo de cura ou terapia etc. - Da gesto de negcios: Trata-se de atos unilaterais que geram obrigaes, nos quais no existe ndole contratual, ou seja, acordo prvio entre as partes. O carter desta conduta , em princpio, altrustico, na qual h interveno em negcio alheio, sem autorizao do titular, no interesse e de acordo com a vontade presumida deste. A utilidade ou necessidade da gesto se d no sentido de aferir no o resultado obtido, mas as circunstncias da ocasio em que se fizeram (art. 869, p. 1): devem ser examinadas conforme caso concreto.
Exemplos: - as despesas de enterro, proporcionais aos usos
locais e condio do morto, pagas por terceiro, so equiparadas gesto, como dita o art. 872. Trata-se de situao na qual nem sempre parente prxima esteja disposio para providenciar as exquias. Essa despesa pode ser cobrada da pessoa que teria a obrigao alimentar para com o falecido, seguindo-se os princpios e a ordem de obrigao estabelecidos no direito de famlia (art. 1694 ss). - vizinho que passa a zelar e manter a casa de quem se ausentou, sem deixar notcia; pagando-lhe as contas, alimentando seu animal de estimao, exercendo vigilncia. - empregado, sem que tenha poderes para tal, que assume a direo da empresa do patroo que desapareceu repentinamente sem deixar notcia: exerce a administrao; compra e vende, paga os empregados e encargos sociais etc. - Do pagamento indevido: O pagamento indevido uma das formas de enriquecimento ilcito por decorrer de uma prestao feita por algum com o intuito de extinguir uma obrigao erroneamente pressuposta (ex: quando h erro quanto existncia ou extenso da obrigao ou quando realizado por algum que no devedor ou feito a algum que no credor). O pagamento indevido funda-se na ideia de reequilbrio patrimonial: todo pagamento feito sem que seja devido deve ser restitudo por aquele que o recebeu injustamente (art. 876). Caracteriza o pagamento indevido: i) a existncia de um pagamento; ii) prova da inexistncia de causa jurdica que justifique o pagamento, pois se no h vnculo preexistente, falta a razo que justifique a obrigao do pagamento pelo lesado; e iii) o lesado (aquele que pagou) deve demonstrar que cometeu um erro ao efetuar o pagamento. - Do enriquecimento sem causa: O enriquecimento sem causa o acrscimo de bens que se verifica no patrimnio de um sujeito, em detrimento de outro, sem que para isso tenha um fundamento jurdico e nexo causal. Para que se configure o enriquecimento sem causa necessrio saber se a vantagem patrimonial foi conseguida atravs de um ato ilcito, de uma causa ou razo injusta. Quando ocorre uma doao, por
exemplo, entende-se que aquele que recebeu a doao enriquece na
medida em que o doador empobrece, porm esse enriquecimento justo, uma vez que possui uma causa legtima. Entretanto, quando se fala de causa injusta, o enriquecimento vedado pela Justia. Existindo casos neste sentido, a Justia se manifesta de forma a fazer com que seja restitudo o que foi recebido por injusta causa. Porm, essa manifestao da ordem jurdica ocorre somente a partir do momento em que o prejudicado reage, promovendo os meios de obter a restituio. A ao para restituio por enriquecimento se baseia no princpio da equidade, que significa dizer que no permitido a ningum locupletar-se, sem causa, custa de terceiros. Assim, caso o lesado no disponha de outro meio para obter a restituio e apenas nesse caso, o direito lhe assegura o uso da ao de restituio por enriquecimento, vide vedao expressa contida no art. 866 do NCC. Interessante notar que a restituio devida, no s quando no tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas tambm se esta deixou de existir Exemplo: o dote dado antecipadamente, quando o casamento no se realizava; restituio de valores pagos a ttulo de juros exorbitante 2) Contrato de Constituio de Renda A constituio de renda est presente nos art. 803 a 813 do Cdigo Civil Brasileiro, que dispe sobre contrato no qual o indivduo faz a entrega a outro do capital, em espcie ou outros bens mveis ou imveis, obrigando-se a pagar renda peridica quela ou a terceiro beneficirio. Quem entrega o capital chamado de instituidor de renda; quem recebe o capital e paga a renda o rendeiro; por fim, aquele a quem se paga a renda o beneficirio, podendo ser terceiro ou o prprio. Um exemplo de renda a empresa de previdncia privada, onde o sujeito se filia a seu sistema de aposentadoria, na inteno de constituir renda vitlia, com a entrega do capital em parcelas. Findado o tempo da contribuio, deixa-se de pagar e se passa a receber, convertentida em renda mensal. 3) Jogo e Aposta A previso dos arts. 814/817, CC/02 regula duas figuras jurdicas
com conceitos distintos, mas com evidentes afinidades. Jogo o
contrato por meio do qual duas ou mais pessoas obrigam-se a pagar determinada quantia ou coisa diferente de dinheiro quele que resultar vencedor na prtica de atividade intelectual ou fsica, sendo que a soma prometida parte dos prprios participantes. Aposta o contrato pelo qual duas ou mais pessoas prometem soma ou equivalente em razo de opinio sobre determinado assunto, fato natural ou ato de terceiros. So partes do jogo, jogadores. Da aposta, apostadores. O credor do jogo aquele que vence o(s) outro(s) jogador(es) na prtica de determinada atividade. O credor da aposta ser aquele cuja opinio coincidir com o que foi considerado real ou verdadeiro. No jogo, as partes desempenham papel em sua execuo, ao passo que na aposta, o acontecimento opinativo depende de fatores externos atividade e vontade das partes do negcio. Em ambos, a sorte ou o azar, os riscos, ou seja, a incerteza do resultado, caracterstica marcante. Para o Direito, a relevncia desses negcios ocorre quando h contrato oneroso. O jogo e a aposta gratuitos, em prncipio, so juridicamente irrelevantes: o interesse jurdico reside no fato de esses negcios gerarem relaes jurdicas. O caput do art. 814, CC/02 dispe sobre a inexigibilidade e irrepetibilidade do pagamento de dvida de jogo e aposta, em funo da natureza de obrigao natural do contrato (o que quer dizer que no so judicialmente exigveis, desprovidos de poder coativo, mas, caso forem cumpridos espontaneamente, sero tidos por vlidos, no podendo ser repetidos). Segundo a doutrina, podem ser classificados como ilcitos (ou proibidos) e lcitos, sendo que estes ltimos se subdividem em tolerados ou autorizados (legalmente permitidos). Os ilcitos so aqueles vedados expressamente por normas legais. O DL n 3.688, de 3 de outubro de 1941 (conhecido como a Lei das Contravenes Penais), estabelece, em seus arts. 50/58, diversas condutas tpicas vedadas. Note-se que todas estas se vinculam, necessariamente, prticas em que o resultado depende, nica e exclusivamente, da sorte (como, por exemplo, jogo do bicho, roleta, dados, etc.), em lugar pblico ou acessvel ao pblico.
Quanto aos considerados lcitos, h dois tipos: a primeira forma
de jogo lcito aquele que no est juridicamente proibido (ou seja, toda modalidade de jogo ou aposta que no esteja tipificada considera lcita), como por exemplo: a"corrida apostada" entre amigos para ver quem chega primeiro, a rifa feita por uma comisso de formatura ou o "carteado a dinheiro" entre membros da famlia (fora, portanto, do mbito de incidncia do art. 50, 4, a, da LCP). A segunda forma de jogo lcito trata do jogo ou aposta autorizado ou legalmente permitido (ex: corridas de cavalo em locais apropriados, loteria esportiva, operaes de bolsa, etc.) O pargrafo 2 do referido artigo faz meno dicotomia de tratamento referente aos jogos proibidos e permitidos. Assim dispe: "O preceito contido neste artigo tem aplicao, ainda que se trate de jogo no proibido, s se excetuando os jogos e apostas legalmente permitidos." Desse modo, como enfatizado, os jogos tolerados e os jogos proibidos se inserem na categoria das obrigaes naturais. J as obrigaes geradas pelos jogos ou apostas legalizadas ou regulamentadas so obrigaes civis, com dbito e responsabilidade: no h que se falar em obrigao natural ou juridicamente incompleta, mas, sim, de obrigao civil sendo juridicamente exigveis, em todos os seus efeitos. 4) Transao Tratada como espcie de contrato pelo Cdigo Civil, a transao compreende a soluo contratual de lide ou mero conflito de interesses, nos termos expostos pela lei, mediante concesses recprocas, conforme dita o art. 840. Na transao, cada parte abre mo de parcela de seus direitos para impedir ou pr fim a uma demanda e traz consigo a vantagem de resoluo de conflito sem a interveno coercitiva do Estado Juiz, evitando incidentes desagradveis e onerosos, sendo um meio til para aqueles que preferem o certo ao duvidoso. Entende-se que para haver transao so necessrios trs requisitos: i)a existncia de um acordo de vontades; ii) concesses mtuas entre as partes e iii) extino de obrigaes litigiosas ou duvidosas como resultado. Logo, essencial que na transao existam concesses mtuas, ou seja, cada uma das partes perde e ganha um
pouco. As concesses podem ser desproporcionais, ou seja, uma parte
pode se quiser perder mais do que a outra, mas as concesses tm que ser mtuas. Se uma das partes perde tudo e esta parte o credor, existe remisso da dvida, mas no transao. Igualmente, se o devedor perde tudo existe pagamento, mas no transao. Exemplo: A cobra R$1.000,00, B oferece R$500,00. A aceita receber s parte da dvida para no se submeter demora e a incerteza da demanda judicial. 5) Compromisso (ou arbitragem) um ato escrito pelo qual as partes interessadas em determinada questo, mesmo anteriormente ou pendente da lide, elegem rbitros para decidirem de direito e de fato. So espcies de contrato de compromisso: a) clusula compromissria ( art. 853/CC): as partes celebram um contrato e dispem numa clusula que, se houver algum litgio futuro entre elas, a lide ser submetida arbitragem e no Justia; esta clusula mera precauo; b) compromisso arbitral ( art. 851/CC): j existe litgio entre as partes e elas resolvem submeter a questo a um rbitro e no a um Juiz para solucionar a controvrsia. O Cdigo Civil Brasileiro usa o termo compromisso para a arbitragem, porm existe uma lei especfica sobre arbitragem de n 9.307/96 responsvel pelo revogamento dos arts 1.037 a 1.048 do cdigo civil de 1916. Atualmente j h vrios escritrios de advocacia especialistas em arbitragem. Pois, encontram na arbitragem vantagens como: maior celeridade, menor formalismo de procedimentos, sigilo do processos e menor custos.