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6. Era muito comum, pelo menos até a bem pouco tempo, interpretar-
se e aplicar determinado ramo do direito tendo-se em conta apenas a
lei ordinária principal que a regulamentava. (pg.19)
35.Em redação mais técnica do que o artigo 153, 4º, da CF de 1969, que
dizia lesão do direito “individual”, o novo texto consagrou o princípio
da inafastabilidade do controle jurisdicional, também conhecido como
principio do direito de ação. Isto quer dizer que todos têm acesso a
justiça para postular tutela jurisdicional preventiva ou reparatória
relativamente a um direito. Estão aqui contemplados não só os
direitos individuais, como também os difusos e coletivos. Pelo
princípio constitucional do direito de ação, todos tem o direito de
obter do Poder Judiciário a tutela jurisdicional adequada. Não é
suficiente o direito à tutela jurisdicional. É preciso que essa tutela
seja a adequada, sem o que estaria vazio de sentido o princípio. (...)
O direito à tutela jurisdicional não se confunde com o direito de
petição, este último garantido pelo art. 5º, n. XXXXIV, a, da CF,
conforme experiência haurida do estado liberal. (...) O direito de
petição é um direito político, que pode ser exercido por qualquer um,
pessoa física ou jurídica, sem forma rígida de procedimento para
fazer-se valer, caracterizando-se pela informalidade, bastando a
identificação do peticionário e o conteúdo sumário do que se
pretende do órgão público destinatário do pedido. Pode vir
exteriorizado por intermédio de petição, no sentido estrito do termo,
representação, queixa ou reclamação. (...) Talvez por ser o direito de
petição o mais livre dos direitos dos cidadãos, seja um dos menos
garantidos quanto aos resultados. (pg.100, 101 e 102)