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2 — De acordo com a qualificação, os peritos devem b) Colaborar em estudos a efectuar sobre o inte-
proceder aos trabalhos no âmbito da sua especialidade resse terapêutico da introdução no mercado de
respeitantes à análise farmacêutica, à farmacologia e novos medicamentos veterinários imunológicos;
ciências experimentais análogas e à clínica e descrever c) Elaborar e coordenar a informação técnico-
objectivamente os resultados obtidos. -científica a dirigir aos médicos veterinários;
3 — Os peritos devem ainda descrever os ensaios que d) Dar cumprimento ao estabelecido no âmbito do
fizeram e mencionar, designadamente: sistema nacional de farmacovigilância e toxico-
a) O perito de qualidade, se o produto está con- logia veterinária.
forme com a composição declarada, fornecendo
toda a justificação sobre os métodos de controlo 4 — A interrupção de funções do director veterinário
que forem utilizados pelo fabricante, indicando, deverá ser comunicada à DGV com a antecedência
por exemplo, qualquer reserva sobre a qualidade mínima de 30 dias, findos os quais deve ser feita noti-
do produto, tal como a consistência dos lotes, ficação nos termos do n.o 2.
ou a necessidade de uma actualização dos agen-
tes estranhos ensaiados face às alterações do Artigo 9.o
quadro sanitário; Instrução e avaliação do processo de autorização
b) O perito de segurança, além de comentar todos de introdução no mercado
os ensaios de segurança efectuados, deve indicar
nas suas conclusões quais as recomendações do 1 — Os processos relativos aos pedidos de AIM de
RCM e do projecto folheto informativo que medicamentos veterinários imunológicos são entregues
foram efectivamente fundamentadas com na DGV acompanhados do respectivo requerimento,
ensaios, como, por exemplo, as espécies alvo devendo o seu conteúdo obedecer às directrizes em
abrangidas, a idade mínima, as vias de admi- vigor, designadamente em matéria de qualidade, segu-
nistração recomendadas, as especificações do rança e eficácia dos medicamentos veterinários imuno-
produto utilizado nos ensaios (potência máxima lógicos constantes da legislação aplicável ou de instru-
ou título e o grau de atenuação ou passagem), ções aos requerentes que tenham sido ou venham a
os avisos que devem ser adicionados ao RCM ser emitidas pela DGV ou pela União Europeia.
e ao folheto informativo, reflectindo os efeitos 2 — Após a verificação e validação do pedido da AIM,
secundários observados, o risco para as espécies a DGV remete-o à Comissão Técnica de Medicamentos
não alvo, incluindo o utilizador ou outros huma- Veterinários Imunológicos, prevista no artigo 25.o, abre-
nos, bem como os riscos para o meio ambiente viadamente designada por CTMVI, para avaliação téc-
(ecotoxicidade); nico-científica, elaboração do respectivo relatório de
c) O perito de eficácia, além de apresentar uma avaliação e emissão do parecer final.
avaliação crítica dos ensaios clínicos pelo fabri- 3 — O relatório de avaliação referido no número
cante, deve apresentar nas conclusões quais as anterior é baseado em observações produzidas durante
indicações e as recomendações de utilização a apreciação do pedido, especialmente as respeitantes
referidas no RCM e no folheto informativo que aos resultados dos ensaios analíticos, de segurança e
foram fundamentadas com ensaios, como, por eficácia do medicamento veterinário imunológico em
exemplo, o grau de protecção conferido e em questão, devendo ser actualizado sempre que nova infor-
que espécies alvo, a posologia e vias de admi- mação relevante em termos de qualidade, segurança e
nistração, as especificações do produto utilizado eficácia seja disponibilizada
nos ensaios (potência máxima ou título e o grau 4 — Após homologação pelo director-geral de Vete-
de atenuação ou passagem) e a duração da rinária do parecer elaborado pela CTMVI, caso seja
imunidade. concedida a AIM, é atribuído pela DGV o respectivo
número de registo.
4 — Os peritos devem assinar e anexar ao respectivo
relatório um breve curriculum vitae, indicar a relação Artigo 10.o
profissional com o requerente e opinar se o medica- Prazos para a concessão da autorização
mento em causa oferece garantias suficientes quanto
à sua qualidade, eficácia e segurança. 1 — A autorização referida no artigo 4.o do presente
diploma deve ser concedida no prazo de 210 dias segui-
dos a contar da data da recepção do respectivo pedido.
Artigo 8.o 2 — O prazo referido no número anterior é suspenso
Direcção veterinária sempre que ao requerente sejam solicitadas informações
adicionais ou exigida a correcção de deficiências, man-
1 — As empresas que solicitem a AIM de medica- tendo-se a suspensão até que os dados exigidos sejam
mentos veterinários imunológicos, bem como os seus apresentados e arquivando-se o pedido decorridos que
representantes legais, deverão ter ao seu serviço um sejam 120 dias seguidos após a ausência de qualquer
médico veterinário como director veterinário, inscrito resposta às questões formuladas.
na Ordem dos Médicos Veterinários. 3 — Caso se constate que um pedido de AIM de um
2 — A direcção veterinária deve ser comunicada à mesmo medicamento veterinário imunológico se encon-
DGV através de notificação, da qual conste a identi- tra em análise noutro Estado membro, pode ser suspensa
ficação completa da empresa e do médico veterinário, a análise do pedido, afim de se aguardar a recepção
acompanhada de fotocópia do bilhete de identidade e do relatório de avaliação elaborado nesse Estado mem-
da cédula profissional deste. bro, aplicando-se neste caso as disposições previstas na
3 — Ao director veterinário compete: secção II do presente capítulo.
a) Participar na elaboração de programas de lan- 4 — A DGV comunicará ao outro Estado membro
çamento de novos medicamentos veterinários em questão e ao requerente a decisão de suspender
imunológicos; a análise pormenorizada do pedido em questão.
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camento veterinário imunológico sejam efectuados de 2 — Os processos relativos aos pedidos de AIM
acordo com os métodos científicos validados. devem cumprir o disposto no n.o 1 do artigo 5.o e no
2 — As alterações referidas no número anterior n.o 1 do artigo 9.o, devendo ainda ser instruídos com:
devem ser submetidas à apreciação da DGV.
a) Cópia da autorização inicial concedida pelo
Estado membro de referência, adiante desig-
Artigo 19.o nado por EMR, acompanhada de tradução em
Autorização de utilização especial língua portuguesa, devidamente autenticada
pela autoridade competente;
1 — A utilização de medicamentos veterinários imu- b) Declaração do requerente certificando a iden-
nológicos não possuidores da AIM prevista no artigo 4.o tidade do processo com o aceite pelo EMR e
do presente diploma carece de autorização da DGV, com os dos restantes Estados membros envol-
a qual pode ser concedida quando: vidos no procedimento;
a) Por razões de saúde pública ou animal sejam c) Alterações eventuais que o requerente pretenda
considerados imprescindíveis ao diagnóstico ou introduzir;
prevenção de determinadas patologias; d) Declaração do requerente certificando a iden-
b) Se destinem exclusivamente a fins de investi- tidade do RCM proposto com o RCM auto-
gação, análise ou ensaios clínicos. rizado pelo EMR, no caso de este conter adi-
tamentos ou alterações ao original.
2 — Para os animais produtores de alimentos, o dis-
posto no presente artigo pode ser aplicado mediante 3 — Para os efeitos do disposto no n.o 1, o requerente
as seguintes condições: deve:
a) O medicamento veterinário imunológico é admi- a) Informar o EMR do pedido e dos aditamentos
nistrado a um número identificado de animais; ou alterações ao processo original;
b) O médico veterinário responsável fixa um inter- b) Informar a Agência do pedido de reconheci-
valo de segurança apropriado, a fim de assegurar mento, bem como de quais os Estados membros
que os alimentos provenientes dos animais tra- envolvidos e datas de apresentação dos pedidos;
tados não apresentem resíduos que possam pôr c) Enviar à Agência cópia da autorização conce-
em risco a saúde dos consumidores; dida pelo EMR e, sempre que for caso disso,
c) O médico veterinário regista e mantém à dis- das autorizações concedidas por outros Estados
posição das autoridades para efeitos de con- membros;
trolo, durante três anos, as seguintes informa- d) Solicitar ao EMR a elaboração de um relatório
ções: data do exame clínico dos animais, iden- de avaliação sobre o medicamento em causa ou
tificação do proprietário/criador, número de o envio à DGV do relatório actualizado.
animais tratados, motivo do tratamento, medi-
camentos prescritos, dose administrada, dura- 4 — Após a recepção do pedido e do relatório de
ção do tratamento e intervalo de segurança avaliação, a DGV remete o processo à CTMVI.
recomendado. 5 — No prazo de 90 dias a contar da data de recepção
de um pedido válido e do relatório de avaliação, a DGV,
3 — Em nenhuma das situações previstas no n.o 1 após parecer da CTMVI homologado pelo director-geral
o medicamento veterinário imunológico pode ser de Veterinária, deve reconhecer a decisão emitida pelo
objecto de venda ou cedência, devendo ser incluída na EMR e o RCM por ele aprovado.
cartonagem e no rótulo a expressão «Utilização espe- 6 — A AIM concedida nos termos do presente artigo
cial — Proibida a venda». deve ser comunicada ao EMR, aos demais Estados mem-
4 — O disposto no n.o 1 do presente artigo não pre- bros a que o pedido diz respeito, à Agência, ao LNIV
judica a aplicação da legislação existente sobre protecção e ao requerente.
de animais usados para fins experimentais ou outros 7 — Sempre que a DGV verifique que o medicamento
fins científicos. veterinário imunológico pode constituir um eventual
Artigo 20.o risco para a saúde humana, animal ou meio ambiente,
deve disso informar o requerente, o EMR, os demais
Publicação Estados membros a que o pedido diga respeito, a Agên-
Os despachos de AIM, bem como a sua suspensão cia e o LNIV.
ou revogação, são objecto de publicação no Diário da 8 — A comunicação às entidades referidas no número
República. anterior deve ser acompanhada de exposição porme-
norizada dos fundamentos da suposição, indicando as
SECÇÃO II medidas que entenda necessárias para suprir as defi-
ciências do pedido.
Disposições específicas relativas aos procedimentos
comunitários de reconhecimento mútuo e centralizado Artigo 22.o
Arbitragem
Artigo 21.o
Reconhecimento mútuo
Sempre que não houver consenso relativamente à deci-
são a adoptar pelas autoridades dos Estados membros,
1 — A instrução do processo de AIM de um medi- por motivos de saúde humana, animal ou de ambiente,
camento veterinário imunológico já autorizado num aplicam-se os procedimentos comunitariamente previs-
Estado membro deve ser efectuada através do proce- tos, nomeadamente na Directiva n.o 81/851/CEE, do
dimento de reconhecimento mútuo. Conselho, de 28 de Setembro.
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Farmacêuticos na Comunidade Europeia — Guia 2 — Sempre que sejam solicitadas informações adi-
da Boa Prática de Fabrico de Produtos Far- cionais, o prazo suspende-se até ao seu envio.
macêuticos;
b) Dispor de pessoal qualificado, tanto no que se Artigo 30.o
refere ao fabrico como ao controlo de qualidade,
e instituir e manter um sistema eficaz de garan- Fabrico por terceiros
tia de qualidade; 1 — O fabricante pode encomendar a terceiros a rea-
c) Proceder à análise periódica dos respectivos lização da totalidade ou de certas fases do fabrico ou
métodos de fabrico à luz dos progressos técnicos de determinados controlos previstos neste diploma, se
e científicos; para isso estiverem autorizados.
d) Comercializar apenas os medicamentos veteri- 2 — Qualquer operação relacionada com o fabrico
nários imunológicos para os quais possua auto- executada por terceiros deve ser objecto de contrato
rização de fabrico; escrito entre as partes envolvidas.
e) Facultar o acesso aos representantes dos orga- 3 — O contrato deve precisar as responsabilidades de
nismos oficiais competentes; cada parte e, em particular, o respeito pelas linhas direc-
f) Facultar ao director técnico todos os meios trizes do bom fabrico por parte do executante e o modo
necessários à prossecução das suas competên- como a pessoa qualificada responsável pela aprovação
cias previstas no artigo 28.o do presente de cada lote assume a sua plena responsabilidade, sub-
diploma; metendo-se às inspecções oficiais correspondentes.
g) Instituir e manter um sistema eficaz de garantia 4 — O executante não pode subcontratar ninguém
de qualidade. para a realização de trabalhos que lhe tenham sido con-
fiados em virtude de contrato, sem autorização prévia
Artigo 28.o do contratante.
Direcção técnica
Artigo 31.o
1 — O titular da autorização de fabrico deve dispor
de forma permanente e contínua de uma direcção Matérias-primas
técnica. 1 — As matérias-primas especificamente destinadas
2 — A direcção técnica referida no número anterior ao fabrico de medicamentos veterinários imunológicos
é assegurada por um licenciado numa das seguintes apenas podem ser vendidas a entidades devidamente
áreas: Medicina Veterinária, Medicina, Biologia, Far- autorizadas para o seu fabrico ou preparação, nos termos
mácia, Química ou Química Farmacêutica. do disposto na presente secção.
3 — O director técnico é responsável por todo o pro- 2 — Os fabricantes e distribuidores autorizados a pos-
cesso de fabrico, competindo-lhe, nomeadamente: suir as substâncias referidas no número anterior devem
a) Garantir que cada lote de medicamentos tenha manter registos detalhados de todas as transacções rela-
sido fabricado e controlado de acordo com as tivas a estas durante um período mínimo de três anos
normas das práticas de bom fabrico, seguindo e colocá-los à disposição das entidades oficiais para efei-
os métodos e técnicas constantes dos respectivos tos de controlo, sempre que solicitados para tal.
processos de autorização;
b) Responsabilizar-se pela realização dos ensaios SECÇÃO II
de todos os lotes dos medicamentos veterinários
imunológicos exportados e importados de países Importação e exportação
terceiros;
c) Proceder ao registo de cada lote de fabrico e Artigo 32.o
à elaboração dos relatórios de controlo de qua- Autorização de importação
lidade, colocando-os à disposição dos agentes
de inspecção durante pelo menos um ano após 1 — Os importadores de medicamentos veterinários
a caducidade do lote; imunológicos provenientes de países terceiros devem
d) Diligenciar para que as substâncias activas e dispor de instalações autorizadas pela DGV, bem como
outras matérias-primas sujeitas a operações de de um director veterinário inscrito na Ordem dos Médi-
divisão sejam analisadas, de modo a garantir cos Veterinários.
a sua qualidade e pureza; 2 — Só é autorizada a importação de medicamentos
e) Zelar pelo armazenamento e acondicionamento veterinários imunológicos aos possuidores de uma AIM
dos medicamentos veterinários imunológicos e atribuída pela DGV, salvo o disposto no artigo 19.o
matérias-primas, activas ou não. 3 — Para efeitos do disposto no número anterior,
deve ser apresentado o respectivo pedido ao director-
4 — A interrupção de funções do director técnico não -geral de Veterinária através de requerimento, do qual
pode ultrapassar 30 dias, findos os quais deve ser comu- conste:
nicado à DGV o nome do novo director técnico. a) Nome e domicílio ou sede social do requerente;
b) Certidão do registo da firma ou denominação
Artigo 29.o particular emitida pela conservatória do registo
Prazos
comercial e de quem a obriga.
necessárias adaptações, e deve conter as seguintes b) Certificado analítico com os resultados do con-
informações: trolo efectuado por um laboratório oficial de
a) Nome ou designação social e sede social do referência de um Estado membro ou pelo res-
fabricante e do titular da AIM; ponsável pelo controlo de qualidade do fabri-
b) Nome e número da AIM do medicamento vete- cante que declare o lote conforme as especi-
rinário imunológico a importar, bem como o ficações aprovadas.
número total de doses e apresentação.
6 — A DGV, por sua iniciativa ou por proposta do
5 — Aplica-se às instalações referidas no n.o 1 do pre- LNIV, sempre que justificado, pode solicitar ao titular
sente artigo o disposto no presente diploma para as da AIM ou ao seu representante legal o envio de amos-
instalações dos estabelecimentos destinados ao comércio tras do lote dispensado das provas de contraste para
por grosso de medicamentos veterinários imunológicos. análise no laboratório oficial ou num laboratório de refe-
rência antes da sua comercialização.
Artigo 33.o 7 — Nos lotes aprovados ou dispensados nas provas
de contraste, nos termos do presente artigo, o reque-
Exportação
rente deve apor as marcas sanitárias de contraste, sendo
1 — À exportação de medicamentos veterinários imu- estas colocadas no recipiente ou, quando este o não
nológicos para países terceiros aplicam-se as disposições permita, na embalagem.
do presente diploma. 8 — O LNIV deve remeter semestralmente à DGV
2 — É proibida a exportação de medicamentos vete- a relação dos contrastes efectuados.
rinários imunológicos que tenham sido suspensos ou
revogados por razões de saúde pública, animal ou de
defesa do meio ambiente. Artigo 35.o
Realização do contraste
SECÇÃO III 1 — Após recepção do pedido de contraste, o director
Contraste do LNIV manda proceder à colheita das amostras neces-
sárias à realização das provas de contraste, bem como
Artigo 34.o à identificação e selagem do lote em causa, do qual
Âmbito
o titular da AIM ou o seu representante legal é cons-
tituído fiel depositário.
1 — Os medicamentos veterinários imunológicos 2 — As provas de contraste a realizar no LNIV devem
fabricados e importados directamente de um país ter- estar concluídas no prazo de 60 dias a contar da data
ceiro carecem de contraste para serem comercializados de colheita das amostras.
e utilizados. 3 — Relativamente ao lote dispensado das provas de
2 — Exceptuam-se do disposto no número anterior contraste nos termos do n.o 5 do artigo anterior, o titular
os medicamentos veterinários imunológicos importados da AIM, ou o seu representante legal, deve apresentar
de um país terceiro quando existam acordos adequados ao director-geral de Veterinária declaração de respon-
entre a União Europeia e o país exportador que garan- sabilidade que garanta a recolha imediata do mercado
tam que o fabricante do medicamento veterinário imu-
do lote relacionada com qualquer notificação de reacção
nológico cumpre com as práticas de bom fabrico.
3 — O pedido de contraste é apresentado ao director adversa ou reacção adversa grave.
do LNIV pelo titular da AIM ou pelo seu representante 4 — Os encargos resultantes do contraste são supor-
legal devidamente licenciado, conforme o caso, através tados pelo requerente de acordo com a tabela em vigor.
de requerimento, do qual conste:
a) Nome ou designação social e domicílio ou sede Artigo 36.o
social do titular da AIM; Improcedência
b) Nome ou designação social e domicílio ou sede
social do fabricante; 1 — O contraste é improcedente sempre que se
c) Nome do medicamento veterinário imunológico verifique:
e respectivo número da AIM;
d) Indicações; a) Falta de homogeneidade no lote;
e) Apresentações; b) Falta de observância das condições de conser-
f) Quantidade a contrastar, respectivo número de vação imputável ao requerente;
lote e prazo de validade. c) Violação da selagem referida no n.o 1 do artigo
anterior.
4 — Os métodos adoptados nas provas de contraste
são os constantes da farmacopeia europeia ou os descri- 2 — A improcedência e respectivo motivo são de ime-
tos no processo de AIM. diato comunicados pelo LNIV ao titular da AIM ou
5 — Os medicamentos veterinários imunológicos ao seu representante legal, cabendo de tal decisão
fabricados na União Europeia são dispensados das pro- recurso hierárquico para o Ministro da Agricultura, do
vas de contraste, devendo o titular da AIM ou o seu Desenvolvimento Rural e das Pescas, entregue no LNIV,
representante legal apresentar no LNIV os seguintes no prazo de cinco dias.
documentos: 3 — O recurso tem efeito suspensivo e dá lugar à
a) Certificado oficial de aprovação do medica- repetição das provas de contraste, sendo os encargos
mento veterinário imunológico emitido pela suportados pelo requerente nos termos do n.o 4 do artigo
autoridade competente de um Estado membro; anterior.
N.o 226 — 29 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5331
medicamentos veterinários imunológicos, de acordo r) A menção «Só pode ser vendido mediante
com normas estabelecidas ou a estabelecer para o efeito. receita médica veterinária»;
s) A menção «Só pode ser administrado pelo
médico veterinário»;
CAPÍTULO VIII t) A menção «Manter fora do alcance das crian-
ças»;
Rotulagem e folheto informativo u) Número da AIM.
Artigo 64.o 2 — Quando se trate de ampolas, ou de pequenos
Rotulagem de recipientes e embalagens exteriores recipientes que contenham uma única dose, as indica-
ções referidas no número anterior devem ser apostas
1 — Os recipientes e as embalagens exteriores dos na embalagem exterior, sendo apenas necessário colocar
medicamentos veterinários imunológicos devem conter naquelas as indicações a que se referem as alíneas a),
obrigatoriamente, em língua portuguesa e em caracteres b), d), l), m) e n) do número anterior.
legíveis, as seguintes menções:
a) A denominação do medicamento veterinário Artigo 65.o
imunológico, que pode ser um nome de fantasia Ausência de folheto informativo e de embalagem exterior
ou uma denominação comum, seguida ou não
de uma marca ou do nome do fabricante, ou 1 — Sempre que os medicamentos veterinários imu-
uma denominação científica ou uma fórmula, nológicos sejam fornecidos sem folheto informativo a
seguida ou não de uma marca ou do nome do informação que dele deve constar nos termos do
fabricante; artigo 65.o do presente diploma deve ser mencionada
b) A composição qualitativa e quantitativa em prin- no recipiente ou na embalagem exterior.
cípios activos por unidade de dose, de volume 2 — Na falta de embalagem exterior, todas as indi-
ou em percentagem, segundo a forma farma- cações que dela deviam constar devem ser apostas no
cêutica, utilizando as designações genéricas, ou recipiente.
as denominações comuns internacionais reco- Artigo 66.o
mendadas pela Organização Mundial de Saúde,
Folheto informativo
sempre que existam;
c) A forma farmacêutica; O folheto informativo deve conter obrigatoriamente,
d) Dimensão das embalagens (conteúdo expresso além das indicações referidas nas alíneas a), b), e), f),
em termos de peso, volume ou número de doses g), h), i), j), p), q), r) e s) do n.o 1 do artigo 65.o do
do medicamento veterinário imunológico); presente diploma, o seguinte:
e) As espécies animais alvo;
a) Contra-indicações;
f) As indicações;
b) Efeitos secundários;
g) A posologia e esquema de vacinação;
c) Indicações para uma administração correcta, se
h) O modo e a via de administração; for caso disso;
i) O intervalo de segurança por espécie para o d) Interacções medicamentosas e outras formas de
medicamento veterinário imunológico a admi- interacções;
nistrar aos animais produtores de alimentos des- e) Incompatibilidades;
tinados ao consumo humano, mesmo que este f) Utilização durante a gestação e a lactação;
seja nulo; g) Denominação da espécie animal de origem no
j) Advertências especiais, se necessário (inclui caso dos soros;
informação essencial para a protecção da saúde h) Data da última revisão do folheto informativo.
e da segurança, precauções especiais relativas
à utilização e quaisquer outras advertências
resultantes de ensaios clínicos e farmacológicos Artigo 67.o
ou da experiência obtida durante a utilização Proibição de referência a outras marcas comerciais
do medicamento veterinário imunológico desde
a sua introdução no mercado); No recipiente, na embalagem exterior ou no folheto
l) Prazo de validade (mês/ano) e prazo de validade informativo que acompanha o medicamento veterinário
após a primeira utilização ou reconstituição, se imunológico não podem figurar referências a marcas
for caso disso; comerciais de outros medicamentos veterinários imu-
m) Número do lote de fabrico; nológicos.
n) Condições especiais de conservação; CAPÍTULO IX
o) Precauções especiais quanto à eliminação do
medicamento veterinário imunológico não uti- Publicidade
lizado ou dos seus desperdícios, se for caso disso;
p) Nome e morada do titular da AIM e do seu Artigo 68.o
representante legal, bem como do titular da
Definição
autorização de fabrico responsável pela liber-
tação do lote, se for diferente; Considera-se publicidade de medicamentos veteriná-
q) A menção «Uso veterinário», impressa em rios imunológicos, para efeitos do presente diploma,
fundo verde; qualquer forma de comunicação, de informação, de
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Artigo 77.o
Artigo 75.o
Controlo e fiscalização
Protocolo experimental
Compete à DGV e às direcções regionais de agri-
1 — O pedido para a realização de um ensaio clínico cultura, adiante designadas por DRA, dentro do âmbito
com um medicamento veterinário imunológico deve ser das respectivas competências, assegurar o controlo e a
acompanhado das referências bibliográficas com ele fiscalização da observância das normas constantes do
relacionadas, bem como do protocolo respectivo, o qual presente diploma e da respectiva regulamentação, sem
deve conter as seguintes informações: prejuízo das competências atribuídas por lei a outras
a) Os objectivos do ensaio; entidades.
b) A identificação da pessoa e da entidade res-
ponsável pelo ensaio, bem como dos tratadores; Artigo 78.o
c) A indicação da espécie ou espécies animais e
do número de animais a utilizar, bem como as Contra-ordenações
condições de alojamento e manutenção destes; 1 — As infracções ao disposto no n.o 1 do artigo 4.o,
d) A origem dos animais, o período de duração n.os 1, 2 e 4 do artigo 8.o, n.os 1, 2 e 3 do artigo 19.o,
do ensaio e o destino final destes; n.os 1 e 2 do artigo 26.o, artigo 27.o, n.os 1 e 4 do
e) As reacções adversas, os efeitos secundários artigo 28.o, artigo 31.o, n.o 1 do artigo 32.o, n.o 2 do
esperados e as medidas a tomar, se for caso artigo 33.o, n.os 1 e 7 do artigo 34.o, artigo 37.o,
disso; artigo 38.o, n.os 1, 2 e 4 do artigo 47.o, artigo 49.o, n.os 1
f) A especificação do grau de sofrimento previsível e 2 do artigo 50.o, artigo 52.o, n.os 1 e 3 do artigo 53.o,
no decurso do ensaio e ainda se há necessidade artigo 56.o, artigo 57.o, artigo 58.o, artigo 59.o, artigo 60.o,
de aplicação/administração de qualquer outro
artigo 61.o, artigo 62.o, artigo 63.o, artigo 65.o, artigo 66.o,
produto ou substância;
artigo 67.o, artigo 70.o, n.o 1 do artigo 71.o e artigo 72.o
g) As medidas destinadas a garantir que qualquer
sofrimento ou deficiência seja eliminada o mais do presente diploma constituem contra-ordenações
rapidamente possível; puníveis com coima, cujo montante mínimo é de
h) A indicação de que não há outro método cien- 100 000$ e o máximo de 750 000$ ou 9 000 000$, con-
tífico satisfatório alternativo ao ensaio em causa; soante o agente seja pessoa singular ou colectiva.
i) A referência a quaisquer outros pormenores 2 — A negligência e a tentativa são puníveis.
considerados relevantes.
Artigo 79.o
2 — Pode ainda ser solicitada informação adicional, Sanções acessórias
nomeadamente:
a) Calendário; Consoante a gravidade da contra-ordenação e a culpa
b) Análise de informação — datas previstas; do agente, podem ser aplicadas, simultaneamente com
c) Impacte ao nível dos indicadores de produção a coima e nos termos do disposto no regime geral das
ou na qualidade dos produtos provenientes dos contra-ordenações, as seguintes sanções acessórias:
animais tratados, se for o caso; a) Perda de objectos pertencentes ao agente;
d) Método estatístico utilizado; b) Interdição do exercício de uma profissão ou acti-
e) Relatório final conclusivo relativo ao ensaio clí- vidade cujo exercício dependa de título público
nico efectuado. ou de autorização ou homologação de autori-
dade pública;
c) Privação do direito a subsídio ou benefício
CAPÍTULO XI outorgado por entidades ou serviços públicos;
d) Privação do direito de participar em feiras ou
Taxas mercados;
Artigo 76.o e) Privação do direito de participação em arrema-
tações ou concursos públicos que tenham por
Taxas objecto a empreitada ou a concessão de obras
1 — Pelos actos relativos aos procedimentos previstos públicas, o fornecimento de bens e serviços, a
no presente diploma é devida uma taxa, nos termos concessão de serviços públicos e a atribuição
da tabela constante do anexo IV, do qual faz parte de licenças ou alvarás;
integrante. f) Encerramento de estabelecimento cujo funcio-
2 — O produto das taxas relativas à autorização de namento esteja sujeito à autorização ou licença
introdução no mercado, suas alterações e renovações, de autoridade administrativa;
cuja cobrança compete à DGV, destina-se ao pagamento g) Suspensão de autorizações, licenças e alvarás.
das despesas inerentes ao funcionamento da CTMVI.
3 — O produto das taxas relativas à autorização de Artigo 80.o
fabrico, importação, exportação, distribuição por grosso Instrução dos processos e aplicação de coimas
e aquisição directa constituem receitas que se destinam
a ser distribuídas, em partes iguais, pela DGV e pelo 1 — A aplicação das coimas e sanções acessórias com-
LNIV. pete ao director-geral de Veterinária.
5338 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 226 — 29 de Setembro de 2000
2 — A entidade que levantar o auto de notícia reme- 5 — A retirada do mercado a que se refere o número
te-lo-á à DRA da área em que foi praticada a infracção, anterior do presente artigo é da responsabilidade do
para instrução do competente processo. titular da AIM e pode incidir apenas sobre os lotes
que forem objecto de contestação.
Artigo 81.o 6 — A DGV deve comunicar à Agência e às auto-
ridades competentes dos restantes Estados membros a
Afectação do produto das coimas decisão de suspensão ou revogação da AIM do medi-
A afectação do produto das coimas cobradas em apli- camento veterinário imunológico.
cação do artigo 79.o do presente diploma far-se-á da 7 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores
seguinte forma: do presente artigo, a DGV pode propor a submissão
à Agência da decisão de suspensão ou revogação da
a) 10 % para a entidade que levantou o auto; AIM do medicamento veterinário imunológico sempre
b) 10 % para a entidade que instruiu o processo; que considere que se encontra envolvido o interesse
c) 20 % para a entidade que aplicou a coima; de outro Estado membro.
d) 60 % para os cofres do Estado. 8 — A DGV deve informar a Organização Mundial
de Saúde e a Organização Internacional das Epizootias
Artigo 82.o sempre que as decisões de suspender ou revogar a AIM
Regiões Autónomas
do medicamento veterinário imunológico sejam suscep-
tíveis de ter efeitos sobre a protecção da saúde pública
Nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, ou da saúde animal em países terceiros.
as competências cometidas à DGV pelos artigos 78.o,
79.o e 80.o são exercidas pelos correspondentes serviços
Artigo 84.o
e organismos regionais com idênticas funções e com-
petências, constituindo receita das Regiões Autónomas Proibição
o produto das coimas aí cobradas.
1 — A DGV pode proibir o fabrico, a importação,
a detenção, a venda, o fornecimento e a utilização de
CAPÍTULO XIII medicamentos veterinários imunológicos, caso se veri-
fique que:
Disposições finais e transitórias
a) A administração do medicamento interfere com
Artigo 83.o o funcionamento de um programa nacional ou
comunitário de diagnóstico, controlo ou erra-
Suspensão e revogação
dicação de uma determinada doença;
1 — A DGV pode, por sua iniciativa ou mediante b) A doença em relação à qual o medicamento
proposta do LNIV ou da CTMVI, suspender, bem como é suposto conferir imunidade é praticamente
revogar a autorização de introdução no mercado, de inexistente em território nacional.
fabrico ou de importação de um medicamento veteri-
nário imunológico sempre que o mesmo seja descon- 2 — A DGV deve comunicar à Comissão sempre que
forme com as normas legais e regulamentares aplicáveis se verifique a aplicação das disposições do presente
ou com as condições da respectiva autorização, nomea- artigo.
damente quando se verifique uma das seguintes con-
dições: Artigo 85.o
a) As circunstâncias previstas nas alíneas b), c), Controlo laboratorial
d) e e) do n.o 1 do artigo 12.o do presente
diploma; A DGV ou o LNIV, no âmbito das respectivas com-
b) Não seja efectuado o controlo de qualidade petências, podem exigir que o titular da AIM submeta
sobre o produto acabado ou sobre os compo- a controlo de um laboratório, público ou privado, de
nentes e os produtos intermédios de fabrico; reconhecida idoneidade amostras dos produtos em dife-
c) Alterações aos termos da AIM não decorrentes rentes fases do fabrico ou do produto acabado.
do previsto no anexo III do presente diploma;
d) O incumprimento das práticas de bom fabrico; Artigo 86.o
e) Exista interferência com o funcionamento de
um programa nacional ou comunitário de diag- Medicamentos veterinários imunológicos já autorizados
nóstico, controlo ou erradicação de uma deter- As disposições do presente diploma aplicam-se aos
minada doença; medicamentos veterinários imunológicos autorizados ao
f) Seja necessário tomar medidas no âmbito do abrigo da Portaria n.o 488/95, de 22 de Maio, devendo
sistema nacional da farmacovigilância e toxico- os titulares das AIM apresentar os respectivos pedidos
logia veterinária.
de renovação, nos termos do disposto no artigo 16.o
do presente diploma, no prazo de cinco anos a contar
2 — No caso de incumprimento do disposto no
da data da sua concessão.
número anterior, há lugar à revogação da respectiva
AIM.
3 — A DGV deve notificar o titular da AIM da sus- Artigo 87.o
pensão e da revogação e seus fundamentos. Regulamentação complementar
4 — A revogação e a suspensão implicam sempre a
retirada do medicamento veterinário imunológico do Por portaria do Ministro da Agricultura, do Desen-
mercado, em prazo a fixar pela DGV. volvimento Rural e das Pescas, sob proposta do direc-
N.o 226 — 29 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5339
representativa do lote de produção quer num certo Devem ser descritos os estudos com base nos quais
número de unidades analisadas individualmente. o requerente determinou o prazo de validade. Estes estu-
Se necessário, é efectuado igualmente um teste espe- dos devem ser sempre em tempo real; devem efectuar-se
cífico de identificação. num número suficiente de lotes produzidos em con-
Em casos excepcionais, em que o doseamento de prin- formidade com o processo de produção descrito e em
cípios activos muito numerosos ou presentes em quan- produto(s) armazenado(s) no(s) recipiente(s) final(ais);
tidades muito diminutas impliquem uma investigação os estudos incluem testes biológicos e físico-químicos.
complexa e difícil de cada lote de produção, poder-se-á As conclusões devem incluir os resultados das análises
omitir o doseamento de um ou mais princípios activos e fundamentar o prazo de validade proposto nas con-
no produto acabado, com a condição de que os referidos dições de momento recomendadas.
doseamentos se efectuem nas fases mais tardias de pro- No que respeita aos produtos administrados nos ali-
cesso de fabrico. Esta omissão não é aplicável à carac- mentos para animais, deve-se igualmente especificar o
terização das substâncias em questão. Esta técnica sim- prazo de validade do produto para as várias fases de
plificada é complementada por um método de avaliação mistura, caso esta se efectue, em conformidade com
quantitativo que permita à DGV verificar que o medi- as instruções recomendadas. Caso um produto final deva
camento imunológico se encontra em conformidade com ser reconstituído antes da administração, deve especi-
a respectiva fórmula após a sua introdução no mercado. ficar-se o prazo de validade proposto para o produto
3 — Identificação e doseamento do(s) adju- reconstituído tal como recomendado. Devem ser apre-
vante(s). — Caso existam procedimentos de ensaio, deve sentados dados que fundamentem o prazo de validade
ser verificado no produto final a quantidade e natureza proposto para o produto reconstituído.
do adjuvante e seus constituintes.
4 — Identificação e doseamento dos constituintes do
excipiente. — O(s) excipiente(s) deve(m) ser subme- PARTE II
tido(s), no mínimo, a testes de identificação. Ensaios de segurança
O método analítico proposto para a identificação de
matérias corantes deve permitir verificar que estas cons- A) Introdução
tam da legislação em vigor sobre a matéria.
1 — Os estudos de segurança devem pôr em evidência
Devem ser obrigatoriamente determinados os limites
os riscos potenciais do medicamento imunológico sus-
máximo e mínimo dos agentes conservantes; é obriga-
ceptíveis de ocorrerem nos animais nas condições de
tório verificar o limite máximo de qualquer componente
utilização propostas; os riscos devem ser confrontados
de excipiente susceptível de provocar efeitos secun-
com as vantagens potenciais do medicamento imu-
dários.
nológico.
5 — Ensaios de segurança. — Para além dos resul- Caso os medicamentos imunológicos envolvam orga-
tados apresentados em conformidade com a parte II do nismos vivos, especialmente os susceptíveis de serem
presente anexo, devem ser apresentados detalhes sobre transmitidos por animais vacinados, deve avaliar-se o
os ensaios de segurança. Estes devem constituir pre- risco para animais não vacinados potencialmente expos-
ferencialmente estudos de sobredosagem executados tos, quer os da mesma quer os de outras espécies.
em, pelo menos, uma das espécies alvo mais sensíveis 2 — As informações detalhadas e documentos apen-
e utilizar, pelo menos, a via de administração recomen- sos ao pedido de autorização de introdução no mercado
dada que represente o maior risco. devem ser apresentados em conformidade com os requi-
6 — Esterilidade e teste de pureza. — Devem ser sitos da alínea B) seguinte.
efectuados testes adequados para demonstrar a ausência 3 — A DGV deve assegurar que os ensaios labora-
de contaminação por agentes estranhos, consoante a toriais se efectuem em conformidade com os princípios
natureza do medicamento imunológico, o método e as das boas práticas de laboratório.
condições de preparação.
7 — Inactivação. — Quando aplicável, deve efec- B) Requisitos de carácter geral
tuar-se um teste de verificação de inactivação no produto
contido no recipiente final. 1 — Os ensaios de segurança devem ser efectuados
8 — Humidade residual. — É determinada a humi- na(s) espécie(s) alvo.
dade residual em cada lote de produto liofilizado. 2 — A dose a utilizar deve ser a quantidade de pro-
9 — Consistência entre os lotes. — Por forma a garan- duto recomendada para uso e contendo o título ou
tir a reprodutibilidade da eficácia do produto nos vários potência máximos.
lotes e a demonstrar a conformidade com as especi- 3 — As amostras utilizadas nos ensaios de segurança
ficações, devem efectuar-se no lote a granel ou lote de devem ser recolhidas de um ou mais lotes produzidos
produto acabado testes de potência baseados em méto- em conformidade com o processo de produção descrito
dos in vitro ou in vivo, que incluam substâncias de refe- no pedido de autorização de introdução no mercado.
rência adequadas, caso se encontrem disponíveis; em
circunstâncias excepcionais, os testes de potência podem C) Ensaios laboratoriais
efectuar-se na fase intermédia mais tardia do processo
de produção. 1 — Segurança da administração de uma dose. — O
medicamento imunológico deve ser administrado na
F ) Ensaios de estabilidade dose recomendada por cada uma das vias de adminis-
tração e para todas as categorias de animais da(s) espé-
As informações detalhadas e os documentos apensos cie(s) alvo a que se destina, incluindo animais com a
ao pedido de autorização de introdução no mercado idade mínima para a administração. Os animais devem
devem ser apresentados em conformidade com os requi- ser observados e analisados no que respeita a reacções
sitos que se seguem. sistémicas e locais. Se adequado, estes estudos devem
N.o 226 — 29 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5343
incluir exames necrópsicos macroscópicos e microscó- materiais provenientes do nível de passagem menos ate-
picos pormenorizados do local de injecção. nuado entre a semente mãe e o produto final. A primeira
Devem registar dados relativos a outros critérios vacinação deve ser efectuada pela via de administração
objectivos, como medições de temperatura rectal e do recomendada que mais provavelmente conduza à rever-
rendimento zootécnico. são da virulência.
Os animais devem ser observados e analisados até Devem efectuar-se, pelo menos, cinco passagens em
que não sejam previsíveis reacções. Em qualquer caso, série em animais da(s) espécie(s) alvo. Caso tal não
o período de observação e exame nunca deverá ser infe- seja tecnicamente possível em virtude de o microrga-
rior a 14 dias após a administração. nismo não se replicar de modo adequado, devem efec-
2 — Segurança da administração única de uma sobre- tuar-se na(s) espécie(s) alvo tantas passagens quanto
dosagem. — Deve ser administrada uma sobredosagem possível. Se necessário, pode proceder-se à propagação
do medicamento imunológico aos animais das categorias do microrganismo in vitro entre as passagens in vivo.
mais sensíveis da(s) espécie(s) alvo por cada uma das As passagens devem efectuar-se através da via de admi-
vias de administração recomendadas. Os animais devem nistração que mais provavelmente conduz à reversão
ser observados e examinados no que respeita a reacções da virulência.
sistémicas e locais. Devem registar-se dados relativos 6.4 — Propriedades biológicas da estirpe utilizada na
a outros critérios objectivos, como medições da tem- vacina. — Podem ser necessários mais testes, por forma
peratura rectal e do rendimento zootécnico. a determinar tão precisamente quanto possível as pro-
Os animais devem ser observados e examinados priedades biológicas intrínsecas da estirpe utilizada na
durante um mínimo de 14 dias após a administração. vacina (por exemplo, neurotropismo).
3 — Segurança da administração repetida de uma 6.5 — Recombinação ou rearranjo genómico das
dose. — A administração repetida de uma dose pode estirpes. — Deve ser analisada a probabilidade de
ser necessária para revelar quaisquer efeitos nocivos recombinação ou rearranjo genómico com as estirpes
induzidos pela referida administração. Estes ensaios de campo ou outras.
devem efectuar-se nas categorias mais sensíveis da(s) 7 — Estudos de resíduos. — No que respeita aos
espécie(s) alvo, através da via de administração reco- medicamentos imunológicos, é geralmente desnecessá-
mendada. rio proceder a estudos de resíduos.
Os animais devem ser observados e examinados no Todavia, caso o fabrico destes medicamentos envolva
mínimo durante 14 dias após a última administração a utilização de adjuvantes e ou conservantes, deve aten-
no que respeita a reacções sistémicas e locais. Devem der-se à possível persistência de resíduos nos géneros
registar-se dados relativos a outros critérios objectivos, alimentícios. Se necessário, devem investigar-se os efei-
como medições da temperatura rectal e do rendimento tos dos referidos resíduos. Além disso, no que respeita
zootécnico. às vacinas vivas contra zoonoses, para além dos estudos
4 — Exame da função reprodutora. — Deve ponde- constantes do n.o 6.2 anterior, pode ser necessário pro-
rar-se o exame da função reprodutora caso existam ceder à determinação de resíduos no local de injecção.
dados sugestivos de que as matérias-primas utilizadas Deve ser elaborada uma proposta de intervalo de
na produção do medicamento imunológico possam cons- segurança, cuja adequação deve ser exposta com base
tituir um factor de risco potencial. A função reprodutora nos estudos de resíduos eventualmente efectuados.
dos machos e das fêmeas grávidas deve ser investigada 8 — Interacções. — Devem ser especificadas quais-
com o recurso à dose e a cada uma das vias de admi- quer interacções com outros produtos.
nistração recomendadas. Além disso, devem ser inves-
tigados os efeitos nocivos na descendência, bem como D) Estudos de campo
os efeitos teratogénicos e abortivos.
Estes estudos podem ser parte integrante dos estudos Salvo justificação em contrário, os resultados dos estu-
de segurança descritos no n.o 1 anterior. dos laboratoriais devem ser complementados por dados
5 — Exame de funções imunológicas. — Caso o medi- comprovativos, provenientes dos estudos de campo.
camento imunológico possa afectar a resposta imuno-
lógica do animal vacinado ou da sua descendência, E) Ecotoxicidade
devem ser efectuados testes adequados das funções O estudo de toxicidade dos medicamentos veteriná-
imunológicas. rios imunológicos destina-se a avaliar os potenciais efei-
6 — Requisitos especiais aplicáveis às vacinas vivas: tos lesivos para o ambiente resultantes da utilização do
6.1 — Disseminação da estirpe da vacina. — Deve produto e a identificar quaisquer medidas preventivas
investigar-se a transmissão da estirpe da vacina dos ani- eventualmente necessárias para diminuir os referidos
mais vacinados para os não vacinados recorrendo à via riscos.
de administração recomendada mais susceptível de a A avaliação da ecotoxicidade é obrigatória para todos
ela conduzir. Além disso, pode ser necessário investigar os pedidos de autorização de introdução no mercado
a transmissão para outras espécies potencialmente muito de medicamentos imunológicos.
sensíveis à estirpe da vacina viva. Esta avaliação deve geralmente envolver duas fases.
6.2 — Disseminação no animal vacinado. — Deve A primeira fase de avaliação é sempre efectuada. O
verificar-se a presença do microrganismo nas fezes, investigador avalia o possível grau de exposição no
urina, leite, ovos e secreções orais, nasais ou outras. ambiente do produto e dos seus princípios activos ou
Além disso, poderão requerer-se estudos sobre a dis- metabolitos relevantes no ambiente, tomando em con-
seminação no corpo do animal da estirpe utilizada na sideração:
vacina, com especial destaque para os locais de eleição
de replicação do microrganismo. a) As espécies alvo e o tipo de utilização proposta
6.3 — Reversão da virulência nas vacinas atenua- (por exemplo, medicação em massa e medicação
das. — A reversão da virulência deve ser investigada em de um só animal);
5344 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 226 — 29 de Setembro de 2000
C) Estudos de campo
PARTE IV
Elementos e documentos relativos aos testes de As informações sobre os estudos de campo devem
segurança e aos ensaios de eficácia dos medi- ser suficientemente pormenorizadas para que permitam
camentos imunológicos. um julgamento objectivo.
Devem englobar os seguintes pontos:
A) Introdução
1) Resumo;
Como em qualquer trabalho científico, o processo 2) Nome, morada, função e habilitações do inves-
respeitante aos estudos de segurança e eficácia deve tigador responsável;
conter uma introdução que defina o assunto e espe- 3) Local e data de administração, nome e morada
cifique os testes efectuados nos termos do disposto nas do proprietário do(s) animal(ais);
partes III e IV do presente anexo, bem como um resumo 4) Especificação do protocolo de ensaio, com a
e referências bibliográficas. Deve ser indicada e ana- descrição dos métodos, aparelhagem e materiais
lisada a omissão de quaisquer dos testes ou ensaios enu- utilizados e informações, como a via e o
merados nas partes III e IV do presente anexo. esquema de administração, a dose, as categorias
de animais, a duração da observação, a resposta
B) Estudos laboratoriais serológica e outras investigações efectuadas nos
animais após a administração;
Para cada estudo devem especificar-se as informações
5) No que respeita aos animais de controlo, indi-
que se seguem:
cação sobre se receberam um placebo ou não
1) Resumo; foram submetidos a tratamento;
2) Denominação do organismo que efectuou os 6) Identificação dos animais tratados e de controlo,
estudos; colectiva ou individual, conforme adequado,
3) Protocolo experimental pormenorizado, com a como as espécies, raças ou variedades, idade,
descrição dos métodos, aparelhagem e materiais peso, sexo e estado fisiológico;
utilizados, e informações, como a espécie, raças 7) Breve descrição do método de criação e alimen-
ou as variedades de animais, categorias de ani- tação, com indicação da natureza e quantidade
mais, sua identificação e número, condições em de quaisquer aditivos presentes na alimentação
que foram instalados e alimentados, referindo, animal;
designadamente, a ausência de quaisquer 8) Todos os elementos relativos às observações,
microrganismos patogénicos específicos e ou rendimentos zootécnicos e resultados, incluindo
anticorpos específicos e a natureza e quantidade médias e desvios padrão; caso se tenha proce-
dos aditivos eventualmente presentes na sua ali- dido a testes e medições individuais, devem
mentação, a dose, via, posologia e datas de admi- apresentar-se os dados individuais;
nistração, bem como a descrição dos métodos 9) Todas as observações e resultados dos estudos,
estatísticos utilizados; favoráveis ou desfavoráveis, com indicação de
4) No que respeita aos animais de controlo, indi- todas as observações e resultados dos testes
cação sobre se receberam um placebo ou não objectivos de actividade necessários para a ava-
foram sujeitos a tratamento; liação do produto devem ser justificadas as téc-
5) Todas as observações e resultados gerais e indi- nicas utilizadas e a significância de eventuais
viduais obtidos, bem como médias e desvios variações nos resultados;
padrão, favoráveis ou desfavoráveis. Os dados 10) Efeitos no rendimento zootécnico dos animais,
devem ser apresentados com o pormenor sufi- por exemplo, postura de ovos, produção de leite,
ciente para que possam ser criticamente ava- função reprodutora;
liados, independentemente da interpretação 11) Número de animais retirados prematuramente
dada pelo autor. Os dados brutos devem ser dos estudos e sua fundamentação;
apresentados em quadros. A título explicativo 12) Natureza, frequência e duração dos efeitos
ou ilustrativo, os resultados podem ser, nomea- secundários observados;
5346 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 226 — 29 de Setembro de 2000
13) Ocorrência e evolução de eventuais doenças diploma relativas aos pedidos de introdução no mercado
intercorrentes; de medicamentos veterinários imunológicos.
14) Informações integrais sobre os medicamentos, 4 — A cada alteração de uma autorização de intro-
excepto o objecto de estudo, administrados pré- dução no mercado corresponde um pedido, excepto
via ou concomitantemente com o medicamento quando dessa alteração resultem outras, caso em que
testado ou durante o período de observação; as alterações consequentes poderão ser incluídas no
indicações sobre quaisquer interacções obser- mesmo pedido, devendo este descrever a relação entre
vadas; a alteração principal e as consequentes.
15) Discussão objectiva dos resultados obtidos que 5 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,
conduza a conclusões quanto à segurança e efi- quando forem requeridas simultaneamente, e para a
cácia do medicamento imunológico. mesma autorização de introdução no mercado, várias
alterações, cada pedido deverá fazer referência aos
D) Conclusões gerais outros requerimentos.
6 — Se uma alteração requerer a actualização da
Devem ser apontadas as conclusões gerais sobre todos
informação relativa ao medicamento, designadamente
os resultados dos testes e ensaios efectuados em con-
ao resumo das características do medicamento, à rotu-
formidade com as partes III e IV do presente diploma.
lagem ou ao folheto informativo, esta considera-se parte
Devem incluir uma discussão objectiva sobre todos os
integrante da alteração e o prazo para a concretização
resultados obtidos e conduzir a conclusões sobre a segu-
da referida actualização devera ser fixado aquando da
rança e eficácia do medicamento imunológico em
aprovação da alteração.
questão.
7 — As alterações previstas no presente diploma care-
cem de autorização a conceder pela DGV.
E) Referências bibliográficas
7.1 — As autorizações são concedidas no prazo de
As referências bibliográficas citadas no resumo refe- 60 dias quando se trate de alterações do tipo I, no prazo
rido na alínea A) da parte IV do presente anexo devem de 90 dias quando se trate de alterações do tipo II,
ser pormenorizadamente indicadas. e no prazo de 210 dias no caso das autorizações previstas
na parte B do presente anexo.
ANEXO III 7.2 — Os prazos referidos no número anterior sus-
pendem-se sempre que ao requerente sejam solicitadas
(a que se refere o artigo 17.o) informações adicionais ou exigida a correcção de defi-
Alteração dos termos da autorização da AIM ciências e até que os dados referidos sejam apresentados,
arquivando-se o pedido 30 dias seguidos após a ausência
1 — As alterações classificam-se em: de qualquer resposta às questões formuladas.
a) Alterações do tipo I ou alterações menores — 7.3 — As decisões relativas aos pedidos de alteração
todas as alterações descritas na parte A do pre- são comunicadas pela DGV ao LNIV.
sente anexo; 8 — Sem prejuízo do disposto no n.o 2 do presente
b) Alterações do tipo II ou alterações maiores — anexo os responsáveis pela introdução no mercado de
quaisquer alterações não incluídas no âmbito medicamentos veterinários imunológicos podem, em
das partes A ou B do presente anexo; caso de risco para a saúde pública ou animal, adoptar
c) Alterações de valor equivalente a uma nova medidas urgentes de segurança, considerando-se estas,
autorização as alterações descritas na parte B as modificações transitórias de informação sobre o medi-
do presente anexo que, por modificarem de camento veterinário imunológico, por eles efectuadas
modo substancial os termos da autorização, que:
importam a apresentação de um novo pedido a) Restrinjam a(s) indicações e ou dosagem e ou
de autorização de introdução no mercado do espécie animal a que o medicamento veterinário
medicamento veterinário imunológico em ques- imunológico se destina;
tão. b) Introduzam uma contra-indicação ou advertên-
cia em virtude de novos dados relacionados com
2 — O pedido de alteração é dirigido, em requeri- a segurança da utilização do medicamento vete-
mento, ao director-geral de Veterinária e deve ser acom- rinário imunológico.
panhado dos seguintes documentos:
a) Alteração do tipo I — documentos comprova- 8.1 — A adopção de medidas urgentes de segurança
tivos da observância das condições estabelecidas deve ser previamente comunicada à DGV, podendo ser
na parte A do presente anexo para a alteração aplicadas se, sobre elas, a DGV, ouvido o LNIV, não
solicitada, bem como de todos os documentos se pronunciar no prazo de quarenta e oito horas sobre
alterados em virtude do pedido; a comunicação.
b) Alteração do tipo II — documentos iniciais rele- 8.2 — A comunicação a que se refere o número ante-
vantes para a alteração solicitada, dados con- rior, deve fazer-se acompanhar do relatório justificativo
firmativos no que respeita à alteração pedida, da medida.
todos os documentos alterados no âmbito do 8.3 — No prazo de cinco dias a contar do termo do
pedido e uma adenda ou actualização dos rela- prazo a que se refere o n.o 8.1 do presente anexo, o
tórios de peritos existentes que interessem à responsável pela introdução no mercado deve entregar
alteração solicitada. na DGV o correspondente pedido de alteração da auto-
rização de introdução no mercado do medicamento vete-
3 — Aos pedidos de alteração constantes da parte B rinário imunológico em causa, nos termos previstos no
do presente anexo são aplicáveis as disposições deste presente diploma.
N.o 226 — 29 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5347
9 — Entende-se por transferência de uma AIM o pro- tar de uma denominação comum, a alteração
cedimento que consiste na alteração da titularidade deverá efectuar-se respeitando a seguinte ordem
daquela para um novo titular, desde que não resulte de preferência: denominação comum internacio-
apenas da mudança de nome do titular precedente, caso nal, denominação na farmacopeia ou denomi-
em que se aplicará o n.o 3 da parte A do presente anexo. nação comum.
9.1 — A alteração prevista no número anterior carece
de autorização da DGV, a conceder no prazo de 60 dias 3 — Alteração do nome e ou morada do responsável
a contar da recepção do requerimento elaborado nos pela autorização de introdução no mercado:
termos previstos na parte C e do presente anexo, acom-
panhado da taxa a que se refere a alínea s) do anexo IV Condições a observar: o responsável pela autori-
do presente diploma, e produz efeitos a partir da data zação de introdução no mercado deve continuar
fixada por aquele organismo em comum acordo com a ser a mesma entidade.
o titular da autorização de introdução no mercado e
com o titular a favor do qual a transferência é efectuada. 4 — Substituição de um excipiente por outro exci-
9.2 — O requerimento apenas pode abranger uma piente comparável, excluindo os adjuvantes e os exci-
única transferência de AIM, e deve ser indeferido pientes de origem biológica:
quando se verifique que: Condições a observar: mesmas características fun-
a) A documentação apresentada em apoio do cionais e perfil de dissolução inalterado no que
pedido é incompleta; respeita às formas sólidas.
b) O titular a favor do qual a transferência é efec-
tuada não está estabelecido na União Europeia. 5 — Alteração do sistema de colocação do produto
mediante adição, supressão ou substituição de um
10 — A transferência de uma AIM não prejudica o corante:
disposto nos artigos 16.o e 17.o do presente diploma. Condições a observar: as mesmas características
11 — Dos pedidos de transferência de uma AIM, bem funcionais, sem alteração do perfil de dissolução
como das autorizações concedidas, dará a DGV conhe- em formas farmacêuticas sólidas; qualquer ajus-
cimento ao LNIV. tamento menor da fórmula, para manter o peso
12 — A DGV dará conhecimento ao Estado membro total, deve ser obtido mediante um excipiente
de referência da transferência de titular de um medi- maioritário na fórmula.
camento veterinário imunológico aprovado por proce-
dimento de reconhecimento mútuo. 6 — Alteração do sistema de aromatização do pro-
duto mediante adição, supressão ou substituição de um
aromatizante:
PARTE A
Condições a observar: o aromatizante proposto
Alterações de tipo I deve ser em conformidade com a Directiva
[referidas na alínea a) do n.o 1] n.o 88/388/CEE; qualquer ajustamento menor da
fórmula, para manter o peso total, deve ser
Aplica-se às alterações menores n.os 10, 11, 12, 14, obtido mediante um excipiente maioritário na
15, 16, 23 e 24 adiante indicadas, o procedimento pre- fórmula.
visto para as alterações, maiores, bem como a qualquer
alteração menor sempre que necessária a realização de 7 — Adição, supressão ou substituição de um adju-
uma inspecção específica a um local de fabrico: vante.
1 — Alteração da(s) seguinte(s) modificação(ões) 8 — Adição, supressão ou substituição de um con-
da(s) autorização(ões) de fabrico; servante.
Condições gerais: a autorização modificada deve ser 9 — Alteração na composição qualitativa do material
apresentada à autoridade competente: de acondicionamento primário:
Alteração do nome de um fabricante do medica- Condições a observar: o material de acondiciona-
mento veterinário imunológico; mento proposto deve ser pelo menos equivalente
Condições a observar: o local de fabrico mantém-se ao material aprovado no que respeita às pro-
inalterado; priedades relevantes; a alteração não diz respeito
Alteração do(s) local(is) de fabrico em relação a a produtos estéreis.
uma parte ou à totalidade do processo de fabrico 10 — Supressão de uma indicação:
do medicamento veterinário imunológico;
Condições a observar: inalteração quer do processo Condições a observar: os dados de farmacovigi-
de fabrico quer das especificações incluindo lância, segurança pré-clínica ou qualidade não
métodos de ensaio; põem em causa a segurança da utilização do
Retirada da alteração de fabrico a um local de medicamento. Deve ser apresentada uma jus-
fabrico. tificação.
25 — Alteração dos procedimentos analíticos da subs- no recipiente, bem como de interacções recipien-
tância activa: te-produto; a alteração não se refere a um com-
ponente fundamental do material de embalagem
Condições a observar: os resultados da validação que afecte o fornecimento ou a utilização do
do método comprovam que o novo procedi- produto.
mento analítico é, pelo menos, equivalente ao
anterior. 33 — Alteração do processo de fabrico de um com-
ponente não proteico, na sequência de um passo
25 — a) Alteração do procedimento de ensaio de um biotecnológico.
material de base ou intermédio utilizado no fabrico da
substância activa: Notas gerais
Condições a observar: os resultados da validação Esta alteração específica não prejudica outras alte-
do método comprovam que o novo procedi- rações do presente anexo que podem ser aplicadas neste
mento analítico é pelo menos equivalente ao contexto particular. A legislação comunitária aplicável
anterior. Especificação não prejudicada. a grupos específicos de produtos (*) deve ser cumprida.
Os medicamentos com componentes proteicos obti-
26 — Alteração dos procedimentos analíticos do dos mediante um processo biotecnológico caiem no
medicamento veterinário imunológico: âmbito da parte A do Regulamento (CEE) n.o 2309/93,
Condições a observar: as especificações do medi- do Conselho.
camento não são modificadas no sentido nega- Alterações no processo de fabrico de componentes
tivo: os resultados da validação do método com- que observem o disposto numa monografia da Farma-
provam que o novo procedimento analítico é, copeia Europeia e sejam verificados por meio de um
pelo menos, equivalente ao anterior. certificado de conformidade emitido pela Farmacopeia
Europeia:
27 — Alterações destinadas a cumprir o disposto nos Condições a observar: mantêm-se as especificações,
suplementos às farmacopeias: as propriedades físico-químicas e todas as carac-
Condições a observar: alterações exclusivamente terísticas do componente.
destinadas a implementar as novas disposições
Alterações no processo de fabrico de componentes
do suplemento.
que careçam de um novo ensaio de análise de impurezas:
Se o titular da AIM se referir à versão actual da Condições a observar: mantêm-se as especificações,
farmacopeia, não há que apresentar qualquer pedido, as propriedades físico-químicas e todas as carac-
desde que a alteração seja efectuada no prazo de seis terísticas do componente. Se o método de fabrico
meses após a adopção da monografia revista. é susceptível de deixar impurezas não descritas
28 — Alteração dos procedimentos analíticos de exci- na monografia da Farmacopeia, estas devem ser
pientes não referidos em farmacopeias: declaradas com descrição de um procedimento
de ensaio adequado. Este ensaio complementar
Condições a observar: os resultados da validação deve ser especificado num certificado de ade-
do método comprovam que o novo processo de quação da Farmacopeia Europeia.
ensaio é, pelo menos, equivalente ao anterior.
3.3 — Introdução de uma nova dose; curriculum vitae, indicando a morada e os núme-
3.4 — Alteração ou introdução de uma nova forma ros de telefone e fax;
farmacêutica; b) Documento identificando o departamento cien-
3.5 — Introdução de uma nova via de administração, tífico responsável pela informação relativa aos
no que respeita à administração parentérica, importa medicamentos veterinários imunológicos que
distinguir entre as vias intra-arterial, endovenosa, intra- coloca no mercado, a morada e os números de
muscular, subcutânea e outras. telefone e fax.
4 — Adição ou alteração das espécies a que se
destinam. ANEXO IV
5 — Redução do intervalo de segurança de um medi- (a que se refere o artigo 76.o)
camento veterinário imunológico se a alteração não esti-
ver associada ao estabelecimento ou à modificação de Taxas
um limite máximo de resíduos em conformidade com 1 — São fixadas as seguintes taxas, devidas pelos actos
o Regulamento n.o 2377/90. relativos aos procedimentos previstos no presente
diploma:
PARTE C a) Pedido de AIM de um medicamento veterinário
imunológico, pelo procedimento nacional, ao
Transferência de titular da autorização abrigo do artigo 4.o do presente diploma,
de introdução no mercado incluindo uma nova dosagem ou uma nova
[referidas no n.o 9] forma farmacêutica — 400 000$;
b) Por cada espécie animal alvo suplementar do
A transferência do titular da AIM no mercado é soli- medicamento veterinário imunológico referido
citada mediante requerimento deste, no qual conste: na alínea anterior, apresentadas simultanea-
a) Nome do medicamento veterinário imunológico mente com o pedido de autorização ini-
a que a transferência da autorização se refere, cial — 70 000$, até ao limite máximo de
número(s) da autorização e data(s) em que a 700 000$;
autorização foi concedida; c) Pedido de actualização do relatório de avalia-
b) Identificação (nome e morada) do titular da ção, ao abrigo do artigo 21.o, relativo ao pro-
AIM a transferir e identificação (nome e cedimento de reconhecimento mútuo, quando
morada) do titular a favor do qual a transfe- Portugal é Estado membro de referência:
rência é efectuada. i) Para medicamentos veterinários imuno-
lógicos possuidores de autorização de
2 — O requerimento a que se refere o número ante- introdução no mercado nacional há mais
rior deve ser acompanhado dos documentos seguintes: de seis meses — 300 000$;
a) Documento comprovativo de que o processo ii) Para medicamentos veterinários imuno-
completo e actualizado relativo ao medicamento lógicos possuidores de AIM nacional há
veterinário imunológico em questão foi ou será menos de seis meses — 150 000$;
colocado à disposição do titular a favor de quem
a transferência é efectuada ou para ela foi d) Pedido de AIM de um medicamento veterinário
transferido; imunológico, ao abrigo do artigo 21.o relativo
b) Documento a propor a data prevista para a ao procedimento de reconhecimento mútuo,
transferência e a partir da qual, sem prejuízo quando Portugal não é Estado membro de
da decisão final, o titular a favor de quem a referência — 250 000$;
transferência é efectuada pode assumir mate- e) Por cada espécie animal alvo ou forma farma-
rialmente todas as responsabilidades do titular cêutica suplementar do medicamento veteriná-
da AIM em questão em substituição do titular rio imunológico referido na alínea anterior,
precedente; apresentadas simultaneamente com o pedido de
c) Resumo das características do produto, projecto autorização inicial — 40 000$, até ao limite
de embalagem exterior de rótulo e folheto infor- máximo de 400 000$;
mativo contendo o nome do titular a favor de f) Pedido de alteração menor ou tipo I [alínea a)
quem a transferência é efectuada. do n.o 1 do anexo III do presente diplo-
ma] — 60 000$;
3 — Os documentos referidos nas alíneas do número g) Pedido de alteração menor ou tipo I [Regula-
anterior devem ser assinados pelo titular da AIM e pelo mento (CE) n.o 541/95, da Comissão, de 10 de
titular a favor de quem a transferência é efectuada. Março] quando Portugal não é
4 — O pedido de transferência de titular da AIM deve EMR — 60 000$;
ainda ser acompanhado dos documentos necessários, h) Pedido de alteração menor ou tipo 1 [Regu-
fornecidos e assinados pelo titular a favor de quem a lamento (CE) n.o 541/95, da Comissão, de 10 de
transferência é efectuada, para demonstrar a sua com- Março], quando Portugal é EMR — 80 000$;
petência para assumir as responsabilidades regular- i) Pedido de alteração maior ou de tipo II [alínea c)
mente atribuídas ao titular da AIM em conformidade do n.o 1 do anexo III do presente diplo-
com a legislação farmacêutica comunitária, nomeada- ma] — 100 000$;
j) Pedido de alteração maior ou de tipo II [Regu-
mente:
lamento (CE) n.o 541/95, da Comissão, de 10 de
a) Documento que identifique o técnico respon- Março], quando Portugal não é
sável pela farmacovigilância, acompanhado de EMR — 100 000$;
N.o 226 — 29 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5351
l) Pedido de alteração maior ou de tipo II [Regu- recursos mais degradados e da generalidade do patri-
lamento (CE) n.o 541/95, da Comissão, de 10 de mónio biológico marinho, prevenindo a sua sobre-ex-
Março], quando Portugal é EMR — 120 000$; ploração e depauperização.
m) Pedido de alteração de valor equivalente a uma O segundo elemento justificativo, e, aliás, um dos
nova autorização [alínea d) do n.o 1 do anexo III mais importantes, resulta do facto de, a coberto de uma
do presente diploma] — 200 000$; actividade lúdica, se desenvolver toda uma pesca ilegal,
n) Pedido de alteração constante do anexo II do a que urge pôr cobro.
Regulamento (CE) n.o 541/95, da Comissão, de Neste contexto, o presente diploma tem por objectivo
10 de Março, quando Portugal não é prioritário combater as situações abusivas, ao mesmo
EMR — 300 000$; tempo que contribuindo para que o exercício das acti-
o) Pedido de alteração constante do anexo II do vidades efectivamente lúdicas se faça dentro da nor-
Regulamento (CE) n.o 541/95, da Comissão, de malidade que sempre as caracterizou, tendo em conta
10 de Março, quando Portugal é as medidas de conservação e gestão destinadas a pre-
EMR — 400 000$; servar a riqueza dos nossos mares e a assegurar melhores
p) Pedido de renovação quinquenal — 150 000$; condições para a sustentabilidade do sector pesqueiro
q) Pedido de autorização de fabrico — 150 000$; nacional.
r) Pedido de autorização de importação — 50 000$; Reforça-se deste modo o âmbito de aplicação do
s) Pedido de transferência de responsável da auto- Acordo n.o 34-A/98, de 13 de Maio, estabelecido entre
rização de introdução no mercado 65 000$; os sectores das pescas e do ambiente, designadamente
t) Pedido de autorização de exportação — 25 000$; o disposto no seu ponto 8, que prevê que a regulação
u) Pedido de autorização para distribuição por das actividades humanas que visam a exploração dos
grosso — 120 000$; recursos aquáticos, quer do ponto de vista lúdico quer
comercial, nos espaços abrangidos por áreas classificadas
v) Pedido de autorização para aquisição directa —
e nas áreas adjacentes, e tendo presentes os objectivos
120 000$;
de conservação da Natureza, aconselha a articulação
de esforços, nomeadamente através da harmonização
2 — O pagamento das taxas previstas no número ante- dos dispositivos legais.
rior será efectuado aquando do pedido de acto respectivo. Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das
3 — Cabe à DGV fazer a entrega ao LNIV, até 60 dias Regiões Autónomas.
após o pagamento das taxas, do montante estipulado no Assim:
artigo 76.o do presente diploma. Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da
Constituição, o Governo decreta, para valer como lei
geral da República, o seguinte:
Decreto-Lei n.o 246/2000
de 29 de Setembro
CAPÍTULO I
Durante muito tempo, a abundância dos recursos pis- Disposições gerais
catórios e o relativo pequeno esforço desenvolvido para
se obterem bons rendimentos levaram a que a pesca Artigo 1.o
marítima exercida com fins meramente lúdicos fosse
considerada num plano distante relativamente à explo- Objecto
ração comercial dos recursos vivos marinhos.
O presente diploma define o quadro legal da pesca
O elevado nível de depauperização em que se encon-
dirigida a espécies marinhas, vegetais e animais, com
tram muitos pesqueiros tradicionais e a condição degra- fins lúdicos, em águas oceânicas, em águas interiores
dada de um número elevado de espécies, com relevo marítimas ou em águas interiores não marítimas sob
para as demersais, tem vindo a suscitar, na última jurisdição da autoridade marítima, definidas nos termos
década, uma crescente preocupação quanto ao futuro do artigo 2.o do Decreto Regulamentar n.o 43/87, de
da pesca comercial. 17 de Julho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto
Mais do que isso, certos casos se verificam já, e outros Regulamentar n.o 7/2000, de 30 de Maio.
mais tenderão a surgir no futuro, que obrigam à tomada
de medidas fortemente restritivas, com impacte signi-
ficativo na actividade desenvolvida com fins comerciais. Artigo 2.o
Casos haverá mesmo, ainda que de momento muito Conceito e modalidades
limitados no que a Portugal se refere, em que a pesca
com fins lúdicos, e em especial a desportiva, contribuirá 1 — Para efeitos do presente diploma, entende-se por
para uma maior limitação da actividade profissional, não pesca lúdica a captura de espécies marinhas, vegetais
tanto por razões de concorrência, mas pelo simples facto ou animais, sem fins comerciais, designando-se por apa-
de poderem restringir ainda mais as oportunidades de nha lúdica quando a recolha é manual.
pesca, resultantes de quotas já de si reduzidas. 2 — A pesca lúdica pode revestir as seguintes moda-
lidades:
Independentemente destes aspectos, outras razões
existem que justificam se olhe para as actividades lúdicas a) De lazer;
com maior atenção. b) Desportiva.
A primeira dessas razões prende-se com a necessidade
de tornar sustentável a pesca lúdica de espécimes mari- 3 — Quando praticada em embarcações no âmbito
nhos, designadamente em áreas sensíveis do ponto de das actividades marítimo-turísticas, a pesca de lazer
vista ecológico, de modo a assegurar a conservação dos designa-se por pesca turística.