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Voto nº 3291
Voto nº 3059
– A favor dos agentes públicos milita a presunção de que, nos atos de seu
ofício, obrem “secundum legem”, e não a seu talante. O indiciamento em
inquérito policial, por isso, não constitui, de regra, manifestação de arbítrio
que se deva conjurar pela via heroica do “habeas corpus”, pois não encerra
ilegalidade.
– Procede com notável circunspecção o Magistrado que, em vista dos
elementos confusos e ambíguos do inquérito policial, determina a sustação
do indiciamento do suspeito: somente a existência de um princípio de
prova da materialidade e da autoria do ilícito penal pode justificá-lo (art. 6º
do Cód. Proc. Penal).
Voto nº 6293
Voto nº 100
– Nem se argumente, com mais força de peito do que de razão, que não
cabia ao Magistrado “afastar a tipicidade da conduta e a presença do
dolo específico do denunciado quando os indícios de autoria”. “Est
modus in rebus”! Atento o procedimento próprio (dos crimes de
responsabilidade dos funcionários públicos), em que se prescreve defesa
preliminar (art. 514 do Cód. Proc. Penal), se alegada questão de mérito,
será de mister examiná-la com as mais peças informativas da inicial
acusatória.
–“O recebimento da denúncia ou queixa pode estar condicionado a outras
exigências. Nos crimes de responsabilidade de funcionário público,
após a resposta (defesa preliminar) do acusado, a inicial poderá ser
rejeitada se o juiz se convencer que inexiste o delito ou que não foi o
acusado o seu autor, ou por outra causa concluir de imediato pela
improcedência da ação” (Julio Fabbrini Mirabete, Processo Penal,
4a. ed., p. 140).
–“Cabe ao juiz examinar o inquérito, antes de receber a denúncia, a fim de
não submeter o cidadão ao vexame de um processo por fato que não
constitui crime”(Rev. Forense, vol. 177, p. 372).
–“É preciso que haja o fumus boni juris, para que a ação penal tenha
condições de viabilidade. E desse controle não deve o juiz ser afastado,
porque o direito de defesa, que é garantia constitucional, torna
imperativo que se evitem procedimentos temerários e infundados” (José
Frederico Marques, Estudos de Direito Processual Penal, 1a. ed., p.
147).
–“A exigência de prisão provisória, para apelar, não ofende a garantia
constitucional da presunção de inocência”.
Voto nº 128
Voto nº 8988
Voto nº 3778
Voto nº 10.916
Voto nº 3826
Voto nº 3885
Voto nº 3968
Voto nº 4005
– Superior a toda crítica é a decisão que, por falta de justa causa para a
ação penal – porque indemonstrada, mesmo por indícios, a existência do
fato imputado ao réu –, rejeita a denúncia (art. 43, nº III, do Cód. Proc.
Penal).
–“A inexistência da fumaça do bom direito para a instauração da
persecutio criminis in judicio obriga à rejeição da denúncia” (Damásio
E. de Jesus, Código de Processo Penal Anotado, 22a. ed., p. 63).
–“Para o exercício regular da ação penal pública ou privada,
indispensável o requisito da justa causa, expressa em suporte mínimo
da prova da imputação. O simples relato do fato, sem qualquer
elemento que indique sua provável ocorrência, inviabiliza o
recebimento da queixa-crime ou da denúncia” (Rev. Tribs., vol. 674, p.
341; rel. Min. José Cândido).
Voto nº 12.174
Voto nº 788
Voto nº 5143