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Lisboa, 2007
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Gestão dos Riscos do Projecto
Lisboa, 2007
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO………………………………………………………………….………3
NOTA FINAL………………………………………………………………………….12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………….12
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Gestão dos Riscos do Projecto
INTRODUÇÃO
O estudo dos aspectos referentes a um projecto exige que saibamos clarificar qual a
dimensão do nosso objecto de estudo, ou seja no caso particular da gestão de risco do
projecto, é essencial definir conceitos como projecto, gestão de projectos e risco, entre
outros conceitos intervenientes que veremos ao longo do trabalho.
Este trabalho tem como objectivo aprofundar conhecimentos acerca dos fundamentos da
gestão dos riscos de um projecto, tendo servido como base para a sua elaboração a
revisão da literatura acerca da temática.
Este capítulo visa essencialmente efectuar uma abordagem geral sobre a gestão dos
riscos, a incerteza e o risco em projectos e a metodologia de gestão de risco.
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Gestão dos Riscos do Projecto
Quanto ao risco do projecto é todo o evento futuro e incerto que possa comprometer a
consecução de um ou mais objectivos do projecto (especificações, custos ou tempo, por
exemplo) (PMBoK®, 2000).
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Gestão dos Riscos do Projecto
Para o mesmo autor, a incerteza introduz elementos de risco muito significativos que não
estão presentes no ambiente de operações correntes das organizações. O carácter
repetitivo das actividades desenvolvidas durante o projecto pode auxiliar-nos no
conhecimento e previsão dos acontecimentos significativos e consequentemente dominar
parcialmente a incerteza.
Origem dos riscos – Existem diversas classificações dos riscos. De acordo com o critério
do ponto onde reside o controlo do risco. Turner (1993) considera as seguintes categorias
de risco:
Riscos internos: não técnicos resultam das condições contratuais estabelecidas com
terceiros (clientes e fornecedores), de licenças e patentes. Traduzem-se em atrasos na
ultrapassagem dos orçamentos ou na interrupção do trabalho.
A classificação de Turner (1993) é reforçada pela FERMA como podemos ver na fig.1.
Consideremos outra classificação de riscos apresentada por Roman (1990 citado por
Lopes 1998), que baseia as categorias de risco no conceito de aceitabilidade de um
resultado, sugerindo a seguinte classificação:
O risco varia ao longo do ciclo de vida de um projecto (ver fig. 2). Contudo, a gestão
do risco deve ser iniciada o mais perto possível do início do ciclo de vida do projecto,
e deverá envolver a identificação das actividades críticas do projecto (Roldão, 2000).
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Gestão dos Riscos do Projecto
Roldão (2000) refere que a redução dos erros mais frequentes, que impedem a
consecução dos objectivos, favorece a redução dos riscos internos a que o projecto está
sujeito.
No âmbito da gestão de projectos os erros mais comuns apresentados pelo autor são os
seguintes:
O mesmo autor, refere que para minimizar estes erros assinalados é primordial considerar
um conjunto de princípios em gestão de projectos, tais como:
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Gestão dos Riscos do Projecto
A teoria clássica da decisão, indica que a gestão de risco deve obedecer a três regras:
maximizar o valor esperado, evitar catástrofes e ignorar as possibilidades remotas.
O conceito de gestão de risco é variável de acordo com autores, portanto vejamos a que
se referem alguns autores quando abordam a gestão de risco.
De acordo com Turner (1993), a gestão de risco é o processo pelo qual se reduz a
probabilidade de ocorrência de um risco ou o seu impacto. Por sua vez, Adlington (1997,
citado por Lopes, 1998), refere que é um meio de controlar os resultados negativos. A
análise destas definições mostra-nos que ambas ignoram o facto da redução de um risco
ter associado um custo. Lopes (1998), afirma que a redução só se justifica enquanto o
benefício marginal esperado da redução do risco for superior ou igual ao custo marginal
dessa redução.
Segundo Lopes (1998), a gestão de risco tem como objectivos controlar o risco do
projecto de duas formas:
Uma vez que a primeira abordagem nem sempre é viável, torna-se necessário utilizar
uma aproximação de gestão, que englobe o risco de forma directa, ou seja, é preciso
manter o projecto dentro de limites de incerteza aceitáveis.
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Gestão dos Riscos do Projecto
VI. Avaliação do risco após o projecto ter terminado com vista a obter elementos
que possam ser usados em projectos futuros.
GESTÃO DO RISCO
1º passo: Identificação
Como já foi referido anteriormente, a identificação do risco é uma tarefa que deve ser
levada a cabo durante todo as fases do projecto. Este passo inclui duas etapas, a
identificação das áreas de risco e para cada área, averiguar as condições que aumentam a
probabilidade de ocorrência ou o impacto no projecto.
A importância dos risco varia ao longo do ciclo de vida do projecto, concluindo-se muitas
vezes que quanto mais tarde o problema ocorrer, mais dispendiosas são as suas
consequências. A análise individual decompõe-se em três fases: determinar a
probabilidade de ocorrência do risco; avaliar o impacto do risco; avaliar a criticidade do
risco; atribuir prioridades.
Os riscos devem ser ordenados de acordo com a sua criticidade individual. A atribuição
de prioridades permite escolher do conjunto de riscos identificados, os mais críticos para
uma análise ulterior. Noutro ponto de vista, podia-se concentrar esforços nas questões
chave, e dispersar a análise subsequente por um elevado número de riscos (Adlington,
1997, citado por Lopes, 1998).
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Gestão dos Riscos do Projecto
Para a realização da análise de conjunto podemos fazer uso de duas ferramentas muito
úteis a WBS (Work Breackdown Struture) e as redes PERT, nestas, são possíveis duas
abordagens:
Análise top down os factores de risco são identificados e estimados a um nível agregado
de decomposição;
Técnicas simples são fáceis de aplicar, contudo não captam a complexidade das relações
entre os riscos.
5º passo: controlo
• Executar o plano;
• Disseminar a informação.
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6º passo: Avaliação
NOTA FINAL
Saber os riscos a que estão sujeitos os projectos é simplesmente indispensável para poder
geri-los. Por esta razão, inúmeros manuais formais e informais são colocados à
disposição, com metodologias e ferramentas de apoio, que procuram objectivar a melhor
maneira de conseguir uma gestão de projectos com riscos controláveis e erros pouco
significativos. Mas a todos os estudiosos da gestão de projectos e os gestores de projectos
enfrentam o grande desafio que é a complexidade da gestão dos riscos do projecto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Gestão dos Riscos do Projecto
• ERNST & YOUNG – “Manual do Gestor: guia prático para uma gestão de
sucesso”, Lisboa –São Paulo, Verbo, 1994.
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