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Nessa mesma linha de pensamento, o plano de negócios pode ser defino ainda como “um documento que
contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar
uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros” (SALIM et al, 2005).
As principais causas apontadas para o fechamento destas empresas, na opinião dos empresários
envolvidos, baseiam-se principalmente em questões relacionadas a problemas gerenciais, tais como:
Elaborar um plano de negócios pode aumentar as chances de uma empresa de sobreviver ao atual
cenário, cada vez mais competitivo. Segundo José Carlos Dornellas, especialista no assunto, ele aumenta
em 60% a probabilidade de sucesso dos negócios. O Plano de Negócio vem suprir esta dificuldade e
mostrar o negócio de uma forma completa para empreendedor. Outras razões para elaborar um Plano de
Negócio podem ser constatadas, como:
Pode-se pensar no plano de negócios, como uma série de questões que deverão ser respondidas pelo
empreendedor de forma a prepará-lo para a montagem efetiva do negócio. O quadro mostra a estrutura de
um modelo de Plano de Negócios elaborado segundo esse conceito:
O plano irá orientá-lo na busca de informações detalhadas sobre o seu ramo, os produtos e serviços que
irá oferecer para seus clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e
fracos do seu negócio, contribuindo para a identificação da viabilidade de sua idéia e na gestão da
empresa. Ao final, seu plano irá ajudá-lo a responder a seguinte pergunta: “Vale a pena abrir, manter ou
ampliar o meu negócio?”. (SEBARE, 2009).
Ao escrever um plano de negócios é importante ter em mente qual o objetivo do plano de negócios e para
qual publico ele se destina. Essa atividade irá nortear a linguagem e as seções que o plano de negócios
deve conter. São públicos potenciais:
Para a maioria dos empreendedores, a elaboração do plano de negócios tem como principal objetivo a
apresentação do empreendimento a possíveis futuros parceiros comerciais como sócios, incubadoras e
investidores. Porém, embora sirva muito bem para essa finalidade, consideramos que o principal benefício
da montagem de um Plano de Negócio está no conhecimento adquirido pelo próprio empreendedor
durante esse processo.
O plano de negócio se tornou o principal documento quando se trata de atrais recursos financeiros de
investidores privados e governamentais por parte das empresas de base tecnológica (EBT). Tanto os
fundos ou empresas de venture capital como entidades governamentais de fomento têm exigido o plano de
negócio como documento imprescindível para a análise da viabilidade do investimento.
Geralmente o empreendedor e pesquisador científico são a mesma pessoa no estágio inicial do negócio.
Como o desenvolvimento do plano de negócio demanda tempo, um recurso escasso ao empreendedor, o
qual detém as responsabilidades empresariais, a elaboração desta ferramenta de gestão acaba ficando
para segundo plano. No entanto, De modo geral se pode listar os seguintes dificultadores para a
elaboração de um plano de negócios:
Tempo: Estimar o tempo que o mercado irá levar para aceitar o produto/serviço bem com os possíveis
atrasos de pagamentos, fornecedores, etc.
Aumento das vendas nem sempre resolve problemas: Aumentar as vendas não significa
necessariamente aumentar as receitas. É preciso ter em mente que o aumento das vendas pode impactar
no aumento dos custos.
Cobranças: Cobrar é mais difícil que vender. Assim, é importante estabelecer desde o início um controle
de crédito rigoroso e uma política de cobranças eficaz.
Relação com fornecedores: Identificar fornecedores adequados demora tempo. Logo, deve-se buscar
estabelecer relação de confiança, negociar condições de pagamento, fornecimentos com qualidade e
aprazados para evitar possíveis atrasos na produção, bem como fazer o fornecedor compreender as
necessidades enquanto cliente.
Construção de uma boa equipe: Muitas vezes o que irá assegurar e viabilizar o empreendimento é reunir
a equipe ideal, pessoas que detenham os conhecimentos e as competências e necessárias ao negócio.
Logo, se deve buscar identificar, reunir e agrupar as pessoas, buscar treinamentos e qualificação quando
necessário.
Menosprezar a avaliação não financeira: É de suma importância considerar os fatores qualitativos e não
apenas os quantitativos. Muitas vezes esse é o principal risco, pois envolve as diversas dimensões
ambientais do plano de negócios e sua inserção social, que em muitos casos não podem ser mensurados
diretamente e em números, como:
Obtenção de financiamentos investimentos: Essa pode ser sem dúvida a principal dificuldade para
implementar um plano de negócios, pois sem financiamento ou investimentos uma boa oportunidade de
negócios pode não sair do papel. Contudo, é função do plano de negócios expor de forma clara a
atratividade do negócio, seus retornos e ganhos previstos, de forma a atrair investidores e parcerias.
O erro é um problema para qualquer empresa, mas é especialmente desastroso quando se trata de um
negócio nascente. Contudo, muitos autores concordam que quando o assunto é a redução do potencial de
erros o plano de negócios é uma ferramenta de gestão importante pelo processo de aprendizado e
conhecimento do negócio.
De acordo com o portal SEBRAE de São Paulo a atividade econômica organizada produtiva pode ser
exercida individualmente ou de forma coletiva, objetivando a partilha do resultado. Se a opção for a de
Empresário Individual, o patrimônio particular se confunde com o da empresa. As sociedades empresárias
- quando a empresa for constituída por pelo menos dois sócios - devem adotar um dos tipos societários a
seguir:
O Código Civil Brasileiro apresenta definições e tipos de sociedades para a constituição de empresas no
país, sendo assim:
Sociedade Simples: constituída por pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com
bens ou serviços, entre si. O objetivo não é o exercício de atividade empresarial. Exemplo:
sociedade de natureza científica, literária e artística. Mas, pode ser constituída pessoa jurídica.
(art. 981 e 982).
Sociedade Empresária: tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário. Este tipo
de sociedade está sujeito ao registro na Junta Comercial de cada Estado. Sua atividade
econômica é para produção de bens e serviços. É considerada pessoa jurídica. (art. 1.039 a
1.092).
Sociedade Limitada: a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, mas todos
respondem solidariamente pela integralização do capital social. Os sócios não podem distribuir
lucros ou realizar retiradas, se houver prejuízos do capital.
Sociedade por Ações: utilizada por grandes empreendimentos por conferir maior segurança aos
seus acionistas, por meio de regras mais rígidas. Cada acionista responde somente pelo preço de
emissão das ações que adquiriu. (Lei 6.404/76).
Sociedade Estrangeira: empresa constituída e organizada em conformidade com a legislação do
país de origem, no qual mantém sua sede administrativa. Precisa de autorização do Poder
Executivo, protocolado no Departamento nacional de Registro do Comércio – DNRC.
Sociedade Cooperativa: definida por um número necessário de sócios, sem limitação de número
máximo. As quotas do capital são intransferíveis para terceiros estranhos à sociedade, ainda que
por herança. Cada sócio tem direito a um só voto. A responsabilidade poder ser limitada ou
ilimitada, e é considerada sociedade simples.
Associações: entidade de direito privado, dotada de responsabilidade jurídica. Não possui
finalidade econômica e interesse de lucros.
Fundações: o seu instituidor faz uma doação de bens por escritura pública ou testamento,
especificando o fim a que se destina, se quiser, pode, ainda, indicar a maneira de administrar. Tem
caráter de utilidade pública: moral, religiosa, cultural e assistencial.
Tributo Federal Simples: a classificação das micro e pequenas empresas varia entre regiões, estados ou
municípios. E depende, também, de seu porte econômico-financeiro, do ramo de negócios e da forma
jurídica. A empresa de pequeno porte é regida pela lei 9.317 de 5/12/1996. O Tributo Federal simples é a
maneira simplificada de recolher tributos, por meio de um único documento calculado sobre o faturamento
bruto do mês anterior. A micro empresa é tributada sobre o faturamento anual bruto de até R$ 120.000,00.
Já a empresa de pequeno porte vai de R$ 120.000,00 até 1.200.000,00. Os principais impostos e
contribuições que devem ser recolhidos pelas empresas em geral são:
No âmbito federal:
No âmbito municipal:
Para as industrias, será acrescido 0,5 na alíquota devida do SIMPLES. Se houver convênio do Simples
Federal com a prefeitura do seu município, o ISS, sempre que incidir, também estará nesta cesta.
(http://www.ufrnet.br/~maothon/Aula-03Fin.html).
Marcas e Patentes: procure proteger sua idéia depositando a patente de seu invento. E registrando a
marca de sua empresa ou produto. Essas ações são feitas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial
(INPI).
Marca: é todo sinal distintivo visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e
serviços.
Plano de Negócios I - Prof. Naedson Rosa.
profnaedson@facisa.com.br / www.facisa.com.br
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Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizinte – FACISABH
Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais
Ano: 2010.01
Patente: é um título de propriedade temporária sobre uma invenção outorgado pelo Estado aos
inventores, pode ser pessoa física ou jurídica, de direito sobre a invenção.
Compreende-se que todo empreendedor deve entender, pelo menos, da legislação à qual sua empresa
será formada. A pessoa jurídica não se confunde com as pessoas físicas dos proprietários. A empresa tem
direitos e obrigações e tudo que for praticado em seu nome, é ela quem responde perante a lei. Entretanto,
o juiz pode decidir que os efeitos de certos atos sejam estendidos aos bens particulares dos sócios.
Referencias
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa: uma idéia, uma paixão e um plano de negócios – como
nasce o empreendedor e se cria uma empresa. São Paulo: Editora de Cultura, 2006.
SALIM, Cesar Simões, et al. Construindo Planos de negócios: todos os passos necessários para
planejar e desenvolver negócios de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
FELIPINI, Dailton. Pra que serve, afinal, o Plano de Negócios? Disponível em: http://www.e-
commerce.org.br/artigos/plano_de_negocios_para_que.php
QUESTÕES:
2. Descrever com, suas palavras, qual a importância do plano de negócios para uma empresa?
(0,5 pontos)
5. Quais são os públicos do plano de interesse do plano de negócios e quais cuidados devem
ser tomados ao escrever um plano de negócios? (0,5 pontos).
1) o que vai ser feito? Por quem vai ser feito? ( ) Finanças
2) quando realizaremos as atividades e atingiremos as ( ) O produto
metas? ( ) Cronograma de atividades e metas
3) o que vai ser oferecido ao mercado? ( ) O empreendimento
4) como o cliente vai ser atendido? ( ) Marketing
5) quanto gastaremos e quanto teremos de retorno? ( ) O mercado
6) a quem vai ser oferecido e quem vai competir conosco?
7. Pesquise sobre os tipos de empresas possíveis, segundo o código civil brasileiro e apresente
as características de cada tipo. (0,5 pontos).
8. Descreva, a partir dos conteúdos estudados em sala, os tipos de inovação e de dois exemplos
(0,5 pontos).
9. Elabore a idéia de um produto e comente como ela pode se tornar uma oportunidade de
negócio (1 ponto).