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Conflitos na História do Brasil

- Império -
Primeiro Reinado

Independência do Brasil: 1822-1823

A chamada Guerra da Independência estendeu-se de 1822 a 1823, no contexto do processo de


Independência do Brasil, entre 1808 e 1825, quando esta foi formalmente reconhecida por Portugal
e pela Grã-Bretanha.

Após a proclamação da independência, à s margens do riacho Ipiranga, na então Província de São


Paulo, a 7 de Setembro de 1822, as lutas para afirmá-la foram mais encarniçadas nas regiões onde,
por razões estratégicas, se registrava maior concentração de tropas do Exército português, a saber,
nas então Províncias Cisplatina, da Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Grão-Pará.

Recorde-se que a maior parte da oficialidade era de origem portuguesa, enquanto que o grosso da
tropa, no Brasil, era brasileira ou luso-descendente.

Desse modo, o governo brasileiro, através do Ministro José Bonifácio de Andrade e Silva, adotou as
providências para eliminar a resistência portuguesa. Para esse fim providenciou a compra de armas
e navios, o recrutamento de tropas nacionais e o contrato de estrangeiros (mercenários), bem como
medidas repressivas como o confisco de bens e a expulsão daqueles que não aceitassem a
emancipação política do Brasil. No plano econômico, proibiu-se o comércio, e, no diplomático,
autorizou-se a guerra de corso, contra Portugal.

A campanha na Cisplatina

Na Província Cisplatina, a campanha foi marcada pelo bloqueio a Montevidéu, sob o comando de
Carlos Frederico Lecor, barão da Laguna. Isoladas, as tropas do Exército português foram obrigadas
a abandonar o território brasileiro.

A campanha na Província da Bahia

Na Província da Bahia, a área tradicionalmente produtora de açúcar e de tabaco do Recôncavo,


dominada pelos grandes latifundiários escravistas, desde cedo se manifestara pela causa brasileira,
sob a liderança da vila de Cachoeira. A capital da Província, Salvador, então ocupada pelas tropas
do Exército português sob o comando de Inácio Madeira de Melo, mantinha os laços com a
Metrópole.

Com a divulgação da notícia da proclamação da Independência, as vilas do Recôncavo baiano, sob


a liderança da vila de Cachoeira, em cuja Câmara Municipal se instalou um governo interino,
mobilizaram-se para expulsar as tropas portuguesas entrincheiradas em Salvador, reforçadas desde
os acontecimentos que haviam culminado no Dia do Fico (9 de Janeiro de 1822). Esse processo de
reforço de tropas foi marcado por diversos incidentes em Salvador, entre os quais o assassinato, por
soldados portugueses, da abadessa do Convento da Lapa, Sóror Joana Angélica de Jesus (19 de
Fevereiro).

Para apoiar e reforçar a ação brasileira na região, o governo brasileiro despachou, da Corte, alguns
navios sob o comando de Rodrigo de Lamare, conduzindo tropas e suprimentos, inclusive um
oficial experimentado nas campanhas napoleônicas, Pedro Labatut. Este efetivo desembarcou em
Maceió, nas Alagoas, de onde seguiu, por terra, para a Bahia. Durante a marcha, o contingente foi
reforçado por efetivos vindos de Pernambuco, do Rio de Janeiro e do amplo voluntariado que se
abrira no Recôncavo.
Entre esses voluntários destacaram-se nomes como os de Maria Quitéria, no Batalhão dos
Periquitos, criado pelo avô do poeta Castro Alves - José Antônio da Silva Castro -, assim
denominado pelo predomínio da cor verde em sua farda.

De Portugal, foram enviados 2.500 homens para reforçar as tropas de Madeira de Melo. A este
efetivo juntaram-se elementos da Divisão Auxiliadora, que se retirava do Rio de Janeiro.

As vitórias brasileiras nas batalhas de Cabrito e de Pirajá (8 de Novembro de 1822), bem como o
fracasso na tentativa portuguesa de ocupação da ilha de Itaparica (7 de Janeiro de 1823), tornaram
cada vez mais difícil o sustento da posição por parte do Exército português. Diante do bloqueio
naval de Salvador, imposto pela esquadra imperial sob o comando de Lord Thomas Cochrane,
complementado pelo bloqueio terrestre, que conjugados, impediam o suprimento do efetivo luso,
Madeira de Melo foi forçado a capitular, abandonando a cidade (2 de Julho), então ocupada pelas
tropas brasileiras. Na ocasião foram aprisionadas várias embarcações de bandeira portuguesa, e os
demais perseguidos até à s proximidades de Lisboa.

A campanha no Piauí / Maranhão

Na então Província do Piauí, tradicional produtora de gado, a burguesia comercial e mesmo os


proprietários de terras, estavam ligados à Metrópole, inclusive por laços de sangue. Aqui, a adesão à
Independência do Brasil foi proclamada na vila de Parnaíba. O interior e a capital, Oeiras,
permaneceram sob o controle de tropas do Exército português sob o comando de João Fidié. Mesmo
diante do recebimento de reforços vindos da então Província do Ceará, as tropas brasileiras foram
inicialmente derrotadas na batalha de Jenipapo (1823). Outras localidades, entretanto, manifestaram
a sua adesão à Independência, alcançando a vitória quando Fidié se deslocou para apoiar a
resistência portuguesa na vila de Caxias, no Maranhão.

Também na Província do Maranhão, as elites agrícolas e pecuaristas se ligavam à Metrópole. Foi da


Junta Governativa da Capital, São Luís, que partiu a iniciativa da repressão ao movimento da
Independência no Piauí. Controlava ainda a região produtora do vale do rio Itapicuru, onde o
principal centro era a vila de Caxias. Esta foi a localidade escolhida por Fidié para se fortificar após
a vitória em Jenipapo, no Piauí, e onde veio a ser cercado pelas tropas brasileiras, compostas por
contingentes oriundos do Maranhão, do Piauí e do Ceará, vindo a capitular. São Luís, bloqueada por
mar pela esquadra de Lord Thomas Cochrane, foi obrigada a aceitar a Independência.

A campanha no Pará

Na então Província do Grão-Pará, a burguesia comercial e os proprietários de terra também se


encontravam profundamente ligados à Metrópole. Aqui, John Grenfell, subordinado a Lord
Cochrane, impôs a aceitação da Independência também recorrendo ao bloqueio naval, sob ameaça
de bombardear a Capital, Belém (15 de Agosto). Tendo sido eleita uma Junta Governativa (17 de
Agosto), explodiu uma violenta reação popular, que obrigou Greenfell a desembarcar tropas e
efetuar prisões em massa, visando restabelecer a ordem pública. A 19 de Agosto, sem que
houvessem cárceres suficientes em terra, a pedido da Junta, Greenfell autorizou encerrar nos porões
do brigue São José Diligente (depois Palhaço), duzentos e cinqüenta e sete detidos, onde todos,
menos um (duzentos e cinquenta e seis, menos quatro, em outras fontes) morreram asfixiados.

Embora posteriormente Grenfell tenha se defendido argumentando não ter ordenado o massacre,
também nada fez para responsabilizar ou punir os responsáveis.

Os combates da Guerra da Independência serviram como batismo de fogo para o jovem Luís Alves
de Lima e Silva, futuro duque de Caxias.

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