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- Império -
Primeiro Reinado
Recorde-se que a maior parte da oficialidade era de origem portuguesa, enquanto que o grosso da
tropa, no Brasil, era brasileira ou luso-descendente.
Desse modo, o governo brasileiro, através do Ministro José Bonifácio de Andrade e Silva, adotou as
providências para eliminar a resistência portuguesa. Para esse fim providenciou a compra de armas
e navios, o recrutamento de tropas nacionais e o contrato de estrangeiros (mercenários), bem como
medidas repressivas como o confisco de bens e a expulsão daqueles que não aceitassem a
emancipação política do Brasil. No plano econômico, proibiu-se o comércio, e, no diplomático,
autorizou-se a guerra de corso, contra Portugal.
A campanha na Cisplatina
Na Província Cisplatina, a campanha foi marcada pelo bloqueio a Montevidéu, sob o comando de
Carlos Frederico Lecor, barão da Laguna. Isoladas, as tropas do Exército português foram obrigadas
a abandonar o território brasileiro.
Para apoiar e reforçar a ação brasileira na região, o governo brasileiro despachou, da Corte, alguns
navios sob o comando de Rodrigo de Lamare, conduzindo tropas e suprimentos, inclusive um
oficial experimentado nas campanhas napoleônicas, Pedro Labatut. Este efetivo desembarcou em
Maceió, nas Alagoas, de onde seguiu, por terra, para a Bahia. Durante a marcha, o contingente foi
reforçado por efetivos vindos de Pernambuco, do Rio de Janeiro e do amplo voluntariado que se
abrira no Recôncavo.
Entre esses voluntários destacaram-se nomes como os de Maria Quitéria, no Batalhão dos
Periquitos, criado pelo avô do poeta Castro Alves - José Antônio da Silva Castro -, assim
denominado pelo predomínio da cor verde em sua farda.
De Portugal, foram enviados 2.500 homens para reforçar as tropas de Madeira de Melo. A este
efetivo juntaram-se elementos da Divisão Auxiliadora, que se retirava do Rio de Janeiro.
As vitórias brasileiras nas batalhas de Cabrito e de Pirajá (8 de Novembro de 1822), bem como o
fracasso na tentativa portuguesa de ocupação da ilha de Itaparica (7 de Janeiro de 1823), tornaram
cada vez mais difícil o sustento da posição por parte do Exército português. Diante do bloqueio
naval de Salvador, imposto pela esquadra imperial sob o comando de Lord Thomas Cochrane,
complementado pelo bloqueio terrestre, que conjugados, impediam o suprimento do efetivo luso,
Madeira de Melo foi forçado a capitular, abandonando a cidade (2 de Julho), então ocupada pelas
tropas brasileiras. Na ocasião foram aprisionadas várias embarcações de bandeira portuguesa, e os
demais perseguidos até à s proximidades de Lisboa.
A campanha no Pará
Embora posteriormente Grenfell tenha se defendido argumentando não ter ordenado o massacre,
também nada fez para responsabilizar ou punir os responsáveis.
Os combates da Guerra da Independência serviram como batismo de fogo para o jovem Luís Alves
de Lima e Silva, futuro duque de Caxias.