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PROJETO S ER CRIANÇA - ARAÇUAÍ/MG

F EV EREIRO A A BRIL

2008

INTRODUÇÃO

O Projeto Ser Criança atende de 180 a 200 crianças de 6 a 14 anos, em horário


complementar ao da escola. São atendidos trê s grupos pela manhã e quatro à tarde,
confo rme a demanda escolar. A metodologia do projeto nos permite ir além de nossas
mediaçõe s e acreditar que é possível ed ucar brincando.

Nosso objetivo é promover a transformação social no projeto e por isso todas as atividades
rea lizadas são desenvolvidas de acordo com nosso Plano de Trabalho e Avaliação (PTA),
dentro das seguintes dimen sões: empoderamento comunitário, valores humanos e culturais,
compromisso ambiental e aprendizagem lúdica. As atividades direcionada s ao compro misso
ambiental são realizadas com os princípios da pe rmacultura - cultura perman ente.

O trabalho de 2008 iniciou-se com a formação dos educadores da equipe do CPCD em


Araçuaí: Ser Criança, Caminho das Águas, Fabriqueta, Cidade Criança e Cinema Meninos
de Araçuaí. O foco este ano foi o relatório MDI (Maneira s Diferen tes Inovadoras). De
quan tas maneiras diferentes eu posso fazer algo? Após discutir essa temática, foram
elaborado s algun s relató rios MDI como prática dentro do nosso tra balho. Para que todos
pude ssem compreendê -los melhor e executá-los, re alizamos momentos de refle xão,
aprendizagem e d escontração.

A alegria e o significado que a ro da nos prop orciona são aspe ctos muito importantes. Essa é
a principa l ferramenta de trabalho que nos permite direcion ar toda e qualquer atividade,
desde a mais simples até a mais complexa. Ela se dá por meio do diálogo , do respe ito, da

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disposição de ouvir o outro.

Sempre iniciamos o nosso dia com u ma rod a bem grande , em que todos os grup os se
encontram e têm a oportunidade de cantar e brincar juntos, passar informações, re solver
pro blemas. Crianças e educadores mostram suas hab ilidades, seja com instrumentos
musicais ou com tea tro , música e d ança, valorizand o os sabe res e fazeres de cad a um.

As rodas do Ser Criança são animadas e reflexivas e garantem o melhor desenvolvimento e


a apropriação de crian ças, adolescente s e educadores diante da metodologia. A cada ano,
iniciar o trabalho com as crian ças é um n ovo desafio. Durante esses meses, tivemos várias
visitas no projeto, pessoas conhecendo nossa metodologia, vivenciando na prática o que
ouviram em reportagens, sites, revistas, TV etc.

Estiveram nos visitando a repórter Rosângela Guerra ; o Alexandre, da equipe de


rep ortagem de filmag em da Imago; o Célio Turino, do Ministério da Cultura; alguns
pro fessore s de São Paulo; a Gabi, da Lepper. Eles viera m para a inauguração do cinema e
para conhecer o projeto Ser Criança, base de onde surgiu o cora l Meninos de Araçuaí.
Estiveram aqui também fun cionários do Banco do Brasil de Belo Horizonte, as venezuelanas
Marilu e Ana Te reza e o estudante de música Rui Aragão , do Rio de Janeiro . Muitos já
conh eciam o projeto e trouxeram outra s pessoas para conhecer o que fazemos no nosso
cotidian o.

Fo ram rea lizadas atividades durante o bimestre visando conhecer melhor o que as crian ças
sabe m, pensam e sentem, além de valorizar seus saberes e fazeres. A partir de filmes e
brincadeiras, foram desen volvidas dinâmicas, brinq uedo teca, músicas que falam sobre
amizade, compromisso com o meio em q ue vivemos, atividades com argila e tinta de terra.
As crianças puderam expressar seus sentimen tos e na brinquedoteca exploraram sua
criatividade, produzindo vários brinquedos.

As rodas estão sempre muito animadas, com a participação de 180 a 200 crianças, de
manhã e à tarde, que brincam e cantam com muita e mpolgação . Nelas, são re alizadas
várias b rincadeira s: “Piscada fatal”, “Aí então”, “Boneca de pano”, “Três a migas”, “Árvore da
montanha”, “Abóbora faz melão”, “Susu nenê”, “Chora pião”, “Dança do chepe-chepe”,
“Farinhada”, “Chefe”, “Maestro”, “A lagarta”, “Caí no poço”, “Lavadeira”, “Cachorro e o osso”,

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“Piaba” e “Serpen te”.

O dever que é passado na escola formal está sendo desenvolvido com mais tra nqüilidad e:
cada educador fica com seu grupo, ensinando com a ajuda dos monitores. Isso é feito de
forma lúdica, auxiliando as atividades do dever. Pedrinhas, palitinhos, tampinhas, sementes,
jogos e livros do Bornal são de grande importância na aprendizagem das crian ças,
pro duzindo um efeito significativo.

DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS A TIVIDADES D ESENVOLVIDAS DE ACO RDO COM O PTA

• Brincade iras e dinâmicas

As brincadeiras e dinâmicas são grandes aliadas n o dia-a-dia do projeto. Nós as utiliza mos
como pretexto para trabalhar algumas dificuldades detectadas e com elas as crian ças se
divertem e aprendem de forma lúdica. Ao brincar, elas interagem umas com as outras,
facilitando o processo de socialização .

Diante disso, brincadeira s como “Você Gosta de Mim”, “Se eu Fosse”, “Fila do ônibus”, “Aí
então”, “Piscada Fatal” e “Minha direita está vaga” foram realizada s com o objetivo de
aproximar uns dos outros, estimular a aprend izagem, o diálogo, o respe ito, a harmonia, a
descontração, a transformação e o bem-estar das pessoas. Trabalhamos também
org anização, socialização, percepção auditiva e raciocínio por meio de brincadeira s que
causam muita ale gria e aprendizagem nos grupos.

Com as brincadeiras “Pega , Pega”, “Corren te” e “Dominé”, focamos mais uma ve z a
importância do trabalho em e quipe, uma vez que as crianças estavam muito individualista s.
A princípio, elas tivera m dificuldade, pois a falta de união e a desorgan ização eram fortes
ainda em alguns grupos. A cada início de ano, enfrentamos um novo desafio e nos
depa ramos com essas situações. A rod a de conversa permitiu o diálogo e foi possível
recomeçar a brincadeira, que gerou um resultado harmonioso.

Fizemos uma adap tação da brincadeira “Pegue a bola”, que nos permitiu diagno sticar as
dificuldades presentes no grupo em relação às operaçõe s matemáticas de adição, subtra ção
e multiplicação. Percebemos que muitas crian ças apresentavam dificuldades, mas o grupo

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estava muito empolgado com a forma com que utilizamos as ped ras e a areia que cobria o
chão . Tudo que era encontrado para a rea lização dos cálculos proporcionou uma
aprendizagem mais significativa e pra zerosa. Além do objetivo de estimular a aprendizagem,
discutimos ta mbém sobre a não competição en tre as equ ipes do grupo.

Realizamos as dinâmicas “A ssocie os corações”, “Rolo de Barban te”, “Qu em sou eu”,
“Sonho” e “Caixinha do conhecimento”, com o objetivo de conhecer melhor uns aos outros,
permitindo a expressão de sentimentos, gostos, expectativas em relação ao presente e ao
futuro, bem como a valorização do que somos e o que podemos oferecer para contribuir no
dia-a-dia, respe itando as diferenças de cada um.

A dinâmica no “ Jogo da vida”, feita com duas modalidades diferentes de jogos, uma com um
balão e outra com uma bola d e queimada, permitiu discutir sobre o que fazer para melhorar
nossas atitudes em rela ção aos outros e analisar nossos diferentes comportamentos em
diferentes situações, despe rtando atitudes de respe ito mútuo e d iálogo.

A dinâmica do “Desafio” teve como objetivo mostrar co mo o medo e a insegurança às vezes


nos atra palham e tiram grandes oportunidades de cre scer por não enfrentá-los. Discutimos
que, muitas vezes, desistimos a ntes de saber o que realmente vamos encontrar pela frente,
por medo de tentar, e que superar os d esafios muitas ve zes é necessário para chegar a um
objetivo.

Já a dinâmica do “Presen te” foi realizada com o objetivo de reconhecer e valorizar as


qualidades uns dos outro s. Ao final, os presen tes desvendados eram livro s e não b ombon s,
como muitos espe ravam, mas dep ois eles entenderam o objetivo da atividade e
reconheceram a importância d a leitura para o nosso cres cimento como cidadãos.

Na dinâmica do “Espelho”, tivemos também objetivos relativamente parecidos, pois cada um


deveria definir suas próprias qualidades ou defeitos, o que gerou boas reflexões sobre
valores humanos, afetividade, identidade pessoal. Com a brincadeira “Lá Vai Água”, foi
possível trab alhar a impo rtância do trabalho em equipe, avaliar a participação, se realmente
ouve tra balho em equipe, se tod os tinham o mesmo objetivo.

Essas dinâmicas e brincadeiras acon teceram de forma descontraída, interativa e lúdica,

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permitindo que todos pudessem falar um pouco de sua s histórias com entusiasmo e carinho.

• Confecção de jogos

Em busca de melhorar o aprend izado para aprimorar o desen volvimento das crianças, tanto
no dever quanto em a ssuntos sob re socialização , afetividade, respeito, convivência e auto-
estima, os jogos são importantes colaboradores para que se chegue ao ob jetivo. Brincando
com os jogos de forma lúdica, a crian ça consegue desenvolver o ra ciocínio com prazer,
aceitando e aprendendo com as reg ras e as formas diferentes de aprendizado,
transformando, assim, a educação .

Confeccionamos com o grupo o jogo “Baralho silábico”, com o intuito de permitir que as
crianças de 8 a 10 ano s melhorassem a escrita e a leitura. É um jogo de cartas, porém
vence quem mais palavras consegue formar. Ele envolve as crianças, que aprende m e
querem mais e mais.

Com os jogos “Che irinho Bom” e “Jogo das Sílabas”, foi possível trabalhar a ap rendizage m
com as crian ças de uma forma lúdica e pra zerosa, pensando também em alcançar outro s
objetivos, como cooperação, participação, criatividade, cuidado com o corpo, além da leitura
e da escrita. Durante o jogo, elas ficaram muito ansiosas, querendo dar opiniões e
responder logo, muitas vezes interrompendo os colegas. Por isso, re começamos o jogo e
combinamos algumas regras que garantiram um resultado melhor. Assim, conseg uimos a
colaboração e o bom relacionamento de todos os pa rticipantes.

Os jogos de aprend izagem contribu em com a leitura, a escrita e a interpre tação,


despertando o interesse em re lação a vários assuntos, que por sua vez estimulam as
crianças a criar novo s jogos. Ele s nos garantem aprendizado, interação e entretenimento.

• Confecção de material para utilização no dever

Caixinha de letras

Na hora do dever, observamos que muitas crianças mostram dificuldade para ler e escrever.
Por isso, pensamos em construir uma caixinha com muitas vogais, algumas consoa ntes e

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muitas sílabas. Juntamos algumas caixa s va zias e no gru po dividimos as tarefas: uns
cortavam as cartas, outros escreviam e fomos pensando em algumas letras que muitas
vezes confund imos, como o s e o c, o x e o ch. Fizemos várias p ara tirar as dúvidas. Com
muito entusiasmo, todos se interessara m em contribuir e já saíram do grupo carregando a
caixinha para a mesa do dever.

Essa é mais uma forma alternativa e eficaz de ensinar a ler e a escrever, auxiliando nas
tarefas escolares. Usamos ta mbém material alternativo, como pedrinhas, palitinhos,
tampinhas e sementes, para nos auxiliar no dever e observamos como é notável o maior
interesse das crianças e m fazer o dever de casa. Depois que os grupos passaram a utilizar
esses recursos, nota-se que as crian ças estão aprendendo com mais facilidade e que
mostram menor dificuldade nas operações de adição e subtração.

Com o material utilizado no horário do dever e em outros momentos, como jogos de


tampinhas com as sílabas, as crianças aprendem a ler sem soletrar. Sementes, palitos de
fósforo, ped ras e tampinhas facilitam as operações matemáticas. E sses são recursos que
permitem aos educadores ensinar de maneira mais efica z.

Lucas e Danielle Dourado já conseguem ler as palavras sem soletrar o u gaguejar. Essa era
uma dificuldade e ncontra da na maior parte do s grupo s dos meninos menores e que os dois
conseguiram superar. Ainda temos muitas crianças com a mesma dificuldade , mas essa
prá tica está produzindo resultados positivos. Com mais tempo, cre io que vamos aperfeiçoá-
la, po is as crian ças gostam de utilizar os materiais.

• Pedagog ia das pla cas

Fizemos essa atividade com o objetivo de melhorar a escrita e a leitura no grupo.


Primeira mente, conversamos sobre os tipos de letras que devíamos usar, levando em
conside ração q ue não devemos misturar letra cursiva com letra de forma. Observamos tudo
ao nosso redo r, depois memorizamos como se escre ve cada coisa, para então começar a
emplacar. Era grande a euforia: cada um queria escrever e imediatamente pregar, mas
combinamos que antes deveríamos fazer a correção e tirar as dúvidas e só depo is pregar as
placas.

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Na avaliação , separamos as placas que estavam com a escrita errada e fomos descobrindo
os erros. Essa foi uma forma de aprender e avaliar a atividade. Nesse dia, uma equ ipe de
rep ortagem da Rede Globo acompanhou o projeto.

• Visita e ses são no Cine ma Me ninos de Araçuaí

Com a entrega do Cinema Meninos de Araçuaí, as criança s do projeto tiveram a


oportunidade de conhecer o espaço e, pelas conversas rea lizadas, percebemos que a
maioria estava conhece ndo pela primeira vez um cinema. Elas e stavam eufóricas e
ansiosas para entrar e conhecer tudo ali. Ficaram admirad as com a beleza do cinema,
encantadas com uma tela tão grande, com as pinturas de tinta de terra e com o jardim. Era
notável a alegria e a admira ção que ela s demonstravam com tudo o que viam.

As crianças gostaram e se surpreenderam com o final do filme. Relataram nunca ter


assistido a um filme com imagens tão grandes. Em nossa estréia, foi e xibido o filme “Deu a
Louca no Chapeuzinho”, qu e prendeu a atenção de todos. O filme mostra que as aparências
enganam e que não podemos tirar conclusões precipitadas em nen huma situação . Para
alguns educadores, foi também uma novida de, pois nunca haviam assistido a um filme no
cinema. Para todos, foi muito legal ir a u m lugar tão agradá vel e cheio de novidades.

O cinema foi um presente do Cora l Meninos de Araçuaí para a nossa cidade, que na
verdade ganhou b em mais do que um cinema, mas um centro cultural aberto à comunidade.

• Visita a o Banco do Livro

O envolvimento com outro s projetos do CPCD é de suma importância para o


desenvolvimento do nosso trabalho, tanto para os educadores como para as crian ças e os
adole scentes. Passamos a conhecê-los mais e melhor, proporcionando maior aproximação
e apropriação.

Com a visita que fizemos ao Banco do Livro, tivemos a oportunidade de reencontrar muitas
características do projeto, como livros de algibeira e jogos, que deixaram as crianças bem à
vonta de, sentindo-se bem entrosadas. Durante todo o tempo que permanecemos lá, o clima
foi de muita harmonia e interação, nos estimulando a visitar o local outra s ve zes.

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• Livros/Textos

O trabalho com os livros nos permite um variado leque de opções para ating ir os objetivos
pro postos. A med iação de leitura nos aproxima cada vez mais do háb ito de ler e contribui
para o bom desenvolvimento das atividades.

Vários livros foram selecionados: “O outro lado do lado”, de Bebete Alvim; “Pedrinh o pinto r”
e “A Escola do Marcelo”, d e Ruth Rocha; “A pala vra feia do Alberto”, de Andrey Wood; “Sai
sujeira", de Nick Manning; “A colcha de retalhos”, de Conceil Corrêa , entre muitos outros
que foram usados para discussão, leitura, interpretação e construção de histórias, com o
objetivo de e stimular a aprend izagem de maneira lúdica.

A criatividade foi bem explorada e buscamos trabalhar de formas diferentes e inovadoras.


Cada grupo leu e apresentou sua história por meio de mímica, teatro, música, dança. A
história foi contada pelas crianças, cada uma a seu modo. Com isso, crian ças, adolescentes
e educadores torna ram-se mais comunicativos, interativos e dinâmicos. Proporcionaram
também o gosto pela leitura, a capacidade de reflexão, o respeito, o protagonismo e o
enrique cimento do vocabulário. Temos presenciado nas rodas pequenos teatros elaborados
pelas próprias crianças e adole scentes, que se inspiraram nos livros utilizados nas
atividades, tornando esses momentos mais agradáveis e prazerosos.

Fo ram utilizados te xtos como instrumentos viáveis para que crian ças e adolescentes
pude ssem re fletir e se apropriar d a metodo logia, desen volver a aprendizagem, melhorar a
convivência, tanto dentro como fora do projeto. Utilizamos os te xtos “Águia que quase viro u
galinha” e “A lição do bambu chinês” para discutir novas propostas de mudan ça, sonho s,
ideais, respeito, busca da identidade, cooperação entre as pessoas e divertimento.
Além da interpretação do conteúdo do texto, trabalhamos a sua montagem, analisando
pontuação, parágrafos, sentido das frases, começo, meio e fim, produzindo também novas
histórias. Cada um explorou sua criatividade e interagiu em grupo, re speitando as diferente s
opiniões.

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• Desenho /História

Realizada com crianças de 6 a 8 anos, a atividade de desenho permitiu que, a partir dos
desenhos, elas pudessem expressar seus sonhos e sentimentos. As crian ças construíram
uma história, descre vera m um pouco da alegria ou da triste za da realidade. Reunindo os
desenhos produzidos com muita criatividade, produzimo s um pequeno livro. A história
conta da e escrita foi de acordo com o que as crianças desenharam. Percebeu -se que , na
inocência de cada um, existe a preocupação com a natureza, a família, o amor, apesar da
violência que muitas delas presenciam em casa.

A história é uma atividade prazerosa, e as crianças gostam tanto de ouvir como de conta r,
seja ela criada por elas ou não. Contou-se a história do livro “O Men ino e a Rã”, de Ângelo
Machado, que fala da curiosidade de Paulo, um menino que gosta muito de animais. O
objetivo foi despe rtar nas crianças o cuidado com a natureza. Aproveitamos também para
conversar sobre a diversidade de espécies de insetos, animais e anfíbios que estão extintos
por causa da ação d o homem. E ssa roda de conversa foi rica, pois trocamo s conhecimentos
e fala mos da importância dos seres no no sso meio ambiente.

• Espe táculo “Pra Nhá Terra”

Durante toda a semana, as crianças participantes do coral Meninos de Araçuaí estiveram


envolvidas em ensaios e oficinas de inte rpretação, para melhorar seu desempenho no palco,
uma vez que seria o primeiro show com o novo espetáculo na rua. Foi uma grande
expectativa para todos os araçuaienses terem na cidade um espetáculo feito por crian ças da
nossa terra. Os espectadores estavam eufóricos porque teriam a oportunidade de ver nosso
trabalho ser apresen tado para a comunidade .

Para todos nós foi um pra zer muito grande mostrar a familiares, amigos, vizinhos e
comunidade a diferença que o Ser Criança e o coral fazem na vida das crian ças. O Ponto d e
Partida, juntamente com o coral, homenageou Araçuaí com o grande espe táculo “Pra Nhá
Te rra”, que encantou a todos e presente ou nossa cidade com um cinema que é fruto do
gra ndioso tra balho que foi e vem sendo realizado pelos meninos durante todos esses anos.

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O cinema fará com que essas crian ças sejam uma referência em Araçuaí. Estamos
trabalhando para promover a transformação social na cidade. O canto das crian ças
encantou a todos e só se fala nesse espe táculo e no p resente proporcionado a todos. No dia
segu inte ao show, n a roda do projeto Ser Criança, só se ouvia das p essoas o encantamento
em re lação ao espetáculo e o orgulho dos participante s do coral ao ouvir a comunidade e as
outras crianças falando da beleza do tra balho.

O espe táculo “Pra Nhá Terra” reuniu, na Praça d o Rosário, uma multidão estimada em trê s
mil pessoas, com o objetivo de entregar à população o Cinema Meninos de Araçuaí,
comemora ndo os dez ano s do coral “Meninos de Araçuaí”, formado por crian ças
participantes do projeto Ser Criança, juntamente com o grupo Ponto de Partida. Foi um
gra nde marco para todos os araçuaienses, pois a população esperava com muita
expectativa por esse momento. Sabemos que nossa cidade tem um potencial cultural
enorme, mas que ainda pre cisa ser estimulad o. Com esse incentivo, acred itamos que
estaremos caminhando a transformação social .conseq uentemente tra nsformando Araçuaí
em uma cidade susten tável.

• Higie nização/Limpeza

Com o intuito de trabalhar auto-estima, beleza, bem-estar, saúde e mud anças de háb itos,
pro movemos oficinas de higienização. Esse trabalho traz muita alegria e pra zer, uma ve z
que as crian ças se sentem bem cuidadas e estimuladas a cuidar melhor de si. Outro pon to
importante dessa atividade é que, além da alegria, que é visível, cada crian ça se preocup a
com a outra , cuidando e limpando as unhas umas das outra s, gerando assim muita
harmonia, diálogo, entrosamento e cooperação .

Nessa mesma atividade, u tilizamo s recursos naturais como xampu de ervas para combater
piolho, limão com bicarbonato para as axilas, produtos que não agridem o meio ambiente.
Procuramos formas eficientes e inovadoras para suprir nossas necessidades diárias.

A limpe za e a organiza ção do espaço são atividade s realizadas diariamente, que contribuem
para trabalhar a cooperação entre as crianças e a preservação do espaço e do meio
ambiente. A satisfação de man ter o espaço limpo e agradável vem fa zendo com que o
cuidado cresça e o ambiente fique mais organizado e prazero so. Além de cuidar do e spaço,

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também procuramos fazer um trabalho voltado para o compro misso ambiental, mantendo
assim o espa ço limpo e a gradável.

• Brinquedoteca

Bonecas de pano

As atividades que envolvem brinquedos sempre acon tecem com muita alegria e o resultado
é sempre a criatividade. Aproveitamos retalhos e cordões para a confecção de bonequinhas
de pano e focalizamo s, na discussão do grupo, como podemos realizar atividades usando o
alternativo e mostrando maior compromisso com o meio ambiente.

Muitas crianças que entraram este ano no projeto não tinham re alizado essa atividade: a
alegria e a vontade de fazer uma boneca eram muito grandes, mas elas ainda enfrentavam
alguma dificuldade. O que mais chamou a atenção é q ue as crianças q ue já eram d o projeto
ensinavam para as que não sabiam. Mesmo os que não faziam perfeitamente passavam o
que sabiam. O re sultado dessa atividade foi muito gratificante: por meio dela, percebe mos
que as crian ças se ap ropriam do projeto e cooperam, passando para frente o q ue aprendem
aqui. A intenção não era fazer bonecas perfeitas, mas trabalhar o significado e as atitudes
que essa atividade pode tra zer para o grupo .

A educação pelo brinquedo acon tece por meio da cooperação entre os participantes no
rea proveitamento e na divisão dos materiais, bem como nos combinados a serem seguidos.
Assim, o brinq uedo torna-se grande instrumento de aprendizagem. E stiveram
acompanhando essa atividade as funcion árias do Banco do Brasil de Belo Horizonte que
vieram conh ecer os projetos do CPCD e ficaram encantadas com as atitud es das crian ças.

Bichinho d e pedra

Fo i rea lizada a atividade “Bichinho de ped ra”, uma forma de explorar a criatividade e a
coop eração, aproveitando recursos naturais, como pedrinhas, que ficam muito bonitas
quando são unidas com arg ila. Criamos bichinhos de pedra , como patinhos e peixe s,
bone cas, flores etc. As crianças tiveram uma participação muito boa, confirmando a
interação do grupo ao praticar a tividades manuais. Elas dividiram o material disponível, que

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era pouco, para que todos pude ssem participar. Dessa forma, descobrimos também as
habilida des das crianças, o que sabem fazer. Assim, elas apren dem a valorizar os recur sos
naturais, firmar co mpromisso co m o meio ambiente e mostrar à comunidade que é possível
transformar os recursos da na tureza em coisas be las, sem ag redi-la.

• Argila

Há um grande envolvimento das crianças quando se trabalha com a argila: ao amassar o


barro, o diálogo acontece, percebendo-se diversos sentimen tos e sensaçõe s que elas
deixam tra nspa recer. Quando histórias são contadas e a criatividade é trabalhada , nota-se
que algumas crianças são mais ousad as que outras, conseguindo tra nsformar o barro no
que que rem: carrinh o, pane linhas e até máscaras. Outras gostam mesmo é de se lambuzar
e acham esse momento o má ximo.

• Tinta de terra

Traba lhamos com a tinta de terra na pintura de mais uma parede do projeto . A
transformação do ambiente foi notavelmente observada. O grupo realizou todo o pro cesso
de produção da tinta, desde peneirar a terra e prepará-la até realizar a pintura do local
escolhido. O resultado final foi um espa ço bonito e com a cara das próprias crian ças,
usan do-se o alternativo e valorizando a cultura da região.

Os combinados na atividade foram realizados, houve coope ração e divisão dos afazeres:
enquanto uns pinta vam a parede com a tinta já pronta, outros peneiravam a terra e já
pre paravam mais. A equipe de reportagem de Alexandre (IMAGO) acompanhava a
atividade, filmando um grupo de pessoas com o Aerton Avina para mostrar o nosso trabalho.
O resultado final dessa atividade foi incentivar a estética do projeto a partir do uso do
alternativo e valorizando a cultura da região.

Ta mbém com a tinta de terra foi feita a confe cção de cartões como forma de expressar a
criatividade e promover o entretenimen to, proporcionando diálogo e entrosamento entre os
participantes do grupo valorizando o saber de cada uma. No segundo momento da
atividade, foram feitas as trocas do s cartões, em que u ns puderam presen tear os ou tro s com
sua o bra de arte, acompanhada de uma men sagem, que por sua vez deixou os participantes

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mais felize s, próximos e unidos uns aos outros.

• Música

O trabalh o de música rea lizado no projeto tem deixado nossas rod as mais agradáveis,
pra zerosas, e descontraídas. Com isso, as crianças estão cantando mais e há uma
pre ocupação em dar contin uidade às atividades, que não se limitam a apenas aprender a
letra, mas a partir de la realizar teatros, brincadeiras, dan ças, histórias etc.

O trabalho desen volvido vem trazendo bons resultados, tanto para o cotidiano do projeto
como para as crianças em seu convívio fora daqui, pois elas estão se habituando a cada vez
mais ouvir música com melodias e letra s de boa qua lidade. A cada atividade, é uma nova
expectativa para as crian ças, que estão se divertindo com essas técnicas diferen tes,
pro porcionando maior entrosamento e participação . As músicas do coral são as de maior
referência no projeto: as criança s ficam todo o tempo cantarolando e assim deixam a rod a
mais bonita e o ambiente mais harmonioso.

• Cozinha experimental

Realizamos várias receitas alternativas para o nosso cardápio a partir do cuidado com o
ambiente e o corpo, uma forma de valorizar o que temos disponível com uma qua lidade d e
vida melhor. Já estão incluídos no nosso cardápio farofa de umbigo de banana, talos de
batata doce, bolo de casca de abóbora, arroz com cascas de legumes, bolo de casca de
banana.

Para o cuida do com o corpo, foram feitos xampu de piolho e antitran spirantes naturais. A lém
disso, para a organização do nosso espa ço, fizemos sabã o para lavar vasilhas e vassoura s
de garrafa PET, detergente caseiro , pasta de lavar vasilhas.

Dessa forma estamos contribu ídos com o meio ambiente e reduzindo o lixo e gastos,
contribuíndo para uma Araçuaí sustentável.

• Rua de Lazer

Fo ram desenvolvidas várias oficinas junto as crian ças na praça do forum com objetivo de

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envolver a comunidade, permitindo que conheça melhor o trabalho, dessa forma participar
das atividades realizadas junto a s crian ças. Dentre essas oficinas acote nceram contação d e
história, brincadeiras, música, pinturas com tinta de terra, brinquedoteca com produção de
vários brinq uedo s, jogos do bornal, mediação de leitura, teatros, danças, capoeira e
batuques. As pessoas que passavam curiosas, chegavam até as oficinas e participavam
com muita alegria junto as crianças e educadores. Foi um dia muito agradá vel, pude mos
divulgar ainda mais nosso trabalho e o melhor permitindo as pessoas participarem um pouco
do que é nosso dia- a -dia.

• Esporte

O esporte é realizado de forma lúdica através das brincadeiras de elático, amarelinha, pega-
pega , boca de forno, futebol, volei, capoeira , pique- esconde, árvore da montanha , peteca.
Todas essas brindeiras são realizadas junto s educadore s e crian ças permitindo que todos
possam p erticipar, com alegria e muita empolgação . Todas as crian ças tem a opo rtunidade
de escolher em qual atividades de esporte pode m participar, passando por todas que
interessarem. Dessa forma trabalhamos a socialização, auto estima, saúde, de maneira
espo ntânea, alegre e dinâmica.

G ERENCIAMENTO DO PROJETO

A cada dia, o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD) vem criando maneira s
diferentes e inovadoras de rea lizar nosso trabalho de forma mais produtiva e prazerosa.
Essa prática fa z com que novos p rojetos surjam e abram novos caminhos que nos levem a
ating ir nossa meta de transformação social, crian do oportunidades que potencializem o
Arassussa.

Te mos também a coordenação local, que está integrada com a equ ipe, agilizando as
necessidades diárias. O apoio da coordenação tem sido de grande importância para
alcançarmos nossos objetivos, pois promove rod as reflexivas, melhorando a qualidade do
trabalho.

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DESEMPENHO DE EDUCADOR ES

Em um encon tro com equipe do CPCD de Araçuaí, firmamos o compromisso de nos


encontrarmos uma ve z por mês. Nesse encontro, falou-se da proposta do MDI (Maneira s
Diferentes e Inovadoras), de quantas maneiras diferentes eu posso fazer algo. Foram
discutidos e elaborados alguns MDI como exer cício e prática, para que todos pudessem
compreende r melhor que esse será um grande suporte para as atividades realizadas ao
longo do ano. Cada um pode falar sobre suas expectativas e seus planos de trabalho a
serem rea lizados. E sses encontros beneficiam o desenvolvimen to do trabalho, pois com as
trocas de experiências e as propostas lançadas direcion amos melhor nossas atividades,
assim como as avaliações diárias, qu e vêm enriquecendo o trabalho.

Realizou-se mais um encon tro da equipe do CPCD, um momento de informação e


aprendizado. Essa é uma forma de toda equipe interagir, pensar como um grupo, nos
ideais, nas propostas, trocar idéias, histórias, experiências. Fo ram discutidos textos sobre
direitos humanos, a importância de reciclar, curiosidades sobre o lixo, direitos da água,
levando toda a equip e a refletir sobre cidadania, trabalho, vida, atitudes de cada um,
transformações que acontecem no nosso cotidian o.

Uma ve z por mês a contece o encon tro da equ ipe do Ser Criança, u m momento de re flexão
e aprendizado em que avaliamos nossa prática. Também nos encontramos para produzir
nossa ornamentação. Realizamos vários brinque dos, bone cos de garrafas PET, bonecas de
pano , completando toda uma seqüência na ornamentação. Para fazer esses enfeites,
conta mos co m a aju da dos monitores adolescentes. Nossa ornamentação tem encantado as
crianças e todas a pessoas qu e vêm nos visitar.

A cada dia, o desempenho da equipe de edu cado res junto à coordenação vem
ultrapassando as dificuldades, tornando -se um suporte para o outro. Mesmo com um
número menor de edu cado ras, nossa equipe não deixou que isso comprometesse o
trabalho; ao contrário, a disponibilidade e a flexibilidade são os elementos fundamentais no
cotidian o.

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ENVOLVIM ENTO DA FAMÍLIA E DA COMUNIDADE

Acreditamos que , para obter mais êxitos em nosso trabalho, a aproximação entre família e
pro jeto é fundamenta l. Para fortalecer esse vínculo, realizamos o grupo de pais, que
acon tece mensalmente. Informar as famílias dos participante s sobre o projeto é de grande
importância para que eles se aprop riem mais da metod ologia, contribuindo para que os
resultados dos tra balhos realizados atinjam os objetivos propostos.

Em nosso primeiro encon tro de 2008 , tivemos uma frequência muito boa: conhe cemos
muitos pais novos e nos reencontramos com o utros. O traba lho se realiza em conjunto, por
meio de oficinas, visitas e rodas de conversas, como as que são rea lizadas com os pais
para esclarecer como funciona o cotidiano do projeto. Nessa rod a de conversa, pude mos
falar sobre nosso dia-a-dia, reforçando regras como horário, dever, banho e almoço, além
de apresenta r algumas novas propostas.

Neste encon tro , não fizemos oficinas com os pais. A pauta foi de interação, de forma que
eles ficassem conhecendo uns aos outro s, proporcionando um clima de harmonia efetiva
para todos os nossos encontros e firmando vínculo en tre as pessoas.

Um fato r que também mereceu destaque foi o espe táculo “Pra Nhá Terra”, que levou à
Praça do Rosário cerca de trê s mil pessoas, ansiosas para ver o re sultado do nosso
trabalho. Os Men inos de Araçuaí, juntamente com o Ponto de Partida, fizeram bonito no
palco, emocionando com manifestaçõe s de beleza e delicadeza, valores demonstradas em
cada gesto d as músicas.

ENVOLVIM ENTO DE ENTIDADES

O intercâmbio com outra s entidades distantes e locais tem tornado o nosso trabalho mais
eclético e criativo. Neste ano, iniciamos esse processo rece bendo muitas visitas, como a
rep órter Rosângela Guerra, representantes do Ministério da Cultura, professores do Instituto
do Patrimônio histórico e Artístico Nacional (IPHA N), a Gabi, da Cia. Fabril Lepper, a equipe
de filmagem do Ale xandre (IMAGO), algumas re presentante s do Banco do Brasil de Belo
Horizonte e de Araçuaí, que acompanharam os projetos do CPCD com o objetivo de levar

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um pouco de nossa metodologia como proposta para o gerente, visando desen volver
pro jetos sociais de sustentabilidade.

Ta mbém estiveram aqui repórteres da Rede Globo , que fizeram imagens dos projetos e do
coral Meninos de Araçuaí para o programa “Ação”, com Sérgio Gro isman, assim como as
vene zuelanas Ana Tereza e Marilu. O estudante Rui Aragão, que faz o cur so de Música no
Rio de Janeiro, fará sua monografia sobre o tema “Como a música influência no
aprendizado”. Ele acompanhou nossas atividade s por três dias, trazendo novida des e
alegria e deixand o saudade s com seu violão e pandeiro.

Essas tro cas proporcionam uma ampliação de conhecimentos que contribui para o nosso
crescimento, enriquecem e alegram nossas ro das, deixam as crianças e educadores mais
felizes, por saber que o nosso trabalho está sendo reco nhecido e valorizado , dando-nos a
oportunidade de também conhe cer novas culturas e fa zer novas amizades.

AVANÇOS O BTIDOS

• Índices qualitativo s

- Aumento da procura de vaga s para participação no projeto.


- Bom entro samento entre as crianças, principalmente com as que che garam este ano.
- Apropriação da metodologia pelas crian ças novas.
- Rodas mais animad as e cheias de novidades.
- Mais apropriação do e spaço por todos, mantendo sua ornamentação e organização .
- Maior interesse e responsabilidade com o deve r.
- Maior compromisso e cuidado com o meio ambiente.
- Participação das crian ças no ho rário do dever.
- Melhor realização das atividades no horário do dever a partir do MDI.
- Maior utilização d os jogos no dever.
- Maior desenvolvimen to da aprendizagem a partir da utilização de material concreto
(tampinhas, pa litos de fósforo, pedrinhas e sementes).
- Maior procura pelos livros.
- Criatividade na ornamentação do espaço: crianças, adolescentes e educadores mais

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entrosado s e felizes.
- Maior disponibilidade e flexibilidade da equipe.
- Mais envolvimento com outros projetos do CPCD.
- A monitoria está desenvolvend o um bom tra balho.
- Boa freqüência dos pa rticipantes.
- Maior envolvimen to com entidades.

Sessão de cinema 04

Dinâmicas rea lizadas 15

Músicas aprendidas 09

Teatros produzidos 06

Livros lidos 130

Oficina de bonecas 03

Histórias criadas 03

Mediação de leitura 08
Produção de brinquedos, enfeites e gominhas para 200
cabelo
Passeios realizados 03

Confecção de bonecas de pano 36

Enciclopédias virtua is utilizadas 15

Jogos pedagógicos utilizados 25

Sessões de filmes 05

Te xtos lidos e criados 10

Paredes pintadas com tinta de terra 02

Cartão com tinta de terra 50

DIFICULDADES ENCONTRADAS

- Crianças e a dolescentes agressivas.

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- Tu rno da tarde muito cheio.
- Roda grande da tarde um pouco tumultuada .
- Não cumprimento de regras e combinados por algumas crianças.
- Atender todas as crianças na tarefa escolar com precisão.
- Roubos freqüentes no projeto.
- Agressividade das crianças e dos adolescentes.
- Redução de educadores.
- Sexualidade aflorada de alguns adolescente s.

BREV E SÍNTES E

O trabalho realiza-se movido pela idéia de inovação, de criar e melhorar o que já foi criad o,
de fazer nossa re alidade ser transformad a, de resgatar as coisas boas e necessárias que
vão ficando para trás na nossa cultura. Tudo isso é feito com a ajuda de importante s
instrumentos, co mo cantigas de roda, jogos, te xtos, brincadeiras, livros, dinâmicas e
brinquedo s, que na sua simplicidade tornam nossa vida mais alegre e conqu istam grandes
transformações.

Procuramos bu scar a inovação em cada desafio, o que nos incentiva e motiva a d esen volver
um trabalho de qualidade, visando alcançar os objetivos e supera r as dificuldades. Isso
contribui gradativamente para o nosso crescimento profissional e pessoal, tornando-nos
mais exigentes e ousados. Por meio de reflexões, atitud es e ações, damos mais espaço a
valores culturais esqu ecidos, valorizand o nossos ideais e transmitindo esses valores a
outras pessoas, contribuindo para tornar Araçuaí uma cidade sustentável.

Ana Paula Ap. Silv a - Coordenadora


Ser Criança - Araçuaí

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ANEXOS

• Depoimentos
Dinâmicas e brincadeiras

Pegue a bola

“A gente já fez essa brincadeira antes, mas dessa vez deu para percebe r o que a gente
sabe de verd ade e o que precisa melho rar.”
Ramon Fe lipe Souza Santos, 10 anos

“Algumas pessoas têm que saber perder e cooperar com os outros, porque o jogo é para a
gente aprender e não para ganhar por ganhar.”
Le ila dos Santos Soares, 13 anos

“Achei a brincadeira muito d ivertida: tod o mundo estava participando , o grupo e stava u nido e
aprendendo um pouco mais as contas.”
Taís dos Santos Vieira, 13 anos

“Foi legal a dinâmica, porque a gente tem que ficar esperto e pensar se é melho r pegar a
bola da outra pessoa. Isso serve para a gente pensar nas outras coisas que fazemos
também, o que vai ser melhor no momento e ter mais ate nção .”
Rayane Gonçalves Fonseca, 13 anos

“Eu gostei porque a gente brincou e serviu para algumas pessoas verem em que elas têm
mais dificuldade.”
Elimarcio dos Santos Lisboa, 11 anos

Dominé

“Quando brincamos, eu sinto uma alegria gostosa, pois a brincadeira nos ensina de uma
maneira mais divertida.”
Emily Pe re ira, 7 anos

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“O bom dessa brincadeira é que ninguém fica de fora: todos têm a oportunidade de brincar
juntos.”
Luzia Fe rre ira de Jesus, 9 anos

“Eu gostei de ser o passarinho, de bater as asas e entrar na roda. A gen te tem que ser livre.”
Alan Magalhães , 7 anos

“Fo i bom que o grupo todo participou e se divertiu. A brincadeira sempre deixa o grupo mais
calmo, principalmente o dominé.”
João Paulo Vie ira, 8 anos

“Associe os Corações”, “Rolo de Barbante” e “Caixinha do Conhecimento”

“Gostei po rque foi muito divertido: todo mundo estava alegre e e u pude aprender a conhecer
as pe ssoas.”
Alana Fe rreira de Alcân tara, 10 anos

“A participação das pessoas foi muito importante: todo mundo fa lou u m pouco de si, colocou
os sentimentos para gente e nos conhecemos mais.”
Felipe Gomes da Silva Queiroz, 11 anos

“As pergunta s e as respo stas eram muito criativas. Elas mostraram para a gente o que cada
um pensa e gosta. A partir daí, deu para conhecer melho r o outro.”
John Lennon Lopes dos Santos, 13 anos

“Essas atividades de conhecimento são ótimas para nos aproximar uns dos outros e até
formar uma família.”
Marina Gomes, 12 anos

“A atividade foi interessante porque falamos sobre nossos gostos, expectativas e mud anças
pre vistas para este ano, pois nós não podemos deixar cair na rotina para o projeto não ficar
chato .”
Jéss ica Santos, 13 anos

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Jogo da Vida

“No primeiro jogo, a gen te tinha cuidado e um ajudava o outro. Já no segundo, um retribu ía
a bola do jeito que recebia ou pior. Isso é para a gente pensar nas nossas atitudes.”
Aman da Fonseca da Silva, 12 anos
“No jogo do balão, tinha cooperação. Como os dois não podiam deixar ele cair, no final os
dois saíam ganhando e não tinha disputa de quem era o melhor.”
Alice Fonseca de Alcân tara, 12 anos
“Com os dois jogos, a gente aprende a ter paciência. É uma coisa difícil, mas a gen te
pre cisa aprender, porque é com paciência que as coisas ficam bem feitas.”
Dalila Go nçalves dos Santos, 11 anos

“As pessoas sempre querem ganhar e não gostam quando perdem. Então, é melhor ajudar
o outro pa ra os dois saírem g anhando, ou e ntão brincar mesmo para se divertir e não para
briga r.”
Karine Montenegro Soares, 13 anos

“Esse jogo faz a g ente refletir sobre a importância de pensar antes de agir, de não pensar só
em si e de cooperar com as pessoas, para ningué m sair pre judicado.”
Everton Santos Profiro, 11 anos

Desafio

“Acho importante quando a Jéssica fala do respeito, do valor que temos que dar aos nossos
amigos, porq ue sem amigos a gente vive triste e com eles a gente tem mais coragem de
enfrenta r o mundo.“
Érika Barbosa, 12 anos

“Essa brincadeira mostrou para mim que na vida temos desafios, coisas boas e ru ins. Que
muitas vezes a gente desanima antes de saber que poderemos ter a vitória.”
Késsia Pereira, 13 anos

“Foi bem interessante essa dinâmica, porque o medo é um dos maiores problemas que
enfrenta mos. Mas com essa discussão concluímos que temos que ter coragem para ganhar

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espa ço no mun do.”
Jaqueline Alves, 13 anos

“Sempre que brinco é bom, me divirto muito, mas ho je, com essa atividade, percebo que luto
com garra, mesmo na dificuldade, pois temos que andar pra frente.”
Ju limara Vieira, 13 anos

“Os desafios nos fazem cre scer. Mesmo com medo, temos que tentar, porque lá na frente
sempre tem algo de bom para nós, como agora: todo mundo pensou que era uma prenda
que teria que pagar e era uma coisa go stosa. Isso serve de lição para nós.”
Anália Pereira, 15 anos

Presente

“Achei a atividade importante. O grupo se identifica com as qualidades e re conhece a


necessidade de ler também. Por isso, gostei do presen te. Li quatro livro s e, se tivesse
tempo, eu leria mais.”
Érika Barbosa, 13 anos

“Essa foi uma boa surpresa para nós. To dos ficamos ansiosos e curiosos para saber o que
havia na caixa, mas ao abrir serviu de lição, p orque só nos interessamos por outras coisas,
como doces, chocolate s etc.”
Eleni Santos, 13 anos

“Para mim, foi um presente maravilhoso! Os livro s são muito importantes, pois contam
histórias como as nossas, que também pode rão ser novos livros. Os livros enriquecem a
nossa vida.”
Anália Pereira, 15 anos

“A dinâmica foi maravilhosa! É importante, porque assim a gente desen volve melhor a
leitura, a contação de histórias, os estud os e a ge nte fica mais inteligente.”
Marina Gome s, 12 anos

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“Gostamos de dinâmicas e brincadeira s, pois elas sempre vêm com suspense e o grupo
aprende e se diverte muito.”
Tatiana Nascimento, 12 anos

“As brincadeiras deixam o grupo mais animad o e faz com que a gente participe com boa
vonta de e alegria.”
Isadora M oreira, 10 anos

“Quando não tem brincadeira no grupo, fica sem graça. Elas nos alegram e ainda nos
ajudam a ap render sobre vários assuntos.”
M iche le Pe re ira, 8 anos

“Essa dinâmica foi boa. Contei um pouco sobre meus sonho s, que não são diferentes dos
de muita g ente aqui. Assim, nos conhecemos melhor.”
Elcy Stephany Dou rado, 7 anos

“A dinâmica ‘Quem eu sou’ foi uma forma de nos apresentarmos uns para os outro s. Foi
muito legal, pois conheci pessoas novas.”
Vinícius Pereira, 10 anos

“Entrei este ano no projeto e estou gostando muito daqu i. Hoje, conheci muitas pessoas
novas e falei um pouco de mim.”
Islane Ma rtins , 9 anos

Jogos

“Gostei do jogo . Com ele aprendemos formas diferentes de criar, ler e escre ver palavrinhas.
Assim fica mais fácil.”
Tiago Júnior, 7 anos

“Estava bom ver o grupo alegre, todos participando. Pra mim, foi fácil, porque eu já sei as
sílabas, en tão formava a palavra mais ráp ido.”

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Iaskara Sad, 10 anos

“Estou gostando muito das atividades aqu i no projeto. Com os jogos consigo aprender
muito mais do qu e na escola.”
Ale xia Lopes , 7 anos

“O jogo ‘Cheirinho bom’ nos ensina a cuidar melhor do nosso corpo e ainda a nos divertir
muito enq uanto aprendemos.”
Elcy Stephany Dou rado, 7 anos

“Esse jogo é divertido, pois nos dá várias dicas de saúde.”


Michele Pereira da Silva , 8 anos

Confecção da Caixinha d e Letras

“Ajudei a cortar as cartinhas para escrever as letras. O Vinícius foi medindo e eu cortando.”
M iche le Pere ira, 8 anos

“Eu queria muito que a gente fizesse a Caixinha de Letras. Eu consegui escrever mais
ráp ido h oje no dever.”
Tiago Júnior Lopes , 8 anos
“Eu consegui escrever várias letra s e sílabas. Foi legal fazer essa caixinha para ajudar a
gente no d ever.”
Adna Fe rnandes, 7 anos

“Devemos fa zer sempre algo para ajudar em nossa aprendizagem. Te mos que pensar em
outras coisas agora para ajudar.”
Elc y Stephany Dou rado, 7 anos

“Sei que essas letras vão ajudar muita gente aqui. Vou sempre pegar a caixinha na hora do
dever.”
Laisa Santos, 9 anos

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Pedagogia das Placas

“A gente aprende mesmo colocando as placas nos objetos. Acho que nun ca mais
esqu ecerei como se escreve porta.”
Fabrícia Fernandes, 9 anos

“Gostei de ssa atividade: ela nos ajuda na hora de ler as palavrinhas.”


Mayara Ferreira, 8 anos

“Escrevi várias palavra s e preguei. Eu já sei ler, mas essas palavras vão ajuda r que m não
sabe .”
Elcy Stephany Dou rado, 7 anos

“Foi interessante colocar essas placas. Os meninos da tarde já chegaram lendo todas. Acho
que devemos sempre fazer atividade s como essa. Isso nos ajud a a aprender mais.”
Islane Ma rtins , 9 anos

“Eu escrevi a palavra no quadro e preguei em vários quadros que tinha no galpão. A
primeira vez que escrevi ficou errado, mas agora já aprendi.”
Angelina Pereira, 10 anos

Cinema: visita e sessão – Filme: “Deu a louca n a Chapeuzinho”

“Percebi, através do filme, que a gente não pode julgar só pelas aparências. O final desse
filme foi surpreendente! Os maus têm o que merecem e os bons sempre vencem.”
Carlos Augusto da Silv a, 12 anos

“Foi maravilhoso ir ao cinema e a mensagem que tirei do filme foi que toda mentira é
descoberta. O legal é que no final todo mundo fica feliz.”
Marina Gomes, 12 anos

“Ir ao cinema foi ótimo! Eu nunca tinha ido e quem não conhecia teve a oportunidade de
conh ecer. Achei lindo e gostei do filme. Ele é cheio de suspense e mistério.”
Débora Ferreira, 12 anos

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“O filme foi bom, a história é diferente da que eu conhecia. A gente não pode julgar mal as
pessoas pelo que elas nã o são. E ache i o cinema lindo, maravilhoso!”
Ju limara Vieira, 13 anos

“Foi bom o filme, ele nos passa alegria. Gostei da defesa que cada um passa. Eu entendi
que quem faz as coisas erradas tem que assumir para a culpa não ficar nos outro s
inocentes. Eu nunca imaginava que o coelho pudesse ser malvado.”
Jaqueline Alves Coelho, 13 anos

Higienização

“Adoro o dia que fazemos a higienização de nossas unhas, porque é só aqui que eu tenho
essa op ortunidade. Lá em casa, eu não tenho os materiais.”
Angelina Pereira, 10 anos

“Aqui cuidamos do nosso corp o: minhas unhas ficaram bran quinhas, me senti bem melhor.”
Vinícius Pereira, 10 anos

“Eu ajudei a limpar as unhas dos meninos. Quem tem a oportunidade de limpar e passar
esmalte em casa de ve ajudar os outros.”
Ale xia Lopes , 8 anos

“A gente fica diferente quando cuida de nossa higiene: as pessoas nos elogiam e nos
sentimos mais alegres.”
Adna Fernandes, 7 anos

“Cuidar do nosso corpo é muito bom! O dia que tem higienização eu gosto muito e vou para
a escola mais a rrumado.”
Gabrie l Alves Coe lho , 8 anos

Organização do e spaço/Limpeza do pá tio

“A limpeza do pátio foi boa. As meninas do ou tro grupo vieram e de ram um apoio para nó s.

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O grupo se preocup a em cuidar do espaço.”
Warle y Glander Gomes, 8 anos

“Não pode mos arrancar as folhas das árvores. Além de destruir a natureza, suja o pátio e
ficamos em u m lugar sujo.”
Naiara Lopes , 6 anos

“Quando os meninos sobem na árvore, é muito ruim, pois pod em se machucar e estão
pre judican do ela. As folhas e flores ficam do entes, caem e sujam o pátio.”
Geovana Barbosa, 7 anos

“Dep ois que limpamos e falamos do que acon tece com as árvores, não subimos mais em
árvores e o p átio está mais limpo.”
Tiago Fe rnandes, 7 anos

“Devemos fa zer algo para ajudar a natureza. Se cada um fizer um pou quinho, o calor vai
diminuir e teremos mais chuvas.”
Sauany M aga lhães, 7 anos

Tin ta de Terra
Pintura de parede

“Acho muito interessante a tinta de terra! Ela sempre deixa mais bonita alguma coisa que
está sem vida.”
Tamires Fe rnandes, 11 anos

“Hoje o dia foi muito interessante, pois transformamos a parede que estava feia e sem vida
em algo bonito, que tem a n ossa cara . A parede ficou muito bonita!”
Lucas Teixe ira Viana, 11 anos

“Ter pene irado a terra e ajudado o grupo na pin tura da parede contribuíram para o projeto
ficar mais bonito, além de podermos perceber que a natureza tem muitas coisa s belas,
como, por exemplo, as cores variadas de terra que temos.”
Joseph Coelho, 11 anos

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“Eu gostei muito da atividade, não senti dificuldade na pintura nem na prepa ração, porque
todo mundo do grupo cooperou.”
Le ila dos Santos Soares, 13 anos

“É legal pintar com a tinta d e terra, porque a gente mesmo pode fazer a tinta, sem agredir o
meio ambiente, valorizando o alternativo.”
Isn aide Martins Santos, 10 anos

Pintura de cartões

“Gosto de atividade s com tinta de terra. Acho legal essa arte, po is a criatividade de cada um
vai surgindo.”
Viv iane Rodrigues, 13 anos

“O dia de ho je foi bom: fizemo s cartões e trocamos co m os colegas do grupo. Isso nos deixa
mais próximos e u nidos.”
Lucas Pereira, 13 anos

“A pintura no cartão foi legal porque o grupo estava concentra do, criativo e interessado, po is
pre senteamos pessoas especiais.”
Fe lipe Santos, 12 anos

“Eu nun ca tinha feito nada com tinta de terra, só via nas paredes. Eu achei muito bonitos os
cartões feitos aqui. Da próxima vez, vou caprichar mais ainda.”
Romário Ferreira, 13 anos

“Atividades como a tinta de terra são muito boas: o grupo fica mais tranqüilo e con centrado,
além de usar a criatividade .”
Débora Ferreira, 13 anos

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Histórias criadas/desenhos

“Eu queria ir toda hora pra contar uma história. Cada vez que ia uma pessoa, surgia uma
idéia nova na minha cabeça e eu queria continua r inventando história.”
Rayane Gonçalves Fonseca, 13 anos

“Gostei muito dessa atividade, porque ficaram ótimas as histórias. Podem até virar livro s.”
Alana Fe rreira de Alcân tara, 10 anos

“Claro que eu gosto de histórias! A gente ap rende desde criança e , se não fossem os livro s,
a gente não conheceria muitas coisas.”
Taís dos Santos Vieira, 12 anos

“Achei bom um poder completar a história do outro. A gente pôde explora r nossa
criatividade, inventando mais uma história. Tem histórias reais e histórias que o povo
inventa, as lendas e todas elas são importantes para a nossa cultura.”
Alice Fe rreira de Alcân tara, 12 anos

“Gostei porque teve muito entrosamento entre as pessoas do grupo. Cada um contribu iu
com uma idé ia.”
Le ila dos Santos Soares, 13 anos

Desenho livre

“As crianças são livres para desenvolver. Assim tinha que ser a natureza que está morta,
sem vida.”
Elc y Stephany Dou rado , 8 anos

“A chuva é uma forma de alimento para plantas, seres humanos e animais. Queria trazer
vida para todos os seres!”
Michael Douglas Lopes, 10 anos

“Nós quase n ão e stamos vendo flores! Está tudo marrom. Queria ver o mundo mais florido.”
Davi Jardim, 7 anos

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“Todo mundo tem que viver feliz, como as borboletas. Espero que, neste ano, todos sejam
felizes aqui no projeto, em casa e na escola.”
Michelle Ferre ira, 9 anos
“No ano passado, fui muito feliz aqu i e espero que tudo que acon teceu antes volte a
acon tecer mais ve ze s este ano.”
Naiara Souza, 6 anos

Desenhos

“Meus desen hos são feitos com carinho, por isso faço assim: cheio de flores e árvores. A cho
a nature za linda!”
Emily Pe re ira, 7 anos

“Adoro desenhar! Assim, faço o mundo ficar mais bonito e colorido.”


Sabrina Ferre ira, 6 anos

“Eu fiz um monte de cora ções, porque eu quero dar para a Tauane. Acho ela linda!”
Sara Carvalho Alves, 8 anos

“Eu desenhei a casa da minha avó lá da roça, porque eu adoro passear lá.”
Alan Alv es, 7 anos

“Eu fiz um d esen ho igual ao do quadro que tem lá dentro do projeto, porque ele é alegre e
tem um menino soltando pipa, igual o que eu faço na rua de casa.”
Vande r Antônio Soares, 8 anos

História

“A história é muito boa. Nós acha mos engraçado, porque cada um dava uma continuação
legal para ela.”
Sara Julle dos Santos, 9 anos

“Gostei de ver a a tenção do grupo: soubemos a história do início ao fim.”

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Nara Gille dos Santos, 8 anos

“A gente aprende a contar história usando a imaginação. Dessa forma, o grupo fica mais
animado.”
Jaine Dayne Souza, 9 anos

“O menino ficou muito triste quando a rã morreu, mas ele aprendeu como cuidar da rã e
descobriu que ela é diferente dos peixe s, que seu jeito de ag ir no meio ambiente também é
diferente.”
João Paulo Vie ira, 8 anos

“Gosto de ouvir as histórias aqui pa ra poder contar na escola pa ra ou tras crianças.”


Ângela Ferre ira, 8 anos

História criad a pe lo educador com as crianças

Sonho colorido

Era uma vez uma men ina chamada Sara. Certo, dia ela saiu pelo mundo à procura de seus
amigos. Quando andava entre as árvores do bosque, Sara encontrou uma amiga que
parecia uma japonesinha. Então, logo quis saber de onde era e como se cha mava.
- Olá, men ina! Qual é o seu nome?
- Meu nome? Chamo-me Tauane e moro em uma casinha lá n o pa ís dos sonhos. E você?
- Bem, sou a Sara, estou à procura dos meus amigos, que estão perdidos no mundo
colorido .
- Posso ajud á-la a encon trar?
- Claro que sim! Vamos lá!

E, no meio das flores, as duas saíra m à pro cura dos amigos. Procuravam dali, procuravam
daqu i, ficavam encan tadas com tanta beleza re unida. Mas, chegando ao lago azul,
depa raram com um monte de crianças brincando com as flores e fa zendo cantigas de roda
com os corações. As árvores bailavam ao som das notas musicais que os corações
soltavam. Então, as meninas se juntaram a elas e começaram a bailar, cantar e contar

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histórias. Hoje, elas vivem e spalhando alegrias e sonhos pa ra todas as crianças do mundo.
Maurileia José dos Santos

Te xto/Livros
A águia que quase viro u ga linha

“Foi legal trabalh ar este texto, porque ele nos levou a refletir sobre os nossos atos. Muitas
vezes, e stamos acomodados, sendo que pode mos ser melho res, ajudar uns aos outros para
descobrir quem realmente somos. Igual a águia que vivia descontrolada, achando que seria
uma galinha para sempre e achou alguém para ajudá-la.”
Afrânio Soares, 13 anos
“Foi boa a discussão! Nós sabemos que vivemos confusos e, então, precisamos de ajuda
para voar mais alto.”
Wesley de Moura Lemes, 12 anos

“Gostei da atividade. Além de interpretar o texto, trabalhamos com pontua ção, parágrafos,
letra maiúscula após pontuação. Houve a colaboração de todo o grupo: quem sabia
ensinava para os que não sab iam. Enfim, foi um dia de muita aprendizagem.”
Sab rina Gonçalves, 12 anos

“Nosso grupo ficou muito interessado na história que o texto nos trouxe. E ssa foi a minha
melhor participação: aproveitei bastante, teve boa participação do grupo e muita
aprendizagem.”
João Batista Fe rnandes, 14 anos

“Foi importante essa atividade, pois houve aprend izagem, concentração e diálogo.”
Vanessa Santos, 12 anos

A Lição do Bambu Chinês

“Eu gostei muito da roda e do texto que fala do bambu, que não cresce de uma hora para
outra, que tem ser cultivado e cuidado, assim como no ssos sonhos, que para se realizar têm
que ser cultivados.”
Débora Santos Soares, 11 anos

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“Nós, sere s humanos, somos como o bambu: não crescemos de um dia para o outro,
porque temos que passar por cada parte de nossa vida.”
Mauro Ribeiro de Jesus, 13 anos

“Eu achei muito interessante a lição do bambu. Compreendi que temos que ter paciência e
espe rar, porque a vez da gen te sempre chega.”
Dalila Go nçalves dos Santos, 11 anos

“Aprendi que posso plantar alegria, paz, amor, sonhos. Às vezes, demora como o bambu,
mas não p odemos desistir, porque um dia cresce.”
Jéssica de Matos Lopes, 10 anos

“Quando eu crescer, q uero ser uma empresária, construir uma casa para mim, comprar um
carro ou uma moto, casar e ser alguém n a vida. Mas, p ara isso, tenho de lutar e esperar a
minha h ora che gar.”
Alana Fe rreira de Alcân tara, 10 anos
Espetáculo “Pra Nhá Terra”

“Todo s lá em casa foram ver meu irmão no palco. Quando vi, me deu tanto orgulho! Quem
não viu não sabe o que perdeu.”
Isadora Souza, 7 anos

“É bom ver os meninos juntos no palco: todo mundo ficou lindo! O teatro fala da natureza, a
mãe disse que ainda quer ver o tatu saindo do buraco.”
Jhonantan Olive ira, 7 anos

“O grilo consegue tirar a sujeira do mangue. Te mos que fazer o mesmo com os rios, lagos e
lotes va zios. Precisamos ajud ar a Terra.”
Luc as Santos, 6 anos

“O Igor, Ju, Pama, Maria Luísa e Fran são bonitos lá em cima. Eles cantam com o coração e
todos estavam felize s se apresentando em Araçuaí.”
Wesley Glende r Gomes, 8 anos

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“Ver os meninos cantando lá em cima do ba mbu me deu vontade de chorar de e moção . Sei
que tenho mais um motivo pa ra cuidar da terra. Ela tem que estar linda e cuidada por nós!”
Michae l Douglas Lopes, 7 anos

Brinquedo teca
Bonequ inha de Pano

“Aprendo aqui a fazer bonecas e, quando eu for para a Fabriqueta, já vou saber fazer um
pouco e isso pode me ajudar nas outras coisas também.”
Le ila dos Santos Soares, 13 anos

“Quando a gente aprende algo aqui, pode ensinar para outras pessoas que não con hecem e
mostrar um pouco mais do projeto.”
Alana Fe rreira de Alcân tara, 10 anos

“Achei que teve bastan te entrosamento entre as pessoas do grupo. Cada um estava
fazendo o seu e ajudando o outro também, dividindo o material.”
Patrícia Rodrigues, 14 anos

“É importante a gente usar os re talhos, porque a gente recicla, ao invés de gastar dinhe iro e
poluir o meio ambiente.”
Dalila Go nçalves dos Santos, 11 anos

“Quando fazemos bonequinhas, po demos en feitar e expor aqui no projeto.”


Jéssica de Matos Lopes, 11 anos

Bichinho d e pedra

“Gosto de levar o que faço para casa. Minha mãe também fica feliz e fala qu e ficou bo nito.”
Nara Gille Santos, 7 anos

“Eu fiz um peixe e vou colocar na estante para enfeitar. Quando eu estiver assistindo, vou
ver ele.”

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Sara Carvalho , 8 anos

“Achei a participação do grupo boa hoje: ninguém brigou e não desperdiçou as coisas.”
Sara July, 8 ano s

“Gostei da atividade, porque eu consegui fazer o qu e eu queria, usando barro e pedra.”


Vander Antônio Rodrigues, 8 anos

“A natu reza é muito rica: além do mon te de pedrinhas, ela nos oferece as sementes
também, que dão para fazer um monte de coisas.”
Luzia Fe rre ira de Jesus, 9 anos

Argila

“Adoro amassar o barro! É como massinha de modelar: dá pra fazer um monte de coisas
legais.”
Luzia Fe rre ira de Jesus, 9 anos

“Eu conseguir fazer um carrinho e ele roda de verdade. Até com o barro dá pra fazer
brinquedo s.”
João Paulo Vieira da Silva , 8 anos

“Quando eu amassava o barro, me senti muito bem: lembrei da minha mãe fazendo
biscoito.”
Sara July Santos , 9 anos

“Me diverti com essa atividade. Fo i a primeira ve z que eu amassei barro: ele é geladinho e
os en feites que fiz vou levar para minha casa.”
Sara Carvalho , 8 anos

Música

“Foi o meu primeiro dia aqui e gosto de cantar. Adore i! Quero aprender para ensinar lá em

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casa.”
Je ysy Estev es, 7 anos

“É bom aprender música. Eu fico feliz quando Pama vem para o grupo nos ensinar. Nós
ficamos felizes e en sinamos para nossa mãe .”
Ana Carolina Olive ira, 6 anos

“A música faz a gente passar alegria um para o outro . E o abraço é uma forma de
aque cimento carinh osa de fazer com o outro. Adoro abraços, cheiros e be ijos!”
Wesle y Glende r, 8 anos

“A música é uma das atividades que mais gosto. Os movimentos me deixam b em leve, mas
teve hora que não dava conta de fazer.”
Luc as Santos, 6 anos

“Achei legal o grupo hoje, porque relembramos músicas que há tempos não cantávamos.
Gostei do interesse da Jéssica e da Sabrina de ensina r músicas novas para nós.”
Érika Barbosa, 13 anos

“Foi bom o dia de hoje: a participação das pessoas foi boa , teve respeito, coopera ção e
novidade.”
Lucas Pereira, 13 anos

“Acredito que devemos levar essa animação e alegria para a ro da grande, pois é tão legal,
que ninguém faz obrigado e sim com prazer.”
Jaqueline Alves, 13 anos

“Gostei do grupo, porque as pessoas deram sua colaboração e se interessaram em


aprender músicas novas pa ra deixar nossos dias mais harmoniosos.”
Sab rina Gonçalves, 12 anos

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• Re latório Técnico
Mú sica e Coro - Araçua í Fevereiro / M arço - 2008

Ativ idades desenvolvidas

Ao promover a aprend izagem por meio da música no projeto Ser Criança , percebemos que
crianças e adolescentes estão a cada dia mais desinibidos, p articipativos e compreendendo
melhor o trabalho, desen volvendo assim a criatividade, a desenvoltura e a aprendizagem um
com o outro.

Neste início do ano, o trabalh o realizou-se de uma forma mais lúdica. Como há muita
criança novata e ela s não estão acostumadas a ouvir música de boa qua lidade, foram feitas
mais conversas e pequenas oficinas de interpretação, para que todos possam se soltar
mais. Essa é uma atividade que as crian ças ado ram, porque é um momento em que cada
um p ode se soltar. E a maioria tem o desejo de fazer parte do coral Meninos de Araçua í. A
alegria é constante ao fazer os aquecimentos, tanto corporais como vocais. É um momento
em que há interação e vontade de se soltar.

A música é um instrumen to que nos possibilita levar nossa imaginação mundo afora,
trazend o também tranqü ilidade para o nosso coração. Desde quando se iniciou o trabalh o
de música no projeto, percebemos uma mudança significativa. As rodas estão mais a legre s
e sempre que há visita tod os procuram se soltar e mostrar como se canta verdadeiramente
a nossa música do Vale.

A atividade de música é feita por grupos e isso muitas vezes requer um pouco de tempo
para a concretização de uma atividade a ser realizada. Como é preciso passar a letra e
depo is a melodia, cad a atividade dura em média de dois a três dias para ser concretizada.
Mesmo assim, não dá para fa zer alguns consertos em se tratando de afinação. Procuramos
ensinar a mesma música a todos os grupos, para que haja oportunidade de ju ntos conhecê-
la e podermos cantar na roda grande. A música é usada como instrumento de
aprendizagem, op ortunidade, pa rticipação , socializa ção e conhecimento.

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Espe táculo “Pra Nhá Te rra”

Com o coração cheio de alegria, finalmente chega o grande dia da entrega oficial do Cinema
Meninos de Araçuaí. Antes do e spetáculo, todos os integrantes do coro se p repa ravam com
ensaios e mais ensaios para fazer bonito na praça pública. Estavam co m o coração
apertado, com medo de que no dia chovesse. Mas, por crer e acreditar muito que quando
queremos algo tudo é possível, rea lizou-se o sonho .

Na porta do cinema, mais de cem pessoas se aglomeravam tentando ver de perto a telona.
Duas criança s, uma da antiga geração e outra da nova geração, cortaram a fita vermelha.
Estava oficialmente aberta e entregue ao público uma sala com 105 lugares. E esse espaço
já nasce send o mais do que uma sala de cinema e sim um pon to de cultura. Entre os
convida dos, estavam presentes os pais das crian ças do coral, o pro motor da cidade de
Araçuaí, a ex-prefeita e atual gerente de projetos da Secretaria Especial de Políticas e
Promoção da Igualdade Racial, Maria do Carmo Ferreira da Silva, o secre tário de
Programas e Políticas Cultura is do Ministério Público, Célio Turino, o presidente do Centro
Popular de Cultura e Desenvolvimento, Tião Rocha , e alguns integrantes da antiga geração
do coral Men inos de Araçuaí.

No mesmo dia, aconteceram dois eventos: um na porta do cinema e outro na Praça do


Rosário, onde mais de três mil pessoas aguardavam ansiosas pelo espetáculo “Pra Nhá
Te rra”. A multidão se espremia em ruas, ladeiras e becos, na e sperança de ver os meninos
no palco e mostrar toda a beleza produzida ao longo desse tempo. O público admirava a
desenvoltura das crian ças, hipnotizado pela mágica que acon tecia no palco, em meio àq uele
cená rio de bambu: ora era m árvores, ora rio, ora teia de aranha, ora flores, barcos, e as
crianças eram seres encan tados mostrando que sonhos podem se tornar reais.

As crianças se sentiram orgulhosas e felizes ao serem apla udidas e reconhecidas pelo


trabalho realizado. E isso vem crescendo a cada dia em cada um dos participantes do coro:
o orgulho de ter a oportunidade de fazer parte de algo tão belo e que faz a d iferença n a vida
de cada um.

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Dese mpenho dos Educadores

A equip e de educadores realiza um trabalho de total compro metimento e busca atividades


que possam direcionar melhor o trabalho com as crian ças e os adolescentes. Não é fácil
pro curar mane iras inovado ras de realizar um trab alho, mas eles estão dando o melhor de si
para que as atividades não caiam na mesmice, crian do novas formas de impulsionar o
trabalho.

Envo lvimento com a Comunidade

Tendo em vista as constantes viag ens do coral, as escolas são procuradas para a liberação
das crianças das atividades escolare s. Temos problema apenas com uma escola, que não
reconhece o tra balho do Ser Criança nem do cora l. A direto ra mostra-se sempre resisten te e
não libera as crianças, mas os pais delas assumem toda a re sponsabilidade. Quando as
crianças chegam da viagem, procura m re cuperar o tempo perdido e aprende r o que
perderam na sala de aula. As demais escolas valorizam o trabalho do projeto e estão
sempre nos procurando para falar de alguma criança, sendo ela do cora l ou não. Essa
relação é muito boa, pois como ed ucadore s devemos procurar o melhor para as crianças.

Envo lvimento das Entid ades

É gra tificante receber em nossas rod as visitas que querem conhecer e apreciar nosso
trabalho, expandindo sua metodologia para outro s locais. Para fazer um intercâmbio e
concluir uma monografia da faculdade, o estudante de música Rui Aragão, do Rio de
Janeiro, esteve três dias observando o no sso traba lho. Juntamente com a Stephany, do Ser
Criança, ele abrilhanto u a roda cantando a música “Oração ao Tempo”, de Caetano Veloso.
É bom ver as crianças re cebendo bem os visitantes.

A equip e do programa Ação, da Rede Globo, esteve filmando as atividades desenvolvidas


no Cinema Meninos de Araçuaí, no coral e em outros projetos para exibição no dia 26 de
abril deste ano . Essas iniciativas fazem com que o trabalho seja reconhecido em diversos
lugares do país e com isso a cidade de Araçua í se torna referência em educação.

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Av anços Obtidos

- Espaço mais organizado


- Elaboração de maneiras diferentes de fazer as atividades
- Interesse pela música
- Crianças mais desinibidas
- Maior interesse da s crianças do coral em fa zer o dever

Dificuld ades Encontradas

- Falta d e interesse do grupo do s menores pela música na parte da tarde.


- Pouco tempo para a realização da atividade de música com o grupo, pois isso requer mais
dias, uma ve z que é preciso passar por todos os grupo s.

Anexos

Depoimentos sobre o Cinema Meninos de Araçua í e o espe táculo “Pra Nhá Terra”

“Para mim, entregar o cinema à cidade de Araçuaí foi mais que especial: foi ine squecível! As
pessoas de Araçuaí ficaram muito felize s e nós do projeto Ser Criança, do coral e da
Fabriqueta também ficamos, não só com o cinema, mas também com o espe táculo, que
encantou a todos os presentes. O espetáculo foi muito bonito! Todos gostaram e aplaudiram
e nossas mães ficaram muito orgu lhosas de nós. Foi muito gratificante cantar e dançar em
cima daquele p alco pa ra a nossa cidade natal e eu fiquei mais feliz ainda po r poder cantar e
conh ecer algun s antigos que saíra m. É muito legal e interessante a história desse cinema,
pois fomos nós, os próprios meninos do coro, com a ajuda do CPCD, que construímos. E ele
vai ficar sempre na memória de todos os araçuaienses. O orgulho e a felicidade que
sentimos são tão imen sos, que não nos cansamos de olhar para ele e falar: o s Meninos de
Araçuaí é que deram esse cinema para a cidade. Eu, p or exemplo, fico muito feliz de estar
participando hoje desse grande acon tecimento, que é pode r entrega r um cinema pra
Araçuaí.”
Karine Montenegro Soares, 13 anos

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“Além de Araçuaí ga nhar um presente, o e spetáculo foi muito bonito. Os professores falaram
que foi muito bonito e que estamos de parabéns pelo trabalho que realizamo s. A nossa
história será sempre lembrada e acredito que o cinema fará diferença na vida de muitas
pessoas e nossa cidade terá algo para o lazer e a cultura.”
Luc as Viana, 11 anos

“Ao entrar no palco, foi uma emoção muito forte. Eu ficava imaginando como o coração da
minha mãe devia estar feliz ao me ver pela primeira vez num palco. Meu coração batia
acelerado por saber d a nossa responsab ilidade em dar algo tão importante para o pessoal
de Araçuaí. Todas as pessoas presentes elogiaram o nosso espetáculo, dizendo o quanto
estava bonito, e isso me enchia de felicidade.”
Tamires Fe rnandes, 10 anos

“Quando entrei no palco, me entreguei de corpo e alma, dei o melhor de mim e no final vi
que causamos felicidade nas pessoas. É muito bom entregar o cinema pra nossa cidade.
Te m pessoas que não apreciam o teatro e quando vi aquele tanto de gen te meu cora ção
bateu forte e me deu mais vontade de fazer parte de algo tão bonito.”
Hígor Fonseca, 10 anos
“Fazer parte de um trabalho q ue faz a diferença na minha vida e na vida de outras pessoas
é muito gratificante! A cada dia, acredito mais que podemos transformar a vida das pe ssoas
e de um jeito bem especial. Trazer a sétima arte para Araçuaí é algo gra tificante! Nossa
cidade terá o encantamento da cultura de todos os lugares e poderemos viajar p ara lugares
nunca pensados.”
Pama Dourado, coordenadora do coro

“Esse espetáculo nos proporcionou momento s de muita emoção e encantamento. Eu já


conh eço o trabalh o dos meninos, mas, a cada vez que a ssisto, meu coração bate mais forte
e percebo o quan to esse coral é importante para a nossa cidade. E o cinema que eles nos
pre sentearam será um novo meio de promover a cultura e a transformação e m Araçua í.”
Ju liana Santana, educadora do Ser Criança

“Acreditar que podemos re alizar o sonho de muitas pessoas em assistir a um filme num
cinema é muito bom. Ainda mais pensar que foi atravé s do trabalh o rea lizado pelo coral que

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essas coisas estão sendo con cretizadas. F ico muito feliz e org ulhosa!”
Sara Gonçalves, 10 anos

“Quando fui convidado a participar do encon tro de 10 anos do coral, fiquei muito feliz. Se eu
estive sse em São Paulo, eu viria, porque realizei a minha vontade de estar no palco
novamente. E pensar que fiz parte dessa história me enche de felicidade.”
João Paulo, 20 anos

“Não queria sair do palco novamente. Fico pensando o quanto foi bom o tempo em que fiz
parte do cora l e, se pu desse, voltaria no tempo e não deixaria nada mudar essa história, qu e
para mim foi muito b onita na minha vida.”
Rafael Dourado, 19 anos

“Adorei o espetá culo! Finalmente, temos um cinema na nossa cidade! Fo i lindo ver a
empolgação das pessoas e os comen tários, que começaram muito antes e ainda estão
acon tecendo. Felizmente, a gente descobre que as pessoas gostam de cultura e valorizam
isso. Embora as pessoas digam o contrário, nossa comunidade sabe apreciar e aplaudir o
que é belo.”
Jáfia Me lo, 17 anos

"Gostei muito! Estava tudo lindo, principa lmente o trabalho dos meninos que conhecemos,
mas nunca imaginamos que poderiam fazer coisas tão belas. Para mim, foi uma
oportunidade única ver o coral ao vivo e a cores. A parte mais emocionante foi quando os
antigos participantes subiram no palco."
Renata Batista, 18 anos
"O espe táculo foi maravilhoso! Achei linda a forma como eles abordaram um tema tão sério
de forma divertida e engraçada."
Pau lo Luiz da Silva, 19 anos

“Achei muito interessante essa forma de revitalizar o centro velho de Araçuaí com um
cinema. Além de reerguer um lugar que estava no abandono há ano s, o cinema ainda
rep resenta um ponto cultural e uma fon te de renda e de orgulho para a nossa cidad e.”
Ma theus Ma rques, 17 anos

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“Para mim, o cinema é a aproximação das pessoas da cidade com o nosso trabalho. Tenho
certe za de que que m for ao cinema conhecerá um pouco da nossa história. As peças do
Fabriqueta estão lá, nossa arte e nosso orgulho de ter colaborado para a realização dessa
obra. Eu me sinto feliz de ver a beleza do cinema, uma obra de arte, um sonho realizado!”
Vanessa da Costa Santos, 18 anos

“Todo mundo contribu iu de alguma forma e o cinema tem a nossa cara , é o nosso tra balho.
Agora fica a expectativa de que todo mundo aproveite bem.”
Janice Vieira dos Santos, 17 anos

“Ir ao cinema é viajar, conhecer lugares que talvez a gente nun ca pudesse ir. É ficar amig o
íntimo do mundo inteiro. Na inauguração, nós nos sentimos assim, como se todo mundo se
conh ecesse e estivesse festejando uma grande obra de todos. O cinema é motivo de
org ulho para toda a cidade.”
Kátia Silene, 18 anos

“O espe táculo foi maravilhoso! Além de conscientizar sobre o meio ambiente, mostro u que
nessa terra temos verd adeiros artista s. No palco, eles esba njara m talento, mostra ndo para o
mundo o que existe de melho r no Vale.”
Matheus Marques, 17anos

“Acho que toda a população fica orgulhosa de ver tanto talento. Fico imag inando os pais,
que puderam apontar e dizer: está vendo aquele ali no palco? É meu filho!”
Renata Batista, 18 anos

“O significado do cinema pra cidade é de grande impo rtância. Ele está resgatando um lugar
que por um tempo foi esquecido. Agora espero e quero que esse cinema possa trazer
muitas coisas boas pra nossa cidade. Com o espetáculo dos meninos, pude ver a beleza
que é esse trabalho. Até me dava vontade de estar junto com eles, cantando e dançando. É
uma coisa inesqu ecível de se ver!”
Luciana Pinto Alcântara, agente de cultura

“A chegada de um cinema em Ara çuaí foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, pois os
jovens da cidade re clamavam que não tinha nada de interessante nos finais de semana.

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Com o cinema, eles terão um ponto de cultura que beneficiará a todos.”
Nídio Paulo Rodrigues, agente de cultura

“O cinema foi u ma bênção muito grande para todos os moradores de Araçuaí, pelo fato de
ser um espa ço diferente e com equ ipamento de última geração. Na verdade, até o local
onde ele foi construído está ótimo, pois era um lu gar desvalorizado. Mas, com a chegada d o
cinema, vai mudar essa visão. Hoje, está ficando mais movimentad o e com certe za, no
decorrer do tempo, as opiniões preconceituo sas do espa ço da praça irão mudar. Para mim,
está send o um orgulho trabalha r aqu i. É uma coisa tão grandiosa que sinto dentro de mim,
que nem tenho palavras para dizer. O espetáculo que o coral Meninos de Araçuaí e o grupo
Ponto de Partida fizera m para entregar o cinema para a cidade foi maravilhoso! Nunca tive a
oportunidade de ver algo assim e tenh o certeza de que foi para muitos daqueles
telespectadores. Esse dia será sempre lembra do e até hoje não consigo explicar tamanha
felicidade e emoção .”
Eliene Santos Ribeiro, agente de cultura

“O cinema terá um gra nde significado para Araçuaí, pois será um espa ço de cultura e lazer.
Os meninos do coral puderam mostrar como são talentosos e mostrar para a nossa cidade o
quan to é importante acreditar nos sonh os. Nunca assisti a um espetáculo como esse! Adorei
e gostaria de ter a opo rtunidade de ver outros.”
Katiane Pere ira de Souza, agen te de cultura

“O espetáculo foi maravilhoso! Fo i lindo ver o brilho nos olhos dos meninos ao entrar no
palco, cantando para as pessoas da cidade. E o mais legal era o motivo dessa
apresentação, que foi a en trega do cinema para toda a cidade. Esse cinema em Araçuaí vai
ser muito impo rtante, principalmente para a localidade onde ele foi construído. De certa
forma, essa localidade sofre um certo preconceito e com o cinema isso será mudado. O
bairro será valorizado e a história poderá ser re contada futu ramente.”
Shirley Gome s, agente de cultura

“O Cinema Meninos d e Araçuaí, até en tão, é a melhor coisa que já aconteceu para a nossa
cidade. Ele trouxe a arte, a cultura e o conhe cimento para todos nós através de uma tela.
Sem contar que resgata, com tudo isso, o espa ço em que se localiza. Às ve zes, fico sem
palavras para definir o cinema: além do prédio estar lindo, é gratificante para nós, que

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estamos diretamente ligados a ele. É muito bom ver a euforia e a empolgação das pessoas
que freqüentam o cinema.”
Paloma Soa res de Almeida, agente de cultura

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