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por meio da educao que se poder erradicar tais barreiras ou, pelo menos,
minimizar seus efeitos danosos.
RESUMO
Este artigo apresenta algumas das barreiras atitudinais mais comumente
praticadas contra os alunos com deficincia na escola. Tais barreiras interferem, e
mesmo impossibilitam a educao desses alunos. Compreendem posturas
afetivas e sociais, traduzindo-se em discriminao e preconceito. Apresentam-se
nas escolas regulares, bem como nas especiais. As barreiras atitudinais so
perpetuadas na e pela ao da escola e s ser por meio da educao que se
poder erradicar tais barreiras ou, pelo menos, minimizar seus efeitos danosos.
Oferece-se um breve esboo de taxonomia das barreiras atitudinais. Resgata-se a
histria de excluso da pessoa com deficincia para explicar a existncia de
barreiras atitudinais ainda hoje praticadas contra essas pessoas, repudiando o uso
dessa explicao como justificativa para a manuteno de um modeloeducacional
segregador. Conclui-se que as barreiras atitudinais marginalizam a pessoa com
deficincia, deterioram-lhe a identidade de pessoa humana e restringem-lhes as
possibilidades de desenvolvimento e de relao social. Por fim, convida-se a todos
ao reconhecimento das barreiras atitudinais, a fim de que, pela transformao
individual, se alcance a transformao do coletivo, tornando a sociedade
excludente de hoje numa sociedade inclusiva j!
CONSIDERAES INICIAIS
As pessoas com deficincia tm, desde sempre, convivido com a confuso entre o
que realmente so, pessoas humanas, e o que se pensa que elas so: deficientes.
Corrobora para a perpetuao dessa confuso a viso social construda
historicamente em torno da deficincia como sinnimo de doena, de
dependncia, de indivduos sem valor, de sofrimento, de objeto de purgao dos
males cometidos por seus pais, entre outras. Tais vises estereotipadas sempre
marginalizaram as pessoas com deficincia e, por vezes, nutriram nelas a crena
descabida de que so incapazes.
Com efeito, no a distino fsica ou sensorial que determina a humanizao ou
desumanizao do homem. Suas limitaes ou ilimitaes so determinadas social
e historicamente (BIANCHETTI e FREIRE, 2004, p. 66).