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. Jurisdição
. Ação
. Processo
1) Jurisdição
Definição
a) inércia
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interessado a requerer, nos casos e formas
legais.
b) caráter substitutivo
a) contenciosa
b) voluntária
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De acordo com essa teoria, a jurisdição contenciosa é
caracterizada pela presença de partes, processo e lide. Já na
jurisdição voluntária, não há partes, mas sim interessados; não
há processo, mas sim procedimento, e não há lide.
Para Frederico Marques, a jurisdição voluntária é a
administração pública de interesses privados. A doutrina
complementa esse entendimento dizendo que os provimentos de
jurisdição voluntária não alcançam a autoridade de coisa julgada
material.
Portanto, para tal teoria, a jurisdição voluntária é o
exercício de função administrativa pelo Estado-juiz (ex.:
separação consensual, interdição, alienação de bens de incapaz).
Há um acórdão do STJ, de autoria do Ministro Salvo Teixeira,
que expõe essa definição de jurisdição voluntária da Teoria Clássica.
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Há citação em alguns casos de jurisdição voluntária, como no caso do
interditando na interdição.
2) Ação
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Artigo 3º: Para propor ou contestar ação é
necessário ter interesse e legitimidade.
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. extraordinária (exceção): defesa em nome próprio de direitos
alheios, somente nos casos previstos em lei.
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seria caso de legitimidade extraordinária concorrente, sendo o último
o legitimado ordinário).
AULA 2 (29/8/05)
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c) possibilidade jurídica do pedido: pedidos formulados deverão
estar previstos em lei, mas nada impede que eles simplesmente não
sejam proibidos (pretensão deve ser prevista em lei ou não proibida).
Outras teorias:
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processo deve ser extinto sem julgamento do mérito por ilegitimidade
de parte, fazendo coisa julgada formal, já se for utilizada a segunda
teoria, o processo será julgado improcedente, havendo sentença
definitiva e, portanto, coisa julgada material.
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. capacidade para estar em juízo (art. 8º): legitimidade para o
processo. O incapaz possui capacidade para ser parte, mas tem que
ser representado, assim como o ente despersonalizado.
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litígio sobre direito de propriedade, vizinhança,
servidão, posse, divisão e demarcação de terras
e nunciação de obra nova.
- pedido.
AULA 3 (05/9/05)
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II- os nomes, prenomes, estado civil, profissão,
domicílio e residência do autor e do réu;
V- o valor da causa;
. próxima: lesão
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Art. 286: O pedido deve ser certo ou (e)
determinado. É licito, porém, formular pedido
genérico:
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normas das alíneas a, b e c do parágrafo
anterior.
3ª) artigo 460: pedido deve ser formulado com todas as suas
especificações. Ao sentenciar, o juiz observará os limites do pedido:
Princípio da Congruência ou da Correlação ou do Dispositivo ou da
Adstrição da sentença ao pedido. Há, porém, exceções:
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Segundo Marinoni, efetividade é a prestação jurisdicional em
um curto espaço de tempo e com o menor esforço possível.
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Ex.: empresa estrangeira contrata mão-de-obra brasileira para
cumprir obrigação no Brasil, sendo que a obrigação foi cumprida, mas
não foi recebido o pagamento. A competência será da autoridade
brasileira ou da estrangeira.
AULA 4 (12/9/05)
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►Capacidade processual: pressuposto de validade;
Sujeitos do processo
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Art. 10, § 1º: Ambos os cônjuges serão
necessariamente citados para as ações:
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pessoa que deveria ter feito parte do pólo ativo mas não quis, a fim
de que a sentença faça coisa julgada entre as partes. A citação, nesse
caso, será um mecanismo para dar à pessoa ciência sobre o processo
e não para se defender, conforme dispõe o artigo 213, CPC.
1ª) haverá extinção com base no art. 267, VI, por falta de
legitimidade processual já que todos os litisconsortes devem integrar
a relação processual (Alexandre Câmara);
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b) litisconsórcio facultativo: não há obrigatoriedade de formação
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Quando houver pluralidade de partes em ambos os pólos, o
litisconsórcio será misto.
Quanto à decisão:
O que é extromissão?
AULA 5 (26/9/05)
Dinâmica do litisconsórcio
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1ª exceção) art. 320, I, que determina que a contestação apresentada
por um dos litisconsortes impedirá a revelia dos demais.
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Segundo os Tribunais, o artigo não faz ressalva quanto ao fato
de os advogados pertencerem a um mesmo escritório de advocacia,
porém, há alguns poucos julgados do STJ no sentido de esse prazo
não se contar em dobro nesse caso.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
1) Oposição
Aquele que deduzir sua oposição vai ter que litigar contra
ambas as partes, pois se trata de um litisconsórcio passivo necessário
por disposição de lei.
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Art. 57: O opoente deduzirá o seu pedido,
observando os requisitos exigidos para a
propositura da ação (arts. 282 e 283).
Distribuída a oposição por dependência, serão os
opostos citados, na pessoa dos seus respectivos
advogados, para contestar o pedido no prazo
comum de 15 (quinze) dias.
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Art. 59: A oposição, oferecida antes da
audiência, será apensada aos autos principais e
correrá simultaneamente com a ação, sendo
ambas julgadas pela mesma sentença.
2) Nomeação à autoria
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deverá nomear à autoria o proprietário ou
possuidor.
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Art. 63: Aplica-se também o disposto no artigo
antecedente à ação de indenização, intentada
pelo proprietário ou pelo titular de um direito
sobre a coisa, toda vez que o responsável pelos
prejuízos alegar que praticou o ato por ordem,
ou em cumprimento de instruções de terceiro.
AULA 6 (03/10/05)
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Se B nomear à autoria e contestar ao mesmo tempo, entende o
STJ que, mesmo assim, deverá ser assegurado o prazo para a
contestação, com base no art. 67, pois pode surgir fato novo depois
de A não ter aceito a nomeação.
Quando C for ouvido, ele poderá negar a qualidade que lhe foi
atribuída, ou seja, recusar a nomeação, fazendo com que a demanda
original continue a correr em face de B. Nesse sentido, deve ser feita
uma crítica ao CPC, já que não se deve condicionar a nomeação à
autoria à aceitação do terceiro, pois ninguém quer ser réu em um
processo.
► C seria citado para, no prazo de 15 dias, caso seja aceita por ele a
nomeação, já apresentar sua contestação (apesar de ser a mais
eficiente, essa tese é minoritária);
► como não há prazo na lei, deve ser dado o prazo de 5 dias para C
se manifestar; os autos vão à conclusão e, caso ele tenha aceito a
nomeação, será aberto prazo de 15 dias para a contestação.
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negar essa qualidade, responderá por perdas e danos. Haverá aí ação
autônoma de reparação de dano ou a indenização será calculada nos
mesmos autos da ação principal? Como todos que participam do
processo devem observar o dever de boa-fé, entende-se que a
liquidação se dará na mesma sentença do processo principal (artigos
14 e 18, § 2º, CPC).
3) Denunciação da lide
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Art. 70: A denunciação da lide é obrigatória:
Se o réu tiver sido citado por edital ou por hora certa e ficar
revel, será nomeado curador especial (art. 9º, II, CPC), que deverá
apresentar contestação por negativa geral dos fatos. Se o curador
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especial verificar que há uma hipótese do artigo 70, I, CPC, caberia a
ele denunciar a lide? Não, devendo o defensor se utilizar de ação
regressiva, com base na ampla defesa, de acordo com o STJ.
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. Se a denunciação for requerida pelo réu, ela tem que se dar
no prazo para contestar, mas a lei não diz se tem que ser na
contestação ou se pode ser em peça separada, logo, aplica-se o
Princípio da Liberdade das Formas.
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II- se o denunciado for revel, ou comparecer
apenas para negar a qualidade que lhe foi
atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir
na defesa até final;
AULA 7 (10/10/05)
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►Se se entender, como a doutrina dominante, que o
denunciado assume a qualidade de assistente, não pode o juiz
condená-lo diretamente, já que as relações jurídicas são
absolutamente distintas.
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ao processo, fazendo com que ela seja litisconsorte, podendo reparar
o prejuízo diretamente.
2) STF: não há vedação, no artigo 70, III, CPC, para que o Estado
denuncie a lide ao agente causador do dano (boa corrente para a
PGE).
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3) Alexandre Câmara: a pessoa jurídica de direito público, ao ser
demandada, deve se utilizar do chamamento ao processo em relação
ao agente causador do dano. Em tal intervenção, ambos são
responsáveis pelo ato, havendo solidariedade. Essa corrente é
criticada, pois como a responsabilidade da pessoa jurídica é objetiva
e a do agente é subjetiva, eles não poderão ser devedores solidários,
já que as responsabilidades são diversas.
4) Chamamento ao processo
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A solidariedade permite que o credor venha a exigir a dívida por
inteiro de qualquer um dos devedores. Nesse sentido, é feita a
seguinte crítica: o chamamento ao processo acaba obrigando o autor
a litigar com quem não pretendia.
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Art. 80: A sentença, que julgar procedente a
ação, condenando os devedores, valerá como
título executivo, em favor do que satisfizer a
dívida, para exigi-la, por inteiro, do devedor
principal, ou de cada um dos co-devedores a sua
cota, na proporção que lhes tocar.
AULA 8 (17/10/05)
5) Assistência
a) assistência simples
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Ex. A, locador, ajuíza ação de despejo por falta de pagamento em
face de B, locatário, que sublocou o imóvel para C. Caso o pedido seja
julgado procedente, a relação jurídica secundária entre sublocador e
sublocatário será afetada. Há, no caso, duas relações jurídicas
distintas.
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ingresse nesse processo como assistente, pois ela tem interesse em
que aquela prova seja produzida, pois há vinculação direta entre a
demanda de reparação de dano e a de seguro. Portanto, cabe
assistência em processo cautelar, pois o objetivo do assistente não é
discutir pretensão de regresso, mas apenas prestar auxílio.
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presunção de que tudo o que foi dito pelo autor foi verdadeiro, não
haverá muito para o assistente fazer. Mas se o direito for indisponível,
sendo a presunção da revelia relativa, o assistente poderá produzir
uma prova para esclarecer ao juiz, apresentar testemunha, reforçar
tese em memoriais. Nesse caso, a atuação do assistente será
decisiva.
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os interessados, a sentença produz coisa julgada
em relação a terceiros.
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não podendo rediscutir os motivos já antes analisados. Mas não há
que se falar em coisa julgada para ele, pois os efeitos não transitam
em julgado.
Hipóteses:
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AULA 9 (24/10/05)
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diversos. No caso, porém, o bem litigioso adquirido pelo terceiro é o
bem da relação principal, logo, trata-se de assistência qualificada.
Sujeitos do processo
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III- não formular pretensões, nem alegar defesa,
cientes de que são destituídas de fundamento;
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Nesse caso, deve ser fixada multa, que não se confunde com as
astreintes, que se referem à multa pelo descumprimento da
obrigação, devida para a parte contrária, possuindo natureza
coercitiva. Quando essas são fixadas, ainda não foi descumprida a
obrigação (ex.: “Instale o telefone, sob pena de multa diária”).
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econômico, o juiz deverá observar a gravidade da conduta, e não
valor da causa.
Competência
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Essas competências, se inobservadas, levam à incompetência
absoluta.
AULA 10 (31/10/05)
Competência (continuação)
. no plano horizontal;
. no plano vertical;
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Tribunal de Alçada), assim como existe em outros estados. O Juizado
não está regulado pelo CODEJERJ, logo, a competência em razão do
valor estabelecida em código de organização judiciária não se refere
a ele.
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Ex.: Estado estrangeiro ajuizou demanda em face de um Município. A
competência para conhecer dessa ação é da Justiça Federal (art. 109,
II, CR). Na sentença, o pedido formulado pelo Estado estrangeiro é
julgado procedente. Quando o Município recorrer dessa sentença
(critério funcional no plano vertical), caberá recurso ordinário para o
STJ.
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§ 4º: Havendo dois ou mais réus, com diferentes
domicílios, serão demandados no foro de
qualquer deles, à escolha do autor.
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de direito pessoal, devendo ser aplicado o artigo 94 do CPC. Deve-se
observar qual a natureza do direito que envolve a demanda.
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O STJ mantém o entendimento de que, em regra, o que
determina a competência é a demanda em que se estabelece o
pedido principal. Porém, em ação de investigação de paternidade,
cuja determinação de alimentos seria uma conseqüência da
declaração de paternidade, a competência é estabelecida em função
dessa.
AULA 11 (07/11/05)
Incompetência
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Inobservadas as regras de competência, dá-se a incompetência,
que pode ser:
Ex.: demanda tramitando pelo rito ordinário, sendo que quando o réu
foi citado para apresentar contestação, verificou a incompetência
absoluta. Deverá ser observado, no caso, o artigo 301, II. Tal artigo
expõe as chamadas preliminares de contestação, nas quais se
enquadra a incompetência absoluta. Logo, em processo de
conhecimento, a incompetência absoluta deverá ser alegada pelo réu
em preliminar de contestação. Mas se o réu não o fizer, nada impede
que a incompetência seja alegada posteriormente.
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O CPC estabelece que se a parte não alegar na primeira
oportunidade a incompetência absoluta, ela responderá
integralmente pelas custas, independentemente de boa ou de má-fé.
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da Lei de Organização Judiciária, a incompetência será absoluta, por
se tratar de competência funcional.
1) conexão
2) continência
4) inércia da parte
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Art. 253: Distribuir-se-ão por dependência as
causas de qualquer natureza:
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Art. 219: A citação válida torna prevento o juízo,
induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e,
ainda quando ordenada por juiz incompetente,
constitui em mora o devedor e interrompe a
prescrição.
Vontade das partes está prevista no art. 111, que regula o foro
de eleição ou foro contratual.
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território, elegendo foro onde serão propostas as
ações oriundas de direitos e obrigações.
AULA 12 (21/11/05)
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Conflito de competência
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prevalece o entendimento de que se trata de um incidente
processual. Não deve ser atribuída a ele a natureza de ação, pois um
dos legitimados para suscitar o conflito de competência é o próprio
juiz.
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Poderia o MP, como fiscal da lei, formular pedido de tutela
antecipada? O art. 273 fala em “parte”. Predomina o entendimento
de que o MP, como fiscal da lei, não pode formular pedido de tutela
antecipada, somente quando ele for parte. Mas há quem entenda,
como Nelson Néri, que como o parquet vela pela correta aplicação da
lei, ele deve velar pela rápida solução do litígio e pelo devido
processo legal, podendo formular pedido de tutela antecipada.
Atos processuais
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ordinário, a lei exige que o contra-ataque seja apresentado sob a
forma de reconvenção. Isso não impede, porém, que se conheça do
contra-ataque feito na própria contestação, desde que a finalidade do
ato seja alcançada.
a) atos do juiz
c) atos do escrivão
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Muitos doutrinadores vêm definindo sentença como o ato pelo
qual o juiz encerra o seu ofício de julgar.
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II- quando o réu reconhecer a procedência do
pedido;
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A doutrina comina de nulidade absoluta a ausência de relatório,
mas o STJ entende que se trata de mera irregularidade, que não
justifica tal nulidade.
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A melhor maneira de se fazer a diferença entre uma sentença e
uma decisão interlocutória é analisando o efeito que o ato gera no
processo. Se ele possuir carga decisória e for capaz de acabar com o
processo, trata-se de sentença, caso contrário, trata-se de decisão
interlocutória.
Nesse artigo, apesar da letra da lei, esse ato não tem força de acabar
com o processo, logo, trata-se de verdadeira decisão interlocutória.
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AULA 13 (28/11/05)
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gravame, ela passa a ser uma decisão interlocutória que deveria ter
sido fundamentada e não foi.
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interlocutória em processo de conhecimento,
cautelar, ou embargos à execução ficará retido
nos autos e somente será processado se o
reiterar a parte, no prazo para a interposição do
recurso contra decisão final, ou para contra-
razões.
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Esse horário nada tem a ver com o horário do expediente
forense, que é determinado por cada um dos estados.
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Esse artigo cuida das medidas em caráter urgente.
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ao serviço judiciário, mas sim à própria parte, portanto, estará
prescrita a pretensão.
AULA 14 (05/12/05)
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b) judicial: é aquele fixado pelo juiz, na ausência de prazo legal.
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b) impróprio: é aquele voltado para o juízo (incluem-se o juiz e os
serventuários). Seu descumprimento não gera uma sanção
processual, mas apenas administrativa.
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Assim, se for proferida uma sentença sem que tenha havido
citação do réu, ela não poderá transitar em julgado, pois ele não
existiu juridicamente.
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b) plano da validade
c) plano da eficácia
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promover-lhe-á a intimação sob pena de
nulidade do processo.
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Na assistência simples existem pelo menos duas relações jurídicas,
sendo que uma será afetada pelo resultado da principal; o assistente
qualificado é co-titular do direito litigioso; no litisconsórcio vão existir
várias relações jurídicas, sendo que os litisconsortes estarão litigando
em conjunto.
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(C) O rigor da correlação entre a sentença e causa de pedir incide
apenas sobre os fatos.
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