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Marketing e Publicidade
Da loja ao consumidor
A forma como um produto é distribu-
ído é igualmente importante. E qual
a melhor opção? Um canal selectivo
ou massificado? Hoje em dia é difí-
cil encontrar um produtor que use
Construir o valor apenas um canal, para mais quando
são os retalhistas que têm um con-
de uma marca tacto mais directo com os clientes.
Ou seja, estabelece-se uma relação
partindo de um entre as lojas e a imagem da marca
que comercializam. Criar uma lógica
produto de baixa de distribuição proprietária, isto é,
de “lojas da marca” em grandes ar-
qualidade é mazéns de retalho (“department sto-
res”), acaba por ser uma das melho-
pura ilusão res formas de controlar este tipo de
associação. Marcas como a Tommy
Hilfiger e Levi’s são exemplos desta
ferramentas de venda, como estu- gerido conjuntamente com outros razão que algumas marcas usam ca- abordagem.
Juan Manuel de Toro,
dos de mercado, e em ferramentas processos, uma vez que faz parte nais de duas vias, como a Internet e
Carlos Perez e Marta Mira* Rede de vendas
analíticas para estudar a opinião dos do acordo entre a empresa e os seus o marketing directo, para se posicio-
a Um bom serviço de vendas é a im- consumidores. As empresas não po- clientes. De todos os recursos exter- narem face aos consumidores. Ape- Por último, seria um erro pensar-se
pressão que permanece mais tempo dem esquecer que o produto líder é nos que contribuem para o valor da sar do seu carácter passivo, os media que o valor de uma marca é deter-
na memória do consumidor. Além a pedra basilar de uma marca líder marca, este é, sem dúvida, um dos tradicionais, com especial destaque minado exclusivamente por estes
das características intrínsecas de e de que o produto é o “cartão de que mais afecta os consumidores e para a televisão, continuam a ser os factores, ou pelo uso eficaz de fer-
uma marca, importa ainda realçar visita” da marca, não obstante a pres- um dos que mais peso tem na ideia meios de eleição para veicular a ima- ramentas de marketing. A rede de
todo um conjunto de factores exter- são para obterem resultados no curto que os consumidores formam sobre gem e personalidade da marca. vendas deve ainda primar por asse-
nos que também participam na de- prazo. Construir o valor de uma mar- a qualidade do produto. O segredo, para uma marca sobres- gurar aos clientes tudo o que estas
terminação do seu valor. Podemos, ca partindo de um produto de baixa sair dentre o vasto leque de anún- esperam da marca. Variáveis como
assim, falar de seis factores externos: qualidade é pura ilusão. A segmentação de mercado cios publicitários, está na definição a pontualidade, a segurança, a fiabi-
produto, preço, segmentação de A questão do preço pode ter um de uma estratégia sólida que inclua lidade e um serviço afável e eficiente
mercado, publicidade, distribuição A fixação do preço efeito significativo na terceira fonte uma boa segmentação, que esteja as- são igualmente fundamentais.
e rede de vendas. Para ser bem sucedida, a gestão de de valor da marca: a segmentação. sociada a um tema que interesse ao
uma marca tem de conseguir que os Quanto melhor segmentado estiver público-alvo e que utilize técnicas co- * IESE/Universidade de Navarra.
Um produto líder de mercado consumidores comprem mais. A fi- um mercado, maiores serão as proba- mo o “product placement” em séries Global Business Perspectives/
As empresas lutam por ter produtos xação do preço é um aspecto-chave bilidades de ir ao encontro das neces- de ficção e outros conteúdos para se PÚBLICO, distribuído por The New
líder. Para isso, têm de investir em para atingir esta meta e tem que ser sidades dos consumidores. Quando a posicionar, uma vez que os especta- York Times Syndicate.