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Faculdade de Educação
Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação
Rodolfo Neugebauer
Dezembro de 2009
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SUMÁRIO
1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL...............................................................................................................................3
2 CONSUMO SUSTENTÁVEL............................................................................................................................6
3.1 OBJETIVO...........................................................................................................................................................8
3.2 PÚBLICO............................................................................................................................................................9
3.3 PROGRAMA GERAL ..............................................................................................................................................9
3.4 PROGRAMA ESPECÍFICO PARA A ATIVIDADE ILUSTRADA............................................................................................10
3.4.1 Objetivo................................................................................................................................................10
3.4.2 Atividades planejadas...........................................................................................................................10
3.4.3 Outros detalhes do planejamento:.........................................................................................................13
4 ANEXOS.............................................................................................................................................................14
5 REFERÊNCIAS................................................................................................................................................14
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1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Por enquanto não nos sentimos obrigados a deixar o carro na garagem e andar a pé,
utilizar transporte público ou oferecer carona a outras pessoas, nem obrigados a pensar no
peso ambiental dos alimentos ou outros produtos que consumimos nem nos preocuparmos
com separar adequadamente o lixo para reciclagem ou economizar água em nossas casas.
Pensamos que podemos viver mais algum tempo nesse conforto ilusório e na esperança de
Enquanto estou aqui, neste final de dezembro do ano de 2009, digitando meu texto em
uma cidade do interior de São Paulo, acompanho pela janela chuvas contínuas e recebo
notícias de diversas tragédias com enchentes e perdas de vidas em diversos pontos do país. Ao
redor do mundo, durante o ano, aconteceram uma infinidade de desastres ecológicos, afetando
a vida de muitas pessoas, quase sempre as mais pobres e com poucos recursos de
insustentável, pois a expansão ilimitada num planeta finito só pode levar à catástrofe.”
Com a educação ambiental procura-se promover a reflexão sobre práticas sociais tanto
no que se refere às interações entre os grupos humanos quanto na interação humana com a
É importante afirmar que não será apenas com ações que levem a maior eficiência no
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conhecimentos tecnológicos, sociais e espirituais, mantendo o tecido, a trama social que nos
une. Não, não será apenas com reciclagem, automóveis não poluentes e indústrias e empresas
verdes que conseguiremos sobreviver. Não será mantendo as mesmas estruturas de poder do
homem sobre o homem que iremos nos salvar. Estamos vendo a falência de um processo
civilizatório que nos conduziu até este ponto, cuja continuidade indica o desembocar em algo
Ora, se os recursos que possuímos permitem tomar consciência desse processo no qual
vivemos e que nos leva a esse ponto de não retorno, é claro que precisamos alterar o caráter
do nosso modo de viver. É preciso haver um repensar e revolucionar a forma como nos
motivação para que as comunidades se articulem, manifestem suas insatisfações com o quadro
que visem redirecionar o mundo onde vivem. Para isso é preciso que se multipliquem “[...] as
a eles, bem como o papel indutivo do poder público nos conteúdos educacionais, como
participar em um nível mais alto no processo decisório, como uma forma de fortalecer sua co-
(JACOBI 2003, página 192) Se temos consciência daquilo que nos ameaça, desse risco, é
preciso criar condições de mudança no padrão comportamental para que de alguma forma se
reverta futuramente essas ameaças e provar que somos viáveis e merecemos continuar a
A educação ambiental tem o papel de articular os diversos saberes para provocar essa
mudança comportamental que leve o homem a atuar como indivíduo e como comunidade
aceitar que grupos de poder tomem as decisões daquilo que é melhor para ele. Esse atuar
comunitário deve estar preparado para perceber os problemas e desafios ambientais e sociais,
discutir, propor alternativas e agir para sua solução. “O complexo processo de construção da
conjunto de questões que necessariamente implica a superação das bases constitutivas das
2 CONSUMO SUSTENTÁVEL
te inserido em uma comunidade que dê condições e promova seu crescimento como indiví-
duo, o consumo sustentável é esse mesmo homem percebendo que seus atos de consumo es-
tão diretamente relacionados à manutenção ou à mudança do mundo onde vive. Perceber que
através da mudança de seus padrões de consumo ele tem o poder de provocar a recuperação
atual, poderá consumir com o intento de manter sua própria existência dentro de um relativo
padrão de conforto e que também sustente a disponibilidade de recursos naturais que possam
ser utilizadas pelas gerações vindouras e “[...] pensar o consumo sustentável, como uma estra-
tégia política, na medida em que a somatória de questões que o processo de globalização pro-
que articulam temas como equidade, ética, defesa do meio ambiente e cidadania. Enfatiza a
consumidores individuais, prioriza ações na sua dimensão política.” (JACOBI 2008, página
122)
padrão onde a utilização dos recursos seja compartilhada ao mesmo tempo para sua melhor
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utilização quanto para apoiar a própria existência da comunidade. É claro que para isso se pre-
moção de valores humanos e sociais com a cooperação entre as pessoas. “O que é sustentado
toda a teia da vida da qual depende, a longo prazo, a nossa própria sobrevivência. A comuni-
dade sustentável é feita de tal forma que seus modos de vida, seus negócios, sua economia,
suas estruturas físicas e suas tecnologias não se oponham à capacidade intrínseca da natureza
deve manifestar um respeito pela dignidade humana e pelos direitos humanos. Uma vez que a
vida humana engloba necessidades biológicas, cognitivas e sociais, os direitos humanos de-
vem ser respeitados nessas três dimensões. A dimensão biológica inclui o direito a um ambi-
ente sadio e a alimentos seguros e saudáveis: o respeito à integridade da vida acarreta necessa-
são cognitiva são, entre outros, o direito de acesso à educação e ao conhecimento e a liberda-
de de opinião e de expressão. Na dimensão social, por fim, o primeiro direito humano - nas
domésticos, mais de 20 trilhões de dólares, quatro vezes mais do que se gastou em 1960, qua-
renta anos antes. O impacto de tamanho consumo provoca um desgaste de recursos naturais
20% acima do que a Terra consegue renovar, ameaçando gravemente a sustentabilidade pla-
naturais e causando menos poluição – deixa de ser uma opção para ser uma necessidade para
3.1 OBJETIVO
• provocar a troca de ideias entre os participantes para que daí surjam projetos coletivos
• despertar o desejo de conhecer mais sobre o tema e observar o mundo ao seu redor
3.2 PÚBLICO
São Paulo. Os moradores desse condomínio de cerca de 400 apartamentos são compostos por
famílias com pessoas de todas faixas de idade. São pessoas relativamente protegidas das desi-
gualdades sociais características do país e que mantêm padrões de consumo com anseios de
Esse condomínio possui diversas áreas ajardinadas que poderiam ser utilizadas
Nosso objetivo é desenvolver uma série de aulas onde se discutirá educação ambi-
ental em geral e o tema consumo sustentável especificamente. Essas aulas tanto poderão ser
apresentadas em sequencia com intervalo de semanas quanto poderão ser utilizadas indivi-
dualmente conforme o público presente e seu grau de envolvimento. Os temas serão trabalha-
dos de forma a atender turmas heterogêneas quanto a sua faixa etária e escolaridade.
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No presente texto iremos apresentar detalhes da primeira aula que irá compor a
série de aulas que se pretende construir. Essa aula apresenta inicialmente o tema e permite ao
3.4.1 Objetivo
riamente.
com cerca de 8 minutos. Contem temas tais como natureza, paz e vida em comunidade.
e sobre consumo sustentável, explicando e discutindo cada uma das imagens. Para preparar as
Paulo.
Material utilizado:
• Em grupo, confeccionar papeletas com os elementos que fazem parte do Planeta Terra
(sol, água, terra, fogo, ar, florestas, clima, animais, pessoas, consciência, compras, ci-
• Formar uma roda, onde todos fiquem bem próximos e distribuir uma papeleta para
cada participante.
• A pessoa que pegar a papeleta do Sol deverá ficar no centro da roda. E com o início do
• O Sol deverá escolher um dos elementos da roda e dizer qual a relação que pode exis-
• O educador ajudará a conduzir o rolo do barbante e dará uma volta no dedo do colega
que estará representando o elemento escolhido. Este colega fará a mesma coisa com
relação a outros elementos, e assim por diante. Ao final forma-se uma grande Teia, re-
mentos.
• compostagem
• economia de água
• carona
• feira de trocas
e) Atividade de encerramento:
• Duração estimada
◦ A duração estimada para essa aula é de 90 minutos no máximo.
• Material de aula
◦ Pincel atômico
◦ Fita crepe para colar as folhas preenchidas de flip chart nas paredes
• Local da atividade
4 ANEXOS
DVD contendo:
◦ Crise Ambiental
◦ Consumo Sustentável
5 REFERÊNCIAS
sobre consumo sustentável. Le mond diplomatique. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2008.