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Tuberculose: Diagnóstico e Tratamento

Dr. Hélio Arthur Bacha


Médico Infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

A tuberculose (tb), apesar dos esquemas terapêuticos eficientes disponíveis há já 50 anos, continua sendo um desafio
para o homem. Falando de tb, os números são ainda muito significativos: um terço da população mundial está infectada
pelo M. tuberculosis. Em 2003 houve, no mundo, 8.800.000 novos casos de tb, dos quais 1.700.000 morreram, incluídos
229.000 casos de co-infecção com o vírus da imunodeficiência humana (HIV).(1) Dez por cento das pessoas infectadas
pelo M. tuberculosis irão desenvolver a doença, 5% no primeiro ano pós-infecção e os outros 5% no tempo restante de
suas vidas,(2) a maior parte nos três primeiros anos. No Brasil, estima-se que 1/3 da população esteja infectada pela
micobactéria, havendo 120.000 casos novos por ano, dos quais 90.000 são diagnosticados. Os Estados do Rio de
Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia têm 60% de todos os casos do país.

DIAGNÓSTICO

Como a fonte de importância na transmissão da tb é o próprio homem, deve-se procurar identificar precocemente
pacientes bacilíferos, no sentido de instituir o tratamento e romper a cadeia de transmissão da doença. A identificação
dos bacilíferos deve ser realizada através da busca ativa de sintomáticos respiratórios, isto é, pacientes com tosse há
mais de três semanas, não importando se apresentam ou não outros sintomas, tais como febre ou emagrecimento.

O diagnóstico de certeza da tb é feito com o isolamento do M. tuberculosis em algum material biológico do paciente.
Vários exames podem auxiliar:

Baciloscopia de escarro
Todo paciente suspeito de tb sintomático respiratório – aquele que tosse há mais de três semanas – deve ter três
amostras de escarro colhidas e analisadas por método baciloscópico.(3) Amostras falsamente positivas se restringem a
menos de 1% dos casos.(4) A baciloscopia é exame de fácil execução e deve ser realizada em todo o paciente que
produza escarro espontaneamente ou induzido. Sua sensibilidade é de 75%, sendo estimado que sejam necessários de
104 a 105 bacilos/ml de escarro para ser possível a sua detecção ao microscópio óptico.(5)

A amostra de escarro deve ser coletada preferencialmente pela manhã, quando o paciente costuma apresentar uma
maior expectoração, após acordar e realizar higiene oral, sendo encaminhada para exame de pesquisa direta de bacilo
ácido-álcool resistente (BAAR) através de coloração específica. Para os pacientes que não conseguem
espontaneamente produzir escarro, pode-se induzi-lo através de inalação de solução salina hipertônica.

Cultura e identificação
A cultura como método de identificação de infecção por micobactéria tem mais sensibilidade que a baciloscopia. São
necessários 10 a 100 bacilos por mililitro de material coletado para possibilitar o crescimento de colônias em meio
específico (Löwenstein-Jensen – sólido e Middlebrook 7H9 – líquido). São necessárias três a quatro semanas para a
comprovação de positividade de micobactérias com as técnicas convencionais.(6) O tempo médio para detecção de M.
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