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AULA 01 • O QUE É GERONTOLOGIA?

Muitas são as definições encontradas.


É um termo que se aplica às diversas ciências que estudam o idoso ou o próprio processo do
envelhecimento. Por ser mais abrangente, engloba a Geriatria (especialidade médica) e permite
denominações como Gerontologia Social ou Epidemiologia Gerontológica, por exemplo.
Gerontologia é o campo multi e interdisciplinar que visa à descrição e à explicação das mudanças
típicas do processo do envelhecimento e de seus determinantes genéticobiológicos, psicológicos e
socioculturais. Também, interessase pelo estudo das características dos idosos,
as experiências da velhice nos diferentes contextos socioculturais.
Existem alguns tipos de Gerontologia que estudaremos a seguir.

Gerontologia Educacional/ Educação Gerontológica:


Existem muitas controvérsias conceituais e ideológicas a respeito desse novo campo, que recebe
diferentes denominações nos países anglosaxões
e latinos.
Sabese que é um campo interdisciplinar que se desenvolve no âmbito da evolução da educação
dos idosos, da formação de recursos humanos para lidar com a velhice, e na mudança das
perspectivas da sociedade em relação aos idosos e ao envelhecimento.
Dentro da Gerontologia Educacional há uma tríplice classificação, que veremos a seguir:
• Educação para idosos: programas educacionais voltados a atender às necessidades da
população idosa, considerando as características específicas dessa faixa etária;
• Educação para a população geral sobre a velhice e os idosos: programas
educacionais que possibilitam à população mais jovem rever seus conceitos sobre a velhice e os
idosos;
• Formação de recursos humanos para o trabalho com os idosos: ocorre por meio da capacitação
técnica de profissionais e da formação de pesquisadores.
Além da Gerontologia Educacional há a Educação Gerontológica, que consiste nos programas de
pósgraduação
latu e strictosenso.
O papel desempenhado pelos cursos de pósgraduação para a consolidação da gerontologia como
ciência e como profissão vem sendo lento,

6 FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
seletivo e gradual. Encontramos em São Paulo poucas instituições que oferecem esse tipo de
curso.

Gerontologia Social:
É a área da Gerontologia que se ocupa do impacto das condições sociais e socioculturais sobre o
processo de envelhecimento e das condições sociais desse processo.
Dentro da gerontologia social encontramos temas bastante importantes para os profissionais que
trabalharão com idosos, independente da área de atuação, como: as atitudes em relação à velhice,
práticas e políticas sociais, formas de gestão da velhice pelas instituições sociais e pelas
organizações governamentais e não governamentais, índices de bemestar
Das populações idosas, redes de suporte social e relações interge racionais.
Através dessa área de compreensão podem se estabelecer melhorias sociais aos idosos, como o
Estatuto do idoso, ações públicas para maior aceitação do idoso na sociedade e maior fiscalização
das instituições que cuidam desses indivíduos. Pode parecer pouco, mas foram ganhos
importantes para essa população.

Gerontotecnologia:
Para finalizar o entendimento das áreas que compreendem a Gerontologia como ciência, falta
conhecer o conceito da Gerontotecnologia.
Essa é caracterizada como uma área interdisciplinar de pesquisa e de intervenção psicosocial e
clínica, é o desenvolvimento e a distribuição de produtos, ambientes e serviços, com tecnologia
apropriada, para melhorar o cotidiano dos idosos, proporcionando um envelhecimento
com boa qualidade de vida. A Gerontotecnologia considera o ambiente tecnológico como um
domínio cujo propósito é o de possibilitar aos idosos a realização de suas ambições e objetivos de
vida, desenvolvendo
adaptações que faciltem a vida desse indivíduo, diminuindo o impacto causado pela diminuição da
sua capacidade funcional.
Como pudemos observar a Gerontologia é uma área bastante abrangente, e que ainda há muito
que pesquisar para melhorar as condições de vida dos idosos brasileiros. Por esse motivo essa
área vem despertando interesse de diversos profissionais.

AULA 02 • PALAVRASCHAVE
EM GERONTOLOGIA
Para o devido estudo dos aspectos que compõem o envelhecimento é necessária a compreensão
de palavras chaves.
Essas palavras, utilizadas no dia adia e sua conceituação,
favorecem a uniformidade na comunicação, não ocasionando diferenças conceituais, com
conseqüências importantes no campo científico e na prática assistencial.
Idoso: Segundo a Organização Mundial de Saúde, o indivíduo idoso é aquele com idade a partir
dos 60 anos, isso nos países em desenvolvimento, como Brasil e, alguns países do leste europeu.
Já nos países desenvolvidos consideram se idosos aqueles com idade a partir dos 65 anos.
Geriatria: ao contrário da gerontologia, a Geriatria é uma especialidade reservada aos médicos que
estudam o processo do envelhecimento, compreende a prevenção, o
diagnostico e o tratamento específico dos fatores que podem comprometer a saúde desse
indivíduo.
Saúde: Em 1948 a organização Mundial da Saúde classificou como sendo “um estado de completo
bem estar físico, mental e social e não a ausência de doença ou enfermidade. Capacidade
funcional: é a máxima capacidade de desempenho atingida por um órgão ou aparelho, diante de
um teste ou de uma situação de sobrecarga funcional.
Reserva funcional: parte da capacidade funcional que excede as necessidades basais, podendo
ser utilizada em situações extraordinárias.
Envelhecimento: é um processo universal, contínuo e inexorável, caracterizado pela diminuição da
capacidade de manutenção da reserva funcional em condições de sobrecarga.
Senescência: é o sinônimo do envelhecimento fisiológico, isto é, a resposta do organismo em
decorrência das alterações do processo natural do envelhecimento.
Senilidade: também conhecido como envelhecimento patológico. É a soma das alterações
decorrentes das doenças e hábitos de vida que acompanham o indivíduo durante seu processo de
envelhecimento.
Autonomia: definida pela Organização Mundial de Saúde como sendo a habilidade de entender,
controlar e decidir, no dia adia,
suas opções de como viver.
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FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
Independência: é a capacidade de resolver as funções do cotidiano. A capacidade de viver no seu
contexto com ou sem ajuda nenhuma de outras pessoas.
Atividades de Vida Diária (AVD): são as atividades realizadas no dia a dia,
como banhar se, vestir se, transferência da cama. A capacidade da realização dessas atividades
sem ajuda de outras pessoas, ou com o mínimo de ajuda permite que os idosos sejam
independentes nas suas funções cotidianas.
Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs): São as atividades realizadas no ambiente ou
externamente como: cozinhar, lavar louça, fazer compras, andar de ônibus.
Polifarmácia: Uso de três ou mais medicações. Hábito essa muito comum entre os idosos e que
causa diversas interações medicamentosas, causas prováveis de lesões e de incapacidades.
Essas são as principais palavras chaves utilizadas no estudo da velhice e do processo do
envelhecimento, porém há outras tão essenciais quanto as demonstradas anteriormente.

AULA 03 • ENVELHECIMENTO NO BRASIL


O perfil da população brasileira mudou. Hoje os idosos compreendem cerca de 14,5 milhões de
pessoas, 8,6% da população total do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), com base no Censo 2000.
O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao
avanço no campo da saúde e à redução da taxa de natalidade. Prova disso é a participação dos
idosos com 75 anos ou mais no total da população em 1991, eles eram 2,4
milhões (1,6%) e, em 2000, 3,6 milhões (2,1%).
A Tábua da Vida, levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que,
de 2005 até 2006, aumentamos nossa expectativa de vida, em média, mais dois meses e 12 dias,
alcançando 71,9 anos, devido a uma queda significativa na mortalidade infantil,
na última meia década.
A expectativa de vida do brasileiro deve chegar a 78,33 anos em 2030, segundo indicadores
sociodemográficos divulgados pelo IBGE.
Em São Paulo, a expectativa de vida no período aumentou 7,5 anos (65,9 anos em 1980 para 73,4
anos em 2004). A verificação desse comportamento não chega a surpreender, pois
maiores ganhos na expectativa de vida geralmente estão associados a uma mortalidade mais alta.
A expectativa de vida da população brasileira aumentou em mais de três anos, no período de 1991
a 2000, segundo o Sistema Nacional de Informações de Gênero (SNIG), elaborado pelo IBGE, a
partir de microdados dos censos desses anos. Nas mulheres, o aumento foi de 70,9 anos
para 74,1 anos. Já para os homens, o aumento foi maior, de 63,1 para 66,7 anos, nesse mesmo
período de nove anos.
Sabese que de 1980 a 2004, houve um aumento médio de 5 meses na expectativa de vida a cada
ano, ou seja, melhorou 9,1 anos.
Esse quadro é um retrato do que acontece com os países como o Brasil, que estão envelhecendo
ainda na fase do desenvolvimento. Já os países desenvolvidos tiveram um período maior, cerca de
cem anos, para se adaptar.
De qualquer maneira, o ganho de expectativa de vida no País nos últimos anos é atribuído à
"relativa melhoria" no acesso da população aos serviços de saúde, campanhas nacionais de
vacinação, aumento do nível de escolaridade da população e investimentos na infraestrutura De
FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
saneamento básico, entre outros. Os dados da Tábua de Vida são utilizados pelo Ministério da
Previdência Social no cálculo do fator previdenciário das aposentadorias. Os homens ampliaram a
diferença em relação às mulheres no que diz respeito à expectativa de vida, e continuam morrendo
mais cedo do que o sexo feminino. Em 1980, os homens viviam 6,1 anos menos do que as
mulheres no Brasil e, em 2004, essa diferença subiu para 7,6 anos. De acordo com a Tábua de
Vida divulgada hoje pelo IBGE, a esperança de vida ao
nascer do sexo feminino era de 75,5 anos em 2004, ou 9,8 anos a mais do que a expectativa de
65,7 anos em 1980.
Por outro lado, a esperança de vida ao nascer para o sexo masculino em 2004 era de 67,9
anos, com um ganho de 8,3 anos em relação a 1980 (59,6 anos). Segundo os técnicos do IBGE,
os homens têm expectativa de vida inferior a das mulheres porque estão mais expostos a fatores
externos (acidentes de carro, homicídios), especialmente na juventude.
A importância dos idosos para o País não se resume à sua crescente participação no total
da população. Boa parte dos idosos hoje são chefes de família e nessas famílias a renda média é
superior àquelas chefiadas por adultos nãoidosos.
Segundo o Censo 2000, 62,4% dos idosos e
37,6% das idosas são chefes de família, somando 8,9 milhões de pessoas. Além disso, 54,5% dos
idosos chefes de família vivem com os seus filhos e os sustentam.
Com o avançar da idade aumentam as chances de determinadas doenças, como as
doenças cardíacas, alguns tipos de cânceres, e as doenças degenerativas como as artroses, o
que os leva a utilizarem em grande escala o Sistema Único de Saúde (SUS).
É grande o número de idosos com incapacidade funcional no município de São Paulo.
Esse dado nos alerta sobre a necessidade dos profissionais do envelhecimento em implantar
intervenções seguras para assegurar o envelhecimento saudável da população.
De nada adianta termos um número elevado de idosos no Brasil, se não damos a eles
oportunidades de empregos ou se, ainda, eles não tiverem boas condições de saúde para usufruir
das condições que a vida lhes oferece.

AULA 04 • CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A


PROPEDÊUTICA GERONTOLÓGICA
A complexidade do idoso faz com haja uma atenção especial na sua avaliação, desde a
anamnese até os exames mais sofisticados. Cada particularidade deve ser ressaltada e nada
deve ser subestimado, como se o velho não pudesse responder por ele mesmo.
Nessa aula abordaremos os cuidados gerais que devemos tomar frente a um paciente
idoso, nossa postura, vícios e a abordagem correta no manuseio deste paciente.
Quem é esse velho sentado a sua frente?
Esse velho pode não conseguir andar sem ajuda, não o ouvir bem, não conseguir se
expressar de maneira adequada ou até mesmo não ter alteração nenhuma, só as esperadas pelo
envelhecimento do corpo, como as rugas, diminuição da força muscular, ao andar mais lento.
Mais da metade dos idosos acima dos 75 anos apresentamse
na consulta acompanhados,
isso pode ser um fator facilitador ou não. Pois muitos acompanhantes tomam uma postura de
super proteção, mascarando sinais importantes ou exagerando nas informações. Sempre que
possível faça com que os idosos respondam suas perguntas e depois direcione a entrevista aos
acompanhantes.
Devemos ressaltar que muitos dos idosos ao deparar se com médicos, fisioterapeutas,
nutricionistas, fonoaudiólogos muito mais novos que eles duvidam da capacidade em descobrir o
que está acontecendo, e é nesse momento que deveremos demonstrar nosso conhecimento de
forma segura e agradável, ganhando a confiança desse paciente.
Primeiras observações
A atenta observação do idoso doente é essencial para caracterização dos problemas.
Comparecer a avaliação desacompanhado pode significar independência ou mesmo ausência de
um grande problema.
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FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
A forma de caminhar pode nos predizer muita coisa, a velocidade da marcha pode estar
associada com alterações neurologias como Parkinson e Alzheimer; a depressão faz com que a
caminhada seja muito lenta com postura curvada.
Os vestuários devem ser observados de maneira expressiva. Se estiverem sujos, com
resíduos de comida, se os sapatos são os adequados para evitar as tão temidas quedas.
A postura do idoso frente ao seu avaliador também é importante. Ficar cabisbaixo com
olhar não fixo pode ser indicativo de depressão.
No idoso acamado deveremos prestar atenção aos odores de urina, fezes, manchas no
corpo (sinais de maus tratos), feridas. Além da apurada observação do ambiente, verificando se
há iluminação e ventilação adequada.
Nada poderá passar despercebido. Por esse motivo deveremos colher a história com
atenção, direcionando para os eventos realmente importantes. A queixa principal deverá ser
anotada, porém muitas vezes na avaliação física descobriremos situações que necessitam de
atenção imediata, mesmo que não esteja na queixa principal.
Postura do profissional
Como devemos nos portar frente a esse paciente tão exigente?
Primeiramente, deveremos respeitar e nos adequar as alterações impostas pelo
envelhecimento. A comunicação deverá ser estabelecida, pois ela é o segredo para o sucesso da
avaliação e do acompanhamento.
O tom de voz do avaliador é sem dúvida um dos principais elementos para uma avaliação
bem sucedida. Nunca elevar a voz, pois a presbiacuisia (diminuição da capacidade de ouvir) faz
com que ele não entenda direito. Então falar pausadamente e olhando para o idoso é a maneira
mais correta.
Evitar comentários como “O que o senhor tem é da idade”, ou “O senhor terá que conviver
com esse problema”, ou ainda “Na idade do senhor, o que poderia esperar!”. Parece cômico,
porém são comentários muitas vezes relatados pelos idosos. Isto demonstra a pouca importância
dada à queixa deste.
E o que podemos dizer dos profissionais que insistem em tratálos
como “vovó”, “Vovô” e
outras terminações infantilizadas?
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FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
Esse é um dos erros mais cometidos pelos profissionais ao se depararem com um idoso. O
que devemos entender é que, antes desse ser seu paciente ele é um indivíduo, normalmente, com
mais idade que você e com uma história de vida maior que a sua. Infantilizálo
só o afastará de
você. Trateo
com respeito.
O contato é essencial. Devese
tocar, auscultar com atenção necessária.
Devido ao envelhecimento muitos sintomas poderão estar mascarados, como a febre que
demora a aparecer no idoso. É nessa hora que um olhar atento faz a diferença.
Nas aulas seguintes, veremos a avaliação de cada sistema, mas não poderemos esquecer
dessas pequenas considerações.

AULA 05 • DADOS VITAIS E AVALIAÇÃO CUTÂNEA DO IDOSO


Ao iniciar a propedêutica do idoso devese
estar atento para as alterações encontradas,
quando os comparamos aos demais pacientes.
Iniciaremos a avaliação pelos sinais vitais a seguir:
Pressão arterial: deverá ser mensurada rotineiramente e em ambos os braços, nas
posições: supina (deitada) e ortostática (em pé). Essa medida requer atenção especial, pois
encontramos duas situações freqüentes: o aumento da pressa arterial (hipertensão arterial
sistêmica) e a hipotensão ortostática (diminuição da pressão, principalmente quando muda de
posição). Situações essas que aumentam a mortalidade do idoso.
Além disso, há uma situação bastante comum que é a Síndrome do Jaleco Branco, onde o
idoso não tem o diagnóstico de hipertensão, mas ao ser avaliado apresenta um aumento da
pressão arterial. Para isso, sugerese
que a medida dessa pressão seja realizada após alguns
minutos de conversa para que esse idoso sintase
seguro e não nervoso no momento da
avaliação.
Pulsos: a medida do pulso é muito importante, pois nele percebemos alterações do ritmo
cardíaco. Cabe ressaltar que nos idosos saudáveis, situações como taquicardia (aumento da
freqüência cardíaca) e arritmia (ritmo cardíaco irregular) podem não ser percebidas. Isso se deve
às alterações da sua anatomia e da fisiologia.
Temperatura: os idosos apresentam comprometimento do sistema de regulação da
temperatura corporal, tanto no nível periférico como no central, o que o expõe ao risco de
oscilações rápidas na vigência de doenças agudas ou quando exposto em temperaturas
extremas. Resumidamente, o idoso demora a responder com a temperatura, isso justifica o
elevado índice de óbitos nas ondas de calor e frio. A elevação da temperatura pode ser
interpretada como infecção grave.
Peso: os idosos têm elevado risco para perda de peso e desnutrição devido à alta taxa
metabólica, pobreza, doenças incapacitantes. Por esse motivo devese
ser aferido em todo
paciente.
Após o exame dos dados vitais seguiremos com a avaliação da pele do idoso, que sofre
importantes alterações com o envelhecimento.
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FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
Normalmente encontramos nos idosos a pele seca e descamativa, resultado da diminuição
da secreção sebácea e sudorípara. Também a encontramos fina, enrugada, frouxa, com
diminuição da elasticidade (elastose) e facilmente dilacerante. São situações fisiológicas do
envelhecimento.
A seguir as principais alterações tanto fisiológicas, quanto patológicas no idoso:
Ictiose: caracterizada pela secura, rachadura e descamação da pele em conseqüência da
atrofia e da hiperceratose da epiderme. Nos idosos normalmente é uma condição crônica e
benigma, porém tem relatos da associação ao linfoma.
Púrpura senil: como citado anteriormente é uma condição benigna resultante de um trauma
local associado à fragilidade do capilar com a atrofia tecidual. Normalmente está localizada em
áreas de exposição como dorso das mãos e na superfície extensora dos braços.
Prurido: ou coceira é, dentre os sintomas o mais freqüente. Pode estar restrito ou
generalizado. Ele é decorrente da diminuição da secreção sebácea e agravado por banhos
quentes e o uso excessivo de sabonetes. Devemos diferenciálo
dos pruridos ocasionados por
medicamentos, doença tireoideana, e de infecções.

AULA 06 • AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA


O que é a avaliação antropométrica ou antropometria?
É o estudo das medidas do corpo para classificação e comparação. No idoso essa
avaliação nos permite obter importantes informações, de forma indireta e nãoinvasiva,
sobre os
tecidos muscular e adiposo. Ela nos fornecerá o estado nutricional e, também, podemse
monitorar os efeitos de uma intervenção nutricional.
Para um bom resultado na avaliação, a cooperação do idoso e do acompanhante é
fundamental, pois o receio em sentir dor e o desconforto dos procedimentos são barreiras
importantes.
Todos os procedimentos de aferição de circunferências e dobras cutâneas deverão ser
realizados no lado direito do corpo, conforme padronização da Organização Mundial de Saúde.
Altura: problemas posturais, deformidades, ou estar acamado são situações comuns e que
não permitem a aferição real dessa medida.
Nos idosos que conseguem permanecer na posição ortostática utilizase
o estadiômetro.
Já no domicílio recomendase
o uso da fita métrica inflexível, de fibra de vidro. Os idosos obesos
apresentam dificuldades em posicionar corretamente o calcanhar, as nádegas, os ombros e a
cabeça no estadiômetro.
Para a determinação da altura corporal recomendase:
• O idoso deve estar descalço ou com meias;
• Os pés devem estar alinhados, com os calcanhares encostados na barra da escala de
medida.
• O idoso deverá permanecer em pé, ereto, olhando para o horizonte, sem mexer a
cabeça.
• A barra horizontal deverá ser abaixada até encostarse
ao topo da cabeça.
• A leitura deverá ser feita o mais próximo de 0,5 cm.
O processo de envelhecimento não afeta o comprimento dos ossos longos dos membros
inferiores e superiores, o contrário com o que ocorre com as vértebras. Em decorrência desse
fato, foram propostas algumas equações baseadas na altura do joelho. Esse método é utilizado
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FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
para estimar a estatura de idosos a partir dos 60 anos que apresentam deformidades na coluna
ou que apresentem acamados.
Peso Corporal: essa medida representa a soma da massa de tecidos (gordura, proteínas e
ossos) e água. É a medida mais importante para a avaliação do estado nutricional de um idoso.
Para a aferição correta do peso devese:
• Usar a balança antropométrica sempre que possível;
• A balança deverá ser calibrada periodicamente;
• O idoso deverá estar descalço, usando roupas íntimas ou as do hospital. Descontando o
peso das roupas do peso obtido.
• Deve posicionar o idoso no centro da balança, com os membros superiores na lateral do
corpo.
• Se o idoso não conseguir ficar em pé sozinho devese
pedir a ajuda do cuidador,
previamente pesado.
• Manter a balança calibrada após a tomada do peso.

AULA 07 • AVALIAÇÃO DO SISTEMA


NEUROMÚSCULOESQUELÉTICO
Nesta aula, abordaremos a importância da avaliação neuromusculoesquelética.
Por que é importante avaliar a força muscular dos idosos?
Com o passar dos anos o ser humano perde fibras musculares. Essa perda da massa
muscular é muito mais evidente em pessoas sedentárias (que não realizam nenhum tipo de
atividade física) e nos idosos acamados ou portadores de alguma doença grave.
As principais manifestações devido à perda da massa muscular são: dificuldade em
segurar objetos pesados, diminuição da velocidade ao caminhar, arrastamento dos pés, cansaço
após realizar simples tarefas, dificuldade em subir escadas, entre outras. Todas essas
características interferem na realização das atividades cotidianas, como lavar o quintal, ir à
padaria, visitar um amigo, e, conseqüentemente, na qualidade de vida dos idosos que se tornam
cada vez mais incapazes e solitários.
Ao avaliar a força muscular de um idoso, é possível estabelecer o grau de dificuldade por
ele apresentada e, assim, traçar um plano de tratamento.
Quanto aos testes para avaliar a força muscular de um idoso, utilizamos os testes de
resistência manual, porém esse tipo de avaliação não é o mais segura.
Com o auxílio de instrumentos de simples execução, podemos também avaliar a força
muscular com a realização de tarefas funcionais, como sentarse
e levantarse
de uma cadeira.
Flexibilidade
A flexibilidade também é importante na execução de atividades corriqueiras, como apanhar
objetos no solo, estender roupas, pegar roupas do armário. A diminuição da flexibilidade dos
idosos pode ocasionar quedas durante a realização dessas tarefas e, por conseqüência, afetar a
qualidade de vida deles.
Como avaliar a flexibilidade de um idoso?
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FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
Essa é uma questão amplamente discutida entre fisioterapeutas, educadores físicos e
médicos.
Existem testes específicos e de fácil realização que nos informam de maneira segura o
grau de flexibilidade dos idosos. Porém, para sua execução, os profissionais necessitam de
treinamento específico. O teste mais utilizado é o Banco de Wells Modificado.
Avaliação neurológica
Não é um exame rotineiramente utilizado na prática clínica. Por isso, abordaremos os
principais aspectos a serem considerados numa avaliação global.
Tono Muscular: É difícil determinar o tono muscular de um idoso, pois surgimento da
rigidez das articulações que podem camuflar alterações neuromusculares. Recomendase
que o
idoso esteja deitado, com completo relaxamento muscular. A partir dessa posição, executamse
movimentos passivos nos membros superiores e inferiores. O tono pode estar reduzido
(hipotonia) ou aumentado (hipertonia). Em caso de hipotonia observase
flacidez e consistência
muscular diminuída, passividade e extensibilidade aumentadas. Já na hipertonia a consistência
muscular apresentase
aumentada e a passividade reduzida. A hipertonia também pode se
manifestar em forma de espasticidade e rigidez.
Reflexos: No idoso, os reflexos superficiais como o aquileu e os cutâneos abdominais
podem estar ausentes, o que não determina sinal de doença. O reflexo plantar não se altera. A
presença de sinais primitivos como o de apreensão, glabela palmomentoniano
e de sucção, que
normalmente estão relacionados ao comprometimento difuso do lobo frontal, podem se manifestar
no idoso saudável.
Postura: O idoso raramente apresenta uma postura ereta. O mais é comum é
observarmos uma postura curvada, com braços e joelhos levemente flexionados. E isso,
inevitavelmente, acaba estereotipando sua imagem. Observe as figuras que indicam os assentos
reservados aos idosos no metrô, por exemplo.
Tremores: São movimentos involuntários, rítmicos, que afetam preferencialmente a parte
distal dos membros, podendo afetar a cabeça e o tronco. Para examinar o nível de tremor,
solicitamos ao idoso que ele estenda as mãos com as palmas voltadas para baixo, com os dedos
separados, ou que toque o nariz com a ponta do dedo indicador. Além disso, podemos pedir a ele
que leve à boca um copo d´água.
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FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
Os tremores podem ser de repouso, de atitude ou posturais e de ação ou intencionais.
Sensibilidade: Em idosos saudáveis, a sensibilidade vibratória diminui e normalmente
está associada à redução dos reflexos, ocasionando um quadro de neuropatia periférica ou
neuropatia senil, como é denominada por diversos pesquisadores. Alterações do tato, da
sensibilidade térmica e dolorosa não estão associadas apenas ao processo do envelhecimento,
normalmente estão associadas a outros processos patológicos. Já a propriocepção em idosos
saudáveis está totalmente comprometida, o que ocasiona instabilidade postural e dificuldade na
adaptação em terrenos irregulares, e isso se deve ao fato de possíveis degenerações da coluna
dorsal da medula espinal.

AULA 08 • OS PÉS DO IDOSO


Os pés do idoso sofrem alterações estruturais e fisiológicas, e isso ocasiona dificuldades
em seu caminhar. Além de interferir diretamente em sua qualidade de vida.
Muitas das alterações podem ser evitadas ou tratadas prontamente.
É necessária a conscientização dos profissionais da saúde de que os pés exercem
importante papel na funcionalidade do idoso. A análise dessa região do corpo deve ser
incorporada à avaliação geral do paciente geriátrico.
Devemos saber identificar as alterações fisiológicas e as causadas por falta de cuidados
ou por doenças.
Começaremos a estudar pela impressão plantar.
Impressão plantar: É o procedimento mais rápido para analisar a superfície plantar, o
qual podemos utilizar de três maneiras:
a) Podógrafo: O idoso apóia os pés sobre uma borracha plana que vai marcar o papel. A
avaliação é simples, rápida e permite boa análise da estrutura dos pés.
b) Podoscópio: O idoso posicionase
sobre uma caixa de vidro e espelhos, com
iluminação lateral. Essa avaliação nos oferece visualização direta e, também, possibilita
fotografar a impressão.
c) Aplicação da vaselina na região plantar: Após a aplicação da substância, o idoso pisa
numa folha de papel que marcará os locais com o contato. Em seguida, aplicase
sobre
a folha óxido de ferro em pó. Com esse pó, as regiões da superfície de contato se
tornarão evidentes.
Modificações decorrentes da idade: Os pés do idoso são, geralmente, alargados e sem
o coxim plantar. Idosos obesos podem apresentar alteração nas estruturas ósseas e ligamentares,
apresentando mudança no tamanho dos pés. A maioria das doenças relacionadas aos pés está
associada ao desequilíbrio muscular ou sobrecarga.
Avaliação: O idoso que se queixa de dor nos pés pela primeira vez, deve detalhar seu
relato sobre tal incômodo. Os históricos clínicos já conhecidos devem ser revistos e o paciente
deve ser questionado sobre eventuais mudanças em sua rotina, prática de exercícios físicos, uso
de medicamentos e tipo de calçado. Além disso, é necessário:
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FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
• Identificar o fator que esta causando o problema nos pés ou tornozelos (pé de
hemiplegia, pé vascular).
• Determinar quais transtornos estáticos ou tróficos seriam os responsáveis pelo incômodo
nos pés sentido pelo idoso.
• Avaliar se o idoso apresenta outros sintomas que fazem parte da doença suspeita.
• Estar atento às doenças sistêmicas que têm repercussão nos pés.
• Avaliar o exame das pernas, tornozelos e pés.
• Procurar por alterações pigmentares, tumores, úlceras e edemas.
Modificações na pele: Inicialmente é perceptível a perda de pêlos, a hiperpigmentação
(escurecimento da pele) e a anidrose (pele seca).
Lesões hiperqueratósicas: É comum ocorrer sobre as deformidades definitivas e nas
alterações ósseas decorrentes de artropatias.
Modificações nas unhas: É comum encontrarmos idosos com comprometimento vascular
ou suscetíveis à infecção fúngica (onicomicose), como diabetes e corticoterapia. As mais
freqüentes são: hipertrofia da lâmina ungueal (platoniquia); unha curvada ou deformada
(onicogrifose) e infecção da unha por fungos.
A unha curva ou deformada é muito comum nos idosos que perderam a capacidade de
realizar as atividades corriqueiras sozinhos, por diminuição dos movimentos das articulações ou
da coluna, impedindoos
de cortar as unhas, ou devido à necessidade de auxílio de outras
pessoas para a higienização ou, até mesmo, pela diminuição da acuidade visual. Muitas vezes, a
unha cresce exageradamente, impossibilitandoos
de calçar um sapato e de caminhar.
Contraturas: Podem ocasionar alterações no modo de andar, no desenvolvimento de
lesões ou de úlceras.
Claudicação, queimor, fadiga, parestesias, câimbra: são conseqüências de doença
vascular ou neurológica periférica.
Edema (inchaço): Sinal de doença renal (insuficiência renal crônica) ou cardíaca
(insuficiência cardíaca congestiva), porém comum em idosos saudáveis devido à diminuição do
retorno venoso. Para avaliálo,
é necessário fazer a palpação do pé, tornozelo e membro inferior,
avaliar a consistência (maleável, redutível ou rígida) e verificar a presença do sinal de cacifo, uma
depressão que se forma ao pressionar a região com edema.

AULA 09 • AVALIAÇÃO FUNCIONAL


Em idosos, a avaliação funcional é amplamente utilizada, pois a partir dessa análise
teremos uma impressão mais próxima de sua realidade. As dificuldades por eles apresentadas no
diaadia
podem ser simuladas em protocolos específicos e validados.
Qual o benefício em adotar essa avaliação? Nada mais do que saber, exatamente, qual a
principal limitação do idoso, facilitando, assim, o direcionamento do tratamento ou da solução de
seu problema.
Os protocolos destinados à avaliação do grau de funcionalidade do idoso devem ser
simples, aplicados no menor tempo possível, indicando os riscos de quedas, o nível de
dependência ou a possibilidade de internação do paciente.
É preferível utilizar as escalas que resultam de observação direta das atividades pelo
examinador, pois oferecem dados mais precisos e confiáveis quando comparados às escalas
pontuadas pelos relatos do paciente de como ele realiza determinadas atividades.
Para esta aula foram selecionadas as principais escalas de independência, marcha e
equilíbrio.
Medida de independência funcional – MIF ou FIM: Esse teste contém várias subescalas,
no qual são avaliados itens referentes ao autocuidado, controle de esfíncteres, mobilidade,
locomoção, comunicação e cognição social. Tal procedimento permite direcionar o tratamento
para o déficit funcional específico. Resultados muito baixos indicam a necessidade de ajuda ou, às
vezes, de institucionalização.
Para a aplicação do teste, o examinador deverá passar por um treinamento, a fim de evitar
qualquer tipo de erro na sua aplicação ou interpretação.
Índice de Katz: Tem como objetivo avaliar o grau de assistência exigida pelo idoso no
desempenho de seis funções básicas de sua vida diária. Essa escala pode ser utilizada tanto em
idosos que vivem em comunidade quanto nos institucionalizados.
Avaliação da marcha e equilíbrio: Fisiologicamente, o idoso apresenta baixo equilíbrio
em decorrência da diminuição da amplitude de movimento dos tornozelos, alteração do centro de
gravidade, modificações da função vestibular, da sensação periférica, da acuidade visual e da
força muscular.
30
FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
Por esses fatores avaliar o equilíbrio no idoso não é uma tarefa fácil. Muitos testes foram
criados para tentar acompanhar a perda gradual de equilíbrio com o decorrer da idade. Abaixo
citaremos os mais importantes:
a) Get up and go : Teste muito utilizado e de fácil aplicação. Basta solicitar ao idoso que se
levante de uma cadeira sem apoio, caminhe três metros e volte a se sentar.
b) Berg balance test ou Escala de Berg: Teste funcional que considera o desempenho
funcional em catorze tarefas e é designado para delinear a diminuição do equilíbrio
assim como o potencial para quedas, atingindo uma pontuação máxima de 56 pontos.
Quanto menor o resultado, maior o risco de quedas.
c) Romberg modificado: Teste funcional que avalia o equilíbrio com alteração da base de
apoio, da postura corpórea e da condição visual. Determinase
que o paciente
permaneça na postura estabelecida por, no máximo, dez segundos.
d) Teste da função das extremidades inferiores: Teste de desempenho que avalia o
equilíbrio durante as mudanças na base de apoio, na velocidade da marcha e na
habilidade, escore máximo de doze pontos

AULA 10 • AVALIAÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO


Nesta aula serão abordados os principais aspectos a serem considerados na avaliação do
sistema respiratório. Assim como já visto nas aulas anteriores, esse tipo de avaliação no idoso é
diferente em alguns aspectos, quando o mesmo exame é realizado em um adulto jovem.
Com o passar do tempo, o aparelho respiratório sofre alterações anatômicas e funcionais.
A seguir, veremos as alterações esperadas na avaliação do sistema respiratório dos
idosos.
Inspeção
Nos idosos saudáveis, o tórax se apresenta hiperinsuflado (cheio de ar) e com diminuição
da expansibilidade (mais rígido), com calcificação das cartilagens costais e das superfícies
articulares das costelas, redução do espaço intervertebral e aumento da sensibilidade à pressão
intraabdominal.
O tempo expiratório é prolongado e a freqüência respiratória em repouso oscila entre 16 a
20 incursões por minuto, sem estar associado a nenhuma doença respiratória. A alteração da
freqüência respiratória é decorrente da redução da eficácia mecânica e ao descondicionamento
da freqüência diante respostas impróprias ao CO2. O aumento da freqüência respiratória pode ser
o primeiro e o único sinal de doenças respiratórias nesse grupo etário, por isso atenção especial a
esse tipo de alteração.
Palpação
Durante esse procedimento, podem ser identificadas áreas dolorosas decorrentes de
neuralgias intercostais e osteocondrites. Nos idosos saudáveis, a hipersonoridade à percussão
também pode ser notada com a palpação, assim como nos portadores de enfisema pulmonar.
33
FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
Pulmão
A maior alteração encontrada no pulmão do idoso saudável é a diminuição do tamanho da
via aérea, associada às alterações do tecido conectivo de suporte.
Alterações anatômicas combinadas com a reorientação das fibras elásticas levam às
seguintes alterações fisiológicas:
1) Redução da elasticidade pulmonar.
2) Aumento da complacência pulmonar.
3) Redução da capacidade de difusão de oxigênio.
4) Fechamento prematuro de vias aéreas.
5) Redução dos fluxos expiratórios.
Ausculta pulmonar
O murmúrio vesicular, geralmente, encontrase
diminuído e os ruídos adventícios têm o
mesmo significado que nas outras faixas etárias, evidenciando a tendência que os idosos têm de
apresentar crepitações nas bases pulmonares. Isso não, necessariamente, está associado a
alguma doença e essas alterações podem desaparecer após alguns movimentos respiratórios
forçados.
O desconhecimento desse último dado pode confundir o examinador, pois as alterações
manifestadas são muito semelhantes com as de uma congestão pulmonar.
É possível ainda aparecer maior reatividade brônquica (asma) no idoso, o que pode ser
observado como sibilância à ausculta, principalmente após esforço ou contatos com alérgenos.
Mecanismos de defesa
A diminuição dos mecanismos de defesa dos pulmões nos idosos é muito comum, já que a
atividade dos cílios da mucosa declina (hipocinesia) e as células de defesa dos pulmões tornamse
menos eficazes. Como resultado, os idosos estão mais suscetíveis ao acúmulo de secreções
que predispõe doenças respiratórias como as pneumonias e as atelectasias.
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FUNDAMENTOS DA GERONTOLOGIA
Músculos respiratórios
Na velhice, esses músculos tendem a ficar fracos, principalmente o diafragma. Em idosos
saudáveis, esse enfraquecimento não é muito significativo. Nos idosos que apresentam doenças
como pneumonia, porém, é relevante porque esse tipo de infecção pode reduzir a força dos
músculos respiratórios que já está naturalmente comprometida.
Esses músculos, todavia, podem ser condicionados, mesmo em pessoas mais velhas.
Exercícios respiratórios são utilizados para aumentar a força de tais músculos e desse modo,
melhorar a respiração.
Outra alteração importante é a diminuição da força dos músculos expiratórios, o que
dificulta a realização da tosse, impedindo a eliminação das secreções pulmonares.
A gordura abdominal, comum com o envelhecimento, também pode enfraquecer os
músculos por sobrecarga e favorecer também o fechamento precoce das vias aéreas.

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