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    De Dostoievski para Lula Escrito por Percival Puggina | 08 Março 2016 Artigos - Governo do PT fmdLula, Dilma, o governo e seus partidos prestariam enorme serviço à saúde pública se apontassem quais brasileiros desejam que os pobres continuem pobres e morram na miséria. A tarefa de fazer com que muitos creiam não é apenas missão religiosa. É, também, essência da política como arte de conquistar apoios para alcançar e manter o poder. Há sistemas políticos nos quais as pessoas creem em partidos e suas ideias, visões de mundo, perspectivas históricas, valores e em como isso se projeta nos anos por vir. E há sistemas, como o nosso presidencialismo, em que a crença dos eleitores recai sobre as pessoas dos candidatos. É fácil compreender que isso nos faz mais vulneráveis à mentira como forma de angariar apoios. Quanto mais ingênuo o eleitor, quanto mais carente do benefício pessoal que lhe possa advir do poder público, mais sensível ele se torna a mentiras e mistificações. Nas nossas disputas políticas, a verdade é mais inoportuna do que a mentira. Em Irmãos Karamazov, Dostoievski ensina: "O homem que mente para si mesmo e escuta as próprias mentiras chega a um ponto em que não pode distinguir a verdade e a mentira dentro de si ou ao redor de si, e assim perde todo o respeito por si mesmo e pelos outros". Após seu depoimento nas instalações da PF em Congonhas, durante a entrevista que virou discurso, o ex-presidente era imagem viva e falante do desastre exposto por Dostoievski. Lula apelou para todo o seu repertório de artimanhas. Quero destacar a que é mais repetida, ao longo dessa infinita série de escândalos. Segundo o governo, a promissora condução petista dos negócios nacionais seria antagonizada por uma elite que não tolera a prosperidade dos mais pobres. Lula, Dilma, o governo e seus partidos prestariam enorme serviço à saúde pública se apontassem quais brasileiros desejam que os pobres continuem pobres e morram na miséria. Essas pessoas, certamente pouquíssimas caso existam, deveriam ser identificadas e tratadas porque portadoras de um desejo anormal, desumano e masoquista. Ninguém mentalmente sadio quer viver sitiado pela miséria e suas vexatórias consequências que o governo sequer minimamente conseguiu abrandar. A esse respeito, o senso comum grita contra a algaravia de Lula: nada é tão honestamente benéfico ao bem de cada um do que o bem de todos! Nada é mais conveniente à prosperidade de cada um do que a prosperidade de todos! São dois axiomas que dispensam provas. Eis por que o desastre ético e técnico da gestão petista nos leva a sonhar com educação promovendo o desenvolvimento das potencialidades da juventude, população ativa ganhando a vida e gerando riqueza, produção, consumo, empregos, PIB crescendo, inflação caindo e as pessoas podendo cuidar bem de si mesmas. Quem não quiser isso é doido. E quem acusa 90% da população ser contra isso é o quê, Dostoievski?

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    De Dostoievski para Lula Escrito por Percival Puggina | 08 Março 2016 Artigos - Governo do PT fmdLula, Dilma, o governo e seus partidos prestariam enorme serviço à saúde pública se apontassem quais brasileiros desejam que os pobres continuem pobres e morram na miséria. A tarefa de fazer com que muitos creiam não é apenas missão religiosa. É, também, essência da política como arte de conquistar apoios para alcançar e manter o poder. Há sistemas políticos nos quais as pessoas creem em partidos e suas ideias, visões de mundo, perspectivas históricas, valores e em como isso se projeta nos anos por vir. E há sistemas, como o nosso presidencialismo, em que a crença dos eleitores recai sobre as pessoas dos candidatos. É fácil compreender que isso nos faz mais vulneráveis à mentira como forma de angariar apoios. Quanto mais ingênuo o eleitor, quanto mais carente do benefício pessoal que lhe possa advir do poder público, mais sensível ele se torna a mentiras e mistificações. Nas nossas disputas políticas, a verdade é mais inoportuna do que a mentira. Em Irmãos Karamazov, Dostoievski ensina: "O homem que mente para si mesmo e escuta as próprias mentiras chega a um ponto em que não pode distinguir a verdade e a mentira dentro de si ou ao redor de si, e assim perde todo o respeito por si mesmo e pelos outros". Após seu depoimento nas instalações da PF em Congonhas, durante a entrevista que virou discurso, o ex-presidente era imagem viva e falante do desastre exposto por Dostoievski. Lula apelou para todo o seu repertório de artimanhas. Quero destacar a que é mais repetida, ao longo dessa infinita série de escândalos. Segundo o governo, a promissora condução petista dos negócios nacionais seria antagonizada por uma elite que não tolera a prosperidade dos mais pobres. Lula, Dilma, o governo e seus partidos prestariam enorme serviço à saúde pública se apontassem quais brasileiros desejam que os pobres continuem pobres e morram na miséria. Essas pessoas, certamente pouquíssimas caso existam, deveriam ser identificadas e tratadas porque portadoras de um desejo anormal, desumano e masoquista. Ninguém mentalmente sadio quer viver sitiado pela miséria e suas vexatórias consequências que o governo sequer minimamente conseguiu abrandar. A esse respeito, o senso comum grita contra a algaravia de Lula: nada é tão honestamente benéfico ao bem de cada um do que o bem de todos! Nada é mais conveniente à prosperidade de cada um do que a prosperidade de todos! São dois axiomas que dispensam provas. Eis por que o desastre ético e técnico da gestão petista nos leva a sonhar com educação promovendo o desenvolvimento das potencialidades da juventude, população ativa ganhando a vida e gerando riqueza, produção, consumo, empregos, PIB crescendo, inflação caindo e as pessoas podendo cuidar bem de si mesmas. Quem não quiser isso é doido. E quem acusa 90% da população ser contra isso é o quê, Dostoievski?

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    De Dostoievski para Lula

    Escrito por Percival Puggina | 08 Maro 2016


    Artigos - Governo do PT
    fmdLula, Dilma, o governo e seus partidos prestariam enorme servio sade pblica se a
    pontassem quais brasileiros desejam que os pobres continuem pobres e morram na m
    isria.
    A tarefa de fazer com que muitos creiam no apenas misso religiosa. , tambm, essncia d
    a poltica como arte de conquistar apoios para alcanar e manter o poder. H sistemas
    polticos nos quais as pessoas creem em partidos e suas ideias, vises de mundo, per
    spectivas histricas, valores e em como isso se projeta nos anos por vir. E h siste
    mas, como o nosso presidencialismo, em que a crena dos eleitores recai sobre as p
    essoas dos candidatos. fcil compreender que isso nos faz mais vulnerveis mentira c
    omo forma de angariar apoios. Quanto mais ingnuo o eleitor, quanto mais carente d
    o benefcio pessoal que lhe possa advir do poder pblico, mais sensvel ele se torna a
    mentiras e mistificaes. Nas nossas disputas polticas, a verdade mais inoportuna do
    que a mentira.
    Em Irmos Karamazov, Dostoievski ensina: "O homem que mente para si mesmo e escuta
    as prprias mentiras chega a um ponto em que no pode distinguir a verdade e a ment
    ira dentro de si ou ao redor de si, e assim perde todo o respeito por si mesmo e
    pelos outros".
    Aps seu depoimento nas instalaes da PF em Congonhas, durante a entrevista que virou
    discurso, o ex-presidente era imagem viva e falante do desastre exposto por Dos
    toievski. Lula apelou para todo o seu repertrio de artimanhas. Quero destacar a q
    ue mais repetida, ao longo dessa infinita srie de escndalos. Segundo o governo, a
    promissora conduo petista dos negcios nacionais seria antagonizada por uma elite qu
    e no tolera a prosperidade dos mais pobres.
    Lula, Dilma, o governo e seus partidos prestariam enorme servio sade pblica se apon
    tassem quais brasileiros desejam que os pobres continuem pobres e morram na misri
    a. Essas pessoas, certamente pouqussimas caso existam, deveriam ser identificadas
    e tratadas porque portadoras de um desejo anormal, desumano e masoquista. Ningum
    mentalmente sadio quer viver sitiado pela misria e suas vexatrias consequncias que
    o governo sequer minimamente conseguiu abrandar.
    A esse respeito, o senso comum grita contra a algaravia de Lula: nada to honestam
    ente benfico ao bem de cada um do que o bem de todos! Nada mais conveniente prosp
    eridade de cada um do que a prosperidade de todos! So dois axiomas que dispensam
    provas. Eis por que o desastre tico e tcnico da gesto petista nos leva a sonhar com
    educao promovendo o desenvolvimento das potencialidades da juventude, populao ativa
    ganhando a vida e gerando riqueza, produo, consumo, empregos, PIB crescendo, infl
    ao caindo e as pessoas podendo cuidar bem de si mesmas. Quem no quiser isso doido.
    E quem acusa 90% da populao ser contra isso o qu, Dostoievski?

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