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Azevedo Neves
PROJECTO EDUCATIVO
O Projecto Educativo
I - Preâmbulo 3
V - Objectivos e Estratégias 22
VI - Disposições Finais 29
1. Âmbito 29
2. Regulamentação e Concretização 29
3. Avaliação do Projecto 29
4. Promulgação 29
VII- Anexos/Plantas 30
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Agrupamento de Escolas Dr. Azevedo Neves – Projecto Educativo
Projecto Educativo
I
Preâmbulo
A Escola é, hoje em dia, uma organização complexa, onde interagem e se inter-relacionam os seus
vários actores, internos e externos. A progressiva descentralização do sistema educativo e a
autonomia crescente que lhe tem sido atribuída transformaram a Escola portuguesa, de simples
elemento terminal do ensino, no centro nevrálgico deste sistema. Recentemente, a Escola alargou o
seu âmbito com a formação da nova unidade organizacional, o Agrupamento entidade, em que um
conjunto local de estabelecimentos se encontra para construir um projecto pedagógico comum.
O PE (Projecto Educativo) constituirá, portanto, o documento de referência quer para a elaboração dos
outros documentos de programação pedagógica e organizacional (Plano Anual de Actividades,
Regulamento Interno, Projecto Curricular de Agrupamento, Projectos Curriculares das Turmas e outros
documentos de carácter pedagógico), quer para promover e assegurar o inter-relacionamento entre os
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vários corpos dentro da comunidade e entre estes e a comunidade local. Deverá igualmente implicar
toda a comunidade educativa, em especial os alunos, ao fim e ao cabo os principais actores e
destinatários de todo o processo educativo, na interligação entre a comunidade Escola e o meio no
qual ela actua, nas suas componentes social, cultural, económica, ambiental, entre outras,
considerando-se a qualificação humana um importante factor impulsionador do sucesso.
O PE será, assim, um documento ímpar que permitirá à comunidade escolar estabelecer e gerir a sua
autonomia, conferindo-lhe uma identidade própria, geradora de experiências ricas e recíprocas com o
meio, facilitadora de aprendizagens formais e não formais e da integração plena dos jovens na
sociedade, promovendo a formação de cidadãos cultos, livres, solidários, responsáveis, dotados de
espírito crítico, atentos e intervenientes no mundo natural e social que os rodeia.
O Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas Dr. Azevedo Neves desenvolve-se em torno do seu
tema organizador – VIVER O PRESENTE, CONSTRUIR O FUTURO – uma Escola do Século XXI. Propõe-
se com ele olhar os actuais desenvolvimentos dos contextos sociais europeus e nacionais e, muito
particularmente, aquele em que o Agrupamento se insere, de uma forma nova que obrigue a repensar
o lugar da Escola e a sua tarefa educativa fundamental.
A diversidade cultural não pode ser hoje considerada uma mera curiosidade, pois ela é um facto
presente na nossa sociedade e nas nossas escolas.
Olhar este dado como um facto e não como um problema é a tarefa de uma escola que se pretende
transformativa, em que sejam criadas novas estratégias inclusivas e indutoras de uma verdadeira
educação para a cidadania e para a participação democrática. Olhar o outro na perspectiva do outro,
evitar a formação de preconceitos e estar aberto à diversidade são as formas propostas para construir
o futuro que se perspectiva intercultural.
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Continuamos a acreditar que é nossa missão a construção de uma escola alicerçada nos valores da
cidadania e uma escola movida por uma dinâmica pedagógica de qualidade, assente na articulação
entre o saber, o saber ser, o saber fazer e o saber viver, que a diferencie e imponha na comunidade a
que pertence, como formadora de jovens e adultos.
É sabido que a freguesia da Damaia emerge como uma das mais deprimidas do país, com os índices
mais elevados de abandono escolar e saídas precoces, com grande incidência de insucesso escolar,
com fortes indícios de delinquência juvenil, problemas disciplinares, com uma sociedade ainda pouco
sensibilizada para o relevo da escola como factor de desenvolvimento equilibrado, com um tecido
social pouco qualificado. Neste contexto, assume prioridade a aposta no combate ao insucesso e
abandono escolares, ao absentismo de docentes, discentes e pessoal auxiliar, no desenvolvimento de
uma cultura de responsabilidade, colectiva e individual, de trabalho, de exigência e de rigor e na
diversificação da oferta formativa de forma a manter-se a identidade de uma escola democrática, de
oportunidades, de inclusão, de harmonia social. Este é o grande desafio que nos espera nos próximos
anos. Esta é a vontade que este documento consagra. Esta é a determinação que os órgãos legalmente
instituídos professam. Assim, mais do que uma reformulação, este Projecto Educativo pretende ser
uma verdadeira refundação de orientação, não tanto por se reconsiderar o percurso até aqui seguido,
mas por se perceber que os caminhos agora a trilhar devem considerar, fundamentalmente, as
pessoas, numa perspectiva de valorização do trabalho e da responsabilidade.
Recebemos, de outras escolas, alunos excluídos do sistema, alunos oriundos dos PALOPs, em qualquer
momento do seu percurso escolar e em qualquer ponto do ano lectivo, e, ainda, alunos que não
encontram vaga noutros estabelecimentos de ensino.
A Escola Dr. Azevedo Neves é uma escola multicultural vocacionada para a integração social e
profissional dos jovens. Apostamos na valorização do trabalho como meio para atingir o sucesso
pessoal e profissional. É uma escola empenhada na inclusão e na tolerância, ao atenuar as assimetrias
de desenvolvimento entre os seus pares. É uma escola de formação, ao desvendar projectos de vida,
ao reforçar relações de parceria com entidades e instituições de modo a favorecer a integração na
vida activa, ao assegurar a igualdade de oportunidades para todos, sem deixar de estimular e
desenvolver as potencialidades individuais.
Viver o Presente, Construir o Futuro - uma Escola do Século XXI foi o lema assumido pela escola para
este Projecto, tendo sido posta a tónica na necessidade de desenvolver atitudes, comportamentos e
valores que permitam instaurar relações interpessoais pautadas pelo respeito e pela tolerância, criar
condições favoráveis ao processo de ensino-aprendizagem e dignificar a instituição escolar,
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II
Situação e Localização Geográfica do Agrupamento de Escolas Dr. Azevedo Neves
Encontrando-se a escola sede, ou seja, a Escola EB 2,3/Secundária Dr. Azevedo Neves, no Alto da
Damaia, a EB1/JI Condes da Lousã não dista mais de cerca de duzentos metros desta, proporcionando
à respectiva população escolar uma grande proximidade física e uma continuidade escolar natural.
A EB1/JI José Ruy, já na Reboleira Sul, encontra-se a cerca de quatrocentos metros da escola sede,
distância que, na sequência da construção recente de várias urbanizações, pode ser percorrida sem
dificuldades pela comunidade escolar.
A localização geográfica do Agrupamento implica que este acabe por englobar uma comunidade
escolar muito diversificada, a todos os níveis, nomeadamente cultural e étnico, social e económico,
bem como no que respeita às infra-estruturas disponíveis em cada freguesia.
A Escola Secundária Dr. Azevedo Neves situa-se na freguesia da Damaia, concelho da Amadora (ver
anexo 1).
Pode constatar-se, pelo mapa, que o concelho é constituído por 11 freguesias (Alfragide, Brandoa,
Buraca, Damaia, Falagueira, Mina, Reboleira, Venda Nova, Venteira, Alfornelos e S. Brás) que ocupam
uma área de cerca de 30 Km2, com uma população de 175872 habitantes, segundo o censo de 2001, e
que hoje se estima em cerca de 180 mil, segundo dados do INE de 2008. Estes números dão-nos conta
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de uma estagnação que decorre também do envelhecimento geral da população do país. Ainda assim,
todas as freguesias apresentam índices de urbanização muito elevados.
A organização do espaço do concelho é presentemente condicionada pelos grandes eixos viários (IC19,
CREL, CRIL), pensados em função da cidade de Lisboa. Cada vez mais este se torna um ponto de
passagem das populações (próprias e dos concelhos limítrofes) de e para Lisboa, gerando fortíssimas
pressões sobre os eixos viários que não foram concebidos para um tal tráfego pendular.
Em termos humanos o concelho é caracterizado por uma população de 1ª e 2ª geração, isto é, famílias
não nascidas no concelho mas que vieram instalar-se definitivamente nele.
As suas origens variam em função do período de chegada. Até ao 25 de Abril de 1974 provinham
essencialmente de outras regiões do país, em especial dos concelhos próximos e do Alentejo. Depois
de 1974, os movimentos de chegada passam a ser preponderantemente originários dos PALOPs,
especialmente de Cabo Verde, sendo hoje vulgar dizer-se que a Amadora é a maior cidade cabo-
verdiana do mundo. Se bem que os dados disponíveis não sejam totalmente fiáveis, pois existem
muitos elementos desta comunidade em situação ilegal e, portanto, não contabilizados, eles apontam
para que entre 15 a 20 mil habitantes do concelho sejam dessa proveniência.
Trata-se de uma população ainda jovem, pois as comunidades recém-chegadas tendem a apresentar
taxas de natalidade muito elevadas, se bem que a diminuir, não trazendo consigo os respectivos
idosos. Começam a notar-se alguns sinais de envelhecimento que se podem atribuir à fracção dos
chegados ao concelho nos anos 50 a 70 e, por outro lado, a uma diminuição da elevada taxa de
natalidade das populações mais recentes. Por tudo isto, ao nível da organização familiar, é notória
uma tendência para a diminuição do número de membros do agregado familiar e da sua ligação
interna.
Esta população apresenta também uma taxa de actividade muito elevada (46%) e, ao contrário do que
seria de esperar, apresenta-se muito equilibrada na razão homens/mulheres, o que indica a vinda de
emigrantes em agregados familiares e não individualmente. Reparte-se entre o sector secundário (1/3)
e o terciário (2/3), sendo o primário praticamente inexistente. Isto deve-se à própria origem do
concelho que começou por, nos anos 60 e 70, ser um pólo de atracção industrial, facto que ainda é
visível nas freguesias da Venda Nova, Buraca e Brandoa. O concelho torna-se então uma zona de
habitação barata e, portanto, muito atractiva para uma urbanização rápida e para os trabalhadores
recém-entrados no sector terciário. Como reflexo de tudo isto, verifica-se que cerca de 90% são
trabalhadores por conta de outrem e que a parte de origem africana trabalha essencialmente nos
sectores da construção civil (os homens) e nos serviços domésticos (as mulheres).
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As habilitações literárias da população são, em geral, baixas, com a taxa de analfabetismo a situar-se
pelos 10%, possuindo a maioria (60%) apenas o 6º ano e sendo mais uma vez os originários dos países
africanos os que apresentam habilitações mais diminutas.
Quanto aos equipamentos educativos enquadrados na rede escolar concelhia da freguesia da Damaia,
destacamos o Agrupamento EB1 2º/3º ciclo Pedro D’Orey da Cunha e a Escola Secundária com 3º ciclo
D. João V.
Este concelho debate-se, no entanto, com um grave problema no que concerne às condições de
habitabilidade, pois uma fracção muito importante da população (25%) habita em bairros clandestinos
e/ou degradados. Nestes bairros as condições de vida são muito problemáticas ao nível do
saneamento básico, da dimensão da habitação e de equipamento e serviços sociais deficientes ou
mesmo inexistentes sendo, por isso, um terreno propício ao aumento da criminalidade, do consumo e
tráfico de droga, alcoolismo e violência que cada vez envolve mais a população jovem.
A freguesia da Damaia já foi conhecida por A-da-Maia e por Da-Maia, mas não se sabe ao certo a
origem da denominação, sendo provável que provenha da alguma casa de negócio ou propriedade que
existisse na zona. Trata-se, porém, de uma povoação com alguma história, pois já é referenciada em
textos de meados do século XIX. Existem alguns vestígios (até em terrenos da própria escola) de
ocupação que remonta ao Paleolítico e Neolítico, passando pela época romana até aos nossos dias.
O seu crescimento foi bastante lento, pois em 1911 tinha 179 habitantes e mesmo em 1940 só havia
646. Só a partir dos anos 50 se dá a sua explosão demográfica apresentando nesta altura uma
população de cerca de 25 mil habitantes e com uma ocupação de solo quase exclusivamente urbana.
A Escola EB1/JI Condes da Lousã situa-se na continuação da Estrada Militar, no Alto da Damaia,
confinando com as zonas urbanizadas da Reboleira e da Damaia e com um bairro de habitações
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degradadas, onde existem muitas famílias carenciadas e, na sua maioria, com dificuldade de
integração social.
A Escola EB 1/JI José Ruy situa-se na Av. Manuel Alpedrinha, na freguesia da Reboleira. Esta freguesia
data da década de 60. Nessa época planeara-se uma “cidade jardim” para uma população de cerca de
8500 habitantes. Porém, as constantes alterações do plano levou à construção de um parque
habitacional de 7500 fogos que vieram a albergar cerca de 17675 habitantes, tendo como
consequência um enorme aumento populacional. A economia dominante da freguesia gira em torno
do sector terciário.
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III
História e Características do Agrupamento de Escolas Dr. Azevedo Neves
Em 6 de Junho de 2006, é homologado este novo Agrupamento, assumindo-se a Escola Secundária Dr.
Azevedo Neves como sede de englobamento das EB1/JI Condes da Lousã e EB1/JI José Ruy, seguindo
uma lógica de integração de recursos e potenciais, procurando reforçar a capacidade pedagógica dos
diversos parceiros.
O agrupamento engloba, neste momento, o ensino pré-primário, 1º Ciclo, 2ºCiclo, 3ºCiclo, Secundário
e, desde Junho de 2008, um Centro de Novas Oportunidades (CNO) vocacionado para motivar a
população adulta local a aumentar a sua qualificação a nível académico e profissional.
Em 1983 é construída a Escola Secundária Dr. Azevedo Neves para suprir as necessidades da
população da freguesia da Damaia e de outras freguesias do concelho da Amadora (nomeadamente
Reboleira, Brandoa, Alfragide, Buraca e Venda Nova).
Adquiriu o seu nome em 1988, em homenagem ao Professor Dr. João Alberto de Azevedo Neves,
nascido em Angra do Heroísmo, médico licenciado em 1900 com uma tese sobre o estudo do ovário.
Uma carreira notável levou-o a ocupar os cargos de professor de Medicina Legal na Faculdade de
Medicina da Universidade de Lisboa, de Reitor da Universidade Técnica de Lisboa, de membro do
Conselho Médico-Legal, de vogal do Conselho Superior de Instrução Pública e de Director da
Associação Internacional de Estudo do Cancro, entre muitos outros, publicando também numerosos
trabalhos de investigação médica. Pessoa multifacetada, colabora com alguns jornais e tem
intervenção política activa chegando a ocupar os cargos de vereador da Câmara Municipal de Lisboa,
de Secretário de Estado e de Ministro do Comércio e dos Negócios Estrangeiros.
A escola encontra-se situada na periferia da freguesia, numa das zonas recém urbanizadas e com um
aumento substancial de moradores. Não existem transportes públicos provenientes da freguesia da
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Reboleira, de onde é originária uma parte significativa dos alunos, tendo estes de deslocar-se a pé. É
constituída por 4 pavilhões e um polidesportivo descoberto, distribuídos por uma área trapezoidal de
aproximadamente um hectare, em declive virado a nascente.
O Pavilhão B é constituído por 3 pisos, com átrio central coberto, em torno do qual se desenvolvem
corredores em varandas que dão acesso às suas 25 salas, entre as quais, a Sala de Estudo dos Alunos, a
Sala de Audiovisuais, o Estúdio de Vídeo, a cozinha utilizada pelas turmas dos cursos de Restauração, a
sala do GAP e os Laboratórios de Biologia.
O Pavilhão C, assemelha-se ao B mas tem apenas 2 pisos e dispõe de 13 salas. É aqui que, devido à sua
posição central na escola, se situam a Sala de Professores, a Sala de Directores de Turma e de
Recepção aos Encarregados de Educação, a Reprografia e o Gabinete de Saúde Escolar. Também aqui
se situam as salas especializadas de Informática, de Educação Visual e de Educação Tecnológica, o
Gabinete dos Serviços de Psicologia e Orientação e o Anfiteatro.
Finalmente temos o Polidesportivo descoberto, entretanto melhorado com um court de ténis com
relva sintética e, separado deste, um campo de voleibol, todos complementados pelos respectivos
balneários num pequeno pavilhão autónomo.
A Escola dispõe ainda de espaços não utilizados de dimensão significativa que possibilitam encarar a
hipótese de construção de um pavilhão gimnodesportivo. Está separada do exterior por um
gradeamento intransponível e a entrada nas suas instalações faz-se através de uma portaria vigiada
em permanência.
Esta é a descrição da escola sede antes das obras de requalificação. Neste momento atravessa um
período de transição e só no final deste empreendimento se poderá fazer uma caracterização rigorosa
do espaço Azevedo Neves.
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A Escola serve uma população estudantil de cerca de 800 alunos, distribuídos por 41 turmas, do 5º ao
12º ano de escolaridade. Esta população é essencialmente (cerca de 60%) originária da freguesia da
Damaia, provindo os restantes das freguesias limítrofes. A percentagem de alunos que habitam fora do
concelho é irrelevante. Face ao número de alunos, a Escola pode agora trabalhar em turno único, das
8h 20m às 16 h.
A população da zona de influência da Escola tem vindo a sofrer um forte aumento da comunidade de
origem africana, verificando-se, em consequência, uma percentagem de cerca de 80% de alunos
oriundos desta comunidade na população escolar actual. Por outro lado, uma parte muito significativa
dos alunos vive nos bairros degradados da zona das quais podemos destacar Cova da Moura, 6 de
Maio, Estrela de África e Estrada Militar que apresentam características de pré-guetos, com todos os
problemas inerentes a esta situação: desinteresse pela Escola, quer dos alunos quer dos encarregados
de educação, violência efectiva ou latente (não transportada para o interior da escola), problemas
sociais de todo o tipo, consumo e tráfico de droga, entre outros. Alguns deles apresentam mesmo
carências aos níveis alimentar e de higiene e outros sinais de negligência por parte dos seus
encarregados de educação. Os casos de gravidez precoce estão a aumentar.
ENSINO
ENSINO BÁSICO ENSINO PROFISIONAL QUALIFICANTE Totais
SECUNDÁRIO
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2.º 3.º C.
C.E.F. E.F.A.
CICLO CICLO PROFISSIONAIS
nº
229 245 107 27 128 74 810
alunos
nº
12 13 6 2 10 5 48
turmas
nº Alunos
anos nº alunos Ensino
turmas Escola
5.º ano 6 115
229 2.º CICLO
6.º ano 6 114
7.º ano 5 101
8.º ano 5 89 245 3.º CICLO
9.º ano 3 55
10.º
2 30
ano
11.º
2 49 108 SECUNDÁRIO
ano
12.º
2 29
ano
Totais 31 582 582
nº
anos nº alunos Designação do Curso Tipo/Nível
turmas
9.ºano 1 14
CEF – Empregado de Mesa 3 / 2
9.ºano 1 17
Totais 2 31
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Em Junho de 2008, o Centro de Novas Oportunidades do Agrupamento de Escolas Dr. Azevedo Neves
iniciou funções, tendo-se formado uma equipa inicial a qual se foi desenvolvendo e integrando
gradualmente outros membros.
Actualmente, para além da directora do centro, a equipa conta com um coordenador, um técnico de
diagnóstico e encaminhamento e três profissionais de RVCC (de reconhecimento e, validação e
certificação de competências), para além de sete formadores/professores a meio tempo.
Criado com o objectivo fundamental de motivar a população adulta a aumentar a sua qualificação
académica e profissional, proporcionando novas oportunidades de aprendizagem com métodos mais
atractivos e inovadores, o CNO deste Agrupamento de Escolas, identificadas, terá como objectivo a
qualificação escolar de nível secundário, para dar resposta às necessidades locais, apesar de trabalhar
também candidatos à qualificação escolar de nível básico.
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A área de intervenção do CNO é, preferencialmente, a área abrangida pela carta escolar em que se
integram as escolas do agrupamento, apesar de se ter alargado esta também à área da Grande Lisboa
(sobretudo à zona ocidental).
Com diagnóstico e
encaminhamento 316 856 37%
Funcionam, também, 8 UFCDs (Unidades de Formação de Curta Duração – 50h cada) 4 UFCDs de TIC,
nível básico, 2 UFCDs de Inglês, nível básico e 2 UFCDs de Inglês, nível secundário.
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A EB1/JI Condes da Lousã é um edifício de tipo P3, com tipologia de escola de área aberta, cujas salas
foram fechadas há alguns anos. Em Janeiro de 2002 sofreu uma requalificação.
Num edifício próprio anexo à escola funciona o Jardim de Infância que sofreu, igualmente, obras de
requalificação. O exterior, também recuperado, possui canteiros, espaço para horta pedagógica e
pátio de recreio. Os equipamentos desportivos são praticamente inexistentes.
Na escola existem os seguintes recursos físicos: oito salas de aula com aquecimento e uma pequena
bancada com lavatório para as actividades das Áreas de Expressões, um centro de recursos
polivalente, onde funciona a sala de Informática e a biblioteca, um Gabinete de Saúde Escolar/Serviço
de Psicologia e Orientação/Terapia da Fala/Reabilitação e Educação Especial/Terapia Ocupacional, um
refeitório, uma cozinha em pleno funcionamento com self-service; um Polivalente, uma reprografia,
uma sala de professores, um gabinete de coordenação e dois ateliers destinados à equipa de Apoio
Socioeducativo/Ludoteca e ao Ensino Especial.
A população escolar é constituída por 185 alunos, dos quais 140 pertencem ao 1º ciclo e 45 (25+20) ao
Pré-Escolar.
As idades dos alunos do 1º ciclo estão compreendidas entre os 6 e os 14 anos, muitos deles com
dificuldades socio-linguísticas graves, o que dificulta a sua integração e evolução pedagógica. A idade
dos alunos que frequentam o Jardim de Infância situa-se entre os 3 e os 5 anos.
Os alunos são, na maioria, provenientes da área de influência abrangida pela Escola, em especial do
Bairro do Alto da Damaia (Estrada Militar).
O número reduzido dos alunos que compõe as turmas do 1º ciclo, cerca de dezoito por turma, ao
abrigo do Projecto TEIP, deve-se ao facto de cada uma integrar um ou dois alunos com necessidades
educativas especiais.
O corpo docente da Escola é constituído por 8 professores titulares de turma, 1 professora de apoio
socioeducativo, 1 professora de ensino especial, 1 professora de Língua Portuguesa e uma professora
de Matemática - ambas colocadas ao abrigo do projecto TEIP - e 2 educadoras no Jardim de Infância. A
docente de Matemática divide-se equitativamente pelas duas escolas de 1º ciclo (José Ruy e Condes da
Lousã).
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Fazem também parte deste corpo 1 terapeuta da fala e 1 técnica superior de Reabilitação e Educação
Especial que apoiam os nossos alunos através de subsídios da Segurança Social e que apoiam também
os alunos da EB1/JI José Ruy.
Quanto ao pessoal não docente, a escola tem 1 psicóloga dos SPO a tempo parcial, 4 assistentes
operacionais no 1º ciclo. No pré-escolar, existem 2 assistentes operacionais.
As actividades curriculares do 1º ciclo decorrem em regime normal, ou seja, das 9h às 12h e das 13h às
15h, e as do Jardim de Infância das 9h às 12h e das 13h 30m às 15h. As Actividades de Enriquecimento
Curricular (AEC) funcionam no 1º ciclo das 15h 30m às 17h 30m.
Para assegurar o funcionamento das AEC, a Escola conta com 3 professores de Actividade Física e
Desportiva, 2 monitores de Expressões, 3 professores de Inglês, 1 professor de Música e 1 professor de
Educação pela Arte.
A EB1/JI José Ruy é composta por dois edifícios distintos, um dos quais alberga o Jardim de Infância e o
outro o 1º ciclo.
A população escolar é de 330 alunos, dos quais 260 pertencem ao 1º ciclo e 70 ao pré-escolar.
O corpo docente da Escola é constituído por 3 educadoras no Jardim de Infância, 12 professores com
turma, 1 professor no apoio sócio-educativo e 1 professor no apoio de ensino especial, 1 professora de
Português e 1 de Matemática, ambas colocadas ao abrigo do Projecto TEIP. A docente de Matemática
divide-se equitativamente pelas duas escolas de 1º ciclo (José Ruy e Condes da Lousã).
Quanto ao pessoal não docente, a Escola conta ainda com 1 psicóloga a tempo parcial, 1 terapeuta da
fala, 5 assistentes operacionais no 1º ciclo e 3 no Jardim de Infância.
Na Escola existem doze salas de aula, um Centro de Recursos, que inclui a biblioteca e material de
informática, um pavilhão gimnodesportivo e um refeitório. No mesmo espaço físico, em anexo,
encontram-se em funcionamento 3 salas de Jardim de Infância.
Esta escola insere-se num contexto social de grande variedade étnica e cultural. Assim, a escola integra
uma população muito heterogénea de lusos, alunos oriundos dos PALOP (cabo-verdianos, guineenses,
angolanos e são-tomenses), brasileiros, alguns paquistaneses e alunos oriundos de países do Leste
Europeu.
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As turmas do 1º ciclo trabalham em regime normal, ou seja, das 9h às 12h e das 13h às 15h. Os seus
260 alunos estão distribuídos por 12 turmas.
No Ensino Pré-Escolar as 68 crianças estão distribuídas por 3 turmas, constituídas por 25, 24 e 21
respectivamente, com um horário em regime normal das 9h às 12h e das 13h 30m às 15h.
Para assegurar o funcionamento das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), a Escola conta
com monitores e professores colocados pela Câmara Municipal da Amadora que desenvolvem
actividades de Inglês, Música, Actividade Física e Desportiva, Educação pela Arte e ATL. O Apoio ao
Estudo está a cargo dos professores titulares das turmas. As AEC funcionam das 15h 30m às 17h 30 m.
Nas instalações da EB1/JI José Ruy, funciona a componente de apoio à família, dinamizada pela Junta
de Freguesia da Reboleira. Mediante pagamento, a Componente de Apoio à Família (CAF) assegura o
acompanhamento das crianças das 8h às 9h e das 15h às 19h, para crianças do JI, ou das 17h às 19h,
para crianças do 1º ciclo.
Este ano foi aberta uma sala de Ensino Estruturado contando com 2 docentes do Ensino Especial 2
assistentes operacionais. Os 6 alunos que frequentam esta unidade são integrados nas turmas de
Ensino Regular, embora parcialmente, não a tempo inteiro.
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IV
Identificação de Potencialidades e Problemas
As escolas do nosso agrupamento vêm desenvolvendo o que consideramos trabalho sério e digno, no
sentido de dar uma resposta positiva às necessidades colocadas pelos alunos e pela sociedade actual,
em permanente mutação. Na sua continuidade, com base nas inúmeras actividades já desenvolvidas
pelos vários intervenientes no processo educativo, bem como na auscultação do sentir da
comunidade, procedeu-se, por isso, ao seguinte levantamento de pontos negativos e pontos positivos,
a potenciar:
1. Pontos fracos
Insucesso escolar
Absentismo (excesso de faltas por circunstâncias especiais)
Abandono escolar
Dificuldades de relacionamento interpessoal e social
Desinteresse pelas actividades escolares manifestado pela comunidade escolar e familiar
Deficiências na ligação Escola/Meio, nos aspectos social, cultural e económico
Desenraizamento e seu reflexo na população escolar
Grande número de famílias desestruturadas - muitas famílias monoparentais/ muitas
famílias disfuncionais
Pais pouco intervenientes
População escolar com elevados índices de pobreza e exclusão
Falta de infra-estruturas pedagógicas, culturais e desportivas
Material informático ultrapassado e desadequado, em alguns sectores
Obras de requalificação dos espaços nos anos lectivos de 2009/10 e 2010/11, geradoras
de maior conflitualidade e limitação ao nível das aulas práticas e do espaço envolvente
Falta de segurança nos bairros problemáticos
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2. Pontos fortes
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V
Objectivos e Estratégias
Objectivo I - Aumentar a integração dos alunos na escola secundária
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Aumentar o número de
Incentivo e apoio de actividades promovidas pelos encarregados de
visitas dos Encarregados
educação
de Educação à Escola
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Agrupamento de Escolas Dr. Azevedo Neves – Projecto Educativo
Diminuir os casos de
Apoio a iniciativas dinamizadas por turmas, grupos de alunos
indisciplina, vandalismo
e violência Promoção da eleição dos representantes dos alunos do ensino
secundário para os órgãos escolares: Conselho Geral, Conselho
Pedagógico
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VI
Disposição Finais
1. Âmbito
2. Regulamentação e Concretização
O Regulamento Interno contém as normas de funcionamento das Escolas e de utilização dos seus
equipamentos, de forma a respeitar e fazer respeitar os direitos e deveres de todos os elementos
da Comunidade Educativa. Será objecto de uma revisão ordinária no início de cada ano escolar e,
extraordinariamente, sempre que tal se revele necessário.
3. Avaliação do Projecto
O presente projecto será objecto de avaliação anual, de acordo com os objectivos operacionais
definidos e dessa avaliação deverá resultar uma proposta de revisão, em função do grau de
persecução dos referidos objectivos.
4. Promulgação
Após aprovação, o projecto é promulgado pelo órgão de Gestão do Agrupamento que é responsável
pela sua divulgação e concretização.
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VII
Anexos/Plantas
Anexo 2 - planta da escola – este anexo só fará sentido depois de terminadas as obras de
requalificação
Avaliação do PEA
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ANEXO 1
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ANEXO 2
Planta da escola
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