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* Psicloga, membro do Grupo de Pesquisa O Potencial Pedaggico da Teoria Crtica, PPGE, da UFSCar
(coordenado pelos Profs Drs Bruno Pucci, Newton Ramos-de-Oliveira, Antonio A.S. Zuin e Renato
Franco) e do Gepice (Grupo de Estudos e Pesquisa: Indstria Cultural e Educao) da Unesp/FCL/Ar,
coordenado pela Prof Dr Leda Aparecida Pedroso. E-mail: eliziaram@hotmail.com
** Pedagoga, mestranda no PPGE da UFSCar, rea de fundamentos da educao; integrante dos grupos
de pesquisa: O Potencial Pedaggico da Teoria Crtica, UFSCar; e do Gepice da Unesp/FCL/Ar. Email: jalumatim@hotmail.com
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O problema que nos acomodamos em receber ordens sem questionlas ou saber o porqu. No fazemos uso da Filosofia da Educao,ARTIGOS
que aprendemos em nossos cursos de formao, se que aprendemos, pois ela nos
indica que devemos dialogar com aquilo que lemos e fazemos, levando-nos
a refletir e analisar o nosso comportamento.
Em seu texto Educao e emancipao, Adorno (1995) advertenos quanto necessidade de mantermos uma postura crtica permanente e
vai alm, tentando despertar os educadores para os efeitos negativos de um
processo educacional que visa apenas passar informaes aos alunos sem
lhes permitir um conhecimento histrico e poltico em que esta educao
est se concretizando. Para ele quanto mais a educao procura se fechar
ao seu condicionamento social, tanto mais ela se converte em mera presa
da situao social existente (p. 11).
Alis, Adorno (1994) aponta para esses efeitos como sendo alguns
dos fatores que contriburam para a barbrie na Segunda Guerra Mundial,
mostrando que a presena deles pode muito bem reforar e reascender aquele
horror.
necessrio, portanto, considerar a individualidade do ser humano,
com suas origens prprias, suas diferenas individuais e sua histria de
vida.
Enfatizando estes trs aspectos, Zuin (1999, p. 123), ao referir-se ao
conceito de adaptao desenvolvido por Adorno, afirma:
Quando Adorno diz que a educao seria imponente e ideolgica, caso
ignorasse o objetivo de adaptao, est fazendo uma aluso ao necessrio
processo de estranhamento do esprito, presentes na construo do conceito
de formao. No mesmo movimento est tambm ciente do perigo de absolutizao da subjetividade que nega a histria humana responsvel por
sua produo.
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