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PROFESSOR REFLEXIVO: Desafio

para a prática docente


Docente: Maristela Gallo Romanini

25/05/2009

ABORDAGENS:
• 1- A sociedade em que vivemos
Sociedade da informação, da comunicação e da aprendizagem

• 2- A Prática reflexiva
Características da prática e dos professores reflexivos
• Benefícios da prática reflexiva

• 3- Desafios para a Prática Docente


• Formação inicial e continuada
• Contexto

• 4- Possibilidades para a Prática Reflexiva: O Programa Ler e


Escrever
A COMPLEXIDADE da profissão
docente...
• ATUALIDADE X PASSADO

• HOJE:
1. Lidar não só com alguns saberes,
2. com a tecnologia e
3. a complexidade social
4. com o desígnio histórico da escola para todos
5. a dificuldade da própria sociedade em saber para
que ela quer a escola.
• Incerteza transforma o professor num profissional
que vive numa situação amargurada, complicada...l

A Sociedade em que vivemos...

Alunos, professores e escola face à


sociedade da informação,
conhecimento e aprendizagem
(ALARCÃO)
A Sociedade em que vivemos...
• Sociedade da informação: aberta e global e exige
competências de acesso, avaliação e gestão da
informação recebida.

• Escola: local onde novas competências de acesso


devem ser adquiridas, reconhecidas e
desenvolvidas;

• Igualdade de oportunidade e acesso à informação;

• Risco de desenvolver mais um fator de exclusão


social;

A sociedade em que vivemos...


• ERA da informação e da comunicação

• Avalanche de novas informações,


oportunidades, problemas e desafios.

• Mídia: influência

• Poder clarificador do pensamento.


• Pensamento pode organizar o conhecimento.
A sociedade em que
vivemos...

• Escola não detém o monopólio do saber;

• Professor não é o único transmissor do saber e deve


se situar nas novas instâncias, bem mais exigentes;

• Aluno não é mais o receptáculo a deixar-se rechear


de conteúdos.

A sociedade em que vivemos...


• Não só a educação está em crise.

• Intervenção eficaz, nos fatores que estão em sua


gênese, congregar esforços e intervir sistemática e
coerentemente;

• Uma outra escola:

• Escola como organização, sistema aberto, pensante


e flexível; Sistema aberto a si mesmo e aberto a
comunidade em que se insere;
Os alunos na sociedade da
aprendizagem
• Sociedade que aprende e se desenvolve:

• ALUNO é ser aprendente ( ao longo da vida);

• Descobrir o prazer de ser uma mente ativa e não meramente


repetitiva;

• Sala de aula: ESPAÇO onde se procura e onde se produz


conhecimento.

• Organização de aprendizagem assentadas no próprio aluno e


em sua capacidade de auto e hetero-aprendizagem.

Os professores na sociedade
da aprendizagem
• Criar, estruturar, dinamizar situações de aprendizagem e
estimular a aprendizagem e a auto-confiança nas capacidades
individuais para aprender;

• Professores são estruturadores e animadores das


aprendizagens e não apenas estruturadores do ensino;

• O professor é APENAS UMA fonte de informação entre outras.


• Professor: auto-formação e identificação profissional.
• Professor reflexivo numa
comunidade profissional
reflexiva.

Ação Docente
• A ação docente define-se como uma
ação em que se tem de agir na
urgência, decidir na incerteza e intervir
com competência. (Perrenoud, 2001).
A escola na sociedade da
aprendizagem
• Nova Organização da escola com tempos e lugares
diferenciados: interação.

• Escolas se repensarem.

• Só elas podem transformarem a si próprias. POR


DENTRO: professores, alunos e funcionários em
interação com a comunidade circundante.

• Escolas auto-críticas, aprendentes e reflexivas.

• Ação, Avaliação. Decisão.

• A escola reflexiva não é telecomandada do EXTERIOR.


É auto-gerida. Tem projeto próprio, construído
colaborativamente. Sabe por onde quer ir e avalia-se
continuamente. Considera pais, professores, alunos e
comunidade. Constrói conhecimento sobre si própria.

• Uma escola reflexiva é uma comunidade de


aprendizagem e é um local onde se produz
conhecimento sobre educação. Alerta a sociedade de
que as mudanças a operar são vitais para o Século XXI.

• É preciso organizar o pensamento para


compreender e poder AGIR (MORIN).
"Gaiolas e asas "
Rubem Alves
• Escolas que são gaiolas existem para que os
pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros
engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados,
o seu dono pode levá-las para onde quiser. Pássaros
engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser
pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
• Escolas que são asas não amam pássaros
engaiolados. O que elas amam são os pássaros em
vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para
voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer,
porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo
não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Formação de Professores
• Diferente de 30/40 anos atrás... Foco essencialmente
na formação inicial do professor para exercer sua
profissão.

• Hoje em dia, é impensável imaginar esta situação.


Isto é, a formação de professores é algo, se
estabelece num continuum.
Expectativa da sociedade aos
professores:

• Gerenciem o seu percurso profissional;

• Tematizem a própria prática;

• Além de exercer sua prática pedagógica em


sala de aula.

A experiência...
• Por si só não é formadora.

• “quando se afirma que o professor tem 10 anos de experiência, dá


para dizer que ele tem 10 anos de experiência ou que ele tem um ano
de experiência repetido 10 vezes”.

• Experiência leva à reflexão?


• Experiência, por si só, pode ser uma mera repetição, uma mera rotina,
não é ela que é formadora.

• Formadora é a reflexão sobre essa experiência, ou a pesquisa


sobre essa experiência.
• A experiência é muito importante, mas só se transforma em
conhecimento através desta análise sistemática das práticas.
• Uma análise que é individual, mas que é também coletiva, ou seja,
feita com os colegas, nas escolas e em situações de formação.
Professor pesquisador e
professor reflexivo
• Diferenças?

• Correspondem a correntes diferentes para dizer a mesma coisa.

• Eles fazem parte de um mesmo movimento de preocupação com um


professor que é um professor indagador, que é um professor que
assume a sua própria realidade escolar como um objeto de pesquisa,
como objeto de reflexão, como objeto de análise.

• A reflexão docente é uma prática nova para os


professores?

Incidentes/acontecimentos que
levam à Reflexão:
• Conflito;
• Desvio, disciplina;
• Agitação da turma;
• Dificuldades de aprendizagem;
• Apatia, falta de participação;
• Resistência dos alunos;
• Resultados de uma prova;
• Conversa com alunos, pais, colegas, terceiros;
• Entrevista com os pais;
• Boletins;
• Chegada de um novo aluno;
• Planejamento que não pode ser aplicado;
• Discussão em grupo.
Reflexão para SCHON...
1. Reflexão na acção ( no calor da ação)
• (pode ser sem palavras)
• Lugares, tempo e clima variam,
• O professor surpreende-se com o que o
aluno faz ou diz.
• Reflete sobre o que o aluno fez ou disse.
• Procura reformular o seu modo de ver o
problema.
• Coloca questões ao aluno para testar a
hipótese que formulou sobre a forma de
pensar do aluno, etc.

Reflexão para SCHON...


2. Reflexão sobre a ação
Campo de possibilidades ainda mais amplo:
• No lar,
• no chá,
• no ônibus,
• em conversa, etc.
• Repentinamente ou de forma metódica,
• em locais apropriados
• ou em qualquer contexto,
• sozinho ou acompanhado.
Reflexão para SCHON...

3. Reflexão sobre a reflexão na ação

Fundamental para o desenvolvimento do


conhecimento profissional do professor.

REFLEXÃO PARA ALARCÃO


(2005)

• A reflexão para ser eficaz, precisa ser sistemática


nas suas interrogações e estruturante dos saberes
dela resultantes. (Alarcão, p.46)

• Cada pessoa reflete de modo espontâneo sobre sua


prática, se esse questionamento não for metódico
nem regular, não vai conduzir necessariamente a
tomadas de consciência nem mudanças.
Práticas Reflexivas
• Para Nóvoa (2001) Não são inerentes à profissão
docente: não são naturais,
• Mas são inerentes: pois são essenciais para a
profissão.
• Necessário: criar um conjunto de condições,
• um conjunto de regras,
• um conjunto de lógicas de trabalho e,
• em particular, criar lógicas de trabalho coletivos
dentro das escolas,
• a partir das quais – através da reflexão, através da
troca de experiências, através da partilha – originar
atitude reflexiva da parte dos professores.

Pensar o professor reflexivo é


pensar a escola reflexiva...
• Professor não pode ser um ser isolado na escola,
mas tem de construir, com seus colegas, a
profissionalidade docente.

• A escola deve ser um organismo vivo, também ela


em desenvolvimento e aprendizagem, norteada por
uma finalidade (educar) que se concretiza num
grande plano de ação: o projeto educativo.

• Ou a escola é uma comunidade reflexiva, ou


então é um edifício sem alma.
O CONHECIMENTO...

• “O conhecimento tornou-se e tem de


ser um bem comum. A aprendizagem
ao longo da vida, um direito e uma
necessidade” (Alarcão,p.17).

• A noção de Competência:

Relatório dos anos 90 na Europa:

• NOÇÃO DE COMPETÊNCIA = não só


conhecimento (fatos, métodos, conceitos e
princípios), + capacidades(saber o que fazer
e como), + experiência (aprender com os
sucessos e erros), + contatos (sociais,
redes, influência), + valores( vontade de agir,
acreditar, empenhar-se, aceitar
responsabilidades e poder (físico e energia
mental).
• Formação holística e integrada. Vai além
busca a sabedoria.
Para ALARCÃO (2005)
• Não opor competência e conhecimento.

• Não associar competência ao utilitarismo.

• (PERRENOUD): competência é a capacidade de utilizar os


saberes para agir em situação, constituindo-se assim como
uma mais-valia relativa aos saberes. Ter competência é saber
mobilizar os saberes. Competência não existe sem
conhecimento, Competência estão com os conhecimentos.
“Utilizar os saberes para atuar”.

• A competência passou do mundo da educação para o da


empresa. Não o contrário.

Competências...
• É preciso, então, ancorar a prática reflexiva sobre uma base de competências
profissionais.
• Quais?
• Dez tipos de competências novas ligadas às transformações do ofício de
professor:
• 1. organizar e animar as situações de aprendizagem;
• 2. gerir o progresso das aprendizagens;
• 3. conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação;
• 4. envolver os alunos nas suas aprendizagens e no seu trabalho;
• 5. trabalhar em equipe;
• 6. participar da gestão da escola;
• 7. informar e envolver os pais;
• 8. servir-se de novas tecnologias;
• 9. enfrentar os deveres e dilemas éticos da profissão;
• 10. gerir sua própria formação contínua (Perrenoud, 1999 a).
Para Nóvoa:
• 2 competências:
• A primeira é uma competência de organização.
Isto é, o professor não é, hoje em dia, um mero transmissor de
conhecimento, mas também não é apenas uma pessoa que trabalha
no interior de uma sala de aula. O professor é um organizador de
aprendizagens, de aprendizagens via os novos meios informáticos, por
via dessas novas realidades virtuais. Organizador do ponto de vista da
organização da escola, do ponto de vista de uma organização mais
ampla, que é a organização da turma ou da sala de aula.

• As competências relacionadas com a compreensão do


conhecimento.
Não basta deter o conhecimento para o saber transmitir a alguém, é
preciso compreender o conhecimento, ser capaz de o reorganizar, ser
capaz de o reelaborar e de transpô-lo em situação didática em sala de
aula.

Características de Professores
Reflexivos (McKAY, 2003)
1. Tentam resolver os problemas de sala de aula.

2. Estão cientes das suposições e valores que trazem para o


ensino.

3. São sensíveis ao contexto institucional e cultural em que


ensinam (seguem a metodologia de ensino, as regras da escola,
etc).

4. Participam no desenvolvimento curricular e envolvem-se nos


projetos de mudança da escola.
5.
6. Assumem responsabilidade pelo próprio desenvolvimento
profissional.
Benefícios das Práticas Reflexivas
1. Ser um Professor Reflexivo liberta os
professores do comportamento rotineiro.

2. Ser um Professor Reflexivo capacita-o para


agir de maneira deliberada.

3. Ser um Professor Reflexivo melhora a


prática de ensino.

O que é ser-se educador reflexivo,


afinal?
• É agir, pensando

• É saber quem se é

• É compreender as razões do agir

• É ter consciência do lugar que ocupamos na


sociedade

• É ser responsável
Quadro de análise de estratégias de formação reflexiva
Dimensões de objectivos processos contextos
aná
análise
conhecer-
Estraté
Estratégias conhecer
se
questionamento observação individual em grupo

perguntas
√ √ √ √ √
pedagógicas
observação e
√ √ √ √ √ √
reflexão

análise de casos √ √ √

pesquisa - ação √ √ √ √

narrativas √ √ √ √ √

portfólios √ √ √ √

reflexões em grupo √ √ √ √

“Ninguém começa a ser educador numa


certa terça-feira às quatro horas da tarde.
Ninguém nasce educador ou marcado
para ser educador. A gente se faz
educador, a gente se forma, como
educador, permanentemente, na prática e
na reflexão sobre a prática”

(Paulo Freire, em A Educação na Cidade)


Desafios
1. Formação inicial

2. Formação continuada

3. Incerteza da sociedade

4. Distância entre o discurso e prática

5. Consciência da limitação humana e da necessidade de aprender


sempre

6. Desvalorização da profissão;

7. Despotencialização da autoridade intelectual, pedagógica e moral


do professor promovidas tanto dentro da instituição escolar quanto
por outras instituições (família e poder público) extra escolares;

Desafios
8. Alunos cada vez menos dóceis;

9. Programas que renovam-se cada vez mais rapidamente;

10. estruturas cada vez mais complexas (ciclos, módulos, percursos


diversificados);

11. Tecnologia tornam-se incontornáveis;

12. Reformas sucedem-se sem interrupção;

13. Pais tornam-se consumidores exigentes ou demais desinteressados;

14. Avaliação deve ser cada vez mais formativa e as pedagogias diferenciadas;

15. Trabalho em grupo;

16. Realização de projetos.


Desafios
Para Nóvoa – contradição:

• avanço do ponto de vista da análise teórica e da reflexão;

• mas relativamente pouco das práticas da formação de


professores;

• da criação e da consolidação de dispositivos novos e


consistentes de formação de professores.

• Necessário romper com a distância entre o o discurso teórico


e a prática concreta da formação de professores.

Desafios
• Formação continuada estabelecida num continuum;

• Começa nas escolas de formação inicial, que continua nos


primeiros anos de exercício profissional.

• Continuam ao longo de toda a vida profissional, através de


práticas de formação continuada,

• Tendo como pólo de referência as escolas.

• Mas a lógica da formação continuada deve ser centrada nas


escolas e deve estar centrada numa organização dos próprios
professores
Desafios:
Para Nóvoa:

• 2 questões:

1. a organização como comunidade


profissional e

2. a organização e sistematização de um
conhecimento profissional específico dos
professores.

Desafios...
• O reconhecimento da necessidade de se formar
profissionais de educação reflexivos deriva do
reconhecimento de que, hoje, o “professor
navega à deriva, ou se preferirmos avança
como um equilibrista, sem jamais estar certo
de ter encontrado um equilíbrio estável
tentando conciliar o inconciliável, como
misturar água e fogo”. (Perrenoud, 2001, 22)
Desafios...
• O ideal da educação, não é aprender
ao máximo, maximizar os resultados,
mas é antes de tudo aprender a
aprender; é aprender a se
desenvolver e aprender a continuar a
se desenvolver depois da escola."
(PIAGET, 1973, p. 32)

Escola reflexiva

“Organização que continuadamente se


pensa a si própria, na sua missão social e
na sua estrutura e se confronta com o
desenrolar da sua actividade num
processo heurístico, simultaneamente
avaliativo e formativo”

(Alarcão, 2001)
Possibilidades para a Prática Reflexiva:
O Programa “Ler e Escrever”

• Oportunidade de Formação Continuada – HTPC

• Professor Coordenador como formador

• Registros de acompanhamento e de formação/portfólios

• Reflexão sobre a Ação;

• Análise de casos com supervisão

• Relatos/Narrativas

• Reflexão em grupo

• O acompanhamento técnico

NICOLAU TINHA UMA IDÉIA


Ruth Rocha

“Era uma vez um lugar onde cada pessoa só tinha uma idéia na
cabeça. [...] Um dia, apareceu um homem chamado Nicolau. [...] Logo
que Nicolau chegou, foi procurar João. E contou sua idéia a ele. E
João ficou com duas idéias na cabeça. João contou a idéia dele para
Nicolau. E Nicolau ficou com duas idéias na cabeça. Aí, Nicolau foi
contar sua idéia para Maria. E Maria ficou com duas idéias na cabeça.
E contou a Nicolau a idéia dela. Nicolau ficou com três idéias na
cabeça. Nicolau falou com Pedro, com Manuela e uma porção de gente
mais. Nicolau ficou cheio de idéias. E as idéias de Nicolau começaram
a se misturar umas com as outras e a formar muitas outras idéias.
Então, as pessoas começaram a achar que era muito divertido ter
muitas idéias na cabeça. [...]
E naquele lugar, agora, todo mundo tem uma porção de idéias.”
REFERÊNCIAS
• ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em escola reflexiva. São
Paulo: Cortez, 2003.
• NÓVOA, A. A formação de professores e profissão docente. In:
NÓVOA, A. (Coord.) . Os professores e sua formação. Lisboa: Dom
Quixote, 1992.
• _________. Vidas de Professores. Porto: Porto Editora, 1995.
• PERRENOUD, P. A prática reflexiva no oficio de professor:
profissionalização e razão pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002.
• PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto
Alegre: Artmed, 1999.
• RICHARDS, J. C. "O Professor Reflexivo: Guia para investigação
do comportamento em sala de aula", Série Portifolio 2, 1 ed., SBS
Editora, 2003.
• THURLER,M. G. Inovar no Interior da escola. Porto Alegre: Artmed,
2001.

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