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ESTRUTURAS
DE CONCRETO ARMADO
EC A
NOTAS DE AULA - 06
CÁLCULO E DETALHAMENTO DE VIGAS EM CONCRETO ARMADO
PARTE 1
NA_06/2004
ESTRUTURAS
NOTAS DE AULA - PARTE 6
CÁLCULO E DETALHAMENTO DE VIGAS EM CONCRETO ARMADO
1. Vão Teórico (ou Vão Efetivo) (l).....................................(item 14.6.2.4. - NBR-6118/2003)
l = l 0 + a1 + a2 ,
com a1 igual ao menor valor entre (t1/2 e 0,3 h), e a2 igual ao menor valor entre (t2/2 e 0,3 h),
Valor Usual:
l = distância entre centro de apoios
b ou bw : largura da alma
h: altura da viga
d: altura útil da viga (distância entre a borda comprimida e
o centro de gravidade da armadura de tração)
bf: largura da mesa colaborante (de compressão) ou aba
(para seção T)
hf: altura da mesa colaborante ou aba (seção T)
* - vigas sem grande responsabilidade estrutural podem ter almas de ata 10 cm - um caso excepcional
comum é o de vigas em poço de elevador, cujo objetivo é dar apoio lateral às guias do elevador, não
suportando cargas verticais além de seu peso próprio.
A soma das armadura de tração e de compressão (As + A’s ) na mesma seção não deve ser maior
que 4% Ac.
Sendo Asw a área total de cada estribo, compreendendo todos os ramos que cortam o plano
neutro, e s o espaçamento longitudinal entre esses estribos.
2/3
ρsw, min ≥ 0,2 fctm / fywk, com fctm = 0,30 fck , e fywk a resistência de escoamento da armadura
transversal
No caso mais geral calcula-se a armadura a cada metro, portanto (s=100cm). Pode-se calcular as
armaduras transversais mínimas por metro, resultando na tabela abaixo:
Ø pe
cobrimento
estribos
da armadura
(armadura
(c) transversal)
d
As pele
Øt
h
> 7cm
vibrador
Ø
ev
eh
b ou bw
As
∅l
-Espaçamento entre barras da armação longitudinal: eh ≥ 2 cm
1,2 dmáx agregado
∅l
ev ≥ 2 cm
0,5 dmáx agregado
- Armadura de pele:
Em vigas com d > 60 cm, armaduras com aço CA 50 ou 60, deve-se dispor longitudinalmente e
próxima a cada face lateral da viga, na zona tracionada, uma armadura de pele, com aço de resistência
igual ou superior a do aço da armadura de tração:
A distância do CG da armadura de tração até o ponto da armadura mais afastada da linha neutra
deve ser menor ou igual a 5 % h.
a) Deve-se prolongar até o apoio uma parcela da armadura calculada para o momento positivo
máximo (As vão), igual a:
al Vd Vd
As apo necess = ≥ 0,5
d fyd fyd
Vd = γf . Vk
BORDA 1
(comprimida) εc σc
x
Rcc
d
h z
Mk
εs
Rst
BORDA 2
(tracionada)
b
As
2
k = b.d .fc com fc = (0,85 fcd / γc) b , d em cm
6
Mk
As = k . Mk ou As = k3 . Mk
3
d 10 d
BORDA 1
(comprimida)
Vk L N
d
h
BORDA 2
(tracionada)
b
(b ou bw)
Modelo de Cálculo I
Modelo que pressupõe analogia a uma treliça de banzos paralelos, associada a uma parcela
de resistência à cortante Vc pelo concreto.
O modelo admite: bielas com inclinação de 45° e Vc constante, independente de Vsd, sendo
esta a força cortante de cálculo na seção.
Etapas de Cálculo:
1. Verificação da compressão máxima na biela.
2. Cálculo da armadura transversal.
3. Deslocamento do diagrama de momentos fletores, de valor al.
Vsd ≤ VRd2
com
Vsd = γf Vsk
A sw Vsw
=
s 0,9. d. fywd
com
Vsw = Vsd - Vc
Vc = 0,6 fctd bw d
A armadura transversal inclui todos os ramos do estribo que cruzam a linha neutra.
φ fyd
lb =
4 fbd
onde φ é o diâmetro da barra,
fyd é a tensão de escoamento de cálculo do aço (ver NA de materiais), e
fbd é a tensão de aderência.
Quando a armadura necessária adotada para resistir a um determinado esforço (As,ef) for superior
à armadura calculada, o comprimento de ancoragem necessário para transmitir o esforço para o
concreto lb,nec resulta:
A s,calc
l b,nec = α 1 . l b ≥ l b,min
A s,ef
tomando-se lb,nec o maior valor entre 0,3 lb, 10φ e 10 cm.
onde:
α1 = 1,0 para barras retas;
α1 = 0,7 para barras tracionadas com ganchos;
São consideradas zonas de boa aderência as regiões apresentadas nos esquemas a seguir.
Para as barras ancoradas em zonas de boa aderência (Zona I), adota-se lb I = lb,nec .
Para as barras ancoradas em zonas de má aderência (Zona II), adota-se lb II = 1,5 lb,nec .
1a Etapa: Divisão dos trechos dos diagramas positivos e negativos em partes iguais, pelo número
de barras adotado para os respectivos momentos máximos.
5a Etapa: Determinação das extremidades das barras. Com base nos traçados da etapa anterior,
determina-se os pontos de extremidade de cada barra. Observações importantes: há necessidade
de se levar um número mínimo de barras das armaduras positivas até os apoios externos e
internos * e ancorá-las de forma conveniente **.
** - Ancoragem Conveniente
- Apoios Extremos: dobra para cima na face externa da viga; valor recomendado: 25 φ
- Apoios Intermediários: superposição das barras, de comprimento, do eixo do apoio ao final de
cada barra igual à metade do comprimento de ancoragem da barra.
6a Etapa: Determinação dos comprimentos das barras. Como resultado da etapa anterior,
determina-se os comprimentos de cada barra (comprimentos totais e parciais).
Comentário sobre a decalagem do diagrama de M: Como, devido à inclinação das fissuras, a seção onde deve estar
colocada a armadura para resistir ao momento fletor está deslocada em relação à seção onde o momento fletor
está atuando não, desloca-se o diagrama, para facilidade do detalhamento da armadura longitudinal. Esse
deslocamento é para as laterais, e pode ser utilizado o valor de al = 0,75 d.