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Programa CIEE de Educação a Distância

CURSO: ATUALIZAÇÃO GRAMATICAL


AULA 5
Pontuação
Por que usamos os sinais de pontuação?
Os sinais de pontuação são usados para estruturar as frases escritas de forma lógica a
fim de que elas tenham significado. São eles:
- ponto;
- vírgula;
- ponto-e-vírgula;
- dois pontos;
- ponto de interrogação;
- ponto de exclamação;
- reticências;
- aspas
- parênteses;
- travessão;

PONTO
O ponto, ou ponto final, é utilizado basicamente no final de uma frase declarativa.
O garoto ganhou uma bicicleta.

Além de finalizar um período, o ponto é usado em abreviaturas.


etc., S. Paulo

VÍRGULA
A vírgula, em seus vários usos, é fundamental para a correta entoação e interpretação
da frase escrita. Como simples sinal de pausa, ela indica um tempo, geralmente menor
que o do ponto. Compare o ponto e a vírgula como sinal de pausa.

Era de noite, as janelas se fechavam.

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Era de noite. As janelas se fechavam.


O uso da vírgula é basicamente regulado pela sintaxe.
“Só, ela resolve tudo.” e “Só ela resolve tudo.”

Nas frases acima, vimos que uma é bem diferente da outra. A vírgula muda tudo. Na
primeira frase, “só” significa “sozinha”; na segunda, “apenas, somente” .

Ainda há professores de português que ensinam a seus alunos que “vírgula é para
respirar”. Dizem que “toda vez que se respira, coloca-se vírgula”. É óbvio que não é
correto. Se assim fosse, imagine como seria o texto de um asmático. Uma vírgula atrás
da outra.

USO ADEQUADO DA VÍRGULA

• em enumerações: para separar elementos


Machado de Assis foi contista, romancista, poeta, dramaturgo e crítico
literário.(geralmente o último termo da enumeração vem separado pela conjunção e).

• em intercalações: para isolar as palavras ou expressões


Os funcionários, a pedido do diretor, alteraram o horário.

• para isolar aposto e vocativo


A minha avó, Maria, era suíça.
(aposto)
Estamos de férias, pessoal!
(vocativo)

• para marcar elipse do verbo


Sua palavra é a verdade; a minha, a lei.

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• para separar orações coordenadas, exceto as iniciadas pela conjunção e


O rapaz estudou muito, mas não conseguiu resultados satisfatórios.

Atenção: a vírgula e o “e” não são inimigos. Muitas vezes se usa a vírgula antes do e,
principalmente:

• quando liga orações com sujeitos distintos.


Pedro convida Maria, e Joana se irrita.

• para dar ênfase


“Disse, e fitou Don’Ana e sorriu para ela” (Jorge Amado)

Casos proibidos:

- separar sujeito do predicado


- separar o verbo do complemento
- depois da conjunção mas

PONTO-E-VÍRGULA
É usado:
• para dar ênfase à frase,
• para a pausa de um ponto na frase, sem encerrar um período
“Uns se esforçam, lutam, criam; outros vegetam, dormem desistem.”

para separar itens de uma enumeração


O plano prevê:
a) internações;
b) exames médicos;
c) consultas.

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DOIS PONTOS
Usa-se:
• para introduzir uma explicação, um esclarecimento.
“Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma olha de dentro para fora, outra
que olha de fora para dentro”. (Machado de Assis)

• para introduzir uma citação ou a fala de um personagem


Depois de um longo silêncio, ele disse: é melhor esquecer tudo.

INTERROGAÇÃO E EXCLAMAÇÃO
• ponto de interrogação usa-se no fim de uma frase interrogativa direta
Quem te deu licença?

• ponto de exclamação marca o fim de frases exclamativas, optativas (que


expressam desejo) e frases imperativas
Como é lindo o meu país!
Que Deus te acompanhe!
Vá-se embora!

RETICÊNCIAS
• Interrompem a frase, marcando uma pausa longa. São usadas para indicar uma
hesitação, incerteza ou um prolongamento de ideia.
Bem, eu queria...Você sabe muito bem o que eu quero...

ASPAS
São usadas:
• para assinalar citações textuais
O presidente afirmou, em seu discurso:
“Toda corrupção será combatida”.

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• para indicar que um termo é gíria, estrangeirismo ou que está sendo usado em
sentido figurado
Minha turma é “fissurada” nessa música.

TRAVESSÃO E PARÊNTESES
• São usados para esclarecer o significado de um termo e intercalar reflexões,
comentários.
Granada (último refúgio dos árabes) foi conquistada em 1492.
Mas agora – pela centésima vez o pensava – não podia admitir aquelas mesquinharias.

• O travessão também é usado em diálogos


- Com quem você esteve?
- Com a Maria e o Edu.

Problemas gerais da língua culta

Há conhecimento de que nossa língua está sendo mal escrita e pior ainda falada.
Sabemos que se trata de uma das línguas mais difíceis do planeta, mas nada justifica
que se despreze o seu ensino e o seu aprendizado.

A língua portuguesa tem sofrido muitas agressões. E não é o povo, que fala do seu jeito
peculiar, mas profissionais liberais, formados em nível superior, que não sabem se
expressar, escrevem mal e são pouco afeiçoados à leitura. Quem não lê, dispõe de um
vocabulário extremamente limitado.

Portanto, caro estudante, muita leitura!

Eis alguns deslizes para nunca cometer...

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“Menas”
Erro grosseiro. Menos não tem feminino. Por isso: menos gente (e nunca “menas”
gente).

“Chego”, “trago”
Nenhuma dessas formas existe. Assim: Tinha chegado (e nunca “tinha chego”). / Tinha
trazido (e nunca “tinha trago”).

“Seje”, “esteje”
As flexões do verbo são seja e esteja.
Não erre mais...

Colocação
O termo colocação deve ser usado apenas para designar o ato de colocar, arrumação,
disposição. E não como equivalente à observação, sugestão, ressalva ou ideia. Veja,
pois, como dizer: A ideia (e não “a colocação”) apresentada pelo deputado era original./
Trata-se de uma observação (e não “colocação”) equivocada./ Ele fez uma sugestão (e
não “colocação”) a respeito. Igualmente ninguém deve usar frases como: Eu gostaria de
“colocar que” é hora de fazer as reformas (mas eu gostaria de observar que é hora de
fazer as reformas)./ Ele “colocou que” todos deviam retirar-se (mas ele sugeriu que
todos deviam retirar-se).

Não vá “estar anunciando”


Esse uso inadequado do gerúndio para exprimir o futuro se tornou um modismo
incontrolável, presente principalmente na fala das pessoas, em frases como: Vou estar
passando o fax para o senhor amanhã./ Vamos estar enviando os convites na próxima
semana./ O senhor pode estar chegando para a consulta às 16 horas.

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Redundâncias ou Pleonasmos

“Elo de ligação”: Elo significa cadeia, ligação. Portanto, elo de ligação nada mais é
que “ligação da ligação”.
“Manter o mesmo”: A pessoa pode manter outro?
“Pequenos detalhes”: Não existem detalhes grandes.
“Planos para o futuro”: Use plano apenas. Ninguém faz planos (ou projetos) para o
passado.
“Surpresa inesperada”: Ainda não nasceu a “surpresa esperada”.
“Todos foram unânimes”: Se são todos, têm de ser unânimes. Use por exemplo, “eles
foram unânimes”.
“Criar novos empregos”: Use criar, somente. Não se cria nada velho.

Dicas para o processo seletivo

Como se comunicar:
• procure enriquecer o seu vocabulário (leia!) e evite utilizar gírias.
• fale com educação: agradeça, peça licença, não interrompa os outros.
• fale corretamente, utilizando inflexões de voz adequadas ao contexto. Erros
básicos, como eliminar o plural, são imperdoáveis.
• procure elaborar mentalmente a sua mensagem antes de falar.
• atente-se aos vícios de linguagem, expressões que se repetem inúmeras vezes
em sua fala, como o uso de tipo, né, ta ligado...
• não fale demais e nem de menos – saiba fazer as intervenções na hora certa.
• fale com calma de forma que o receptor compreenda a mensagem que você
quer passar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Editora


Nacional, 1993

HELP! Sistema de Consulta Interativa – Língua Portuguesa. São Paulo: Klick


Editora, 1996

MARTINS, E. Manual de redação e estilo. São Paulo: Jornal O Estado de São Paulo,
1990

NETO, P. C. Ao pé da letra. Rio de Janeiro: CP&A, 2001

NETO, P. C. Nossa língua em letra e música. São Paulo: EP&A, 2002

NISKIER, A. Na ponta da língua. 3ª edição. São Paulo: CIEE, 2005

OLIVEIRA, Édison de. Todo o mundo tem dúvida, inclusive você; Português. 2ª
edição, Porto Alegre: Sagra, 1989

PASQUALE & ULISSES. Gramática da Língua Portuguesa, São Paulo: Scipione,


1998

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