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PONTO
O ponto, ou ponto final, é utilizado basicamente no final de uma frase declarativa.
O garoto ganhou uma bicicleta.
VÍRGULA
A vírgula, em seus vários usos, é fundamental para a correta entoação e interpretação
da frase escrita. Como simples sinal de pausa, ela indica um tempo, geralmente menor
que o do ponto. Compare o ponto e a vírgula como sinal de pausa.
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Nas frases acima, vimos que uma é bem diferente da outra. A vírgula muda tudo. Na
primeira frase, “só” significa “sozinha”; na segunda, “apenas, somente” .
Ainda há professores de português que ensinam a seus alunos que “vírgula é para
respirar”. Dizem que “toda vez que se respira, coloca-se vírgula”. É óbvio que não é
correto. Se assim fosse, imagine como seria o texto de um asmático. Uma vírgula atrás
da outra.
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Atenção: a vírgula e o “e” não são inimigos. Muitas vezes se usa a vírgula antes do e,
principalmente:
Casos proibidos:
PONTO-E-VÍRGULA
É usado:
• para dar ênfase à frase,
• para a pausa de um ponto na frase, sem encerrar um período
“Uns se esforçam, lutam, criam; outros vegetam, dormem desistem.”
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DOIS PONTOS
Usa-se:
• para introduzir uma explicação, um esclarecimento.
“Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma olha de dentro para fora, outra
que olha de fora para dentro”. (Machado de Assis)
INTERROGAÇÃO E EXCLAMAÇÃO
• ponto de interrogação usa-se no fim de uma frase interrogativa direta
Quem te deu licença?
RETICÊNCIAS
• Interrompem a frase, marcando uma pausa longa. São usadas para indicar uma
hesitação, incerteza ou um prolongamento de ideia.
Bem, eu queria...Você sabe muito bem o que eu quero...
ASPAS
São usadas:
• para assinalar citações textuais
O presidente afirmou, em seu discurso:
“Toda corrupção será combatida”.
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• para indicar que um termo é gíria, estrangeirismo ou que está sendo usado em
sentido figurado
Minha turma é “fissurada” nessa música.
TRAVESSÃO E PARÊNTESES
• São usados para esclarecer o significado de um termo e intercalar reflexões,
comentários.
Granada (último refúgio dos árabes) foi conquistada em 1492.
Mas agora – pela centésima vez o pensava – não podia admitir aquelas mesquinharias.
Há conhecimento de que nossa língua está sendo mal escrita e pior ainda falada.
Sabemos que se trata de uma das línguas mais difíceis do planeta, mas nada justifica
que se despreze o seu ensino e o seu aprendizado.
A língua portuguesa tem sofrido muitas agressões. E não é o povo, que fala do seu jeito
peculiar, mas profissionais liberais, formados em nível superior, que não sabem se
expressar, escrevem mal e são pouco afeiçoados à leitura. Quem não lê, dispõe de um
vocabulário extremamente limitado.
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“Menas”
Erro grosseiro. Menos não tem feminino. Por isso: menos gente (e nunca “menas”
gente).
“Chego”, “trago”
Nenhuma dessas formas existe. Assim: Tinha chegado (e nunca “tinha chego”). / Tinha
trazido (e nunca “tinha trago”).
“Seje”, “esteje”
As flexões do verbo são seja e esteja.
Não erre mais...
Colocação
O termo colocação deve ser usado apenas para designar o ato de colocar, arrumação,
disposição. E não como equivalente à observação, sugestão, ressalva ou ideia. Veja,
pois, como dizer: A ideia (e não “a colocação”) apresentada pelo deputado era original./
Trata-se de uma observação (e não “colocação”) equivocada./ Ele fez uma sugestão (e
não “colocação”) a respeito. Igualmente ninguém deve usar frases como: Eu gostaria de
“colocar que” é hora de fazer as reformas (mas eu gostaria de observar que é hora de
fazer as reformas)./ Ele “colocou que” todos deviam retirar-se (mas ele sugeriu que
todos deviam retirar-se).
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Redundâncias ou Pleonasmos
“Elo de ligação”: Elo significa cadeia, ligação. Portanto, elo de ligação nada mais é
que “ligação da ligação”.
“Manter o mesmo”: A pessoa pode manter outro?
“Pequenos detalhes”: Não existem detalhes grandes.
“Planos para o futuro”: Use plano apenas. Ninguém faz planos (ou projetos) para o
passado.
“Surpresa inesperada”: Ainda não nasceu a “surpresa esperada”.
“Todos foram unânimes”: Se são todos, têm de ser unânimes. Use por exemplo, “eles
foram unânimes”.
“Criar novos empregos”: Use criar, somente. Não se cria nada velho.
Como se comunicar:
• procure enriquecer o seu vocabulário (leia!) e evite utilizar gírias.
• fale com educação: agradeça, peça licença, não interrompa os outros.
• fale corretamente, utilizando inflexões de voz adequadas ao contexto. Erros
básicos, como eliminar o plural, são imperdoáveis.
• procure elaborar mentalmente a sua mensagem antes de falar.
• atente-se aos vícios de linguagem, expressões que se repetem inúmeras vezes
em sua fala, como o uso de tipo, né, ta ligado...
• não fale demais e nem de menos – saiba fazer as intervenções na hora certa.
• fale com calma de forma que o receptor compreenda a mensagem que você
quer passar.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARTINS, E. Manual de redação e estilo. São Paulo: Jornal O Estado de São Paulo,
1990
OLIVEIRA, Édison de. Todo o mundo tem dúvida, inclusive você; Português. 2ª
edição, Porto Alegre: Sagra, 1989